Ore no Goshujin-sama escrita por Assa-chan


Capítulo 15
O plano pra festa de Natal




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(Syaoran's POV)

 

Talvez - e digo somente talvez -, eu não deveria ter aceitado aquela aposta com a Sakura. Não que eu tenha medo de passar o natal com a garota que eu gosto - aliás, eu deveria estar feliz, certo? -, mas o que mais me amedronta é o que ela fará. Sei que é capaz de me deixar no frio, ou me fazer observá-la comendo sem poder colocar nada na boca.

Suspirei, então furtivamente olhei para a garota ao meu lado. Ela estava prestando atenção no que o professor dizia. Meus olhos escorregaram para a mesma direção em que estavam apontados os dela, e resolvi seguir a lição também.

- Os testes nesta classe foram bons, mas alguns de vocês vão ter que vir fazer algumas aulas de recuperação durante as duas semanas de férias de inverno. - declarou. - E gostaria de parabenizar vosso colega de classe, Eriol Hiiragizawa, por ter conseguido o primeiro lugar entre os alunos do primeiro ano. - todos olharam para o primeiro banco da segunda fileira, inclusive eu. Ele se levantou, com aquele sorriso de triunfo estampado na cara.

Por um segundo pensei que ele tivesse olhado pra mim.

Ao términe da aula, Sakura se apressou a levantar-se. Nem sequer perguntei aonde ia, pois durante o auto-estudo daquela sexta-feira os representantes de suas respectivas classes teriam que participar da reunião com o conselho estudantil.

Estiquei os braços e as pernas ainda sentado, enquanto a observava atravessar a classe. Cerrei os olhos por um segundo, antes de deixar que meio sorriso alcançasse o canto direito de meus lábios. Sakura tinha uma postura impecável, provavelmente o resultado das incontáveis horas lutando kendo. Os cabelos dela eram brilhantes e pareciam ser macios. Balancei a cabeça; maldição. Eu deveria mudar um pouco meus pensamentos.

Como é de se esperar, as horas sem Sakura são todas iguais. Sem ter ninguém pra irritar tudo se tornava chato, por mais que seja ela quem me tortura na maioria das vezes. Apoiei as duas mãos na nuca e direcionei meu rosto pro teto, tentando fazer o tempo passar. O último dia de aulas é sempre sem graça.

Algumas pessoas olhavam pra mim e comentavam, como sempre. Mas acho que a razão de seu interesse não era somente nossa querida goshujin-sama, mas também o alvoroço por causa da minha suposta ida à China. Quando eu fui para a escola aquela manhã, ninguém se demonstrou surpreso ao me ver. Pelo o que Wei me contou, ele já tinha 'tomado os provimentos nescessários' para que este mal-entendido fosse resolvido.

Tentando ignorar aquelas pessoas, comecei a pensar sobre o que havia conversado com Meiling a noite passada. Deixei o ar sair pela boca rumorosamente. Eu sabia muito bem por que ela tinha feito aquela expressão.

O caminho até em casa foi silencioso. Minha prima parecia apreensiva, e eu de certa forma entendia a razão. Quando chegamos à frente da porta Meiling se limitou a puxar minha mão e a me carregar até o primeiro cômodo que encontrou - a sala -, e trancá-lo conosco dentro.

O sol gelado filtrava as curtinas fechadas. Eu permaneci sem dizer nada, sem expressar emoção alguma. Afinal, eu esperava uma reação do gênero desde o começo, acredito que até mesmo demorou a chegar.

- Você... Entende, certo? - sussurrou, quebrando o silêncio. - O motivo de eu estar aqui.

- Pra me levar de volta pra China? - foi a primeira coisa que me veio em mente, por mais que me parecesse banal.

- Esta seria a consequência. - soltou um sorriso que logo se desfez. - Bem, é tudo por causa... Daquela garota. - uma longa pausa seguiu aquelas duas palavras. Tentei não perder para seu olhar, mas foi inevitável; antes do previsto acabei cedendo, desviando o foco de minha visão.

- O que tem ela? - os dedos de minha mão direita se enrolaram entre os fios de meus cabelos. Eu não tinha coragem de encarar Meiling.

