A Liberdade do Corvo escrita por Raquel Barros, Ellie Raven


Capítulo 25
Capitulo Vinte e Quatro - Emma


Notas iniciais do capítulo

Quem promete, cumpre... Oie para vocês! Surpresas nesse capitulo. ( E uma correção básica do outro capitulo o ano que a guerra completa duzentos anos é abril de 2234 e eles estão no ano de 2231) (O erro anterior não pode ser corrigido imediatamente por que há um pequeno problema no meu computador e eu não posso editar capítulos já postados e também por que eu esqueci que eles já estão no seculo XXIII, o que faz que o ano seja 2234, não 2134, e que a guerra tenha duzentos anos, não cem como está escrito lá).



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–Bem! Digamos que nossos amigos são da onça! São cobrinhas bem infiltradas aqui para roubarem informações. Parece que o Espião deles não está conseguindo nada. E mandaram o príncipe e seus melhores e mais leais amigos para fazerem isso pessoalmente.

Acusa Gwen, levantando. A chance da Gwen está mentindo são bem menores do que a chance do que ela disse ser verdade. E pela reação do Ethan, do Cyrus e do Cale era uma verdade sendo dita.

–Cala a boca!

Rosna Ethan furioso. Gwen não recua. Ela não é de recua e não é agora que vai fazê-lo.

–Ah! Não! Agora que eu comecei não vou parar! Não antes de dizer para minhas melhores amigas que infelizmente esses lindos senhores de Great Master estavam nos usando! Ou você acha mesmo que a Emma vai ficar se culpando pelas chibatas que você planejou receber? Ou que a Zoey vai ficar dividida entre a família dela e o Cyrus? Eu sinto muito Ethan, mas você brincou com a vida e com os sentimentos alheios. E você não fica trás Caleb seu lobo maligno sonso! Imagina! Ficar simpático de repente. Vocês deveriam é ter vergonha! Sobrou até para a Arya, que também acreditou nessas mascaras de meninos bons no fundo.

Revela Gwen tremendo um pouco de raiva. Ela poderia se transformar em uma loba a qualquer momento. Agora sim as reações foram diferentes. Caleb tremia de raiva, e sem a tornozeleira se tornaria lobo a qualquer momento. Cyrus abaixou o olhar um tantinho envergonhado e Ethan. Ethan como sempre, foi altivo. Não abaixou a cabeça, nem demonstrou sua raiva. Na verdade encarou Gwen de cima a baixo e soltou:

–Você vai se arrepender muito por ter feito isso, Gwen.

–Não, Ethan! Eu me arrependo de não ter arrancado a cabeça de um de vocês quando podia. E não adianta me ameaçar! Não tenho um pingo de medo correndo em meu sangue. E você sabe bem que o que fez, nos usar, foi um erro. E esse erro vai te custar caro.

Avisa Gwen. Ethan engole seco. Não sei o que aconteceu agora, mas algo me diz que a Gwen percebeu algo que o Ethan não tinha percebido ainda.

–Eu deveria era ter mordido seu focinho.

Comenta Caleb. A Gwyneth rir e desafia:

–Tenta!

Alguns segundo depois, dois lobos gigantes estão brigando e quebrando tudo ao seu caminho. William que estava calmo de mais com essa situação se vira apenas para olhar a Gwen descontando toda a sua raiva no lobo Caleb. Zoey foi a primeira a ter uma reação. Não de ajudar na questão de Gwen, por que ela também não poderia. Em brigas de lobos só lobos pode se meter. E ela tinha um grande e apaixonado problema a resolve: Cyrus. Zoey simplesmente levanta e caminha furiosa na direção contraria do Cyrus, que a segue apenas para ganhar um belo soco. Agora que a Zoey não vai pegar leve com o Cyrus. Mas se fomos juntar todo dos pontinhos podemos ver que ela tem razão e muita. Queda do avião de um príncipe de Master Great, o herdeiro do trono em Onyx, o vulcão em que nossa Base Um estava entrar em erupção sem nenhum aviso, o ataque dos Sauters que eram uma espécie em total extinção aqui na ilha, os prisioneiros de Great Master acabam indo em uma missão exclusiva por terem ganhado confiança ao salvar as filhas de gente importante. Tudo tão suspeito que se tornou impossível de desconfiar. Quem imaginaria que o Ethan Baelfire receberia chibatadas por que era parte de um plano? Eu fui uma idiota em acreditar que ele estava fazendo isso por algum motivo maior. Não sentimentos fortes, mas, talvez compaixão. E como sempre, agi como uma tola. Sim é assim que me sinto. Uma tola. Deixo as reações e os gritos da Zoey de lado e me concentro em encarar o Ethan. A expressão dele era fria como uma manhã no inverno. E os olhos, aqueles olhos verdes-mar que eu acho lindo, não estavam tão lindo assim. Eles se mostraram verdadeiramente calculistas, frios, objetivos, controladores. E de pensar que uma pessoa dessas meche comigo. Boreh! É muita loucura. É muita tolice. Tolice não perceber que uma pessoa dessas não tem coração. Vive e respira para o poder.

