A Liberdade do Corvo escrita por Raquel Barros, Ellie Raven


Capítulo 31
Capitulo Trinta - Zoey


Notas iniciais do capítulo

Capitulo trinta cheio de emoção...



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Meus pais ou Cyrus, Cyrus ou meus pais, eis a questão que está me atormentando por todo o ano. E agora eu tenho que escolher. Ou é ele que um dia talvez me dê a pequena Rose, o nome que dei a menina que é minha filha que não nasceu ainda e estou exatamente apontando uma arma para a cabeça do pai dela, ou os meus pais, que são meus pais e eu não posso deixá-los morrer. Sobretudo, se eu matar o Cyrus, eu mato a Rose. Se eu não matar o Cyrus, mato meus pais. Decisões, decisões... Cyrus com seus negros olhos de assassino sorri com maldade e meus pais rosnam.

–Mesmo que atire, eu ainda posso matá-los!

Avisa Cyrus. Um filete de sangue começa a descer pelo pescoço do meu pai. Ele tinha razão. Se eu atirar-se nele, o peso do seu corpo acabaria por fazer a lamina deslizar pela garganta de meu pai ou ser fixada na minha mãe. E eu não posso perder nenhum dos três. Não posso perder a minha mãe ursa super protetora, nem meu pai paranóico que se esqueceu o que é se apaixonar sobre risco, nem o Cyrus que vai ser pai de uma criança que nem nasceu ainda, mas eu amo de mais para sacrificá-la. Santo Boreh! Maldito seja o dia em que o avião caiu em Master Great. Olho para a Arya fazendo sua melhor cara de quem não ousa dar um sinal se quer de reação. Jasper e Neal também não poderiam fazer nada sem meus pais saírem machucados. Enquanto isso a vida deles está literalmente nas mãos do louco do Cyrus.

Cyrus continua a me olhar com aqueles terríveis olhos negros, sem brilho ou compaixão, o seu sorriso do mal ainda exibido embaixo do capuz. Boreh!Ele deve está planejando esse momento desde que nos encontramos da ultima vez. Deve ter sonhado com ele. Com o momento que eu teria que escolhe de que lado ficaria. O dele, o aceitando com todos os seus exaltados defeitos ou o do meu pai, da minha família e seu ódio pelos Troubles e Apaches. Esperto como é, ele imaginou que eu acabaria por escolher os meus pais e impôs sua condição: se eu não escolho, meus pais não vivem para ter o desgosto de ver uma filha ficando com o filho de Derek.

–Sabe que eu não o perdoaria, não é?

Pergunto tentando ganhar tempo, a pistola pesada sobre minha mão que tremia insistentemente. Por que merdas de ninguém me avisaram que se eu sobreviver-se a Derek teria que passar por isso? Sério! Agora vejo que tudo é mesmo culpa minha. Se eu não tivesse nascido nada disso estaria acontecendo. Derek não teria vindo a óbito, Cyrus não estria prestes a matar meus pais por causa disso e eu não estaria prestes a matar Cyrus.

–Você só tem duas opções: Eu ou eles. E sabe bem que se você escolher eles nunca mais os verá vivos.

–O que me garante que não vai machucá-los?

–Nada!

–Se eu desistir, você vai para de ameaçá-los?

–Seja mais convincente. Dê-me alguma coisa em troca da vida dos seus pais Zoey!

–O que, por exemplo?

