Ore no Goshujin-sama escrita por Assa-chan


Capítulo 14
O terceiro incômodo




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(Sakura's POV)

 

Certo, isso sim era inusitado.

Por que o Syaoran não estava dentro de um avião ainda? Eu realmente corri desesperadamente por 3 quilômetros até o aeroporto pra ficar ali, parada, sem entender nada do que eles estavam falando?!

E, principalmente, quem era aquela garota com a qual o Li conversava com a voz tão energética? Eu sabia que tinha que ter seguido aquelas malditas aulas de mandarim básico quando meu pai pediu se eu queria. Mas nããão, a Sakura não precisa aprender mandarim. Nunca vai usar essa língua pra nada.

- Sakura... - Syaoran finalmente resolveu perceber que eu também estava ali, olhando-me com o semblante surpreso e ao menos tempo cansado. - Esta é Meiling, minha prima.

Eu cruzei os braços, observando a figura à minha frente. Arqueei uma das sobrancelhas. Aquela garota era a pessoa mais deslumbrante que eu jamais havia encontrado na vida. Os cabelos eram extremamente longos e de um negro intenso, presos em duas tranças que caiam delicadamente sobre seus ombros e se delongavam até pouco abaixo de sua cintura. Possuia uma face pálida em contraste com os traços decididos e os olhos castanhos, mais escuros que os de seu primo. Me perguntei quantos anos tinha, por que com certeza uma estudante do segundo grau não poderia haver aquelas curvas.

- Você deve ser aquela... - até mesmo a voz era bonita; tinha um leve sotaque. - A... Hm, Sakura Kitokomo?

- Kinomoto. - a corrigi.

- Tanto faz. - deu de bruços. - Odeio esses nomes esquisitos japoneses.

- Você ao menos tem um visto pra estar no Japão? - indaguei, tentando irritar. Não sabia o motivo, mas ela não me agradava.

- E isto o que te interessa?

- Não gosto de clandestinos no meu país.

- Pois fique sabendo que esta clandestina poderia comprar este aeroporto se somente o quisesse.

- Compre-o, então. - murmurei. - Mas não seria mais fácil ter um avião privado? - ela juntou as sobrancelhas. - Vejo que não entende o motivo, mas não quero te fazer esforçar o último neurônio ainda vivo dentro dessa sua linda cabecinha.

- Ao menos minha cabeça é proporcional ao meu corpo, baixinha.

Certo, ela tinha acabado de dizer que eu era baixa. Meu sangue ferveu. Eu defendia meus 7 centímetros acima do um metro e meio muito bem.

- Tem razão. - sorri. - São todos dois gigantescos. Girafa.

- Xiao Lang, como pode gastar seu tempo com um pirralho desse tipo? - ela se virou pro primo, cruzando os braços abaixo do peito. E, ela tinha acabado de usar o masculino pra me descrever. Com certeza não dava muito valor à propria vida.

- Sakura, Meiling, acho melhor nos separarmos aqui... - aquela tentativa de apaziguar foi insensata. Eu já estava explodindo; absolutamente nada me pararia.

- Primeira coisa, por que ela está aqui? Segunda, e a sua viagem? Terceira, você realmente acha, Syaoran-kun, que serei clemente contigo depois disso? - eu sorri, vendo uma expressão aterrorizada no rosto de Syaoran. Ele olhou para Wei imediatamente, que continuava com aquela cara de quem não sabe de nada.

- Wei, leve a Sakura pra casa! - ordenou.

- Oh não, Syaoran-kun. Que ele leve essa girafa, deve estar cansada. Eu vim a pé, posso muito bem voltar da mesma forma.

- S-Sakura, eu não sabia que... - ele tentou se desculpar, sem encontrar as palavras certas. Mas eu nem esperava que ele as achasse.

- Eu quero fazer uma aposta. - apoiei uma das mãos na cintura, enquanto a outra permanecia inérte. - Se amanhã eu estiver em uma posição superior à sua no ranking da escola, vai ter que passar o natal comigo.

- O que...? - não o deixei prosseguir, ignorando sua hesitação.