Ser tolo deve ser algo natural como o nascer do sol. Mas parece que a minha tolice é maior do que a da maioria! Confiar no Ethan... Loucura. Confiei no Ethan e agora sofro as conseqüências de maneira maldosa e intensa. Qualquer pessoa sensata perceberia que isso é no mínimo uma grande loucura. Mas ele só precisou me salvar algumas vezes e minha desconfiança se foi em pedaços da mesma maneira que eu vou agora. Antes de responder as acusações de Gwen, Ethan para á olhar minha reação. E ela é bem reveladora. Não suporto olhar para ele nem mais um minuto. Todo aquele falso arrependimento. O príncipe sombrio pegou minha confiança e jogou de um penhasco e agora olha para ela se esbagaçando. E eu achando que ele, talvez, tivesse um bom coração. Que só fosse um mau menino bom. Na verdade eu não tinha tantas esperanças de que ele fosse bom, mas só que tivesse um coração. Pelo jeito, não! Só brincou com os sentimentos alheios e colocou minha vida em risco para só variar. Levanto sem pedir licença, derrubo a cadeira e a ignoro, e macho furiosa para o elevador, agradecendo mentalmente a Beverly por ter me mandado vim nessa missão. Se não fosse por ela ainda estaria mancando, com uma muleta, lenta como uma lesma e o Ethan conseguira me alcançar. Quem esse filho de um bode expiatório, como William chama Hazazel, pensa que é? Quem disse para ele que poderia brincar com os sentimentos dos outros dessa maneira? Grande porcaria ser um príncipe! Grandes merdas é ser um Dark. E ser filho de Hazazel! Meu Boreh! É pior do que tudo isso junto! Agora eu tenho nojo do Ethan! Ele está me causando repulsa! E de pensar que eu achei que tivesse nascendo alguma amizade entre nós! Mas não! Ele só estava me usando. Usando-me merda!

–Emma!

Chama Ethan atrás de mim. O ignoro, por que ele merece ser ignorado. Entro no elevador, pouco me importando se tinha Sauters lá em cima ou não. Preciso de um ar. De me conectar com a sinceridade da natureza. E só para variar com algo verdadeiro. Viro-me para a porta. E no momento que a porta do elevador estava fechando, Ethan a segura e entra no elevador também. Mas que lindo! Perfeito! Maravilhoso. No elevador com o príncipe sombrio metido e falso.

Encaramos-nos por alguns instantes. Eu, querendo grudar no pescoço dele, ou soltar verdades venenosas. E ele esperando.

–Você se magoou?

Pergunta, brincando com aquele anel irritante que eu não lembrava que ele tinha. Anel selo, de ônix, ouro, diamantes e rubis, com uma bela inicial EB bem desenhado no centro. Digno de um príncipe.

–Por que eu me magoaria?

Ironizo azeda, cruzando os braços como se isso fosse me proteger daquela linda criatura mesquinha na minha frente. Ethan rir com o meu cinismo. Qualquer pessoa muito inteligente perceberia: Eu estou! Estou, muito, muito mesmo, magoada. E tudo culpa minha e dele. Dele mais do que minha.

–Você não estava em meus planos!

–Claro! Como sempre sou uma fatalidade. Não sabia? Eu tenho a incrível capacidade de ser fatídica.

–Eu não imaginei que fosse conhecer você, Emma. Sabia daquelas duas, mas você apareceu em meu caminho e eu não sabia o que fazer, e ainda não sei.

