É Evans, Potter! escrita por Anchorage


Capítulo 2
Férias




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Lily

Já tinha se passado um mês desde o começo das férias e a cada dia que passava, eu sentia mais saudades de Hogwarts. Era muito bom estar em casa com meus pais e minha adorável irmã, Petúnia – mas era impossível não sentir falta de Hogwarts.

– O jantar está na mesa, esquisitona. – Petúnia gritou.

Durante o jantar, uma coruja cinza entrou pela janela de nossa cozinha, que estava entreaberta. Petúnia arregalou os olhos e começou a gritar histericamente. Eu tossi para disfarçar minha vontadede rir e ela me lançou um olhar raivoso, ates de subir as escadas resmungando furiosamente. A coruja pousou ao meu lado e eu desamarrei a carta de sua pequena pata preta. Era de Lene.

Lily,

Oi! Como você está? Estou morrendo de saudades, eu sei que só se passaram quatro semanas, mas eu estou com muitas saudades mesmo! Porque você não vem aqui pra casa? Passar o resto das férias. A Alice está aqui também. Responda o mais rápido que você puder.

Marlene Mckinnon.

A coruja bicava minha mão, esperando receber algo em troca. Peguei um pedaçinho de carne e coloquei em seu pequeno bico.

– Lene me chamou para passar o resto das férias na casa dela. – Eu disse esperando uma aprovação de meus pais.

– Bom, acho que você pode ir. Nós vamos para o Egito daqui a uma semana, você ficaria sozinha, então acho uma ótima ideia. – Minha mãe sorriu e olhou para meu pai, que assentiu. Subi as escadas correndo para responder Lene.

– Não se esqueça que hoje é o seu dia de lavar a louça. – Meu pai piscou pra mim e eu revirei os olhos, com um sorriso estampado no rosto.

Lene,

Como vocês estão? Aqui está tudo bem, mesmo tendo que aguentar a implicância de Petúnia... Enfim, eu estou com muitas saudades e adorei a ideia de passar um tempo aí. Irei na próxima semana! Quero aproveitar meus pais mais um tempinho antes deles viajarem, ok?

Beijos e Abraços,

L.E.

Entreguei a carta para a coruja de Lene e abri a janela de meu quarto para que ela pudesse sair. Observei ela sumir na escuridão da noite e desci para lavar a louça. Meu pai estava sentado na sala lendo um livro com seus óculos na ponta do nariz e uma concentração de dar inveja.

– Vai arrumar a cozinha? – Ele fechou seu livro e se juntou a mim. – Úlitmo ano em Hogwarts, hein? Preparada? – Eu passei um prato limpo para que ele secasse.

– Nem um pouco. – Eu ri. – É estranho pensar que é o último ano.

Eu adorava conversar com meu pai, sobre qualquer coisa. Ele sabia ser amigo e por isso eu apreciava tanto nossa relação. Eu podia sempre contar com ótimos conselhos e com uma compreensão fenomenal. Nós sempre fomos próximos pelo fato de sermos muito parecidos.

Quando entrei em meu quarto, Aros – a coruja de Lene – estava em cima de minha mesa de estudos com um carta amarrada em sua pata. Acariciei sua cabeça e peguei a carta.

Amiga,

Não se preocupa com a Pet, isso tudo é motivado pela inveja que ela tem de você. É só ignorar. Que bom que você vem, estou muito animada! Espero que essa semana passe voando.

Marlene Mckinnon.

Lily,

Eu sinto muito pela Petúnia, mas logo isso acaba!

Estou escrevendo en outro pergaminho, pois Marlene está mais insuportável do que o normal!

Enfim, Emm mandou uma carta dizendo que está adorando a Romênia e que ela acha dragões fascinantes! Devemos nos preocupar? Estou morrendo de saudades e mal posso esperar para te ver.

Beijos,

Alice (futura Longbottom).

Futura Longbottom? Revirei os olhos e imaginei o suspiro apaixonado que Alice soltou quando escreveu isso.

Lice,

Estou morrendo de saudades! Como você está?

Eu ainda tenho esperança de que um dia, talvez, Petúnia melhore, mas enquanto esse dia não chega, ignorá-la é a melhor solução!

Eu adorei a Romênia, espero que Emm esteja se divertindo bastante. Talvez ela apareça em Hogwarts com um dragão... Devemos nos preocupar? Com certeza.

E eu estava pensando, esse ano, teremos algumas mudanças

L. E.

Aros levou minha carta e eu adormeci.