- Se eu perder, tentarei esquecer o acontecido, e até mesmo aceitarei a derrota como tinhamos previsto no começo do ano. O que acha?

Meiling lhe disse algo que eu não consegui entender, mas Syaoran nem sequer a escutou. Eu conhecia aquele olhar vidrado em mim. Aquela proposta era tão tentadora e ao mesmo tempo perigosa que o fazia ficar inseguro sobre sua resposta. Não sabia se iria vencer, mas existia uma possibilidade. E se, por um acaso, ele acabasse em uma posição mais alta do que a minha sem aceitar o desafio, acabaria odiando a si mesmo. Observei um de seus punhos se serrando. Ele tinha chegado a uma conclusão.

- Eu aceito. - me estendeu a mão, enquanto sua prima parecia atordoada. Sempre foi tão fácil e divertido manipulá-lo que eu tinha até mesmo esquecido qual era o gostinho de vitória que se saboreava todas as vezes que ele abocanhava. De esgueira olhei Meiling, que permanecia perplexa. Aceitei a mão de meu rival, e o nosso "contrato" foi selado.

*****

Quando eu cheguei em casa, estava morta. Por que dizer cansada seria pouco. Parei de frente pra porta; comecei a vasculhar meus bolsos, entretanto nada encontrei além de 500 yen e uma bala amassada e melequenta. Que nojo. Vai saber desde quando estava ali. Apertei a campainha, vendo-me sem alternativas. Era quase uma da tarde, e aquele dia meu irmão tinha que ir pro hospital somente no turno da noite. Naqueles instantes que passaram depois de eu ter pressionado aquele interruptor, pedi a algum Deus para que ele estivesse em casa.

No entanto, quem abriu a porta não foi exatamente a pessoa que eu esperava.

- Sakura-chan? - era Yukito! E ele estava me vendo daquela forma; vestida como um garoto, suja de neve, com os cabelos meio molhados e com a maldita bala nojenta no bolso! - Okaeri!

- T-Tadaima... - respondi, tentando me esconder por baixo do boné. Ele abriu mais a porta, e eu cruzei a entrada encolhendo-me. Antes de pisar no corredor tirei os sapatos, mas o tapete se molhou igualmente, pois até mesmo minhas meias tinham sido encharcadas pela neve que derretia sobre meus pés enquanto corria. Estava maravilhada; mais um pouco e quem sabe nem mesmo sentiria mais meus pés.

- Não foi à escola hoje? - indagou, me ajudando a tirar aquele capote gigantesco.

- Não...

- Foi pra ver o Syaoran-kun partir, certo? - aquela pergunta me pegou de surpresa. Ah, é. Aquele era o Yukito de sempre, que preferiria que eu ficasse com o Li e que nem reconhece minha presença. Aonde tinha ido parar a pessoa que estava quase desesperada por eu não ter falado-lhe por quatro dias?!

- E... Você, Yuki-kun? - virei-me pra ele, tentando sorrir. - Por que está aqui?

- Hoje eu tive aula somente até as 10. - explicou. - Seu irmão precisava de uma ajuda pra uma pesquisa que um dos médicos veteranos pediu a ele. Sabe, eu tive a maior nota da faculdade no exame de japonês! - Yukito mantinha o semblante doce de sempre. Vestia uma calça jeans e um agasalho branco em lã. E isso importa? Qualquer coisa ficaria bem nele.

- Sakura? - Touya saiu da porta que levava à sala, com uma expressão amedrontadora. Eu até mesmo havia me esquecido que não tinha avisado a ninguém que teria ido ao aeroporto.

Mas, pensando bem, eu só percebi que estava indo quando já tinha percorrido metade do caminho. Debaixo da neve e com o sangue fervendo. Eu queria espancar tanto Syaoran que minha mente perdeu seu poder sobre meu corpo, que acabou movendo-se sozinho.

- Então você voltou, monstrenga! - ele puxou minha bochecha com força, fazendo-a ficar instantaneamente vermelha, e logo a soltou. Apoiei uma das minhas mãos sobre a face machucada. Aquela coisa de beliscar doía. - Eu disse a mim mesmo que se não estivesse aqui até as duas teria ido te procurar até no inferno! Aonde você estava?!