–O que quer dizer?

–Quero dizer, que se te usei, não foi de propósito.

–Está me consolando? Aí que fofo! Quem disse que eu acredito em uma misera palavra que você diz. Já ouviu aquele ditado? Um gesto fala mais do que mil palavras? Se não ouviu! Está ouvindo! E você me magoou sim! Não ache que desculpas vão resolver por que não resolve! Sou boazinha, mas você pisou no meu calão, que eu não quero te ver nem pintado de ouro.

Digo, deixando as palavras rolarem. Por que, meu Deus! Eu não suporto guardar esse tipo de sentimento dentro do peito. E ele foi tão mesquinho comigo. Senhor! Agora estou indignada! Indignada!

Ethan morde o lábio inferior e olha para cima, antes de dizer:

–Justo! Muito justo! E já que você quer provas de que eu realmente me importo com você eu vou dar.

–Desculpas, mas como? Você? Se importar comigo?Repete que essa eu não ouvi.

–Emma, você acha mesmo que eu ganharia chibatas por causa de um plano? Que me arriscaria com o Blosnake por causa de um misero plano? Pensa direito! Eu me importo com você! Você querendo ou não! Eu quero protegê-la sim, e eu quero sim seu bem!

Responde Ethan fazendo uma lenta e perigosa aproximação. Sabe que eu até queria acreditar nele? Eu queria mesmo! Muito! Mas não consigo! Simplesmente não consigo acreditar no Ethan ou no que ele diz. Primeiro, por que simplesmente não faz nenhum sentido ele querer o meu bem. Outro é que não faz sentido ele querer me proteger. E não faz sentido ele está tentando conseguir minha confiança novamente. Já fora desmascarado mesmo.

–Por quê?

Pergunto batendo levemente as minhas costas contra a parede fria do elevador quanto mais Ethan se aproxima mais eu o quero longe de mim. Infelizmente estou encurralada e não me sinto confortável quanto a isso. Como o elevador é consideravelmente pequeno não há como correr. De maneira alguma na verdade. Eu não conseguiria fugir dele nem querendo. Os braços de Ethan impediriam minha passagem. Falando em braços, uma parte bem pequena minha nutria um desejo secreto de está nos belos, definidos e fortes braços de Ethan.

–Por quê?

Repito baixinho olhando para baixo. Quero uma resposta. O polegar de Ethan traça uma linha fogosa em minha bochecha e logo após acaricia minha boca. Ele rir com a expressão que deve está se formando em meu rosto. Aquilo era sim um sorriso. Que fez meu coração bater tão rápido que tive medo que pudesse ser ouvido.

–Por quê? Não posso responder o porquê! Até por que, eu ainda estou tentando me responder o que é que tem de errado em você.

Responde-me, com o seu rosto tão perto do meu que posso sentir sua respiração a alguns centímetros do meu rosto. Estávamos tão perto que eu posso sentir um batuque irregular por debaixo de seu peito. Um coração batendo tão rápido que me deixou desnorteada. Fecho os olhos. O Ethan tem mesmo um coração. E o sinto bater apressadamente como se fosse o meu próprio coração. Tomo coragem e olho para ele. Para aqueles olhos verdes vidrados em mim. Olhos que parecem como olhos de uma criança desejando um doce. Mordo meu lábio inferior, apenas para segundos depois ele ser capturado pelos lábios do Ethan. Uma corrente elétrica prazerosa percorre meu corpo. Meus olhos se fecham automaticamente, enquanto suas mãos seguram minha cabeça, e seus dedos entram em meu cabelo. Acabo por ficar na ponta dos pés, e Ethan me escora na parede do elevador. Meus lábios captaram os dele. Eram adocicados como balas de morango e viciante como uma droga. A língua de Ethan acaricia a minha, fazendo com que arrepios subissem por minha nuca. Minhas mãos grudam em seus cabelos, o puxando mais para mim. Uma das mãos de Ethan se solta do meu rosto, e ele enrola seu braço em minha cintura pressionando meu corpo contra o seu. Sua outra mão segura minha cabeça, enquanto ele aprofunda o beijo. Sua língua agora caricia o céu da minha boca de trás para frente. Mais arrepios. E o nada. Nada a não ser eu e ele. O príncipe para de me beijar, e encosta sua testa na minha, sua respiração selvagem, acelerada sobre o meu rosto. E inconscientemente procuro mais. Meu desejo era palpável. Se segura no ar. Consigo senti-lo como se ele deixar-se tudo mais leve e menos racional. Até agora eu não tinha percebido, mas eu estava sem respirar. Não que eu me importe com isso a essa altura. Inalo com força o ar a minha volta. E ele cheira a Ethan. Alguma mistura maravilhosa de alguma varias coisas que me dá água na boca e que agrada minhas narinas. E bem provavelmente eu também estou cheirando ao Ethan.

