12 de Setembro, em algum lugar.
Eu estava em minha moto indo em direção a uma farmácia, precisava de esparadrapos, eu havia caído de uma árvore.
– Hey!. - Ouvi alguém, e senti cutucarem minhas costas.
– Quem é? - Falei virando lentamente, com minha arma em mãos.
– Está sozinha? - Um cara de uns 40 anos falou.
– Pra que quer saber?
– Temos um abrigo, você está ferida e talvez precise de ajuda.
– Quem é você?
– Rick.
– Jenna.
– Então Jenna, quer se juntar a nós?
– Talvez.
– Se sim, preciso fazer algumas perguntas.
– Faça.
– Quantos Walker's já matou?
– Acha que eu paro pra contar?
– Quantos humanos você já matou.
– Dois.
– Porque.
– Ou era eu ou eles.
– O.k. me siga eu estou de carro.
– E eu tenho uma moto, e não vou deixá-la de jeito nenhum.
– Me siga então.
Eu estava desconfiada, eu não podia mais confiar em ninguém.
Segui Rick, até uma prisão. Desci da moto.
– Prisão? Sério?
– Foi o único lugar mais seguro que achamos.
– O RICK VOLTOU! - Ouvi gritarem lá de dentro
– Jenna, vou apresentar você pro grupo.
– Tudo bem. - Eu disse.
Eu saí da moto e coloquei minha arma na cintura e minha mochila nas costas.
– Pessoal essa é a Jenna. Jenna esses são: Glenn, Maggie, Carol, Beth, Daryl, Michonne, Hershel, Tyreese, Lizzie, Mica e minha filha Judith e meu filho Carl, espera, onde está o Carl Hershel?
– Ah eu vou chamá-lo. - Disse um senhor, que andava mancando.
Então eu o vi descendo a escada de um jeito meio malandro e jogado, ele usava um chapéu de Cowboy e tinha uma arma na cintura.
– Pediu para me chamar? - Ele disse.
– Temos uma nova integrante. Jenna, esse é Carl.
Ele me olhou com cara de quem não ta nem aí, e eu olhei pra ele com cara de "Qual é a sua?" . Ele rolou os olhos e saiu.
Arqueei as sobrancelhas para Rick.
– Desculpe. - Disse ele.
– Tudo bem, an, vocês por acaso tem um chuveiro ? Eu preciso muito de um banho, juro que se me deixarem tomar um eu faço o que quiserem.
– Maggie vai ajudá-la. - Rick disse.
– Vamos lá Jenna. Vou arranjar algumas roupas.
– Obrigado.
Eu segui Maggie até o banheiro.
– Espero que goste daqui.
– Eu vou ficar eternamente agradecida por Rick ter me tirado da rua.
– Rick tem um grande coração, agora vá lá, tome um bom banho e descanse, amanhã nós resolvemos o que você irá fazer.
– Muito obrigado Maggie.
Entrei no chuveiro, a água estava morna por conta do sol que pegava no encanamento, estava perfeita, eu nunca me senti tão viva em 3 anos.
Saí do banho.
– Carol? Não é? - Perguntei a uma mulher de cabelos curtinhos.
– Sim, O que quer querida?
– Sabe onde posso deixar minhas coisas?
– Ah, espere vou chamar o Carl, ele resolve isso. - Ela me deu um sorriso acolhedor e foi chamar o Sr.Deboche.
– Vem. - Disse ele em um tom de indiferença.
Eu só o segui.
– Droga! - Ele exclamou.
– Ah qual é cara?O que foi?
– Vai ter que dividir a cela comigo.
– Eu tendo um lugar pra descansar, está ótima, mesmo ele sendo no mesmo pedaço que o seu.
Ele revirou os olhos.
– Pode guardar suas coisas ali, não mexa nas minhas coisas, e não me perturbe.
– Ta me achando com cara de quem vai mexer com você? Só me deixe, o.k.? Seu pai foi muito bom pra mim, não quero retribuir matando o filho dele.
– Você não sabe o que eu passei.
– Você não faz ideia do que EU passei, eu fiquei sozinha durante um ano inteiro, passando frio, fome, sede, sono. Eu não tenho mãe e nem pai, nem irmãos, nem família nenhuma. Então na venha me dizer que sofreu mais que eu, porque não sofreu! Você não fez a metade das coisas que eu fiz até seu pai me achar.
– Desculpe. - Ele ficou quieto.
– Tudo bem. Só não quero que você fique achando que eu sou qualquer uma.