- ..No aeroporto. - sussurrei, esperando que ele não ouvisse.

- Eu não tenho uma super audição. Fale pra fora, ao menos!

- Eu fui ver o Syaoran ir embora! - exclamei, juntando as sobrancelhas.

- Eu sabia que iria! - seus olhos me fitavam e sua boca parecia jogar as palavras em cima de mim de forma brutal. - Yuki me disse que ele estava indo embora, mas eu achei que você pelo menos agora iria se acalmar. Esse garoto não serve pra você. - ele definitivamente estava aborrecido. Mas quem era ele pra me dizer o que era bom ou ruim pra mim?

- Você diz isso como se o Syaoran fosse meu namorado.

- E não é?

- Não.

- Sakura... - murmurou, desviando o olhar e apoiando uma mão sobre a nuca. Touya tentou recuperar a razão, concentrando-se no próprio respiro. - Se você se ligar muito a ele, vai acabar chorando. Exatamente como fez quando aconteceu aquela coisa com a... - ele olhou para Yukito de lado, tentando achar uma palavra que pudesse substituir "Tomoyo." - ...nossa prima. - suspirou, abaixando-se um pouco pra apoiar uma mão sobre meu ombro direito. - Acredite em mim, Sakura. A família daquele pirralho nunca te aceitaria. Eu não quero mais te ver chorando.

Eu permaneci calada. Olhei pros meus pés; molhados e cansados. Nem sabia como ainda conseguia estar de pé.

- Olhe seu estado. - ele quebrou o toque, voltando a assumir sua sólita posição ereta. - Realmente acha que vale a pena se reduzir a isso por ele?

- Vou tomar banho. - declarei, passando pelos dois e indo subir as escadas. Quando olhei pra baixo ao chegar ao topo das mesmas, percebi que tinha deixado um rastro de água e gelo pelo caminho. Mas a verdade é que eu queria ver se estava sozinha. Entrei no banheiro, me despi e entrei debaixo do chuveiro. As lágrimas desceram sozinhas e se misturaram à água quente. Meu corpo congelado devagar voltava a se aquecer.

Mas as palavras de Touya machucavam. Syaoran gostava de mim, eu tinha certeza. Entretanto, naquele instante percebi que não poderia corresponder seus sentimentos nem mesmo se quisesse. Por que, se eu estava chorando, não era por meu irmão ter me ofendido, mas por Yukito ter escutado tudo. Por ele ter achado que eu sou fraca, e que tinha algo com o Li.

*****

Depois daquilo, eu fui diretamente deitar. Fiquei escutando música por um tempo e acabei adormecendo sem perceber. Só acordei na manhã seguinte, com o som de alguém descendo as escadas de forma rumorosa. Olhei pro relógio pendurado na parede; eu ainda tinha 10 minutos até meu despertador tocar. Suspirei. Havia adormecido tão cedo que naquela manhã nem sequer estava com preguiça.

Coloquei meu uniforme e desci, levando minha bolsa junto. Não estava com vontade de voltar pra cima depois de tomar o café, então esta era uma solução. Mas, quando eu cheguei ao pé da escada, encontrei meu professor de música se preparando para ir embora. Ele tinha dormido na minha casa?

- Yuki-kun? - demandei, arqueando uma sobrancelha e parando no último degrau, enquanto uma das minhas mãos estava apoiada sobre o corrimão. - Dormiu aqui?

Ele voltou-se, batendo a ponta do pé contra o chão pra colocar melhor o sapato. Sorriu. Mas era uma expressão meio cansada, ele não parecia ter dormido direito.

- Sim, Sakura-chan. - respondeu, sem muita convicção. - Perdão, mas eu tenho que ir pra escola, estou meio atrasado. - disse, colocando seu casaco. Enrolou o cachecol cinza em volta do pescoço e me saldou com um leve aceno. Abriu a porta, e logo desapareceu por trás desta.