Pergunto imaginando o tanto de coisas que eu posso dar para Cyrus e o tanto que ele realmente quer. De tudo que eu poderia dar poucas ele iria querer. Mas o que ele gostaria mais do que vingar o pai? Quer dizer, isso deve ser tudo o que ele quer! Cyrus são um Owl e um Trouble. É uma combinação perigosa. Os Owl são muito ligados a família e os Troubles são extremamente vingativos. E meu pai, meu pai assassinou o Derek. Mesmo que fosse para me proteger, como um filho entenderia isso? Como o Cyrus que foi criado por Derek, que era o pai dele iria entender? Pais fazem tudo pelos filhos. O que não me garante que Derek não estava também tentando proteger sua família? Não de mim! Do meu pai. Eu amo meu pai. Ele é um bom homem, com um bom coração preocupado com sua família que faria tudo por ela. Sobretudo, e se Derek fosse também? E se Cyrus amasse seu pai como eu amo o meu? Ele deve amá-lo. Se eu tivesse no lugar de Cyrus, talvez eu fizesse a mesma coisa. Eu não disse que não o perdoaria há pouco tempo?Isso não é um tipo de vingança? Se tiver algo que agora eu aprendi é que esse ciclo vicioso tem que terminar. Hoje se for possível. Não vou recorrer aos dois caminhos que me foi dado quando há um terceiro. É o caminho da Rose. Só que o nem o Cyrus, nem o meu pai sabe que um dia ela vai existir e que vai ser mais do que a minha filha com o cara que deveria matar meu pai, será o símbolo do fechamento de um circulo de vinganças.

–São muitas, algumas até caras, mas não posso deixar de desejar algo tão valioso quanto à vida do meu pai.

Responde deixando o sorriso morrer. Seus olhos ainda eram negros. Mas agora eu via mais do Cyrus. Não o assassino, o Cyrus que sempre tentou me convencer de que eu seria a Floarea dele. Eu me vinguei do meu irmão fazendo tocar em meu coração, sentir minha dor e o meu amor pela minha família. E ele acabou ficando preso por lá. A culpa disso é minha mesmo. Eu expus meu coração e de algum modo não vi quando ele acabou por ser conquistado. Não vi. E agora vejo que não conseguiria matá-lo. Não por causa da Rose. Eu não o mataria por que amo o homem mais imperfeito do mundo. Um homem que ameaça meus pais, que quer vingar em minha família, que conduziu meu irmão à morte. Um homem que eu deveria e gostaria de odiar com todas as minhas forças, mas acabei por amá-lo. Sem querer, sem ver, sem ao menos perceber. E eu nem sei o por que! Talvez o fato que ele me respeita desrespeitando, ou que atende alguns dos meus pedidos, talvez por que se preocupe comigo, ou se interessou mesmo sabendo que eu não poderia ter filhos na época.

–Como?

–Já sabe a resposta, Zoey! E eu sei que está tentando me enrolar! O que decide?

Exigi Cyrus, para não perder a compostura. Os olhos dele agora brilhavam mesmo negros. Já me decidi. Olho para minha mãe que tinha virado um pouco a cabeça para me olhar. E ela não estava com raiva. Angel Blood é incapaz de sentir raiva do Cyrus por que o coração de mãe dela a colocou em seu lugar. E minha mãe percebeu antes de mim que ele roubou meu coração. Minha mãe muitas e muitas vezes me disse que se apaixonar e amar meu pai foi à melhor coisa que lhe aconteceu. Minha mãe sabe o que é amar alguém que não se quer amar. Ela me entende. Minha mãe ursa consegue ler nas estrelinhas. Já meu pai não. A guerra o endureceu. Ele odeia Cyrus, e Cyrus o odeia. E vai se decepcionar tanto comigo. Meu Boreh! Como vou convencer meu pai a aceitar que eu amo o homem que ele odeia? Ele não o aceitara! Pelo menos não de primeira. Só me resta ter esperanças de que esses olhos verdes cor do mar cheios do mais puro ódio, e do mais fétido desejo de tirar a vida se tornem algo como extremo orgulho. Que um dia essa expressão de raiva e ódio se torne uma expressão de alegria.

–Segure o pai.

Sussurro mudamente para minha mãe. Ela levanta as sobrancelhas, e o Cyrus semicerra os olhos tentando entender o que eu quis dizer com isso.

Coloco a arma no gelo frio, e vou me desarmando. O problema de se armar muito é que tem arma em lugares que você nem lembra que colocou. Ao todo eu coloquei uma dez armas de todo tipo. Só nas minhas botas tinha umas quatro.

–Podemos negociar.

–Ok! Eu libero sua mãe se descobrir o que eu mais quero no mundo.

–Estou na duvida entre matar meu pai...