- A ama? - demandou.

Hesitei, e a pergunta foi repetida. Peguei o pouco de coragem que ainda tinha, levantando a cabeça e voltando a fita-la.

- Sim. - eu sabia que seria doloroso pra ela, mas isto não era mais um segredo pra ninguém. Sakura com certeza tinha percebido meus sentimentos, Wei sabia, a escola inteira sabia, até mesmo Touya e Fujikata, provavelmente.

- Que direto. - comentou, com um semblante triste. Deixou-se cair sobre o sofá, mirando o teto. - Fizemos um acordo quando terminamos um ano atrás, certo, Xiao Lang? Que poderíamos ficar com quem quiséssemos até que os anciões permitissem.

- Eu sei. - me sentei ao seu lado, entendendo finalmente aonde queria chegar.

- Mas sua mãe me mandou aqui para que eu pudesse te 'arrancar' dela. - riu. - Sim, foram essas as palavras. - Meiling finalmente voltou a me olhar. - Você também deveria se lembrar que o tempo que te foi dado para estar aqui em Tomoeda termina na primavera.

Suspirei, bagunçando meus próprios cabelos. Por mais que eu tenha tentado com todas as forças esquecer aquele fato, acabou não mudando absolutamente nada. Eu teria que aceitar as tradições de minha família igualmente, eu teria que deixar Sakura da mesma forma, eu iria suceder os Li, iria acabar me casando com Meiling aos 18 anos...

- Meiling, eu acho que vou pedir pra ficar aqui até o final da escola.

- Nunca irão permitir.

- Não me importo se não deixarem. Eu arranjo um trabalho e continuo aqui sem o dinheiro deles.

- A ama tanto assim, Xiao Lang, ao ponto de preferir ela a sua própria família? - um sorriso triste pairava sobre seu rosto. Sendo minha prima de segundo grau, foi prometida a mim o dia em que eu vim ao mundo, por ser um ano mais velha do que eu. Começamos a namorar aos treze anos, e, por quase dois anos, tentei desesperadamente me apaixonar por ela. Mas não foi possível. Quando, naquela noite de primavera, eu disse que iria deixá-la para ir morar em Tomoeda... Meiling disse que entendia. Disse claramente que me perdoava, e que não me culpava.

Passei uma mão por tras de suas costas, apoiando-a então sobre seu ombro e puxando-a pra mais perto. Aquele era um sim silencioso. Uma afirmação deixada solta no ar. Ela suspirou e disse que eu era louco.

Sim. Tanto que nem eu me reconhecia mais.

Sakura voltou antes do que eu pensava. Quando vi estava na frente do quadro, escrevendo os horários dos cursos de recuperação e falando sobre uma espécie de festa de Natal do primeiro ano.

- Parece que as classes do primeiro ano estão convidadas para uma festa de Natal amanhã à noite. - declarou, ainda de costas para a turma. - Vai ser na mansão Daidouji. - sua voz tremeu ao dizer este sobrenome.

- É uma festa pra solteiros? - ouviu-se uma voz perguntar, proveniente de algum ponto da classe.

- Não exatamente. - Sakura respondeu, virando-se para os alunos. - Digamos que todos estão convidados, basta assinar o próprio nome no mural que está exposto na frente do primeiro ano B.

Bufei, apoiando o rosto sobre uma mão. O Natal voltava a me amedrontar novamente.

*****

Depois do almoço resolvi deixar Sakura e Meiling discutirem na cantina "pacificamente". Eu não estava com vontade de escutá-las praguejando uma contra a outra, portanto simplesmente me levantei e sai andando, fato que as duas nem sequer notaram.

O corredor que eu estava atravessando era perto da aula de música. Normalmente ninguém ia ali durante o intervalo, então poderia finalmente ter a calma que tanto estava almejando.

Olhei pra faixada de janelas à minha direita, colocando uma mão no bolso e parando de andar. Fora tudo estava tão assustadoramente calmo e branco que por um instante acreditei de nem sequer estar mais na escola. E então, eu escutei uma voz estranhamente angelical. Doce, serena... Com palavras que eu não conseguia entender, mas apesar deste fato, pareciam sobrecarregadas de significado. Uma canção lenta, sem base musical, repleta de pausas que a rendiam ainda mais triste em toda sua bela melancolia. Procurei com o olhar de onde provinha, sendo guiado pelos ouvidos.