Bem, não era a primeira vez que ele dormia lá em casa, mas normalmente o fazia quando Touya estava. O que não foi exatamente o caso, visto que meu irmão teve que fazer o turno noturno e deve ter retornado depois das 3 da manhã.

Dei de bruços, sem me importar muito. Fui pra cozinha comer alguma coisa antes que eu desmaiasse - nem sequer tinha almoçado o dia anterior. Dormi por quase 15 horas consecutivas e meu estômago estava roncando. Comi um pouco de cereais, lavei a louça, e quando estava por pegar meu casaco que estava pendurado no cabideiro, a campainha tocou. Sorri; com certeza era Syaoran. Pensando bem, ele é bem parecido com um cãozinho fiel: independentemente de quantas pedras você atire nele, ele sempre vai voltar com a cauda abanando.

Abri a porta alguns instantes depois, e vi os olhos ambar de Syaoran escondidos entre o cachecol e o gorro sobre os cabelos. - Vamos, Sakura. - ele disse, se encolhendo ainda mais. Estava bem frio mesmo aquele dia.

- Estou indo, só preciso colocar meus sapatos. - respondi. - Entra ou vai congelar. - comentei, sentando-me no degrau que separava a entrada do corredor.

Ele adentrou minha casa, mas quando eu levantei os olhos pois tinha terminado de amarrar meu tênis, eu encontrei dois rostos ao invés de um. Levantei, estarrecida.

- Syaoran! O que diabos é que ela veio fazer aqui?! - apontei para Meiling, que me olhava com o semblante emburrado.

- Ela vai estudar na nossa escola. - os olhos dele passaram daqueles castanhos de sua prima até os meus em uma fração de segundo. - Quando Wei foi à nossa escola, ele não pegou a minha transferência, mas levou a dela.

- E tem que vir contigo me buscar?

- Bem, se você nem sequer consegue ir pra escola sozinha não é culpa minha. - disse Meiling, com aquele leve sotaque irritante de sempre.

- Olha quem fala.

- Garotas,  não precisam brigar, tem Syaoran pra todo mundo! - ao ouvir aquela frase me voltei diretamente para seu dono, fuzilando-o com os olhos. Não era engraçado.

- Cafona. - resmunguei, revirando os olhos e fechando minha jaqueta. Agarrei a alça da minha bolsa e fitei os dois chineses. "Inferno, eles ficam malditamente bem juntos." pensei, empurrando-os para fora.

O caminho até a escola foi nada mais do que incômodo e constrangedor. Eu acho que nunca odiei tanto assim uma pessoa na minha vida. Ela era quase dez centímetros mais alta que eu, mais peituda, com o cabelo mais bonito, mais atraente... Bem, em suma, mais tudo! Eu me sentia terrivelmente mal entre os dois, por serem bem altos. Olhei de esgueira para Syaoran. Alto. Verdade, ele, além de provavelmente passar o um metro e oitenta, tinha um porte atlético e esguio. Olhando daquela prospectiva, isso parecia...

Uma derrota.

Pensando bem, aquela foi a primeira vez que eu senti o gosto amargo que Syaoran provava todas as vezes em que eu ganhava. Desviei o olhar assim que este encontrou o âmbar do dele.

Eu jamais iria dizer-lhe aquilo. Por simples amor-próprio.

*****

Aquela classificação estava errada. Não importava quantas vezes eu olhasse pra ela, aquilo era simplesmente impossível, por mais que eu não tenha ido particularmente bem nos exames. Massageei as temporas, procurando uma resposta. Nada. Olhei para meu rival; ele continuava com o cenho franzido e os braços cruzados.

- Bem, deve ter algo de errado. - eu disse, olhando pro painel à minha frente.

- Com certeza tem. - Syaoran concordou comigo. - Vamos falar com os professores.

Meiling chamou a atenção do Li com algumas palavras que eu não soube decifrar. Ele respondeu no mesmo código estranho, apontando para um corredor à nossa direita. 'Vá para a diretoria.' ele deve ter dito. 'Eu te alcanço assim que terminar isso aqui.'