–Só para sua informação isso não é exatamente o que mais quero no mundo.

Retruca me interrompendo. Mais um defeito para que eu liste: Mal educado que dói. Caminho lentamente em direção dele. Estou tão nervosa que parece que meu coração vai sair pela boca. A culpa é dele que foi passear nas fortalezas alheia e acabou ficando preso por lá.

–Então você deve está mesmo é querendo a sua Floarea, estou enganada?

Respondo parando a sua frente. Respiro fundo e acabo por inalar todo o cheiro viciante de Cyrus. Posso sentir todo o calor que emana de seu corpo. O olho por debaixo do capuz. Foi até fácil por que eu sou tão baixinha perto dele. Meus olhos cinza preferidos não tinham voltado ainda. Cyrus esboça um sorriso com o fato que eu não disse: Você me quer seu merda de Sauter. Mas querendo ou não nasci uma pessoa sábia, com um só que não mesmo depois, e sei que tenho que usar dessa fraqueza adorável dele ao meu favor. E é justo! Ele não está usando a seu favor, então, agora é minha vez. O sorriso de Cyrus cresce um tanto. Sobretudo de um lado apenas, mostrando uma das presas afiadas que eu dei para ele. De cortesia é claro.

–Minha Floarea tem nome, o diga.

–E liberta minha mãe?

–Definitivamente.

–Quer o nome todo?

–Se for capaz...

Responde levantando uma das sobrancelhas. Meu pai rosna do outro lado. Que bom que ele vai ser parado por minha mãe. Por que só ela pode me parar.

–Zoey?

Digo como uma pergunta tão baixo quanto um sussurro me aproximando mais dele. Paro de olhar em seus olhos e os levo em direção a sua mão que ameaça o pulmão direito da minha mãe.

–Correto.

Confirma me fazendo ficar quente. Ok! Zoey não coloque seu plano todo a perder. Levanto minhas mãos brincando com os botões de seu casaco negro de veludo e digo novamente meu outro nome como se também fosse um pergunta:

–Victoria?

–Definitivo.

Responde em uma voz suave e aveludada como uma pétala de rosa caindo que fez arrepios subir por toda a minha nuca. Sinto seus olhos sondando meu rosto, mas não me contenho, meus dedos acariciam seu braço. Consigo sentir os músculos bem definidos de seu braço por de trás da maciez do veludo. Vou descendo minha mão por seu braço até a sua mão grande de homem. Sussurro meu primeiro sobrenome, enquanto seguro sua mão com toda a delicadeza do meu ser:

–Blood?

–Infelizmente.

Sussurra também. Permito-me levantar o olhar enquanto afasto a mão dele e adaga de perto do pulmão da minha mãe. Ouço-a suspirar e se afastar. Mas não consigo ver nenhum olhar de alivio, estou muito presa me perdendo no rosto de Cyrus. Não vejo seus olhos, e seu outro braço ainda está estendido com uma adaga no pescoço sangrando do meu pai. Isso me incomoda profundamente. Tiro seu capuz, apenas para ver seu rosto. Ele é tão lindo. Boreh! Como não percebi antes? Um homem desses me querendo? Percorro a sua face com as pontas dos dedos, sentindo todos os fragmentos de calor que faziam a minha pele formigar e queimar. Ele fecha os olhos respondendo ao meu toque. Isso faz com que eu me sinta a mais bela das mulheres. Paranóia feminina apenas. Digo meu ultimo, irônico sobrenome em um sussurro aproximando-me mais de seu rosto a ponto de sentir sua respiração sobre a minha:

–Garden?

–Do meu jardim.

Responde fazendo uma referencia descarada ao sobrenome que herdei do meu pai. Meu sobrenome significa literalmente jardin. Pelo menos Cyrus tem senso de humor irônico. Ele aproxima mais seu rosto do meu, e eu sinto sua mão subir as minhas costas, debaixo da blusa. Bendito seja o sutiã preto! Pergunto enquanto beijo o ladinho de sua boca como ele fez comigo há um ano e alguns meses atrás:

–Zoey Victoria Blood Garden. Acertei?

