A Guerra dos Dez escrita por Sabs Zullush


Capítulo 1
A Invasão




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Dia Antes da Invasão.

Era apenas mais um dia em um parque nos arredores de São Paulo, o sol se punha no horizonte e um bando de amigos seguiam suas vidas sem temor. Sabrina estava sentada na sombra de uma árvore, cantando, conversando e bebendo com o grupo. Sentia-se completa e não podia imaginar um dia melhor que aquele.

-Quem topa ir no Burguer King? – Disse Chiara, uma menina com longos cabelos castanhos e ondulados.

Houve um coro de “Eu” ao redor da roda e assim, o grupo se levantou e se pôs no caminho do restaurante fast food.

-Sabe, Sabs, eu imagino como será a nossa vida daqui há alguns anos, se ainda nos conheceremos, me pergunto sobre como será nosso futuro... – Disse Chiara, ou Ki como ela preferia ser chamada, tomando um milk shake.

-Aposto que metade das pessoas daqui perderemos contato, mas se depender de mim, não a gente. – Respondeu Sabrina arrumando seu cabelo ruivo em um coque alto.

-Isso foi muito, incrivelmente, gay. – As duas riram e voltaram a socializar com seus amigos.

Depois de lancharem, cada um se pôs no caminho de suas próprias casas com despedidas calorosas, como sempre haviam.

-Mama, presta atenção. – Sabrina chamou a atenção de Maria no metro, a menina estava no mundo da lua, e havia deixando-a sem resposta.

-Oi? Que? O que foi? – Perguntou a menina de cabelos louros, quase brancos.

-Eu estava te perguntando se você está livre amanha, não queria ficar em casa...

-Ah, eu tenho que perguntar para a minha mãe, sabe como é, né?

Fizeram o caminho sem problemas, sempre conversando, rindo e sendo retardadas como sempre. Até chegarem na casa de Mama e elas terem que se separar. Eram quase vizinhas as duas, então Sabrina sempre acabava deixando Maria em casa.

Era só mais um dia normal que se passou, e Sabrina deitou-se em sua cama sem saber que o que mais precisava era descansar.

Dia da invasão.

Era uma da tarde quando Sabrina levantou subitamente com o som de uma TV no ultimo volume, nela gritavam as noticias, o repórter desesperado mas era difícil compreende-lo devido a porta fechada do quarto. Levantou-se rapidamente já pensando em gritar para a sua mãe abaixar o volume, mas então os dizeres da reportagem chegou aos seus avisos.

“...relatos de que as naves também foram avistadas no exterior, em lugares como Londres, Paris e Xangai. Porém a sua maior tropa encontra-se nos Estados Unidos, foram identificadas um total de cinco naves de guerra do tamanho de campos de futebol pairando pelos maiores estados americanos. Uma das naves se encontra acima do prédio da ONU, onde ainda hoje haveria uma reunião com os maiores líderes mundiais. No Brasil foram identificadas apenas duas naves, uma em São Paulo e outra no Rio de Janeiro. Aguardamos mais informações.”

A respiração de Sabrina era ofegante, todos os olhos na sala se voltavam para a televisão.

-Calma, Bina, o Ben 10 vai salvar a gente. – Disse Miguel, seu irmão de 6 anos que era fanático por tal desenho.

-Claro que vai, meu amor. – Ela o abraçou, olhando para a mãe que se encontrava em pânico e parecia prestes a desmaiar. – Temos que ligar para o pai.

Sua mãe apenas confirmou com a cabeça e correu para o telefone. 10 minutos depois seu pai estava em casa. Aquilo parecia uma mistura de Guerra dos Mundos e Sinais. Porém Sabrina sabia que vidas em outros planetas existiam, e também sabia que algumas podiam querer nos destruir.

-Está tudo bem, vivemos num fim de mundo, nenhum alienígena vai se interessar por isso aqui. – Ele tentava fazer piada, mas a tensão estava clara em seus olhos.

A musica que indicava outro plantão começou a tocar e todos voltaram a sua atenção para a televisão.

“Estamos recebendo imagens ao vivo de Nova York, uma nave menor em forma de perola acabou de aterrissar e dois seres desembarcaram, como podem ver, sua aparência não é tão diferente da nossa. Eles tomaram conta do palanque na sede da ONU e parece que começarão um discurso. Aparentemente vieram em paz, e estão dispostos a nos oferecer tecnologia tanto militar como na medicina... Espere, o que é isso?...”

Um clarão apareceu na imagem, o bastão que o velho senhor, o qual fazia o discurso estava usando saiu voando para a mão de um adolescente alto, de cabelos grandes e forte. Tudo aconteceu em um instante, habilidades que Sabrina nunca tinha visto. Um dos meninos que rodeava o palanque acendeu as mãos em fogo, outro chegou voado. Tudo era uma confusão até o palanque despencar.

“...parece um conflito, não sabemos o que são essas pessoas e por que estão combatendo contra o senhor alienígena... Espere, ele está indo embora..”

Nesse instante o senhor entrou na nave com a menina pequena que o acompanhava, e ao levantar voo. A nave saiu do alcance da câmera e um minuto depois tudo virou de cabeça para baixo. As naves de guerra começaram a disparar.

“É uma invasão, as naves abriram fogo em todas as cidades onde foram avistadas. As instruções são que procurem abrigo e não saiam de casa...”

A tela ficou preta.

Era inacreditável. Sabrina correu escada acima para pegar o celular, não podia deixar isso de lado. Mandou mensagem em todos os grupos possíveis. O celular quase explodindo de notificações. Até que sentiu um formigamento no pé, um frio na barriga, e uma dor no peito que nunca havia sentido antes. Fechou os olhos e fez pressão contra o coração, aquilo não passava. E então se sentiu leve, como nunca se sentira antes. Abriu os olhos mas havia algo errado, ela não estava mais sentada na cama, estava levitando.

Sabrina se debateu, mas não conseguia voltar ao chão. Alcançou o teto e tomou impulso em direção ao piso e isso quase a fez sair pela janela.

-Mas que porra é essa?

Conseguiu controlar a direção aos poucos e ficou voando pelo quarto enquanto não conseguia descer. Ela ria pois aquilo era inacreditável, e divertido. Seu sonho se tornou realidade. Ela suspirou e acalmou a respiração e percebeu que estava voltando para o chão.

-Cara, eu posso voar. – Disse ela para si mesma.

Correu pro celular e digitou num dos grupos de sempre, nele havia algumas pessoas que tinha visto no dia anterior.

“Gente, acabou de acontecer uma coisa muito estranha...”, digitou Sabrina,

“Comigo também!!”, Luiz Eduardo, ou Dudu como todos o conheciam, digitou.

“O que aconteceu, Dudu?”, perguntou.

“Espere, você vai ver.”

Ver?

E de repente uma voz inundou sua cabeça, era como ouvir alguém sussurrando com um fone de ouvido. “Oi garotinha”, disse a voz em sua mente.

Sabrina sorriu, e começou a voar novamente contra sua vontade, não estava sozinha afinal.

“Cara, Dudu isso é demais.”, digitou.

“Eu sei, o que aconteceu com você, afinal?”

“AFINAAAL, então, eu acho que consigo voar...”

“Gente é o fim do mundo e vocês estão falando asneira? Por favor, tem uma invasão alienígena rolando...”, disse Gabriele.

Claro, asneira.

Foi ai que uma mancha cobriu o sol, uma sombra pairava pelo céu.

Era uma das naves de guerras espalhando sua destruição.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, é isso. HSUHSU



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