Acordei no dia seguinte com os raios de sol que invadiam minha janela. Sentei-me em minha cama e me espreguicei, assim que olhei para a janela, vi que Aros estava novamente em minha mesa de estudos com os olhos fechados. Em sua perna, mais um envelope estava amarrado. Caminhei lentamente até a pequena coruja, ela abriu os pequenos olhinhos e eu ri baixinho.

– Teve uma noite difícil, não foi? – Ele piou e eu fiz carinho em sua cabeça. – Eu imagino. Prometo que essa vai ser a última.

Lily,

A: Mudanças? Estou curiosa!

M: Também estou! O que é? Conte logo, você sabe que eu detesto ficar curiosa!

A: Duvido que ela conte... Ela é teimosa demais.

M: Realmente...Lily Evans, acho bom a senhorita contar o mais rápido possível, ou melhor, espero que a senhorita venha para cá o mais rápido possível.

Até semana que vem,

Alice e Marlene.

Aproveitei a semana que ainda ficaria em casa para passar muito tempo com os meus pais. Eu e minha mãe fomos ao shopping, cinema e andamos de bicicleta. Eu e papai jogamos golfe, saímos para pescar e fomos à biblioteca que ficava a algumas quadras de nossa casa. Petúnia estava ocupada com seu noivo, Válter. Ele tinha acabado de herdar uma empresa de brocas de seu pai e Petúnia estava nas nuvens. “Será a empresa da família!” Ela dizia animada. Não achei que uma empresa de brocas seria o futuro de minha irmã, mas reprimi qualquer pensamento sobre o assunto. Se ela estava feliz com ele, eu torcia para que desse tudo certo.

xx

Domingo chegou num piscar de olhos. Já era final de tarde e eu estava pronta para sumir pela lareira.

– Boa viagem, querida! Escreva! – Minha mãe me abraçou e beijou minha testa.

– Aproveite bem esse ano, filha. – Meu pai me abraçou e eu assenti olhando para meus pais. Eu odiava despedidas, mesmo que fossem despedidas bobas. Peguei um pouco de pó de flu e senti meu corpo ser sugado para fora de minha casa. Quando minha visão ficou clara novamente, estava na sala ampla da casa de Lene. As duas estavam sentadas no sofá, jogando xadrez.

– Com licença, essa é a casa dos Mckinnon? Onde mora uma garota insuportavelmente insuportável? – Perguntei sorrindo abertamente.

– Não, desculpe-me. Você parou na lareira errada, mas por outro lado, se você estiver procurando Marlene Mckinnon, a celebridade mais famosa do mundo bruxo, então você está no lugar certo! – Ela piscou e correu em minha direção.

– Que saudades de vocês! – Eu disse abraçando Alice.

– Bem, vejo que a Lily já chegou! – Sra. Mckinnon sorriu gentilmente.

– Boa noite, Lily. Como vai? – disse o Sr. Mckinnon ajeitando seus óculos.

– Muito bem! Como vocês estão? – Eu perguntei educadamente.

– Atolados no trabalho, como pode se esperar. – Ela riu. – O importante é que você se sinta em casa. Como estão seus pais? – Sra. Mckinnon perguntou.

– Eles estão ótimos! Vão viajar para o Egito essa semana.

– Ah, que notícia ótima! O Egito deve ser fascinante, sempre quis conhecer. – Ela afagou meus cabelos e sorriu levemente. A Sra. Mckinnon e o Sr. Mckinnon eram como meus segundos pais.

Alice pegou uma de minhas malas e Lene a outra, as duas reclamaram do peso, mas subiram às escadas sem reclamar. Assim que entramos no quarto de Lene, ela fechou a porta e me empurrou para a cama.

– Conte-nos que mudanças são essas, Evans! – Ela perguntou com os braços cruzados e uma sobrancelha alteada.

– Então, ano passado eu e Potter tivemos uma discussão e ele me falou algumas coisas que me afetaram. – Elas assentiram e Lene indicou que eu deveria continuar falando. – Eu sempre fui a aluna exemplar de Hogwarts, certinha, queridinha dos professores...

– Isso sempre foi seu charme. – Lene acrescentou e eu revirei meus olhos.

– A impossível Lily Evans. – Alice entoou e eu corei.

– Certo, certo. Esse ano eu queria mostrar a todos que eu não sou sempre certinha, estudiosa e chata...

– Lils, você nunca foi chata. E as pessoas sabem disso, você é esforçada. São coisas diferentes. Você não sabia que quase a metade da população masculina de Hogwarts gostaria de ter um encontro com você? Então, imagina se você realmente fosse chata. – Marlene revirou os olhos.