Ele saiu. Sério aquele menino aaaarg, ele me irrita! Só pelo fato de olhar pra ele eu começo a viajar naqueles olhos azuis...PARA JENNA!
– Jenna? - É o Grimes, eu fico vermelha.
– G-Grimes? O que quer?
– Você esqueceu sua faca na moto.
– Obrigado.
– De nada.
Carl estava tentando se socializar comigo, eu acho.
Eu deitei e apaguei.
**
– Daryl? Certo?
– Sim.
– Rick me disse que você tinha óleo. Poderia me emprestar?
– Pra que você quer.
– Minha moto quer.
– Tem uma moto?
– Sim, modelo 1950.
– Onde conseguiu.
– Longa história.
– Deixe-me vê-la.
Levei Daryl até minha preciosa 1950, que antes era da minha preciosa Genevive.
– Uou, ela é linda.
– É.
– Se não estivéssemos no fim do mundo, eu faria uma proposta de compra.
– Eu lhe daria um soco.
– Durona você hein, viveu sozinha, perdeu os pais.
– Era isso ou virar comida de gente morta.
Ele bateu no meu ombro e disse.
– Vou buscar o óleo, pode deixar que faço o serviço.
– Obrigado. Cuide bem da minha belezinha.
– Pode deixar durona.
*
Deixei Daryl com minha moto e fui procurar Rick.
– Hey, Rick! - Eu o achei na horta.
– Jenna?
– Em que posso ajudar?
– Pode me ajudar e ajudar Carl na horta.
– Ah claro! - DROGA! D-R-O-G-A! O Grimes não. - Por onde posso começar?
– Vou chamar o Carl. - DROGA.
Ele saiu e eu tampei meu rosto com minhas mãos, Grimes não!
– Quem vai me ajudar pa... Ah, Jenna. - Ele disse indiferente, minha alternativa de que ele estava tentando ser amigável foi pelo ralo.
– Grimes. - Eu disse no mesmo tom.
– Carl, Jenna irá lhe ajudar em tudo, então quero vocês trabalhando juntos.
Ele revirou os olhos e eu dei de ombros.
– Só faça o que eu mandar.
– Só vou fazer o que você PEDIR. Ninguém me dá ordens, ouviu?
Ele revirou os olhos.
– Se continuar revirando os olhos desse jeito, eles vão virar do avesso.
– Não enche. Vamos colher os pepinos do outro lado.
– O.k.
*
Nós estávamos colhendo os pepinos, quando Grimes viu uma aranha.
– Uma ARANHA! - Ele berrou.
– Droga! Onde? É muito grande e... O que? Grimes é minuscula! Me poupe. - Disse eu esmagando a pequena criatura com a bota. - Seu idiota!
– Era uma aranha de qualquer forma.
Dessa vez eu revirei os olhos.
*
No fim do dia eu estava morta, já não aguentava mais.
– Vão tomar banho! Está ficando tarde! - Rick gritou.
Eu e Grimes nos entreolhamos e fomos para dentro. Fui até a cela pegar roupas limpas, cheguei no banheiro e Grimes estava quase entrando.
– Cheguei primeiro Mandona.
– Anda logo Medroso.
Ele demorou uns 20 minutos lá dentro, meu Deus o que tanto esse menino faz...ah coisa de menino, só pode. Finalmente ele saiu.
– Graças a Deus! - Eu disse.
Ele saiu com os cabelos molhados, ele era lindo...DROGA JENNA! PARA COM ISSO. Enquanto eu pensava nisso eu olhava pro Grimes com cara de idiota, só fui perceber quando ele disse:
– Você não vai entrar?
– V-vou Grimes! É obvio que vou. Tem cada uma.
Entrei depressa, liguei o chuveiro e permiti que a água percorrece meu corpo inteiro.
Terminei meu banho e ouvi choro de criança, lembrei da filha de Rick.
– Hey, essa é Judith? - Perguntei a uma menina loira.
– É sim, diga oi a ela Judith.
– Oi.
– Desculpe ela é tímida.
– Tudo bem. Qual é o seu nome?
– Beth, é Jenna não é?
– É sim.
– Perdeu pessoas também.
– Sim. - Falei com um tom nostálgico
– Sinto muito.
– Não sinta, no mundo de hoje, não há como sentir mais.
Eu saí e fui para a cozinha, Daryl estava lá.
– Durona, e aí? Que cara de "Quero matar alguém" é essa?
– Grimes é um idiota.