Capítulo 38 – Recuperando-se

No último capítulo...

Leon encarou Edward uma última vez antes de se virar, e quando o fez, encontrou Damen, Jasper e Emmett, acompanhados pelo vampiro misterioso, Mick, à sua frente. Ele ficou surpreso ao ver seu comparsa ali, ao lado dos Cullen. Ele tentou esquivar-se, mas Jasper era ágil e, agindo junto a Emmett, eram quase invencíveis. Os dois pegaram Leon pelos braços, antes que ele os transpassasse. Foi nesse instante, que Edward deu seu último suspiro.

POV da Autora

- Você me traiu. – Ele sibilou, antes de ser agarrado por Emmett com sua força inumana.

- Ed!!! – Emmett rosnou alto. – Andem, um de vocês, levem-no daqui. Nós damos conta.

- Eu... te amo, Bell. – Ele sibilou, então seus olhos se fecharam e sua boca desfez o sorriso de seus lábios.

- Vamos levá-lo para a mansão... não temos tempo! – Damen exclamou, jogando os corpos dos vampiros numa fogueira.

- Vá na frente! Busque mais sangue, o que temos na mansão não vai ser suficiente! – Emmett rosnou.

Edward foi colocado no banco de trás do volvo e levado para a mansão. Seu corpo absorvia rapidamente o veneno da erva, não deixando tempo para que eles fizessem muita coisa.

- Se o sangue não funcionar, não sei o que faremos. – Jasper falou baixo.

- Se não funcionar, não poderemos fazer nada. – Damen respondeu, então eles seguiram para a mansão.

Em algum canto da cidade, Demetri e Maryann vagavam pelas ruas à procura do lugar que Edward havia lhes dito que Alice, Rose e Bella estariam. Demetri parou em um beco qualquer e fechou os olhos, procurando concentrar-se em achar qualquer sinal que indicasse que as três estariam próximas. Sua mente vagava por ruas e becos das proximidades, entrando em cada canto, procurando a essência de cada uma. Alice e Rosalie, por serem vampiras – poderosas, por sinal – eram mais difíceis de achar, mas não era impossível.

Demetri sentiu algo no ar, pensou que poderia ser Bella, já que ela estaria em melhores condições que as outras duas. Provavelmente Leon apenas sedou-a com um medicamento qualquer, isso realmente facilitava uma busca.

- Então? – Maryann perguntou.

- Venha! – Eles entraram novamente no carro e seguiram por mais algumas ruas, chegando num pequeno beco.

- Elas não poderiam estar aqui. É muito... óbivo. – Maryann murmurou.

- Exatamente por isso. – Ele falou.

Demetri e Maryann entraram no ambiente. Uma casa noturna, que agora era apenas um bar em limpeza. Demetri costumava freqüentar aquele lugar, quando queria se alimentar. O homem – vampiro – que estava dentro do local, foi imediatamente ao encontro dos dois, olhando sugestivamente para Maryann.

- Não vai pensar em tocar nela! – Demetri exclamou.

- Oh... – ele soltou um som de surpresa, ao ver o colar com o brasão Volturi por cima de uma gola preta. – Um Volturi.

- Sim. Um dos piores. – Demetri rosnou. – Onde estão as senhoritas Cullen?!

- Eu não sei, não as conheço.

- Elas estão aqui, eu sei disso! – Demetri rosnou novamente.

- Está falando de três vampiras que chegaram adormecidas aqui ontem? Elas não saíram para nada. – O vampiro murmurou.

Demetri estreitou os olhos, agora negros, para ele. O vampiro não hesitou e foi andando pelos corredores, subindo um lance de escadas e abrindo a porta e um dos quarto que havia no local. Lá dentro, estavam Alice, Rose e Bella.

Maryann correu ao encontro delas. Bella estava parcialmente consciente, mas não tinha força em seu corpo. Alice e Rosalie estavam completamente adormecidas por conta do veneno injetado.

- Me ajude a levá-las para o carro! Elas não têm muito tempo! – Demetri pediu ao vampiro.

- Como quiser.

Os dois pegaram Alice e Rose, enquanto Maryann, com a ajuda de uma outra criada que limpava aqueles quartos, carregaram Bella até o carro. Uma bolsa de sangue foi imediatamente ligada a elas, inclusive a Bella, que por ainda ser humana, conseguia se recuperar mais rapidamente.

- Senhorita Bella? – Maryann a chamava. – Me ouve? É Maryann.

Bella abriu os olhos vagarosamente, procurando de onde que vinha aquela voz. Quando seus olhos encontraram o de Maryann, ela suspirou em resposta. Seus lábios não tinham nem uma mínima força para se mexer, nem sibilar um simples ‘a’. Maryann afagou os cabelos dela, então a ajeitou no banco. Os olhos de Bella estalaram-se ao ver a cena a sua frente.

Na mansão, Edward fora colocado em sua cama, com diversas bolsas de sangue, que eram consumidas rapidamente. Amy e Christine, já não estavam inconscientes, conseguiam voltar a falar e fazer pequenos movimentos. Os outros criados que costumavam cuidar de outros assuntos relacionados à limpeza, foram avisados sobre o ataque e incumbidos de fazer a troca das bolsas de sangue.

- Está tudo um caos! – Maryann exclamou, enquanto descia as escadas, depois de acomodar Bella em outro quarto. – Por deus, eu não sei o que fazer, eu tenho medo...