– Posso continuar ou a senhorita vai ficar me interrompendo? – Cruzei os braços e Lene mostrou a língua.

– Ok, agora você está sendo chata. – Lene falou sarcasticamente e eu joguei um travesseiro em cima dela, que desviou facilmente. Reflexos do Quadribol...

– Eu acho uma boa ideia, Lily. Acho que você vai poder mostrar a todos que por mais que você seja esforçada e dedicada, você tem energias divertidas. – Alice disse com seus olhos bem abertos.

– Começou... – Marlene disse baixinho e Alice deu um leve tapa em seu braço. – De todo jeito, eu acho que vai ser bom pra você, Lily! Se soltar um pouco e aproveitar essa vida maravilhosa que nós temos. – Ela fez um biquinho e eu caí na gargalhada.

Nós conversamos por horas, que pareceram segundos, mas como meus pais sempre diziam: “o tempo voa quando nos divertimos”. Um tempo depois, a Sra. Mckinnon bateu na porta e avisou que o jantar estava na mesa.

– Hockel estava preocupado, ele disse que os desaparecimentos estão crescendo e o número de ataques a trouxas está enfraquecendo a relação entre os dois mundos. – o Sr. Mckinnon parecia muito preocupado. Eu e as meninas estávamos conversando sobre as aulas e professores, mas quando o Sr. Mckinnon falou nós nos calamos.

– Não é a hora para falarmos disso, querido. – A Sra. Mckinnon deu leves batidas na mão do marido. – Então, meninas, animadas para o último ano?

xx

– Eu estou com sono, vocês não se cansam de falar não? – Alice disse com o rosto enterrado no travesseiro. Eu e Marlene estávamos conversando animadamente sobre trezentas coisas ao mesmo tempo e Alice já estava deitada, de pijamas e bocejando.

–Ah! Alice, vamos lá! Estamos colocando o papo em dia. – Eu disse animada, mas ela continuou com o rosto enterrado no travesseiro.

– Lice, você pode dormir em Hogwarts! – Lene riu e cutucou as costelas dela. A cabeça de Alice surgiu e Lene fez cara cachorro sem dono.

– Não adianta fazer essa cara, Marlene! Eu vou dormir. Boa noite. - Alice disse afundou seu rosto no travesseiro novamente.

– Parece que as energias de alguém estão muito negativas. – Marlene debochou e eu cai na gargalhada.

James

Férias. Normalmente, as pessoas ficam animadas com as férias, mas eu não via a hora de voltar a Hogwarts e encontrar Lily. Pode parecer doentio, mas na verdade eu só queria tentar consertar as coisas com ela, parecia que estavámos nos dando melhor e de repente tudo foi por água abaixo.

Normalmente, minhas férias eram agitadas, mas essas estavam tediosas. Eu estava ansioso demais para voltar a Hogwarts. Uma noite ou outra eu sonhova com Lily, lembrava daquele dia e do modo como eu falei com ela. Eu estava entretido lendo um livro quando uma coruja entrou voando na sala de estar. A carta era pra Aluado e ele logo reconheceu a coruja. Era de Lene.

Remus,

Tudo bem com você? Estou com muitas saudades! O que você anda fazendo? Eu vim passar os últimos dias de férias aqui na casa dos Mckinnon, Alice também está aqui. E soube que Emm está adorando a Romênia. Mande notícias quando puder.

Beijos,

L.E.

– Eu não acredito nisso... – A carta era de Lily. Senti uma raiva imensa e me levantei do sofá.

– Você está irritado porque a sua ruivinha me mandou uma carta perfumada, Pontas? – Esse lobo me tira do sério.

– Não enche, Lupin!

– Pega leve, ele está frustrado por causa da ruivinha e você sabe disso... – Eu escutei Almofadinhas sussurrar antes de fechar a porta do meu quarto.

Queria ficar sozinho, precisava espairecer, então peguei minha vassoura e sai pela porta dos fundos. Eu estava voando, fazendo mergulhos e manobras novas que eu tinha aprendido e naquele momento, esqueci de todos os meus problemas. Aluado pegou sua vassoura e me alcançou. Eu não disse nada, continuei a voar, mas ele me bloqueou.

– Pontas, você sabe que aquilo foi brincadeira, não sabe? – Ele disse sério. – Lily é só minha amiga...E eu gosto de outra pessoa.

– Não, cara, eu sei disso. Não se preocupa, foi bobeira minha. Eu só...Não entendo ela, Aluado.

– Garotas... – Ele suspirou e eu assenti. Almofadinhas surgiu ao meu lado em sua vassoura.

