Estranha Obsessão escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 18
Capítulo 16 - Sentimentos, confusões, cordialidade


Notas iniciais do capítulo

:P Sem avisos, apenas comentem!!
 
Beijinhos!!!



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POV da Bella

 

- Posso falar com você um pouco? – Edward me chamou.

- Claro.

- Eu... eu fui um idiota com você, desde a primeira vez que te vi. – Ele resmungou. Eu forçava minha mente a acompanhar as palavras baixas e rápidas ele.

- Sempre por um pouco de sangue. -  Retruquei.

- Sim, porque seu sangue ... bem, agora eu entendo... porque seu sangue canta para mim, como o de Dominique.

- Ah, claro. – Murmurei e virei as costas.

 

Tudo a Dominique. Tudo eu. Eu queria simplesmente ser alguém normal e... e não precisar decidir renunciar a minha vida para dar a felicidade a ele. Tudo porque ele foi um idiota. Mas ela não. Ela foi só uma vítima. Mas afinal de contas, o que era tudo isso?

 

Uma tremenda confusão em que me meti. Em que minha cabeça gira faz dias. E Amy tinha razão. Alice sempre teve razão e Christine também. Eu nunca esquecia Edward Cullen, embora dissesse que o odiasse. No fundo... eu sabia que sentia algo pelo vampiro idiota e incrivelmente lindo que estava na minha frente, me perguntando se eu estava bem. Não, eu não estava bem.

 

Havia se passado seis dias. Eu estava em Dublin a quase uma semana. Eu andava pelas terras de Dominique – ou minhas -, conversava com a velha senhora e conhecia mais um pouco da história que, de uma certa forma, era minha também. Edward não tem falado tanto comigo desde que descobri a verdade. Ele tem até sido mais educado e cavalheiro. Algumas vezes brigávamos mas... no fim... ele agia como alguém perfeitamente educado.

 

- Quer comer alguma coisa, Bella? – Ele perguntou depois de um tempo.

- Pode ser. – Remsunguei.

- Vamos a um lugar diferente hoje. – Edward esticou a mão para me ajudar a levantar, quando, incrivelmente, eu consegui tropeçar na ponta que estava levantada do tapete.

 

Seguimos de carro até um restaurante no centro da cidade.

 

- Bem, eu...

- Espero que não esteja agindo como um cavalheiro só porque descobriu que este corpinho aqui é o da sua esposinha... – Murmurei seca.

- Está mal humorada, Bella. Por favor. O que há de tão errado em eu começar a tratá-la bem?

- Tudo! Você era um idiota até descobrir que eu sou a sua esposa. Que eu sou metade dela, pelo menos... – Completei a frase mal formulada. – Isso é... chantagem!

- Sim, foi realmente o que aconteceu. – Ele admitiu. – Mas você também não entende não é?

- É claro que entendo. É claro que sei que você a perdeu no dia da sua noite de núpcias e... caramba, Edward! Eu sei que você ficou milênios aí, lamentando a morte dela, esperando que ela voltasse...

- Sabe exatamente como me sinto. Mas não tem nem noção de como realmente  me sinto agora. – Os olhos dele ficaram pretos. Semicerrados. – Não sabe como foi ver a pessoa que você amava ser levada dos seus braços bem quando ela estava num momento crucial de sua vida. Eu era o único que podia mantê-la viva e levaram-na dos meus braços! Não sabe como é ficar sofrendo a cada dia que passa, tentando amenizar a dor que corroe cada célula morta do meu corpo. Não sabe como foi cada aniversário, você não sabe como foi Isabella!

 

“Você não tem nem idéia de como me senti quando ouvi Amy contar que você via uma tal Dominique. Eu sabia que era algum sinal. Eu cheguei a pensar que você poderia ser a pessoa que iria me dizer onde ela estava e... eu quase acertei, a não ser pelo fato de que você é ela! Você não tem idéia, não tem a mínima noção de como eu me senti vivo quando Dominique apareceu para mim, por intermédio seu. Não sabe como sou grato. Foi como se eu pudesse respirar novamente, como se eu pudesse sorrir...”

 

POV do Edward

 

- Mas você não tem idéia de como me sinto. – Bella murmurou entre uma garfada e outra. Eu não tinha mesmo idéia de como ela se sentia, eu era o vampiro idiota e, agora era também o vampiro egoísta.

- Me diga. – Falei cordialmente.

- Esqueça. – Ela disse seca.