–Felizmente.

Responde capturando meu lábio inferior com ávido desejo. Sua outra mão segura fortemente minha nuca. Eu capturei seu lábio inferior com meus dentes e ouvi um som selvagem nascer no fundo da garganta dele. Uma das mãos de Cyrus segurava minha nuca, com os dedos bem enfiados na raiz do meu cabelo, enquanto a outra estava na base da minha coluna, me mantendo tão perto que era difícil puxar o ar para dentro do meu peito comprimido. Minhas mãos segura seu cabelo liso como pena. Meu corpo estava reagindo a Cyrus de uma maneira que eu não conseguiria controlar. Parecia que tudo funcionava ao mesmo tempo exceto o meu pensamento. Seu cheiro era suave e agradável ao ponto de ser completamente viciante, sua pele parecia tão atraente quanto um cobertor quente ou uma fogueira no frio intenso e seus lábios são como a sobremesa mais deliciosa, aquele que sempre dá vontade de comer toda de vez, mas acabamos por saborear aos poucos. Ele tinha me tomado para si. E eu me sentia realizada por isso. Entorpecida, realizada e um tanto feliz. Mas, também preciso respirar.

Vou separando meus lábios do de Cyrus e ele automaticamente me procura desesperadamente, me obrigando a lhe da um selinho rápido. Seguro seu rosto com as duas mãos, enquanto minha respiração irregular, intensa e acelerada tenta se acalmar. Mas nem por isso deixo de separar meu rosto do dele. E nem se eu quiser-se conseguiria. Do jeito em que os braços de Cyrus me prenderam tão perto contra se corpo dificilmente eu conseguiria me afastar. E o Cyrus também não conseguia manter a boca longe da minha pele. Como não conseguia mais beijar meus lábios, beijou meu rosto, foi descendo por meu pescoço... De vez em quando até mordiscando e dando alguns chupões de leve. Era uma sensação tão boa que eu não conseguia parar de rir. Não consigo pensar em nada melhor do beijá-lo, mas uma mão quente descendo minhas costas me fez repensar.

–Olha a mão.

Digo dando um freio nele. Afinal, se vive um dia de cada vez, e eu não estou interessada em ter minhas carnes mais apertadas. A mão de Cyrus retrocede e ele acaba por rir e olha para mim. Seus olhos estavam naquele cinza azulada que eu acabei por descobri que era a parte que eu achava mais linda nele. Talvez depois do abdome bem definido. Ok! Os olhos primeiro, o abdome depois e ele por completo em terceiro lugar. Vestido, deixo claro. Por que qualquer outro tipo de idéia me deixa constrangida só de pensar.

–Você é linda!

–Eu sei.

Retruco passando a mão naquele furacão branco que seu cabelo se tornou. Confesso, foi culpa minha.

–Primeiro beijo. Vou cortar da minha lista...

–De primeiro em tudo?Você sabe bem que não é minha primeira paixão, não é?

–Claro que sei! Por isso vou bater no Jordan assim que vê-lo.

–Como é mau!

–Obrigado.

Agradece, levantando uma das sobrancelhas, um tanto esnobe. Por cima de seus ombros vejo minha mãe dando uma chave de braço em meu pai. Ela sorriu e me olhou com aquela cara, eu sabia que você estava aprontando. Não consegui encarar meu pai. Salvei a vida dele, mas ainda assim não há como eu não me sentir culpada.

–Que foi?

Pergunta Cyrus preocupado, seguindo meu olhar. Uma sombra se formou em seus olhos. Parece que Cyrus curte a sogra dele, mas o sogro é outra historia e eu temo que ela não mude.

–Eu devia saber.

Suspira em um quase rosnado de frustração. Cyrus ameaça caminhar em direção do meu pai, mas eu me coloco na frente.

–Você tem que para com isso.

Aviso, séria o suficiente para ele não continuar o seu caminho. Cyrus semicerra os olhos e chega tão perto do meu rosto que acabo por ficar vermelha.

–Não é por que eu me apaixonei por você que quer dizer que eu não queira vingar meu pai.

