Capítulo 22 – Novos fatos.

POV da Dominique

Mais uma manhã de sol. Me levantei e encontrei Edward deitado ao meu lado, sorrindo, enquanto seus dedos percorriam toda a extensão da minha coluna. Corei violentamente quando percebi que eu estava apenas com o lençol cobrindo meu corpo. Puxei-o para cobrir os seios, mas Edward fez questão de puxá-lo, rasgando em alguns pedaços – quase esfarelando o lindo lençol egípcio -, ele me abraçou, passando os braços por mim e apoiando seu queixo em meu pescoço.

- Não faz isso... – ele resmungou.

- Me cobrir?

- Também. – Ele riu. – Quando você faz isso... – Edward acariciou minhas bochechas. – eu quase não consigo resistir ao aroma...

- Hum... – Eu gemi com a carícia.

- Mas não tem porque ter vergonha de mim... estamos juntos afinal. – Ele sibilou.

- É, juntos. – Eu o beijei.

Quando desci, havia uma mesa posta com inúmeras guloseimas, bolos, sucos, até café tinha... e, ao que parecia, eu seria a única que iria comer. Mas me enganei, quando vi Rosalie e Alice sentadas mordiscando um pedaço de pão. Eu ainda não conseguia entender essa coisa de vampiros conseguirem ser meio vivos. Dei bom dia a elas e me sentei em uma das cadeiras. Logo em seguida, Emmett e Jasper apareceram, juntamente com Edward, que sentou ao meu lado.

- Sabe, - mordi um pedaço do biscoito. – não entendo como podem comer...

- O que ocorre, nós mesmos não sabemos... – Emmett murmurou.

- Em, você nunca sabe nada.

- só sabemos que quando nos alimentamos, podemos ter nosso organismo funcionando... assim parecemos mais humanos... – Jasper murmurou.

- Hum... – tomei um gole de suco. – e o que vocês fazem? Edward, eu sei que lê mentes...

- Infelizmente... – ele resmungou. – a sua não.

- A fadinha vê o futuro, uma legítima clarividente. Jazz controla os sentimentos das pessoas. Rose...

- Digamos que sou uma pessoa peculiar... – Ela sorriu, mostrando os dentes incrivelmente brancos.

- Como assim? – Perguntei.

- Eu meio que...

- Digamos que minha ursinha é uma pessoa que sabe como atrair olhares. – Emmett disse rindo.

- E você?

- Eu sou o cara forte. – Ele bateu as mãos no peito. – Mas agora você... foi uma híbrida... tinha dons, desembucha.

- Okay... – eu ri alto. – Eu não sabia ao certo, mas eu conseguia ler mentes, influenciar uma pessoa a fazer o que eu queria...

- Uma telepata?! – Em. exclamou. – Ah, já não basta o Ed, você também.... O que fiz para merecer isso?

- Dom era uma excelente telepata, mesmo sendo uma meia vampira. – Edward me elogiou.

POV da Autora

[...]

- Bom dia. Em que posso ajudá-lo? – Uma recepcionista perguntou ao homem de cabelos loiros, parado no balcão.

- Quero um quarto. De preferência, com muitas relagalias. – O homem falou autoritário.

- Sim senhor. – Ela assentiu e logo passou seus dedos pelas teclas do computador. – Em nome de quem?

- Leon Blackwood.

Assim que pegou sua chave, ele caminhou até o elevador e subiu até o andar que estava seu quarto. Leon Blackwood, era um homem alto, cabelos loiros, traços finos e angulados, um corpo definido, embora não fosse tão musculoso. Seus olhos eram de um azul hipnotizante, ele trajava vestes escuras, mas sua pele pálida ficava a mostra, nas mãos e no rosto.

POV da Dominique

- Alice? O que foi? – Perguntei a ela.

- Fadinha? – Jasper voou escada a baixo, colocou as mãos no rosto dela e apenas ficou esperando que ela respondesse. Ela estava em uma espécie de transe.

- Hum... – Ela respirou profundamente.

- O que você viu? – Jazz perguntou.

- Não sei. – Ela admitiu. – Não tenho idéia do que possa ser. Vejo apenas vultos, mas não dá para ver mais nada.

Depois que Alice terminou de falar, suas mãos caíram sobre seus joelhos e seu queixo descansou sobre o seus joelhos. Suas pernas estavam juntas. Levantei-me do sofá de couro italiano, eu ia indo em direção a escada principal para subir ao quarto de Edward, quando uma sensação estranha tomou conta do meu corpo – da minha cabeça, mais precisamente. Estaquei. Fiquei olhando ao meu redor, sentia meus olhos estalados, meu coração acelerado.

- Dom... – Ouvi Edward murmurar meu nome.

