Magos Artificiais escrita por Silty
Notas iniciais do capítulo
Neste capitulo as coisas vão ficar mais claras. Espero que gostem!
Lucy após aterrissar na praça do vilarejo de Malgranda e se reunir com Happy foi até a casa de seu contratante. O homem era o líder do vilarejo e morava em uma elegante mansão. Ele ofereceu a ela um banho quente e roupas secas (algo que não tinha como ela recusar) e disse que logo ele explicaria melhor o pedido que havia deixado na guilda, deixando-a mais tranquila.
Deixar a água quente cair sobre seu corpo não limpava somente sua pele, mas também sua alma. O som das gotas tocando a superfície penetrava seus ouvidos e a distraia incrivelmente. Era como uma terapia. Mas durante o banho Lucy acabou se lembrou do que Joana havia dito na praça logo após ela lamentar a morte de Natsu: Ele não morreu, idiota!
– O que? – Ela havia dito sem conseguir acreditar naquilo. Aquelas palavras realmente não faziam sentido algum para loira, mas Joana não iria brincar em uma situação como aquela.
– Isso mesmo. – Joana confirmou. – Ele foi teletransportado pela magia Treasure’s Maker, é a magia que o dragão Stelisto usa.
Lucy nunca havia escutado sobre uma magia daquele tipo, mas quando se fala de magia nada é impossível.
– Então o Natsu está vivo? – Happy perguntou se levantando.
– Isso mesmo, gato idiota. – Joana continuou com seu jeito rude. – Ele está vivo, em algum lugar. Vocês devem procurar o líder do vilarejo, o Sr Ario. Ele ira explicar melhor para vocês.
“E aqui estou eu agora”, Lucy pensou enquanto se secava.
Ela colocou o vestido verde que o Sr Ario havia separado para ela, enrolou o cachecol de Natsu no pescoço, pegou suas chaves e saiu do banheiro seguindo para sala da casa onde o contratante e o gato esperavam por ela.
Chegando lá ele sentou-se no sofá de frente para o Sr Ario, ao lado de Happy. Toda carga de tranqüilidade que Lucy havia adquirido durante o banho foi substituída por ansiedade. Ansiedade em saber exatamente o que havia acontecido com Natsu.
– Desculpe o incomodo. – Ela disse com voz cansada. – E obrigada pela cortesia.
Por mais que ela quisesse perguntar logo ao Sr Ario sobre o dragão, ela não poderia fazer a falta de educação de deixar de agradecê-lo.
– Não se preocupe com isto. – Ele disse a olhando de forma simpática. – Parece que vocês passaram dificuldades para chegar até aqui.
Ela concordou com a cabeça.
– Poderia me explicar mais sobre o dragão? – Ela pediu curiosa.
O gato se mantinha calado enquanto comia um peixe e prestava atenção na conversa.
– Claro, vou explicar desde o começo. – Ele se ajeitou no sofá e começou. – A dois anos vivia aqui no vilarejo um jovem chamado Fabrike. Ele sempre foi um pouco... – ele fez uma pausa parecendo procurar a palavra certa. - estranho e excluído. Ele vivia trancado dentro de casa construindo coisas estranhas com magia. Até que um dia ele deixou o vilarejo e foi morar no ferro velho depois da floreta no norte de Malgranda dizendo que iria se vingar de todos que o excluíram. Um ano depois surgiu Stelisto. O dragão artificial criado por Fabrike, que aborda todos que tentam passar pela estrada e rouba suas bagagens usando a magia Teasure’s Maker– fabricante de tesoures. Esta magia teletransporta tudo que é atingido por aquele raio de luz para a sala de tesouros de Fabrike, assim ele esta construindo sua fortuna. Desta forma, nenhum mantimento consegue chegar ao vilarejo e nós estamos sofrendo com isto. Vários cavaleiros e até magos já tentaram derrotar o dragão, porém ele é forte demais e às vezes até os teletransporta, como fez com seu amigo.
– Então foi isto que aconteceu com o Natsu! - Lucy disse cheia de esperança. – Nós só precisamos derrotar este Dragão e salvar o Natsu na sala de tesouros deste tal de Fabrike.
– Desculpe te informar, mas acho que não vai ser tão fácil assim. – Ario disse deixando Lucy decepcionada. – Você vai ter que passar pela floresta para chegar onde Fabrike vive e na floresta é onde está o principal desafio: o trio de Magos Artificiais.
– Magos Artificiais? – Lucy estava surpresa com tudo aquilo.
Além de um poderoso dragão artificial também existiam magos artificiais! A loira estava impressionada com a inteligência e poder de Fabrike, que, com um ferro velho e magia havia conseguido criar coisas tão poderosas.
– A maioria dos que entraram na floresta não saíram mais, e diferente de Stelisto, o trio de magos artificiais não te teletransportará. Eles simplesmente te mataram. - Sr Ario disse sombriamente.
Lucy refletiu um pouco sobre a situação. Mais uma vez ela estava em uma situação perigosa que não podia simplesmente ignorar, e desta vez sozinha, sem Natsu, Gray, Erza ou qualquer outro mago da guilda. Ela então se lembrou da coragem que todos eles expressavam sempre que algum amigo estava em perigo, e era isto que ela precisava: ser corajosa.
– Tudo bem. Estou disposta a correr este risco para salvar meu amigo! – Lucy disse determinada.