Voltei-me e dei dois passos. O volume aumentava, e eu podia até mesmo escutar o respiro que desesperadamente procurava por ar entre uma frase e outra. Deparei-me de frente para a sala de música. Aquela situação me pareceu familiar, mas não estava com vontade de indagar em minhas memorias sobre isto.

Entreabri a porta lentamente, olhando-me em volta. E então a vi. Uma garota de frente para uma janela aberta no fundo da sala, com os longos cabelos negros que esvoaçavam pelo ar, completando a graça daquele movimento gesticulando aquele que parecia ser o mimo da canção. Depois de alguns segundos, percebi quem realmente era: Tomoyo Daidouji. Meus olhos se arregalaram involuntariamente ao perceber que ela não estava sozinha. Tomoyo parou de cantar, voltando-se. Atrás dela um rapaz usando óculos aplaudia lentamente, com um leve sorriso no rosto. Era Eriol. Desde quando eles tem algum tipo de relação?

- Obrigada pela linda apresentação. - comentou ele, parando de mover as mãos. - Era francês, certo?

- Sim. - ela estava meio corada. Deu um passo encurtando a distancia entre os dois. Entretanto, um brilho triste aparentava ter invadido o olhar violeta.

- O que foi? - Eriol acariciou sua bochecha lentamente, franzindo de leve o cenho. - Algo de errado? - ele também o tinha notado.

- Syaoran. - engoli em seco ao ouvir meu nome. - Eu não consigo me aproximar dele.

- Bem, depois do problema da China, eu mesmo achei que ficaríamos sem muitas saídas. - suspirou, puxando uma cadeira e sentando-se sobre a mesma.

- Quais as possibilidades de Sakura ir até minha festa amanhã?

- Não vou mentir. - disse pensaroso. - Quase nulas.

- Não importa quantas vezes... - Tomoyo cerrou o punho, e eu vi seus olhos se encherem de lágrimas em poucos instantes. - Não importa como eu peço desculpas... Sakura simplesmente nunca vai entender. - limpou os olhos antes de derramar o pranto, soltando um leve soluço. - Mas você entende, certo, Eriol? Que eu simplesmente quis protegê-la... Mas que acabei piorando tudo...

- Mas é claro que eu entendo. - Eriol levantou-se, indo abraçá -la. Eu desviei o olhar, decidindo deixá-los a sós.

Antes de voltar para a classe, eu olhei novamente para a porta entreaberta. Aquilo, de certa forma, fazia sentido. Eriol já deveria conhecer Tomoyo quando eu a vi pela primeira vez. A forma em que ela se aproximou de mim... Por mais que eu tenha pensado que talvez Sakura não fosse o alvo... Tudo foi planejado para que a verdade fosse escondida pelas atitudes dela. Sorri, colocando as mãos nos bolsos. Enfim, eu tinha encontrado um motivo para querer ir para aquela bendita festa de Natal.

*****

- Eu não vou! - ela exclamou pela terceira vez, cruzando os braços com o rosto emburrado. Nessas horas Sakura realmente parece uma criança mimada.

- Bem, quando eu disse 'eu vou mas escolho o lugar', não houveram objeções. - argumentei, destampando uma caneta azul.

As aulas já tinham acabado. Estávamos de frente para o segundo ano B, mais precisamente ao lado do mural aonde estava pendurado a folha com as assinaturas pra festa de Natal da noite seguinte. Meiling nos estava esperando no saguão principal, pois disse que nossos assuntos não a interessavam.

- Eu não quero ir pra casa dela. - declarou, abaixando o volume da voz na ultima palavra enquanto fazia uma careta.

- Que coisa infantil. - a reprovei com o olhar. - Olhe; - apontei para o papel atrás de mim. - Somos os únicos da nossa classe que não aderiram ainda.

- Pois então vá, eu posso muito bem ir a outro lugar amanhã.

- Sozinha?

- Claro.

- Nossa, uma garota vagando por ai sozinha na noite de Natal. Aposto que vai ser inesquecivel.