Caminhamos lado a lado pelo corredor que levava à sala dos professores. Eu não sei se aquele sentimento era como o de quando eu percebi que era inferior a ele estéticamente, entretanto posso afirmar que me aborrecia, e muito. Mais do que eu posso dizer com palavras, provavelmente.

- Sensei. - Syaoran abriu a porta sem nem ao menos se apresentar. Contei os rostos que nos olhavam incrédulos; eram cinco. Nenhum deles Yukito. - O que significa aquela classificação?

- Li-kun! - uma mulher alta levantou-se, vindo falar conosco. Era a professora de geografia, Minami. - Vamos pra fora falar sobre isso. - ela fez um gesto para que seus colegas não se preocupassem. Logo nos acompanhou até o corredor.

Acredito que estavamos no minimo fervendo por dentro, pois a temperatura parecia aumentar a cada segundo.
- Eu sei que isso é meio contra o que está na medida do possível, mas não é culpa minha, tanto menos dos outros professores. - a mulher se apoiou ao muro, fitando-nos com o semblante cansado.

- Minami-sensei, - eu resmunguei, juntando as sobrancelhas. - está insinuando que é culpa nossa?

- Em outras palavras... - suspirou. - Sim.

- Mas é impossível que tenhamos feito a mesma pontuação em todas as provas! - exclamou Syaoran.

- E, realmente, não fizeram. - cruzou os braços sobre os peito, observando-nos sem mudar a expressão. - A graduação é feita com média de todos as notas. - explicou. - Incrivelmente a de vocês foi 89.312. Vejam! Eu até sei o número exato por termos feito e refeito as contas diversas vezes. Bem, o terceiro lugar pros dois deve ser o bastante, ou não?

Nos entreolhamos, sem saber o que dizer. Acredito que em momentos como esse ficamos em sintonia. Eu sei ler seus pensamentos às vezes, o que é, se não bom, ao menos gratificante. Estes diziam: "Ao menos não perdi."

Isso é auto-compaixão, Syaoran. Não pega bem.

- Certo, sensei. - foi ele quem quebrou o silêncio. A mulher assentiu levemente antes de se despedir. Syaoran, instantes depois, pegou no meu pulso. Arrastou-me pelos corredores até chegarmos na frente da diretoria, onde Meiling nos esperava com uma cara aborrecida e o pé que frenéticamente batia contra o chão.

- Demoraram muito. - declarou. - O presidente Clow já me deu meu horário e o nome da minha classe. Aliás, estamos durante as aulas, certo? Isso não é errado?

- Ah. - bufei, revirando os olhos. - É do segundo ano, certo, sempai? Deveria se virar. Encontre sua classe sozinha. - disse, logo olhando para Syaoran. - Vamos.

- Até mais, Meiling. Nos vemos na pausa do almoço. - disse ele, logo me seguindo.

- Sakura! - me voltei, olhando-a sem muita vontade. Ela parecia ainda mais amedrontadora, mas com certeza eu não daria o braço a torcer. - Por que não coloca uma coleira no Xiao Lang logo? Essa relação de mestre e cachorro já é ridicula por si só, então nada custa dar um toque fofo. - ironizou, dando um sorrisinho terrivelmente falso.

- Sabe, não é uma má idéia. - respondi no mesmo tom. Mas é verdade é que não era mesmo.

Syaoran permaneceu calado, nos escutando. Mas eu pude ouvir as palavras que transpareciam nele: "Elas me deixam louco."

Sorri. Não sabia por que, mas aquele sentimento de competição renovado me fazia feliz.

E deixar o Syaoran louco, obviamente, mais ainda.


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Notas finais do capítulo

Sakura com inveja/ciuminhos da Meiling! MUAHAHA
Ah eu estou gostando de escrever essa parte.
Deu pra ver, né? O capitulo ficou gigantesco. XD
Logo a fic vai chegar ao climax pra depois logo acabar. ;_;
Quero aproveitar bem os 5/6 capítulos que me restam pra escrever. ♥
Obrigada pelos reviews. Pouco a pouco vou conseguir responder a todos, me aguardem!
E... Comentem, sim?
Arigatou, minna!