- Mary, se acalme, vai dar tudo certo. – Jasper colocou uma mão em seu ombro, tranqüilizando-a.

- Amy e Christine estão se recuperando, acho até que irão se recuperar mais rápido se nós às alimentarmos. – Damen pensava.

- Alice e Rosalie? – Ela perguntou.

- Aos poucos ganham força, assim como Bella. – Emmett murmurou. – Minha ursinha vai sair dessa.

- Jamais imaginei que uma planta pudesse ter esse poder contra vocês.

- Porque pensa assim? – Demetri encarou-a.

- Não pense mal de mim! – Ela retrucou. – Eu só acho que, veja bem, vocês são tão poderosos as suas maneiras, imortais e, me perdoem, belos. – Ela disse levemente corada. – Quem pensaria que uma erva pudesse fazer isso?

- Tem razão. Mas agora sabe da nossa fraqueza. – Jasper sorriu.

- Como está Edward? – Ela perguntou novamente. – A senhorita Bella não vai resistir se ele não estiver... vivo...

- Nós faremos ele ficar vivo, Maryann. Vai dar tudo certo. Voltaremos às normalidades em pouco tempo, você vai ver. – Emmett tentou acalmá-la.

[...]

Desde à tarde que Leon foi derrotado, todos na mansão Cullen – Emmett, Jasper, Demetri, Damen e alguns dos serviçais – se focaram em ajudar a Alice, Rosalie e Edward, que eram os mais afetados com as doses de Aloysia Virgata, principalmente Edward. Bella estava quase que recuperada, pelo menos sua fala e alguns movimentos, faltava somente sua força voltar. Havia se passado quase um dia inteiro, já era quase noite do outro dia.

- Maryann... – Amy e Christine entraram no quarto do terceiro andar, onde Edward estava.

- Hum, acabei de colocar outra bolsa. – Ela sorriu. – Acho que ele vai se recuperar.

- Bella vai acordar daqui a pouco, poderia por favor ver algo para que ela possa comer? – Amy perguntou.

- Sim, claro. Com licença. – A menina saiu do quarto. Amy encarou Christine e ambas aproximaram-se de Edward.

- Fale baixo, ok? – Amy pediu. – Preciso ter certeza que ele vai estar bem, Chris.

- Humm... – Ela fechou os olhos e pegou na mão dele. – Ele está vivo, muito inconsciente. O sangue está ajudando, ele vai ficar bem.

- O que... – Um murmúrio fraco soou pelo quarto.

- Bella! – Amy correu até ela, pegando-a, antes que ela desabasse no chão. – Como conseguiu subir aqui?

- Edward... – Bella dizia bem baixo, quase num sussurro.

- Ele está bem, você conseguiu ouvir nossa conversa? – Christine deu seu lugar a ela.

- Sim. – Bella assentiu, olhando para ele. – Posso ficar aqui?

- Pode.

Amy ajeitou Bella ao lado de Edward e saiu do quarto, descendo até o salão principal, onde Demetri e Damen estavam. Jasper e Emmett haviam ido alimentar Alice e Rose, então, provavelmente, elas estariam bem em pouquíssimo tempo.

- Reunimos a todos os vampiros da cidade. – Demetri falou. – Emmett pediu para que vocês duas contassem a eles o que houve e anunciasse sobre a Bella.

- Porque nós? Emmett e Jazz... – Christine falava.

- Porque Edward disse a Emmett e Jasper, que se algo acontecesse a ele, vocês duas ficariam no poder. Eles não querem falar. – Damen sibilou.

- Tudo bem... – Amy respirou profundamente. – Quando eles chegam?

- Em meia hora.

Meia hora depois...

Devidamente alimentadas por Demetri e Damen, Amy e Christine estavam finalmente em condições de receber os vampiros para um pronunciamento extra-oficial, por assim dizer. A porta do salão foi aberta e vários vampiros e vampiras entraram no recinto. Maryann e os outros criados se recolheram, enquanto Demetri e Damen ficavam para acompanhar as duas.

- Boa noite à todos! – Amy disse altiva, ao lado de sua prima no segundo degrau da escada. – Meu nome é Amy Bowes-Lyon e esta é minha prima, Christine Fleury Bowes-Lyon. Hoje, em função do ocorrido, estamos no lugar dos Cullen.

- O que aconteceu? – Um dos vampiros a frente delas perguntou.

- Um vampiro de nome Leon Blackwood, veio à cidade de Londres para executar um plano de vingança contra Edward Cullen e sua futura esposa. – Amy falava. – O vampiro planejou muito bem seu ataque, usando de um artifício que jamais imaginaríamos que pudesse voltar a ser usado.

- Todas nós, incluindo Alice e Rosalie, esposas de Jasper e Emmett, foram atacadas com uma erva, que todos vocês devem conhecer, chamada Aloysia Virgata. – Christine contou. – Fiquem atentos, por favor a qualquer sinal dela. Uma única dose, se injetada diretamente em nossos corpos, nos paralisam e podemos acabar morrendo... definitivamente.

- Como eles estão? – Outro vampiro perguntou.

- Alice e Rosalie estão se recuperando. Logo mais elas estarão bem. Edward está se recuperando lentamente. Ele recebeu quatro doses a mais do que recebemos, por isso a demora. – Christine falou novamente.

- Fiquem atentos, qualquer coisa que acontecer a qualquer uma delas, - Amy falava de Bella, Alice e Rosalie – eles não irão perdoar. Não há mais tolerância, não para isso.