- Você se acha engraçado?

- Algumas vezes. - sorri.

Ela inspirou de forma lenta, tomando algum tempo antes de soltar o ar. Vi certo fogo nos olhos esmeralda. Aquilo era puro ódio. Eu não sabia o que a Daidouji tinha feito a Sakura, porém já tinha tirado algumas conclusões. A primeira destas - e mais certa -, era que Tomoyo, seja lá o que for que tinha feito, não foi por mal. A segunda, também muito provavel, é que Sakura fez uma tempestade em um copo d'agua, exagerando sobre sua resposta ao que aconteceu, não dando uma chance para a amiga se explicar. A terceira era que a única forma daquelas duas voltarem a se dar bem seria uma longa conversa. E eu estava disposto a fazer com que esta acontecesse durante a festa.

- Vamos, Sakura... - tentei encorajar. - Vai estar comigo e vai ter muita gente. Além do mais, quais são as possibilidades de encontra-la?

- Não sei não.

- Nem tente voltar atrás agora. Esta seria uma meia derrota. - insisti.

- Ah! - exclamou. - Me dá isso logo. - ela me estendeu a mão, aborrecida. - Mas eu quero pontualidade e assim que eu quiser ir embora estará disposto a me levar, entendeu?

- Entendi. - lhe dei a caneta, vendo-a assinar bruscamente o papel. Por mais incrível que pareça... Ao menos desta vez, as coisas parecem estar indo conforme meus planos.

*****

8 da noite.

Somente quando me vi de frente para a porta de Sakura me dei conta de que estava levando-a para sair na noite de Natal. Touya certamente estava em casa, e certamente iria me encher de perguntas. Respirei lentamente, prensando os olhos enquanto apertava a campainha no mesmo ritmo nada apressado. Minha única chance de sair dali vivo seria Sakura abrir a porta e eu dizer que estávamos atrasados - por mais que fosse uma mentira.

- Buda... - sussurrei. - Por favor, faça que não seja o Touya.

- Syaoran? - era uma voz feminina. "Obrigado, Buda!" exclamei mentalmente, reabrindo os olhos e encontrando uma belíssima Sakura à minha frente.

Estava com um vestido rosa claro tomara-que-caia que chegava até os joelhos, sem muitas detalhes além de um cinto negro que definia a cintura. Nas mãos segurava um capote branco aparentemente longo. Os cabelos estavam totalmente lisos, sem o movimento que normalmente tinham, e a maquiagem fraca e simples acabava aumentando a beleza. Maldição. Quantas vezes mais eu iria me apaixonar por ela?

- Chegou cedo. - ela comentou, olhando-se em volta, provavelmente procurando os sapatos. - Vou buscar minha bolsa e as sandalias. - me informou. - Vem, entra.

Obedeci, pois pro lado de fora o frio continuava a aumentar. Me encostei à porta, rezando para que ela não demorasse. Entretanto, o inevitável - que correspondia ao meu atual maior medo -, acabou aparecendo diante de meus olhos.

- Li. - ouvi Touya me chamar. Olhei-o com o canto dos olhos, engolindo em seco.

- Sim? - respondi polidamente, voltando a ficar de pé sem apoios.

- Você não deveria ter ido embora? - indagou casualmente. Arregalei ligeiramente os olhos. Sakura e Meiling preencheram tanto minha cabeça que eu acabei me esquecendo completamente de resolver esta questão. Por mais que na escola tudo estivesse bem, ninguém avisou a Touya sobre a confusão, obviamente.

- Ah, bem... Digamos que eu tinha entendido errado algumas coisas. - disse de forma aleatoria, tentando afastar o assunto.

- Hmm. - resmungou. - Então aquela garota que estava contigo ontem à tarde... Seria da sua família?

O QUE DIABOS TEM UMA COISA A VER COM A OUTRA?!

Como é que ele consegue chegar a um assunto delicado como esse com somente uma frase da minha parte?! Respirei fundo, tentando esconder minha perplexidade. Mas somente olhando-o pude perceber que não me sai muito bem.

- Diria que sim. - eu tentava dissipar as perguntas com meias respostas.