Virei em sua direção, esbocei um sorriso, mas acho que não cheguei a sorrir própriamente. Uma dor aguda veio com tudo, como uma bola de canhão atingindo seu alvo. Minha cabeça parecia que ia explodir... minhas mãos embrenharam-se nos meios dos meu cabelos, eu tentava inutilmente pensar, ou fazer qualquer coisa para aquela dor parar. Meus joelhos se dobraram e foram ao chão. Eu sentia o baque, mas isso não era comparado a dor que atingia minha cabeça.

- DOM!!!! – Edward gritou meu nome.

- Por favor, faça parar! Fala parar Edward, faça!!!! – Eu gritava, mas continuava com aquela ‘coisa’ esmagando meu cérebro.

- Dominique, fique comigo pro favor, não... de novo não!!! – Meu Edward continuava gritando.

Eu não conseguia responder. Meu maxilar travou, minha vista ficou turva, até escurecer completamente. Senti meu corpo fraquejar, amolecer, embora eu mesma não tivesse mais certeza de onde eu estava. Era como se um turbilhão de vento passasse sobre mim, com todas as minhas lembranças de toda a minha vida.

- Uma perfeita dama... – Phillip correu suas mãos sobre minhas bochechas. – Ficaria linda em meus aposentos, seria perfeita em minha vida... essa beleza, esse poder...e ainda nem é uma vampira completa!

- Como ouça se dirigir a mim dessa maneira, Phillip!!! – Exclamei.

- A ousada Dominique Nesbitt... és como uma leoa e como um cordeiro.

Eu via a imagem de Phillip, um jovem que andava por minhas terras, atrás de uma dama que fosse bela e igualmente poderosa. Eu sempre o desprezei, assim como outros que me viam.

- Este é Edward Masen, Dominique. Seu pretendente. – Meu pai, Louis Stone, falava.

- Olá. – Eu disse apenas, ora, já conhecia Edward Masen.

- É bom vê-la novamente Dominique. – Ele deu um meio sorriso.

- Creio que não teremos problemas com esta união, Lord Stone, Edward já havia me contado sobre a dama dos Stone. – Edward pai, disse-nos.

- Eu já a tenho como alguém que mora em meu coração, se não se importam com tamanha sinceridade. Já és alguém muito importante para mim, Dominique. – Edward dissera sorrindo, segurando minha mão.

Eu continuava estirada no chão do meio da sala de estar da mansão Cullen. Eu sabia que todos estavam me acudindo, tentando me despertar, mas eu também sabia que quem estava me chamando era eu, ou melhor, Bella.

- O que houve comigo? – Perguntei a imagem em minha frente.

-Somos tão iguais e tão diferentes... – Ela disse baixo. – Eu sinto muito, eu não consigo aceitar.

- Eu impus você a isso... – Murmurei.

- Mas eu não aceitei... – Ela murmurava.

POV da Autora

- O que está havendo? – Emmett chegava na sala, vendo que todos estavam reunidos em volta do sofá. Edward com Dominique em seu colo.

- Ela desmaiou, depois de começar a gritar de dor... – Alice disse aflita.

Dominique estava adormecida, mas ao mesmo tempo, voltava aos poucos a si. Seu corpo voltava a ganhar o corado de antes, seu coração estava acelerando, assim como sua respiração. Edward ficou apreensivo.

- Dom? – Ele perguntou.

- Não. – Os lábios pronunciaram.

- Bellinha? – Alice arregalou os olhos.

- Me desculpe Edward. Eu causei todo este sofrimento a Dominique. Eu não consigo aceitar o fato de que não posso ser uma pessoa somente... – Ela murmurava, deixando algumas lágrimas rolarem.

- Ah, Bella... –Rosalie sentou-se ao lado dela. – Tem que haver um jeito.

- Eu te amo tanto que... fui capaz de aceitar fazer esta loucura, Edward. Só para te fazer feliz. Dominique e Eu somos tão iguais e tão diferentes ao mesmo tempo.

- Eu fui tão cego, eu estava tão cego em minha dor que não percebi que você estava a minha frente. Eu também te amo, Bella. E jamais iria te esquecer...

- É bom ouvir isso, Edward. Obrigada.

Bella respirou profundamente, fechou os olhos e desmaiou. Dentro dela, havia uma batalha que era travada. Bem, não uma batalha propriamente dita, mas quando uma parte do ser dela não estava de acordo com o decisão tomada, nem ela –bella- e nem Dominique, iriam viver bem. O que restava agora, era a decisão a ser tomada. Quem voltaria... Bella? Dominique? Ou, se nada entrasse num acordo, nenhuma das duas voltaria. Edward estava tão apreensivo, porque ele sabia disso. Ora, ele era filho de legítimo de celtas.