–Eu acho que já sei seu problema.

Comenta rindo. Acabo rindo com ele. Meu problema com certeza é ingênua de mais. Mas até que tem as suas vantagens. Uma delas é bem provavelmente está sendo enganada pelo homem mais desejado de Master Great e pelo mais procurado de Onyx. Pelo menos eu vou ter alguma lembrança. Ok! Isso não é uma vantagem, é um consolo.

–Já?

Pergunto abrindo os olhos. É como ver pela primeira vez. Eu procuraria o príncipe frio que me roubou um beijo á alguns instantes atrás, mas a única coisa que vejo é um jovem sadic de olhos verdes-mar brilhante e a boca, talvez um pouco inchada, com um sorriso que nem parece real. Eu não estou na frente do Ethan Baelfire Apache, o cara que me usou para conseguir seus objetivos. Estou na frente de um lado do Ethan que bem provavelmente ele esconde de todos.

–Seu problema é que você me deixa louco! E estou furioso, por que fui descobri isso agora que vou ser obrigado a ir embora.

–Você não me parece furioso.

Retruco esfregando meu nariz em seu pescoço para sentir seu cheiro melhor. Acabo mordiscando a ponta de sua orelha. Ethan rir novamente. Ok! Eu não sou eu! Colocaram outra pessoa em meu corpo. Uma Emma atrevida, um pouco pervertida, e com confiança perigosamente grande.

– Infelizmente eu tenho que ir, mas antes, quero te dar isso.

Avisa Ethan fechando as mãos em concha e quando as abre na sua palma, bem enrolado tem um colar. Ele o estende no ar, e eu consigo vê-lo direito. É bem simples na verdade. A corrente era fina como um cordão e prateado, e a grande pedra vermelha, tão escura que parecia até que era preto, é bordado com pequenos arcos de prata. É lindo. Muito lindo na verdade. E para o Ethan chega a ser incrivelmente simples. O que deixava aquela jóia mais bonita ainda. Toco de leve aquele presente. E olho para o Ethan observando minha reação. Pisco sem acreditar naquilo. O Ethan estava me dando um presente? Por quê?

–É lindo.

Comento, colocando o cabelo de lado e me virando. Ele coloca o colar e pelo espelho do elevador consigo vê-lo sorrir por de trás do meu cabelo. O colar agora se destacava de maneira impressionante sobre a minha pele branca. Era pesado também e parecia que a pedra queimava sobre minha pele, assim como meu coração queima dentro do meu peito. Mas logo me acostumo.

–Era da minha mãe! Cuide bem dele, Emma. Isso era a ultima coisa que eu tenho dela.

–Por que está me dando?

Pergunto tocando aquela preciosidade em meu pescoço. Ethan beija a pele nua da minha nuca e responde:

–Um objeto de grande valor deve ser dado a uma pessoa de grande valor e eu imaginei que seria perfeito para você. Não tire de seu pescoço. Com esse colar posso sempre saber que você está viva e bem. E também posso saber que não está em perigo. Agora eu tenho que ir.

Despede-se então com um ultimo, rápido e torturante beijo e sai pela porta do elevador. Ela se fecha logo depois. E eu volto para o subsolo com dois presentes. Um colar que eu nunca vou tirar e com a lembrança de meus dois primeiros e inesquecíveis beijos.

–-

A base Alfa, como chama a Gwen estava uma bagunça. Uma bagunça mesmo. William gritava ordens para arrumarem logo o local, a Arya tinha sumido a Gwen também, e a Zoey está em estado de calamidade. Os olhos verdes dela estavam vermelhos de tanto chorar. Parece que só eu tive uma despedida feliz aqui. A Zoey me dar um olhar tristonho e vem em minha direção.

