Estranha Obsessão escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 42
Capítulo 40 – A história de Bella


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas...

Como prometido aqui está mais um capítulo de EO..

Divirtam-se...

Jéh Paixão



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POV da Bella

 

Eu não sabia quanto tempo fiquei dormindo, mas eu sabia que muitas coisas haviam acontecido e, eu sabia também, que havia dormido demais. Na primeira vez, quando vi Edward, eu estava tão absorta de tudo e de todos, que nem reparei muito bem em como ele estava na primeira vez. Eu só me lembro dele estar parecendo realmente um cadáver.

 

Quando o vi pela segunda vez, eu lhe dei o meu sangue. E eu sabia que estava acordando só agora, porque o que quer que tenha causado toda aquela fraqueza em mim, já havia passado, junto com a anemia leve que adquiro quando perco sangue. Levantei-me devagar e olhei para fora. A grande janela do quarto estava aberta. Eu estava no último andar da mansão. Já era noite. Eu havia dormido por um dia inteiro.

 

Assim que pus os pés do chão, senti uma náusea enorme vir contra mim. Meu estômago roncou alto e eu senti que realmente precisava correr alguma coisa. Eu estava faminta.

 

- Bella!!! – Alice me abraçou forte. Amy e os outros vieram me cumprimentar, até Maryann, que entrava na sala.

- Oi. – Eu disse a Edward, sorrindo.

- Que bom que finalmente acordou, minha Bella. – Edward me abraçou e beijou levemente meus lábios.

 

Logo que comi a deliciosa macarronada que Maryann mandou preparar, me senti bem melhor. Pedi a eles que me contassem exatamente o que havia acontecido em todos esses dias que eu... estive off, como diz o Emmett.

 

Minha cabeça girou, só de pensar que Edward tinha se arriscado por mim. Ele tinha arriscado a própria vida, para salvar a minha e a de suas irmãs. Era exatamente como em anos atrás...

 

- Bella? No que está pensando? – Edward perguntou.

- Meus pais... – murmurei.

- Mairead e Louis?

- Não, Renée e Charlie. – sibilei, sentindo a náusea da memória invadir meu corpo.

- Hum... – Alice resmungou. – Nunca nos contou o que fazia antes de vir para cá. Conte-nos.

- Eu nasci aqui em Londres, pelo menos é o que eu sempre soube. – Murmurei, lembrando-me do rosto de Renée. – Quando eu era pequena mudei para Phoenix, mas nas férias nós sempre voltávamos para cá. Há uns sete ou oito anos, se não me engano, eu e meus pais tínhamos saído para jantar, era aniversário da minha mãe. Nós fomos num restaurante muito bom, nossa noite tinha sido perfeita.

 

“Então, quando estávamos na rua de casa, vimos um corpo caindo no meio da rua e então, eu vi uma mulher abaixar-se para junto do rapaz. Eu não sei como, talvez fosse impressão minha, mas eu vi a mulher me encarar. Pedi aos meus pais que não fossem até lá, mas eles eram bons demais. E, quando me dei conta, meus pais estavam caídos no chão e os dois vampiros estavam matando-os. Meus pais deram a vida deles por mim.

 

Eu soltei um grito de pavor, os dois vampiros começaram a correr atrás de mim. Mas acabei caindo, até que alguém entrou na minha frente e acabou com os dois. – eu sorri lembrando do rosto. Eu via os flashes da tentativa vã dos meus pais para me salvar, via flashes da luta da vampira que me salvou. – Eu esfreguei os olhos e vi uma silhueta linda na minha frente. Alta, seus cabelos eram pretos e incrivelmente longos. Com olhos azuis, tão claros que eram quase brancos.”

 

- Amy? – Rose arregalou os olhos. – Então foi assim que se conheceram?

- Uhum. – Amy riu baixo e assentiu para que eu continuasse.

- Depois dessa noite, não consegui dormir. Eu não conseguia ficar sozinha naquela casa e muito menos andar na rua sem que eu achasse que tinha alguém me seguindo... – Eu ri baixo. – Eu tinha só 13 anos. Era difícil, por mais que eu soubesse me cuidar, viver sozinha naquela casa enorme. No dia seguinte à morte dos meus pais, eu vi o único parente que era vivo da minha família. Estranhamente, nós não tínhamos muitos parentes.

 

“Eu havia feito tudo o que uma garota de 13 anos não fazia. Eu havia cuidado do funeral e do enterro dos meus pais! – Exclamei batendo minha mão na mesa. – Depois disso, eu não sabia o que fazer. Só sabia que eu estava sozinha. Eu não queria ir com o meu tio, eu não gostava dele. Então eu a vi novamente. Vestida de preto, usando um sobretudo e os cabelos soltos caindo pelas costas.”

 

- E eu perguntei se ela precisava de ajuda... – Amy disse.

- Ela disse que não sabia o que fazer. – Eu sorri.

- E eu prometi que cuidaria dela. – Amy riu. – Nesse dia, eu fiquei em sua casa.

