A Guerra dos Dez escrita por Sabs Zullush


Capítulo 2
I've Got The Power!




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A casa de Sabrina estava localizada bem ao centro da nave, contudo, apesar de seu tamanho não estava disparando para todos os lados, mas somente para alguns prédios e localizações importantes, como escolas e hospitais. O problema se concentrava no ressoar de botas que caminhavam pelas ruas incansavelmente. A linha de frente liberava tiros para quaisquer civis que se intrometessem no seu caminho. A tropa alienigena mostrava seu poder e as pessoas não ousavam enfrenta-los.

Sabrina saiu da janela às pressas e correu para a sala.

–Sabrina, Sabrina você está bem? – Disse seu pai.

–Sim, estou. Vocês precisam ver algo. – Ela se concentrou ao máximo e então começou a voar.

–Mas, como? O que é isso? – Seu semblante era confuso e assustado.

–Também não sei, mas existem outras pessoas que receberam poderes como eu. Acho que temos algum proposito, pai.

–Bina, você é o Superman! Me ensina, me ensina? – Ela voou aos pes do irmão o e o pegou no colo. Os pais continuavam abismados, a vó então nem se fala, estava pálida como um fantasma.

– Não vou deixar que você se arrisque dessa forma.

– Pai, você viu a tropa da fora, aquilo vai dominar e destruir o planeta Terra num piscar de olhos. – Ela não esperou resposta. Colocou seu irmão no chão, pegou o celular e começou a contatar todas as pessoas possíveis. A maioria não havia recebido poderes, mas os que haviam estavam confusos ou prontos para lutar numa coragem cega. Era um pandemônio, todos compartilhando seus vídeos e fotos da invasão, contando suas experiências.

Ela entrou num dos grupos, estes se conheciam a mais de dois anos, e neles, ela sabia, estariam do seu lado.

“Caio, Fabricio, alguém? Aconteceu algo estranho com vocês?”

“Sim, é o fim do mundo se não percebeu?” Sabrina odiava quando Caio era grosso com ela.

“Ok, eu quero dizer algo realmente estranho.” Perguntou a menina.

“Cara, eu consigo mover objetos.” Disse Fabs e Sabrina já imaginava o seu sotaque carioca na frase.

“Você também? Eu estava trabalhando no Petshop quando um desses alienígenas entraram pega porta e apontaram esse tipo de canhão pra mim, só tive tempo de pensar em desviar a arma.” Explicou Caio.

“Nossa, você está bem?” Perguntou Sabrina.

“Sim, a arma virou-se para cima e acertou sua cabeça, o mais bizarro foi que eles viraram cinzas...”

“Ué. De qualquer forma, precisamos nos reunir. Caio, junte o máximo de pessoas que você encontrar com poderes como os nossos. Vamos esperar essa primeira onda passar e amanha nos reuniremos no Ibirapuera, tudo bem?”

“Nossa, tudo bem senhora autoridade. É bum plano.”

“E quanto a mim?” Perguntou Fabs.

“Tente fazer o mesmo no Rio.”

A procura por pessoas com dons estava quase uma iniciativa vingadores. Mas no final daquele dia todos estavam trancados em suas casas e preparando-se, tentando evoluir o seu poder. No dia seguinte se encontrariam e decidiriam o que iriam fazer. Além de tentar descobrir por que eles foram os escolhidos para ter tais poderes.

Sabrina não conseguiu dormir, voou até o telhado e observou as estrelas, ela se imaginava caindo no espaço, no vácuo e silencio sem fim, e incrivelmente aquilo a deixava completa e a acalmava. Estranho era ter um momento de paz em meio ao caos. Paz, estava tudo muito calmo. Ela almejava para que alguma outra raça os ajudasse, mas a resposta não veio.

Dia após a invasão.

Eram sete da manha quando Sabrina se despediu apressadamente da família com a promessa de que iria voltar e voou até o parque para encontrar seus amigos. Conforme passava pelas avenidas principais via a destruição causada. Prédios ainda soltando fumaça de incêndios, carros e mais carros capotados e abandonados pelas ruas, e corpos. Corpos mutilados e esquartejados, as pessoas que não tiveram tempo de fugir...