–Isso é inacreditável, não?

Pergunta com a voz rouca de infelicidade. Parece que o Cyrus mexeu mesmo com ela. A abraço por que não posso falar nada quanto a isso. A Zoey logo percebe o colocar que está em meu pescoço. Ela o segura e olha com uma careta para ele e pergunta:

–Quem te deu isso?

–Ethan.

–E você aceitou?É claro, que pergunta tosca. Acho melhor levar esse presente para ganhar uma vistoria! Pode ser um truque daquele príncipe sonso.

Aconselha Zoey, me puxando pela mão até William. Só espero que ele não comece a gritar comigo. Por que é isso que ele faz quando se irrita. Berra com todos e com todas. Exceto é claro, a Eva. Por que até uma olhada feia para ela, ele não é capaz de dar. E se algum dia deu, hoje não faz mais. William em seu trono (ler-se poltrona de couro preto e rodinhas) se vira para mim, e faz uma careta. Ele sempre faz uma careta quando me vê. Parece que o lembro a Beverly. É! Estou bonita com a minha vida.

–Ok! Perséfone de Ethan! O que você ainda está fazendo aqui?

Pergunta William. Não sei por que ele me chama de Perséfone quando o meu nome é Emma. Quer dizer, isso é uma calara apologia a mitologia grega, que a tal da Perséfone foi seqüestrada pelo Hades. Mas eu não fui seqüestrada pelo Ethan. Ainda não.

–Está por acaso me expulsando daqui?

Pergunto assustada.

–Não! Que isso! Minha nora me mataria! Mas achei que vocês iam ficar ocupando meu elevador por mais tempo. Vocês jovens de hoje adoram um elevador!

–Ele teve de fugir.

Explico em poucas palavras. Não preciso nem dizer por que ele teve de fugir, não é? William não é burro. Nem bobo. Apesar de que gosta de nos fazer pensar que é um retardado de vez em quando.

–E ele deixou uma lembrança.

Complementa Zoey para minha infelicidade. Acabo tocando no colar quente sobre minha pele. Pedras não deveriam ser frias? Por que essa esquenta cada vez mais. Não dói na verdade. E é até relaxante. E tem o cheiro do Ethan. Meu Deus! Já sinto falta dele.

–Eu sei! Eu vi! Não sou cego apesar da maioria das pessoas acharem que sim. E me conceda a honrar de tocar nessa relíquia, guria.

Pede William estendendo a mão. Tiro o colar do pescoço com receios. E se o eles o destruíssem? Talvez nunca mais eu veja o Ethan! Isso seria uma lastima. Das grandes.William pega o colar com muito cuidado e o coloca no que parece um microscópio que detecta altas tecnologias muito pequenas. Ele fica observando meu colar por minutos que parecem horas. Estou tão tensa que começo a roer as unhas. Imagina se ele acha alguma coisa. Significaria perder mais do que o colar. Significaria que Ethan estava novamente tentando me usar.

–Sem problemas com o seu presente, Emma. E eu acho que talvez eu deva dizer que isso aqui não é só uma relíquia como também tem muitos significados e historia.

Avisa William, me devolvendo o colar. O ex- Lorde Dark me dar um sorriso. Olho para o colar em minha mão. O que ele significava?

–O nome dessa pedra é Coração do Rei. Ela é única no mundo inteiro, e meu pai deu a minha mãe quando eles se casaram. Quando o Drakon se apaixonou pela mãe dos Troubles, minha mãe deu a pedra para ele. O nome da garota que roubou o coração do Drakon era Mary. Então ele deu a pedra para ela, e ela deu a pedra para o mais velho Hector quando ela estava prestes a morrer. Depois disso a pedra desapareceu.

–O que ela significa?

–O Coração do Rei? Bem, basicamente, eu me importo com você e quero protegê-la a qualquer custo. O Ethan vai saber se você está bem independente de onde ele ou você estiver. Agora só não sei como ele conseguiu a pedra.

–Por que a pergunta?

–Por que essa pedra não tem serventia nenhuma se não for dada pelo dono verdadeiro para o dono atual. É igual sangue. Para o Ethan ter essa pedra ele deve ter ganhado do pai, que provavelmente, roubou de Hector.

–Ele ganhou da mãe.