– Moças, acabei de ter uma ideia brilhante. – Ele sorriu marotamente. – Nós vamos viajar. – Aluado franziu a testa e eu comecei a entender o plano.

– Não! – Aluado respondeu rapidamente. – Vocês só podem estar malucos.

– Porque não? – Eu poderia encontrar Lily, esclarecer as coisas. Conversar com ela, falar dos meus sentimentos e, se nada disso desse certo, eu desistiria dela de uma vez por todas. conversar com ela, esclarecer as coisas uma última vez.

– As meninas não querem ver vocês nem pintados de ouro. – Aluado respondeu como se fosse óbvio.

– Certo, nós vamos! – Eu olhei para Almofadinhas e ele assentiu. – Vou mandar uma carta para minha mãe.

– Eu não acho isso uma boa ideia. – Aluado disse com a testa enrugada. – Mas aparentemente ninguém liga... – Eu e Almofadinhas assentimos e ele bufou.

– Se nós pudéssemos aparatar, seria bem mais simples. Eu não precisaria perder tempo arrumando a mala. Eu poderia aparatar aqui sempre que precisasse de alguma coisa. – Almofadinhas resmungou.

xx

Chegamos em Godric’s Hollow e ainda era de madrugada, eu coloquei minhas coisas em meu quarto e abri a janela de minha sacada para observar a vizinhança – a rua estava escura e as casas apagas, exceto a terceira casa da rua em frente. Na casa iluminada, uma menina abriu a janela e se debruçou no parapeito para admirar o céu, fechou os olhos e ficou parada por alguns instantes. Era Lily! Desci as escadas correndo e sai pela porta, mas alguém me seguiu.

– Vai a algum lugar, Pontas? – Aluado perguntou com os braços cruzados.

– Estou indo falar com Lily, é claro. – Eu respondi sorrindo.

– Ah, claro! Às três da manhã? – Ele perguntou irônico.

– É...Tudo bem, não é uma boa ideia. – Baguncei meus cabelos e franzi o nariz. Ir até a casa dos Mckinnon durante a madrugada não era lá uma boa ideia...

xx

Eu acordei com a luz do sol invadindo meu quarto, levantei-me e tomei meu café. Aluado, que lia uma revista deitado no sofá, me encarou com a testa enrugada, mas deu de ombros. Almofadinhas acordou logo depois e parecia estar cansado.

– Que horas são? – Almofadinhas perguntou ao entrar na sala ainda de pijamas. Aluado apontou para o relógio que estava na cozinha. – Porque essa animação, Pontas?

– Ele vai ver Lily.

– Exatamente. – Eu disse. – Se arrumem rápido, nós vamos sair.

– Nós deveríamos passar na casa da Lene. – Falei enquanto trancava a porta da casa.

– Acho que não vamos precisar ir até lá, Pontas! – Almofadinhas apontou para a praça central do vilarejo, onde estavam Lily, Lene e Alice conversando com alguns garotos. Assim que eu vi Lily sorri involuntariamente. Caminhei até ela sem nem pensar duas vezes.

– Pontas!

Lily

Nós estávamos sentadas em um banco da praça principal de Godric’s Hollow quando uns garotos se aproximaram.

– Oi, eu me chamo Nicholas. Prazer. – Ele estendeu a mão.

– Lily! – Eu disse apertando a mão dele suavemente. – Prazer.

– Que nome bonito. – Ele era adorável, tinha cabelos loiros, olhos pretos como jabuticabas e tinha um sorriso fofo. Automaticamente lembrei do sorriso torto de James, mas espantei esses pensamentos e me envolvi em uma ótima conversa com Nicholas. Ele estudava em Durmstrang e estava passando as férias na casa dos tios.

– Lily, que tal a gente sair? – Senti minhas bochechas queimarem. O pânico tomou conta de mim – eu queria dizer não, porque não me sentia atraída por ele, gostaria que ele fosse só meu amigo, mas por outro lado eu não sei se conseguiria dizer não para ele. Eu estava pra responder, quando algo alertou os meus ouvidos.

– Pontas! – Duas vozes conhecidas gritaram ao longe.

– Pontas? – Minha voz se encontrou com a de Marlene, assim que James, Remus e Sirius apareceram.

– Remus, o que você está fazendo aqui? – Eu perguntei com uma sobrancelha alteada. Eu observava James com os olhos cerrados, o que ele estava fazendo aqui?

– Lily, como vai? – Remus se aproximou de mim e passou os braços pela minha cintura. – Viemos passar uns dias aqui na casa de James. – Ele sorriu timidamente e eu olhava para Potter acusadoramente. Isso era coisa dele.

