Capítulo 01 – Apresentações e Histórias

POV de Bella

Meu nome é Isabella Marie Swan, tenho 20 anos e sou designer de jóias. Voltei do Vale do Sol, Phoenix, nos Estados Unidos, para cá. Londres era minha terra natal, embora minha mãe resolvesse mudar para Phoenix quando tinha apenas dois anos de idade. Agora, eu iria morar em meu próprio apartamento, no centro da cidade, um lugar grande o suficiente para que eu pudesse realizar meus projetos.

Minha melhor amiga irá morar comigo. O nome dela é Amy Bowes-Lyon. Amy tem a pele branca, cabelos pretos azulados, lisos, que vão até o meio de suas costas. Os olhos dela são azuis, azuis extremamente claros e ela tem 19 anos. Amy era de família inglesa, de uma corte que viveu aqui em Londres por muito tempo, sim, quando digo muito tempo, foi muito tempo. Não existem sobreviventes vivos dessa corte, a não ser Amy, que não estava muito viva, digamos assim.

- Bella, esse lugar é lindo! – Ela sibilou.

- É, né. Agora, vamos, eu estou faminta! – Arrastei-a apartamento a fora.

Vocês não entenderam mal, sim, Amy não era bem uma humana. Na verdade, ela é uma vampira. É difícil de acreditar, mas mais difícil ainda é saber que ela é irmã da Rainha Elizabeth, sim, a atual rainha Elizabeth, a Rainha Elizabeth II, que vive no palácio de Buckinghan. A história de Amy não é muito triste, como a da maioria dos vampiros que ela me contou que conhece.

Flashback. Amy Bowes-Lyon

- E quantos anos você tem?

- Eu tenho 79 anos. – Ela disse na época em que nos conhecemos. – Meu nome é Amy Bowes-Lyon, sou irmã mais velha da Rainha Elizabeth II, a atual governante de todos os reinos da Inglaterra.

- Uau. – Murmurei.

- Eu nasci em 1910, eu era a indicada para o trono dos meus pais, eu e minha irmã iríamos governar juntas. Minha irmã, a rainha Elizabeth, nasceu em 1926, eu já tinha 16 anos na época, mas acima de tudo, desejava viver uma vida comum, sem aquela coisa de princesa e reinados.

“Em 1929, a crise da bolsa de NY, atingiu à todos, até mesmo à nós, nobres. Minha família teve que fugir quando o palácio foi invadido, eu corria com Elizabeth em meu colo, atrás dos criados e de meus pais. Só que ainda faltava algo. Quando em dei conta, uma das minhas babás tinha se perdido e eu resolvi correr pelo corredores do palácio. Mas então, a encontrei morta.

“Eu via no rosto dela a dor que tinha passado, eu amava a Mary, era minha babá preferida... mas infelizmente alguém a tinha atacado. Só depois de olhar mais de perto, eu vi que alguém tinha seus lábios no pescoço dela, como se estivesse a beijando. Então ele me viu. E veio em pegar.

“É lógico que não deu certo, eu corri mas obviamente ele era mais rápido. Ele me levou para o alto, para o sótão, onde nem mesmo eu, havia entrado ainda. Então veio a dor. Um padre que rezava a missa na capela do palácio, me encontrou, mas naquela época, pessoas assim tinham de morrer, eu sabia que eu estava me tornando algo que não era agradável aos olhos das pessoas.”

- Sinto muito senhorita Lyon, não posso deixá-la aqui. – Ele dizia. – Mas vou deixá-la viva, vou tentar mantê-la viva, sei que você está se tornando uma deles, mas você deve ficar viva.

- Eu tinha apenas rosnado e gritado alto. Phillip me pegou e me levou para longe. Depois de um tempo, tudo ficou silencioso e minha garganta ardia. Eu estava num quarto lindo, eu sentia o cheiro do campo e eu sabia que aquele era o campo porque de alguma forma eu me lembrava dele. Saltei pela janela aberta e corri. Corri sentindo o vento em minha pele, eu não sentia frio. Isso era bom.

“A dor, nunca passou, só me deixava mais fraca, Phillip tinha me trazido algumas bolsas de sangue de um hospital que ele estava ajudando, aquilo aplacou minha sede, mas me fez querer mais. Quando me olhei no espelho, tive uma grande surpresa, eu era linda, uma deusa, meus olhos foram, aos poucos, voltando a sua cor original... aquele azul, quase branco.”

- E o que aconteceu depois? – Perguntei.

- Ajudei Phillip com as coisas, mas o tempo passou e ele se foi. Então, juntei tudo o que tinha e fui viver na tão sonhada NY, acabei encontrando alguns vampiros por lá, eles me ajudaram, me ensinaram a lutar, a caçar, a controlar meus dons e, principalmente, evitar os Volturis. Então, eu percebi que eu não podia ficar usando o meu nome de família por aí, então usava apenas o Lyon. Eu não podia deixar que desconfiassem de mim. Embora eu ache que alguém da minha família deve saber que estou viva... de alguma forma.