Corrijo-o, brincando com aquela pedra importante. Coração do Rei. Quem diria? Eu estou com uma das relíquias perdidas na guerra. E uma com historia e tradição.

–Ela está quente em seu pescoço?

Pergunta William. Concordo com a cabeça e ele levanta as sobrancelhas surpreso. Tem algo de errado nessa historia. Se o colar foi primeiro do pai de William, que deu para a amada dele, que entregou para o filho mais velho Hector, como ele chegou às mãos de Ethan sem que tivesse sido roubada e está funcionando? Tem algo que não se encaixa aí. Cadê a quarta mão? O quarto dono do colar? Por que com certeza Hector entregou a alguém e esse alguém entregou ao Ethan. Mas por que Hector entregaria um colar com esse significado para a esposa de Hazazel? Pelo que eu saiba, ele amava a Hannah, e também amou muito a Aurora.

A Arya aparece do meu lado. E fica olhando para o colar em meu pescoço. Ela olha, olha, olha. Olha para minha cara. Olha para o colar de novo.

–Onde você conseguiu isso?

Pergunta incrédula. Se a filha de Hector está perguntando onde eu consegui o colar dele é por que ela já o viu em algum canto.

–De onde você conhece esse colar?

Indaga William. Arya tira um colar simples, com um cordão também prata mais fino que o meu e a pedra azul celeste. Combinava com os olhos dela. William cai para trás quando ver o colar da Arya.

–Senhor Deus! O Coração da Fênix! Como é que você conseguiu isso baixinha?

–Com a minha mãe, Lorde William!E não me chame de baixinha.

–E quem é a sua mãe?

–Aurora Raven! Ela faleceu no ano que Baelfire e esse colar que está no pescoço da Emma sumiram.

–Raven? Tipo, Raven? O nome da mãe da sua mãe era qual Arya?

Pergunta William com extremo cuidado, e uma desconfiança maior ainda, sentando na sua poltrona móvel. Arya enrola os dedos na corrente do seu colar e responde com tanta satisfação que ficou claro que ela era mesmo parente próxima de William:

–Felicity Raven.

–Você seria o que minha?

–Neta!

–E como é que sua mãe conseguiu uma das relíquias de Hector?

–Hector é meu pai.

Responde Arya! Pronto. O ex-Dark fica tão surpreso que para de falar por alguns instantes, e ainda fica com a boca aberta em exclamação. Ele demorou uns tempos para digerir a informação. Tanto tempo que a Eva começa a ficar preocupada.

–Emma, conta para a Arya, quem te deu esse colar.

Pede William infeliz, massageando as têmporas. A Arya esperava pacientemente minha resposta. E não é algo muito sensato negar o que quer que seja para a Arya. Ela é muito determinada quanto a tudo. E não gosta de ficar sem nenhuma informação. Nenhuma mesmo. A garota ama detalhes. Apaixonadamente.

–Foi o Ethan.

Respondo dando um sorriso amarelo. Quem fica surpresa agora foi a Arya.

–E como o Ethan conseguiu?

–Bem! Ele tipo, assim, ganhou da mãe.

–Como o Ethan ganhou da mãe um dos colares da minha mãe?

Indaga sem acreditar no que ouvia. Pronto! A quarta pessoa está aí. O colar era da Aurora, a mãe de Arya. E se é da mãe de Arya, como é que Ethan ganhou da mãe dele? Ou elas eram amigas, ou é a mesma pessoa. Mas, como assim? Para Aurora ser a mãe do Ethan ela não teria que trair o homem que ama e que não queria perder de maneira alguma? Mas na época do nascimento do Ethan nasceu o Baelfire. Não é possível que o Ethan seja filho de Aurora e Hazazel se ela estava grávida do Baelfire. A não ser que Ethan não seja filho de Hazazel, mas de Hector. Agora sim tudo faria sentido. O fato do Ethan não se lembrar da mãe, o colar, o sumiço de Baelfire quando tinha sete anos, o relacionamento difícil com o irmão mais velho. Isso tudo é por que o Ethan Baelfire Apache é na verdade o Baelfire Raven. Exponho minha desconfiança para o mundo:

–Ah, não ser que...

–O Ethan Baelfire seja meu irmão.


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Notas finais do capítulo

Iai? Comente e digam, o que acharam da novidade? Beijocas para vocês sadizinhas.



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