– Ah, não! – Eu sussurrei irritada. Teria que aguentar o Potter pelo resto das férias morando praticamente de frente para a casa de Lene?

– Quem são eles? – Nicholas me perguntou com os braços cruzados.

– Nicholas, esse é meu amigo Remus! – Os dois se cumprimentaram com a cabeça.

– E aqueles dois ali? Eles estão te incomodando? – Ele falou cerrando a mandíbula.

– Se tem alguém que está incomodando é você, colega. – Sirius falou debochado. Nicholas avançou ate Sirius que não se moveu, apenas encarou Nicholas com um olhar ameaçador. E aí, tudo aconteceu muito rápido, James agarrou Nicholas pela gola da camisa e o encostou em uma árvore.

– Quanta brutalidade! – Ouvi Alice sussurrando.

– James, para! – Eu gritei horrorizada. – James! – Eu disse tirando a mão dele do Nicholas. Ele não reagiu, nossas mãos ficaram juntas até que o Nicholas estivesse com os pés no chão.

– O que vocês querem aqui? – Marlene perguntou com desdém.

– Não podemos passear? – Sirius perguntou irônico.

– Claro, sou super a favor de cachorros passearem duas vezes ao dia, na verdade. – Lene provocou.

– Olha que coincidência, eu também. – Ele disse sorrindo sedutoramente.

– Só que eu sou alérgica a cachorros que não tem raça, se é que você me entende. Então você poderia manter distância? Muito obrigada. – Lene disse empurrando Sirius.

– Bom, vocês já podem ir embora. – Eu disse tentando evitar outra confusão.

– Na verdade, não. A praça é pública e nós vamos ficar bem aqui! – Potter passou a mão por seus cabelos arrepiados e sorriu.

– Potter, deixe de ser idiota! – Eu disse irritada.

– Olha Lily, eu acho melhor eu ir embora. Então, o que você me diz? – Nicholas perguntou. Ah, certo, sair com ele.

– Sim! – Eu ri baixinho e ele me deu um beijo na bochecha. Remus me olhou com uma interrogação na testa.

– Vocês tem um sério problema de se meter onde vocês não são chamados, sabia? Quando vocês vão crescer e parar de agir igual a dois idiotas? - Marlene perguntou irritada. James e Sirius não responderam nada. Eu sai caminhando sem nem olhar para trás.

– Quando eu digo que o Potter é infantil você briga comigo, Alice! Mas você viu o que ele fez hoje? – Eu perguntei enquanto eu comia meu almoço.

– Lily, ele agiu por impulso! Ele só estava...

– Ele só estava sendo mesquinho, como sempre. – Eu revirei os olhos. Um silêncio desconfortável tomou conta do ambiente.

James

– Nós não fomos infantis! – Almofadinhas resmungava orgulhoso.

– Sim, vocês foram. – Aluado disse enquanto lia seu livro. – Eu disse que nós não deveríamos ter vindo. Pontas, você só piorou as coisas.

– Certo, Aluado. Você estava certo. Não deveríamos ter vindo. Mas agora alguém pode me explicar o que a Lily quis dizer com “sim”?

– Ela vai sair com Nicholas.

– Eu não posso acreditar que ela vai sair com aquele garoto, sinceramente. – Eu disse subindo as escadas. Deitei em minha cama e retirei meu pomo do bolso. O que mais eu poderia fazer para conquistar Lily? Brinquei com meu pomo, até que ouvi minhas batidas na porta.

– Entra. –Eu disse pondo meus óculos. Almofadinhas entrou e cruzou os braços se apoiando na soleira da porta. Eu franzi a testa.

– Isso tudo por causa da Evans. – Ele riu.

– O que você quer, Almofadinhas?

– Que tal uma partida de xadrez trouxa?

– Certo, Aluado. Vamos ver como é esse jogo! – Eu disse. Nós nos sentamos na mesa de jantar e jogamos algumas partidas.

– Esse jogo é um saco, Aluado! – Sirius reclamou.

– Teoricamente, xadrez trouxa é igual ao xadrez bruxo. – Aluado suspirou.

– Só que chato.

– Mais uma, Aluado? – Eu perguntei e Sirius bufou. Já era bem tarde quando subi para meu quarto, retirei os óculos e me joguei em minha cama. Fechei os olhos e uma imagem tomou conta de meus pensamentos.

Evans...


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo!!!!!!!!!! Espero que gostem e não se esqueçam de deixar algum comentário.
Bjs,
Mi.
:)