– Isto mesmo! – Happy exclamou apoiando Lucy.
O líder do vilarejo deu um suspiro.
– Existe mais uma coisa que preciso lhe dizer então. – Lucy continuou atenciosa. – A forma mais rápida de acabar com isto tudo é destruindo o capacete de Fabrike. Rumores dizem que é isto que ele usa para controlar suas criações e se o capacete de controle for destruído os robôs vão se desligar automaticamente.
– Entendi. Vamos logo então Happy. – Ela falou se levantando.
– Vocês vão sair agora? Mas está de noite. Esperem até amanhecer. – Ele disse preocupado.
– Desculpe a preocupação Sr Ario, mas nosso amigo esta em perigo, não vamos conseguir ficar parados sabendo isto.
– Tudo bem então, mas sejam cuidadosos.
– Obrigada por tudo! – Lucy disse animada logo saindo da casa seguida por Happy.
Do lado de fora estava escuro. Alguns poucos postes iluminavam a rua, mas a maior parte da iluminação era devido à luz da lua.
– Happy pra que direção será a tal floresta? – Lucy perguntou ao gato ao perceber que não tinha a menor noção de onde estava.
– Eu vou te levar até lá, e também quero ir junto com você. – Joana disse pelas costas de Lucy, que logo se virou.
A loira inicialmente se assustou com a chegada repentina da garota. Ela refletiu rapidamente sobre as palavras que havia acabado de escutar e logo manifestou sua opinião.
– Eu aceito que você me leve até lá, mas não posso deixar que vá comigo Joana. Você não sabe o quanto aquela floresta é perigosa!
– Eu sei sim sua idiota! – a garota disse se exaltando. – Meu pai entrou naquela floresta e nunca mais saiu.
Dava pra perceber o quanto Joana era triste por aquilo. Lucy se sentiu mal pela garota. Mesmo assim Lucy sabia que seria arriscado demais levá-la junto.
– Me desculpe Joana. – A loira começou a andar na direção da baixinha para consolá-la. – Mas tenho de...
Naquele momento Lucy tropeçou e começou a sentir seu corpo tombar para frente. Ela então fechou os olhos, pronta para o impacto de cara no chão, mas sentiu alguém segurá-la envolvendo o braço em sua cintura.
– Que tipo de retardada você é? Quem cai andando? – Joana disse impressionada com aquilo.
Lucy já equilibrada sobre suas próprias pernas abriu os olhos. Em pé na sua frente observou seu salvador: um rapaz alto de cabelos loiros e lisos, usando uma jaqueta azul.
– Desde quando você ficou tão agressiva Joana? – O rapaz disse de forma simpática.
– Me desculpe Ryu. – A baixinha falou também simpaticamente. – Eu fiquei um pouco assustada em ver que ela ia cair. Ainda bem que você apareceu!
– Que mudança de humor repentina! – Lucy exclamou surpresa.
Happy fez cara de pensativo e rapidamente se pronunciou.
– Eu entendi! – ele levantou a mão. – A Joana é uma tsundere!
_Tsun... O que? – Lucy perguntou sem entender do que Happy estava falando.
– Eu não sou tsundere coisa nenhuma! – A garota se exaltou novamente.
– Não precisa ficar tão brava Joaninha. – Ryu disse parecendo estar se divertindo com tudo aquilo.
– Me desculpe Ryu, eu só... – ela dizia calma novamente quando Happpy se aproximou dela por trás calmamente e sussurrou:
– Tsundere.
A garota começou a correr atrás do gato querendo bater nele. Enquanto isto Lucy e Ryu continuaram parados no mesmo lugar.
– Obrigada por me segurar. – Lucy disse um pouco sem graça.
– Não foi nada. – Ele disse também parecendo estar sem graça com a situação. – Então, ouvi você dizendo que estava indo para floresta ao norte, eu também estou indo para lá, se quiser me acompanhar.
Naquele momento Joana parou de perseguir o gato e entrou na conversa.
– Eu vou levá-la, vou ir salvar meu pai!
– Joana, por favor, não insista nesta idéia. – O loiro começou a falar. – Já conversamos sobre isto, tenho medo que algo lhe aconteça. Eu vou ir esta noite, e com certeza salvarei seu pai.
Joana se manteve calada por alguns segundos enquanto encarava Ryu. Ela pareceu aceitar suas palavras.
– Tudo bem então. – Ela dizia calma. – vou confiar em você Ryu.
Curiosa Lucy perguntou:
– Você é deste vilarejo Ryu?
– Há alguns meses eu estava em uma situação ruim e cheguei a Malgranda todo acabado. Os moradores me ajudaram e por isto tenho uma divida com eles. Agora que estou forte novamente vou usar minha magia para ajudá-los derrotando Fabrike.
– Entendi. – Lucy disse percebendo que poderia contar com ele nas batalhas que se aproximavam. - Então vamos logo, tem alguém esperando por mim.
– Certo. – Ryu então se virou para trás. – Logo estaremos de volta com seu pai Joana.
O trio (Lucy, Happy e Ryu) saiu correndo rumo à floresta ao norte, prontos para enfrentar qualquer desafio que surgisse em seu caminho.
Continua...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
No próximo capitulo começa as lutas de verdade. Fiquem ansiosos por que eu caprichei bastante! Por favor, comentem e compartilhem, isto será um incentivo a mais para mim! Obrigado por ler até aqui e continue acompanhando!