- Sakura não parecia feliz ontem quando chegaram, todos três juntos. - escutei atentamente, percebendo que sua voz se fazia mais séria. - Não é que este seria algum tipo de... Triângulo amoroso? E, quem iria imaginar, né, Li? Você parece ser o centro deste.

- O que você acha que sabe sobre mim e a Sakura? - indaguei, não esperando uma resposta. Não importava muito se ele era o irmão dela ou o Papa. Essa coisa toda de irmão super protetor me dava nos nervos. Eu sempre o tratei o melhor possível, o que mais queria de mim?!

- Ei garoto, - Touya afinou os olhos, claramente aborrecido. Apesar de despertar certa insegurança, eu não desviei meu olhar do dele. - Não ouse aumentar o tom da voz enquanto fala comigo.

- Vamos? - Sakura pareceu sair do nada, assustando ambos. Dei um passo para trás, vendo-a alguns centímetros mais alta por conta do salto-alto. Logo olhei para seu irmão, inconscientemente pedindo algum tipo de permissão. Ele, muito provavelmente sem vontade de discutir tanto comigo quanto com a irmã, decidiu se dar por vencido e assentir.

- Vamos. - respondi, abrindo a porta para que ela pudesse passar. Sakura saldou o irmão com um abraço, então cruzando a entrada.

Ao entrarmos dentro do carro guiado por Wei, eu percebi que o perfume que Sakura estava usando era o mesmo que possuiam as flores com seu nome. Um doce odor de cerejeiras pairava no ar, o que me fez suspirar baixinho, contendo a vontade que tinha de segurar sua mão que se encontrava tão próxima à minha.

Eu fui o primeiro a sair pela porteira, logo depois abrindo aquela de minha acompanhante, que se viu constrangida com meu pequeno gesto. Quando Wei nos deixou, eu realmente pensei que estávamos no lugar errado ao ver o tapete vermelho pronto a nos dar as boas vindas. Estávamos ao interno de portões colossais, rodeados por um jardim exageradamente bem cuidado. Nem sequer a mansão de meus parente na China se equalizava a tanta luxuosidade. Tudo bem que a festa requeria terno e gravata, mas aquilo era ridículo.

- Eu vou ligar pro Wei. - disse, tirando o celular do bolso.

- Por que? - Sakura demandou, encolhendo-se ainda mais no casado branco. - Eu estou morrendo de frio, vamos entrar logo.

- Esse aqui deve ser o lugar errado.

- Não, é esse mesmo. - ela afirmou, olhando para o palácio à nossa frente. Era tão majestoso que nem mesmo poderia descrever com palavras. - Tomoyo é bem rica.

- C-Certo... - eu respondi, acompanhando-a enquanto subiamos as escadas.

- Ah, Syaoran. - Sakura chamou minha atenção assim que chegamos à entrada e alguns criados vieram retirar nossos casacos.

- O que foi?

- Isso. - ela me mostrou um pequeno embrulho vermelho, do tamanho da palma da minha mão. A olhei desconfiado, e ela me explicou sem que eu precisasse dizer qualquer coisa. - Bem, abra-o somente quando voltar pra casa.

Obedeci, colocando o presente dentro do bolso de meu casaco e dando-o ao mordomo à minha direita.

Deixei que um sorriso invadisse meu rosto; aquele foi o primeiro presente da goshujin-sama ao seu servo. Não podia deixar de me sentir lisonjeado. a279;

E eu estava pronto a retribuir o favor... Do meu jeito.


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Notas finais do capítulo

Demorei um pouquinho... Mas a coisa toda começa a esquentar! Ahh e eu mal comecei o capitulo 16... Esperem ainda mais de uma semana antes de le-lo, gomen gomen.
ENTRETANTO, estou revisando todos os capitulos, e talvez ainda hoje atualize alguns. Pra quem quiser reler, acho que vai valer a pena - modestamente.
Obrigada a quem leu, e espero que estejam gostando.
Hoje vou responder a alguns reviews, mas uma coisa de cada vez. Como sempre digo, eu leio todos, mas minha vida é meio corrida pra responder todo mundo.
OBRIGADA PELO APOIO E COMENTEM!!! ♥33