Os dias se passaram correndo e o dia da peça logo chegou.

A poucas horas de sairmos de casa eu me senti feito uma criança boba com borboletas no estômago e ansioso por voltar a ver aquela garota.

Assim que chegamos na sala da peça eu busquei ela com meus olhos e não descansei enquanto não a vi.

A peça tinha começado há poucos minutos e ela ainda não tinha chegado. Será que ela desistiu de vir por causa das irmãs?

Meus pensamentos foram infundados assim que a porta foi aberta com algum espalhafato e de lá entraram duas garotas belas, uma delas era ela.

Meu coração acelerou freneticamente e eu me senti incomodado.

Ele veio até a nossa fila e se sentou do meu lado distraidamente. Com certeza se ela percebesse que eu estava ali ela mudava de lugar na hora. Não contive minha curiosidade, ou se calhar era mesmo a vontade de me aproximar mais dela, e cochichei no seu ouvido.

-Qual das suas irmãs é?

-A tarada, maníaca por compras, homens e Volvos. Tá na cara. – Falou sorrindo. Está calma hoje. Ponto pra mim.

-Ficávamos bem juntos. – Peguei. Péssima ideia. Soltei os cães dela.

-Como se eu fosse permitir que ela andasse com alguém como você! – Falou grossa. Pronto, a demônia chegou.

-Ainda não entendi o que você tem contra mim. – Perguntei curioso. Porque será que ela me odiava tanto?

-Tudo. – Respondeu seca.

-O quê por exemplo? – Tentei perceber.

-É dono de um Volvo. – Se explicou sem fundamento. 

-Isso não é justificação. – Apelei achando que ela estava de gozo com a minha cara.

-Para mim é o suficiente. E agora chega de conversa que eu quero ver a peça em paz. – Falou imponente se virando para assistir a peça. E eu? Vocês acham que eu consegui prestar atenção à peça? Não né? Eu só conseguia olhar pra ela enquanto ela tentava prestar atenção na peça, e quando ela notava que eu olhava pra ela eu desviava envergonhado.

-Páre de secar a garota. Eu falei pra você tentar ser amigo dela e não pra paquerar ela. – Minha irmã cochichou me beliscando o braço.

-Isso te deixa com ciúmes? – Perguntei divertido.

-Claro que não. Eu não sou possessiva que nem você. Eu só estou zelando pela sua integridade física. Fazer amizade com ela já é cutucar a onça, dar em cima dela é assinar a sentença de morte. – Me avisou de uma coisa que eu pensei que ela não sabia

-Afinal você está me jogando na toca do lobo e nem se importa. – Acusei indignado. 

-Affe. Se faça homem e enfrente as feras. – Acicatou rolando os olhos. Logo se deu o intervalo e a minha garota…digo, a garota irritante, saiu da sala apressada. Talvez aflita para ir no banheiro.

Eu sai junto com Alice e ela foi no banheiro também. Voltou junto com a irmã maníaca por compras, homens e Volvos da demônia.

-Olhe Edward, essa aqui é Rosalie, irmã de Isabella. – Falou minha irmã me apresentando a loirona. Gostosinha, faz meu tipo.

-Isabella? – Me fiz de desentendido.

-Sim, Bella, a garota dos bilhetes. – Minha irmã me repreendeu.

-Ah, sim, Bella. – Nome perfeito para descrever ela. – Oi Rosalie. – Cumprimentei e só faltou a garota derreter.

-Oi Edward. – Cantarolou enrolando uma mecha do cabelo e se aproximando de mim pra me beijar a face demoradamente.

-Está gostando da peça? – Perguntei educadamente.

-Muito. Principalmente das pessoas que estão assistindo. – Falou me secando dos pés à cabeça.

-Bom… - Pigarreei. – Vamos voltar.

-Espere Ed, ela está esperando pela irmã. Não seria nada cavalheiro deixar uma moça sozinha. - Alice me repreendeu.

-Claro. Desculpe. Minha irmã se ausentou pra ir ver uns panfletos da peça me deixando as sós com a devoradora de homens.

-Então… - A garota começou falando mas eu só tomei atenção para minha Bella irritante voando furiosamente até nós. - Que tal irmos tomar um copo ou algo assim quando a peça acabar. – Rosalie convidou e eu achei uma ótima oportunidade de ficar mais perto dela. Dela Bella, não dela maníaca, digo, loira, er, Rosalie.

-Acho uma ótima ideia. A Allie está mesmo precisando sair. – Falei incluindo minha irmã porque ficar sozinho com a loirona não seria uma boa opção

-A Allie? Pois a Allie… - Falou desiludida e eu ansiei que Bella falasse que também ia.

-Eu também vou. – Finalmente falou como que lendo meus pensamentos.

-Você? – Rosalie inquiriu irritada.

-Sim, eu! Algum problema? – Fincou encarando a irmã com seu olhar demôniaco e eu sorri por ela estar lutando para ir e não para fazer a irmã desistir.

Continua…