Fim do Flashback.

- Bella, amanhã à noite, precisarei ir até o castelo... – Amy dizia.

- Qual castelo?

- Aquele, entre as árvores. – Ela apontou. – Tenho que ir falar com os membros do clã que domina essa área. Mas você deve ficar, não quero nenhum deles colocando os dentinhos na minha melhor amiga.

- Que seja, amanhã vou até a joalheria. Vou conhecer o pessoal. – Falei.

- Bem, eu não quero ficar sem alguma ocupação, então... acho que você precisa de uma assistente. – Ela riu. A voz de Amy era angelical, mas eu sabia que ela podia ser letal. Ela me contou sobre isso.

Quando voltamos para o apartamento, ela me ajudou a terminar de colocar algumas coisas no lugar. Então eu fui dormir, quanto a ela, provavelmente leria algum livro ou passearia pelos telhados da cidade.

POV de Edward

- Hum... – Alice murmurou, parando no meio da escada.

- O que está vendo? – Perguntei.

- Há uma nova vampira na cidade. – Ela falou encarando o nada.

- Vampira?

- Sim, Jazz. – Alice vasculhava imagens no futuro. – Ah!!!!

- E aí, bruxinha, o que viu de tão legal? – Emmett debochou.

- Bruxinha, não... Eu sou uma vampira com dons de clarividência. – Ela resmungou. – Ela vai ser minha amiga! Eu estou vendo que ela está se decidindo entre vir hoje ou amanhã à noite aqui.

- Mas quem, em sã consciência, decide que vai ser amiga de uma desconhecida? – Eu ri. É claro que eu sabia que as visões dela eram confiáveis.

(...)

- Senhor Edward... – Uma das criadas entrou na sala de estar.

- Sim?

- Uma senhorita deseja falar com você. Mando-a entrar? – Ela perguntou.

- Ah, manda, sim! – Alice se intrometeu. – É ela!

- Tudo bem então...

A criada saiu e logo em seguida, abriu a porta para que a ‘nova’ amiga de Alice entrasse. Não pude negar a mim mesmo quando a vi, ela era bonita, seus traços finos e delicados e a mente... vazia.

- Boa noite á todos. – Ela disse calmamente. – Meu nome é Amy Bowes-Lyon. São os Cullen, imagino...

- Como sabe sobre nós? – Perguntei.

- Bem, Carlisle Cullen, lhe é familiar?

- Sim, ele é meu criador. Mas você sabe disso.

- Sim, sei. O conheci em uma de minhas viagens, antes de ir para o vale do sol. – Ela respondeu naturalmente.

- Ah, seja muito bem-vinda a nossa cidade. E, se não em engano você é descendente da família real, não é? Conheci a Rainha-Mãe. – Alice disse sorrindo, sendo extremamente simpática.

- Bem, a Rainha-Mãe, era minha mãe. – Ela disse num tom casual. – Mas evito esse tipo de tratamento. Desculpe...

- Edward. – Respondi.

- Desculpe, Edward, mas você não vai conseguir me ler. – Ela riu.

- Como sabe?

- Digamos que eu saiba quando alguém tenta algo sobre mim... – Ela respondeu sorrindo.

- Bem, isso não importa. EU vi que vamos ser grandes amigas. E... hum... você tem uma amiga... está borrado, mas eu vejo que ela é sua amiga.

- Alice, por favor, tente se controlar. – Rosalie murmurou.

- Ah, desculpe. – Ela disse com a cabeça baixa.

- É.. bom... Eu tenho uma amiga sim, moro com ela. – Amy respondeu. – Não que eu queira confusão, mas... eu gosto muito dela, justamente porque ela sabe quem sou e e não tem medo da minha verdadeira natureza...

- Ela sabe sobre você? Como consegue se controlar?

- Olhe, ela é minha melhor amiga, quase uma irmã, então... eu não deixo que façam mal a ela, podem até se aproximar dela, mas... não entendam como uma ameaça, ainda... mas não ousem fazer mal a ela.

- Tudo bem, entendemos o seu recado... – Emmett disse um pouco alto. – mas você está em nossos domínios.

- Nós garantimos que nenhum desses dois fará mal a ela, Edward não posso dizer, porque ele não é nosso companheiro, mas Emmett e Jasper não farão nada. – Rosalie resmungou.

- Ah, antes que você vá... – Falei. – A taxa de mortalidade está controlada... então, sem exageros.

- Não se preocupe... Não mato minhas presas. – Ela sorriu com o canto da boca e nos deixou.