Balançou a cabeça e se concentrou no caminho aumentando a velocidade, conseguiu chegar ao parque em exatos 25 minutos. Ela com certeza amava voar.

No meio de uma parte coberta do parque se encontravam um número considerável de jovens. Ela via alguns rostos conhecidos, lá estavam o Lyu e a Jujubs, um casal louro que namorava e estava abraçado. Vinicius Martinato, que tentava acalmar, ou aterrorizar todos com suas teorias sobre a invasão. Lorenna estava bancando a durona, mas Sabs sabia que não era bem assim. André e Malu conversavam baixo. Vinny estava arrumando sua franja. Sabrina avistou Dudu e Giu conversando, a menina gritava.

–Eu não recebi poderes e sou foda do mesmo jeito, não preciso disso. – Ela brincava e ele ria.

Viu então Caio e mais alguns desconhecidos mais isolados no canto. Sabrina chegou voando, pois entradas triunfais era a sua especialidade, ainda era difícil controlar o voo então tropeçou e quase caiu na aterrisagem.

–Nada grave, tudo bem, tudo sob controle. – Pelo menos conseguiu arrancar alguns risos.

Houveram as recepções e eles se juntaram num circulo. Parecia até mesmo aquelas sessões de auto ajuda. Todos falaram nome e poder, a maioria tinha apenas telescinésia, mas os que desenvolveram poderes diferentes eram o que mais surpreendia.

– Bom, eu sou o Lyu e consigo respirar debaixo d’água – Disse ele meio envergonhado meio orgulhoso por ser merecedor.

–Eu sou o Vinny e eu tenho super velocidade. Valeu, Falou. – E correu por fora do círculo. Os olhos de ninguém conseguia acompanhar seus movimentos, até que ele voltou pro seu lugar e arrumou o cabelo.

O olhar era de espanto no rosto de todos.

–Ok, meu nome é Lorenna e eu tenho super força... – Ela não quis demonstrar pois não via necessidade em se expor desse jeito, todos concordaram, não iam discutir com a Log.

–Dudu, Telepatia. – E uma voz preencheu os pensamentos de todos “E vão se foder, seus bostas.”

Todos riram, mas a tensão não diminuiu no grupo.

–Bem, eu sou a Malu e acho que meu poder é de cura.

–Por que acha? – Perguntou Sabrina.

–Não é tão fácil controla-lo e desenvolve-lo.. – Sabrina assentiu com a cabeça e a atenção passou para o próximo da roda.

–Meu nome é Natália, e eu falo com animais. – Houveram sussurros sobre como ela era a Dra. Dolittle.

–Então, né – Pigarreou Sabrina. – Eu sou a Sabs, e posso voar. –Fez uma breve demonstração antes de ser interrompida.

–Eu sou a Ki, e posso ficar invisível. – Todos se assustaram quando Chiara apareceu no meio da roda do nada. Ninguém sabia como ela tinha chegado ali, mas com certeza viram a eficácia do seu poder.

O restante das pessoas desenvolveram apenas telecinésia, ou não tinham poder algum.

–E quem não tem poder nenhum? – Disse um grupinho liderados por Thalles e Giu, lá se viam Mama, Yokota, Jujubs e Isadora.

–Vocês não são merecedores. – Disse Lyu. E o grupo fez cara feia para ele.

–Não recebemos poderes mas fui a única que fez uma pesquisa sobre a invasão. – Disse Jujubs mostrando sua autoridade. – Encontrei um site americano chamado “They Walk Among Us”.

Ela tirou algumas folhas da mochila enquanto todos se viraram para ela.

–Que titulo clichê. – Disse Lorenna.

–Sim, mas o conteúdo é bem interessante. Eles dizem que essa raça vem de um planeta chamado Mogadore e que já destruíram toda uma civilização. – Quase todos prenderam a respiração enquanto ela falava. – Eles estão na terra há dez anos, oferecendo tecnologia de quinta para o governo americano e fazendo aliados. O mais intrigante foi o ultimo post do site, colocado hoje as 2 da manha. Dizia que todos os humanos que receberam o poder tinham um propósito. – Ela olhou para todos antes de continuar. – E este era salvar a humanidade.


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