–É justo que você queira Cyrus, mas, se você for mesmo apaixonado por mim vai tentar pelo menos esquecer essa historia de vingar seu pai matando o meu! Estaria matando metade de mim!

–Você é uma pessoa e ele é outra.

–Dexter Garden é meu pai! E se você não conseguir aceita-lo temo que não possa existir um nós.

–Eu quero você! Não ele!

–Quer matá-lo! Sabe o que isso faria comigo? Despedaçaria-me. Você vai me querer aos pedaços?Vai? Ver-me triste não vai te fazer bem, tanto quanto não vai me fazer bem! E você já encaminhou o Niall à morte! Não me esqueci disso, ok?

Apelo, por que se tem algo que aprendi com a minha mãe é apelar. O dono da minha memória de primeiro beijo suspira pesadamente. Basicamente isso significa que eu ganhei essa luta. Não a guerra toda, por que isso já tem gerações e não vai acabar com um só beijo entre integrantes de famílias rivais. Cyrus coloca o capuz novamente, recolhe suas armas e as guarda. Vira-se para mim e segura meu rosto com as duas mãos grandes e quentes. Ele acaba por acariciar de leve meu lábio, e sigo sua mão fechando os olhos.

–Espero que seu pai saiba que ele tem muita sorte de ter uma filha tão preocupada com seu bem estar que é capaz de abrir mão de qualquer coisa por ele.

–Ele sabe.

Responde meu pai de mau gosto, só para interromper o momento. Minha mãe o tinha liberado por que ela aprendeu a controlá-lo depois de tantos anos casados. Cyrus apenas se limita em lhe da um olhar raivoso e recebe um rosnado em troca. Para meu azar, o filho de Derek mostra as presas calidamente afiadas. E isso faz com que meu pai assovie entre os dentes. Dexter repetiu o gesto. Por ser presai desde muito jovem meu pai tem essa vantagem extremamente grande. Ele sabe as limitações de nosso lado da espécie e suas presas são tristemente maiores do que as de Cyrus. E meu pai sabe como usá-las para dar mais do que dois pontos em alguém, se é que me entendem.

–Cyrus, pai... Não comecem. Ou quem vai sair machucada de verdade sou eu! Apenas eu!

Informo para acalmar os ânimos e dar certo. Querendo ou não os dois estão preocupados com meu bem estar. Vou sempre que possível apelar par isso.

–Ok! Seu tenho que ir agora. Não se esquece! Eu me importo com você, apesar dos entretempos...

–É bom saber Da próxima vez eu atiro em você.

Aviso completando mentalmente ou em mim, o que doer menos. Sim, a minha situação é essa. Parece que vai doer menos se eu colocar alguma bala em meu corpo de que no de Cyrus. Definitivamente, está apaixonada é como está preso dentro do coração de outro, ou ter outro preso em seu coração. Cyrus rir e me roubar outro beijo um tanto rápido.

–Vou me tomar por avisado.

Diz, beijado minha testa, o que odiei por que me deu a impressão de que sou muito baixinha. Depois ele acena com a cabeça para minha mãe e ignora meu pai e segue seu caminho. Quando ele desaparece da minha vista minha ficha cai. Eu e Cyrus nos beijamos! Foi meu primeiro beijo e na frente dos meus pais. Olho para o meu pai, com sua frieza estranha, mas habitual em relação a mim, que foi sumindo aos poucos por enquanto. Nos últimos tempos Dexter parece que convocou seu Jack Frost em qualquer coisa em relação a mim. E isso magoava tanto que pesava meu coração. Mas agora ele tinha um motivo para me ignorar. O problema é que invés dele fazer isso, meu pai, em abraça como se fosse me proteger de mim mesma, e simplesmente me avisa em um sussurro:

–Agora sim minha menina, agora sim é um caminho sem volta.

Oficialmente estava declarada a guerra entre meu pai e Cyrus. E eu simplesmente sou o pivô.


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Notas finais do capítulo

Quem curtiu? A Zoey finalmente toma coragem, e a confusão está prestes a explodir. Comentem sadizinhas, recomendem e beijocas para vocês.



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