- Era como se ela fosse minha irmã mais velha. Eu sempre soube o que ela era, desde aquele dia. – Murmurei. – Só que nesta noite, ela havia saído para caçar. Eu fiquei em casa, trancada em meu quarto, até que ela voltasse. As horas passaram e eu comecei a ficar preocupada, ela não voltava.

 

“Eu adormeci, de tanto que chorei apavorada naquela noite. Por mim, por ela. Então, quando acordei, ouvi um barulho na porta e a encontrei, era a pior imagem dela que eu tinha visto. Era quase um cadáver.”

 

- Um grupo de vampiros que fazia parte da máfia da cidade havia me atacado. – Amy murmurou. – Eu fiquei fraca, não conseguia raciocinar direito. Eu só sabia que precisava chegar na casa dela, porque ela poderia tentar cuidar de mim. Praticamente me arrastei e entrei pela porta da frente.

- Quando eu a vi daquele jeito, não pensei em outra coisa senão...

- Alimentá-la. – Emmett completou.

- Sim. Uma menina de 13 anos havia salvado minha vida naquele dia. – Amy sorriu e me abraçou. – desde então, fiquei com Bella, por ela ter me protegido, eu jurei a ela que ficaria com ela e, foi a melhor coisa que fiz. Em todo caso, eu era uma vampira solitária, irmã da rainha Elizabeth e herdeira de um trono. Nada disso fazia muito sentido.

- Por isso ficou tão apavorada quando contamos o que aconteceu e quando soube sobre a história de Dominique e sobre o Leon... – Alice finalmente falou.

- Eu tenho esse... trauma. De qualquer maneira, eu precisava contar para alguém. Era algo que me... sufocava. – falei.

- Mas você não tipo... surtou, quando soube que vocês estavam sob administração de sangue... – Emmett coçou o queixo.

- Porque eu sei que vocês vivem disso. Simplesmente isso. – Murmurei.

 

Quando terminei o almoço, me estiquei no sofá, junto com Alice, Rosalie, Amy e Christine. Elas viam um programa qualquer sobre modas, enquanto Edward e os outros resolviam alguns assuntos relacionados a Leon, que haviam ficado pendentes. Eu mal prestava atenção em qualquer conversa, ou qualquer coisa que elas faziam, meu corpo estava cansado demais para isso.

 

Eu finalmente havia dormido, provavelmente com a cabeça no colo de Amy. Minha mente vagava por vários lugares, até que parou em um conhecido e vasto campo verde. Eu estava no alto da colina e, ao meu lado, havia uma imagem igual a mim.

 

- Dominique.

-Você está se transformando, Bella. – Ela dizia. Sua voz sibilava em minha mente. – Terá que tomar cuidado daqui para frente.

- Você sabe de alguma coisa?

- Você ainda não consegue sentir, mas eu sinto, eu SEI que algo vai acontecer. – Ela dizia. – Só toma cuidado. Converse com Alice.

 

Sendo assim, ela desapareceu e eu senti o torpor tomar meu corpo. A única coisa que eu queria agora, era dormir, sem que ninguém me pertubasse, ou sem que eu tivesse medo de alguma ameaça antiga.

 

POV da Alice

 

Eu estava folheando algumas revistas de moda, que eu provavelmente usaria como modelo para o vestido do super casamento que eu planejava para Bella. Talvez Armani, quem sabe Eli Saab ou, até Valentino, mas isso eu ver...

 

- Vampiros. – Uma voz soava em minha cabeça. Eu tinha certeza que aquilo era uma visão, mas tudo o que eu conseguia ver era flashes escuros, sem distinção alguma.

- Eu vou falar. – Uma mulher dizia raivosa. – Não existem poucos vampiros em Londres. Eles não sabem da existência de muitos e, acredite em mim. Se eu não sair daqui em 24 horas, eu vou enviar a deus e o mundo, uma lista com todos os nomes.

- Alice! – Rose me sacudia. Eu já podia sentir meu corpo ficando cada vez mais fraco.

 

A cada visão que eu tinha, a cada flash que minha mente me mostrava, meu corpo ficava fraco. E, por mais que tentasse fazê-los parar, eu não conseguia. Minha cabeça continuava sendo invadida por mais e mais imagens. Havia uma mulher, uma sala de interrogatório, um homem. Por trás, bem no fundo das imagens embaralhadas, havia outra mulher. Ela gritava e havia um corpo.

 

- Eu não fiz isso. – Ela repetia para si mesma.

 

- Alice, Alice! – Bella me sacudia novamente.

- Vamos, fadinha, beba. – Rosalie me entregou um copo com sangue. – Beba e se acalme.

- Eu não... oh céus!!! – Eu gritei, quando as visões voltaram novamente.

- Alice, calma. – Rosalie disse apavorada. – Bella, ligue para o Jazz, ele está com Edward. Mande-os vir. Agora!

- Ro... Rose...

- Isso, beba. – Eu engolia a goles rápidos, o liquido vermelho do copo. – Agora me conte o que viu?

- Estamos em perigo.


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