- Bella, eu sei como se sente... você vai estar renunciando a sua vida... – Falei, empurrando-lhe o copo de coca cola.

- Você vai estar... – Ela resmungou a frase que eu tinha dito.

 

Desde que Bella soube de tudo, era difícil manter uma conversa com ela que não fosse maior do que algumas frases e monossílabas. Ela estava com um temperamento pior, talvez fosse a raiva e, eu realmente estava jogando baixo... eu estava tentando ser o mais educado com ela, ser o que eu não fui anteriormente. Era claro, muito claro e óbvio. Talvez fosse isso que estivesse deixando-a pior. Mas eu não sabia mais o que fazer para tentar agradá-la.

 

Edward Cullen, vampiro idiota e chantagista. Além de egoísta.

 

Quando o almoço terminou, voltamos ao hotel e Bella foi direto ao banheiro. Fiquei em frente a janela, estava sol, ao contrario de antes e, agora não seria uma boa hora para sair. Peguei o celular e liguei para meus irmãos.

 

“Já era hora de dar notícias, brother!” Emmett falou alto.

- Olá. Tudo bem por aí?

“Ed...” Alice resmungou. “Eu vi... eu vi... eu... eu estou tão confusa...”

- Desculpe baixinha. – Murmurei, tentando consolar Alice.

“Eu não consigo ver seu futuro, nem o de Bella... nem o nosso. Está tudo escuro!” Alice exclamou.

- Isso é porque nada foi decidido ainda, Alice.  Preciso desligar, liguei apenas para saber como está aí.

“Até mais. Nos falamos depois.” Alice desligou o telefone.

 

- Ed. – Bella apareceu no quarto.

- Hum?

- Quero que me leve para o condado.

- Mas a essa hora? – Questionei.

- Me leva e ponto, ok?

 

Bella arrumou sua bolsa. Eu vi que ela guardou as roupas que antes estavam em cima da cama, dentro da mala preta e então fechou, como se estivesse arrumando-as para sair de viagem. Depois pegou a bolsa de mão e então fomos em direção a garagem. Já passavam das seis da tarde, chegaríamos um pouco antes das sete da noite no condado. Ela ficou calada o tempo todo.

 

Quando chegamos, o casal que cuidava da casa veio nos recepcionar. Acenderam todas as luzes dos jardins e algumas de dentro da casa. Nós entramos e Bella foi direto ao quarto de Dominique, quando eu ia segui-la, a senhora – caseira – me impediu. Então a seguiu.

 

- Vamos, Sr. Edward. Temos que subir. – A mulher apareceu na escada. – Querido. Trancou todas as portas?

- Sim. Vamos? – Ele indicou o caminho da escada e então subimos. Nós fomos em direção à um quarto. A senhora abriu a porta e Bella já estava lá. Sentada de costas na beirada da cama.

- O que houve, Bella? – Perguntei.

- Vamos logo, faça o que tem que ser feito, por favor, senhora Pattynn. – Bella disse seca a mulher.

- O encanto será desfeito. – Ela respondeu dirigindo-se a mim.

- Mas você não queria, porque quer isso agora? – Perguntei.

- Porque eu não existo para mais nada além disso. – ela soluçou. – Porque minha vida, meu destino já estava traçado há duzentos anos atrás.

- Bella, não dissemos que é obrigada.

- Você não disse, mas age como se fosse! – Ela exclamou. – Eu estou fazendo isso pela Dominique, porque ela é uma boa pessoa. Porque ela me entende, porque a vida dela foi tirada injustamente! Eu estou fazendo isso porque eu te amo! Mas... saiba que eu não faria isso por você simplesmente. Por mim, você passaria o resto de sua eternidade vivendo num mar de amargura e rancor!

 

A senhora acendeu todas as velas que estavam espalhadas no quarto e abriu a janela, deixando a brisa fria entrar pela fresta aberta. Bella virou-se na direção dela e então foi colocada em frente a cama, virada para um dos lados, como se estivesse na frente de alguém. Eu fiquei num canto, junto ao homem. Nós observávamos tudo.

 

Bella me pegou desprevenido. Ela faria porque me amava e não por vontade própria. Ela faria isso para o outro eu dela que sofria ardentemente, mas, se isso envolvesse somente ela, eu viveria na amargura. Ela me amava, mesmo quando eu a tratava feito uma humana qualquer, que eu pegava em qualquer lugar, quando acha que era interessante. Mesmo eu sendo um cafajeste, ela ainda me amava e faria isso para me ver feliz, mesmo sendo a contra gosto dela.


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