Fala Sério, Crush! escrita por Ferla, little Nyx


Capítulo 10
Você lembra? - Pequena Ferla


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Como vocês estão?
E essa demora né? Peço desculpas por isso, de verdade, os estudos estão tirando o meu tempo livre.
A postagem seria da Little Nyx agora, mas ela anda tendo alguns problemas e não consegue escrever por conta disso.
O texto ficou bastante dramático porque eu estava afim de escrever algo pesado ahueueueueu' aproveitem esse, no próximo eu volto com humor e algumas histórias mais legais hehe'
Então, é isso
Beijinhos!



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E lá estava eu novamente, em pé na frente de um massacre sentimental e psicológico.

Você.

Encarando-te porque era, simplesmente, o que eu poderia fazer naquele momento. Eu tinha medo de te tocar, porque suas mãos pareciam uma entrada para várias noites de péssimo sono. Não poderia permitir que fosse vítima de mais uma pessoa.

A liberdade que meu pensamento estava acostumado fora sujeita a uma ameaça viva.

Você.

Enquanto eu refletia sobre as minhas decisões insensatas, você permanecia com um olhar chateado, e sua cabeça parecia incrivelmente confusa. Assim como a minha estava. Permitir sentir algo por você era explosivo, mas já era tarde demais para dizer isso.

Você entrou na minha cabeça como uma virose infeliz. Daquelas que querem nos matar.

Não é como se eu tivesse deslizado na paixão, mas você faz meus pensamentos entrarem em um choque constante.

Naquela época eu jamais olharia para você e pensaria em algo assim. Perdão, eu sou uma pessoa terrível. Mas você me colocou numa armadilha daquelas que você se machuca a cada vez que tenta sair. Seria você tão terrível quanto eu?

Depois de algumas noites trocando aquelas mensagens, algumas conversas ou outras já estavam me fazendo entrar num campo minado sem perceber. Afinal, a regra da vida se baseia em como o amor é injusto. Quando você não corre para ele, ele corre para você. Apenas.

Queria que parasse de me encarar com aquele olhar, era insuportável. Não podia nem ao menos ter as minhas ideias quando ficava me fazendo de idiota daquela forma, onde estava meu jeito sensato de pensar?

– Você não acha que deveríamos parar de brincar? – você disse expressando um olhar sério.

Um comentário que me pegou de surpresa.

– Do que você está falando? – perguntei, perplexa.

– Lily, se decida de uma vez. Você está brincando comigo. Seus joguinhos já estão me cansando.

– Não! Você está louco? Eu não estou fazendo isso!

Você se lembra?

Você não entendia meus pensamentos. Para você eu era uma manipuladora, e aquilo me deixava desconfortável. O necessário para me deixar contra uma parede de duas pessoas. O necessário para me deixar cada vez pior. Apenas porque eu não sabia demonstrar da forma correta.

Eu estava sempre feliz, estava sempre sorrindo. Mas ninguém veio me perguntar o porquê disso. Ninguém se interessava por me ouvir, para eles o fato de eu estar feliz era o suficiente para acharem que eu estava sempre bem. Você era assim.

Ele não era.

Na verdade, minha cabeça martelava como nunca. Você me deixava daquele jeito. Dizer que eu te tratava como um brinquedo era, no mínimo, uma faca no meu coração. Eu jamais tinha pensado nisso. Perdão, aquele não era meu objetivo.

O problema foi depois, você lembra?

Depois daquela discussão, que eu prefiro não narrar, você começou a agir friamente. Eu corria de você atrás como um brinquedo, porque era você que estava brincando comigo. Primeiro me conquistou, depois pegou o coração e espremeu, foi isso que você fez. Porque eu já estava perdida, de qualquer forma.

– Lily, pare de gritar no meu ouvido. Já chega.

Pois para você, minhas simples falas eram gritos. Apenas porque eu parecia estar sempre feliz. Você não notou que aqueles sorrisos eram o costume? Não tinha algo diferente neles. Tudo isso, eu não aguentava demonstrar que estava mal. Não que isso fosse culpa sua, você sabe.

Acontece que aquilo já estava me cansando, e meus sentimentos foram ficando carentes demais. Ou quem sabe sensíveis.

Eu nunca corri atrás dessas coisas, então você entende. Entende que isso não foi proposital, não é? Um acidente do destino que foi armado como uma bomba.

Mas você nem mesmo sabe do que isso se trata. E não precisa saber. Ele também não sabe.

Agora percebe como eu não poderia brincar com alguém? Minha cabeça não é tão má para isso. Na verdade, eu sou apenas uma jovem, então o resultado de tudo isso foi como a quebra do brinquedo.

Lembra quando eu te pedia para não ficar bravo? Eu não queria ficar também. Acontece que você não me deixou escolha. Eu fiquei enfurecida.

Por favor, não me odeie. Cheguei a pensar que ele se irritava comigo às vezes, mas a culpa não é minha. Com você a culpa também não era.

E aquela noite, você lembra?

Claro que lembra. Foi a última vez que nos vimos.

Eu queria te perguntar se a minha falta é presente. Mas não entendo por que ele chorou mais que você. Você já estava cheio de mim, não estava? Isso é triste, porque agora não posso abraçar nenhum dos dois.

Você está bem ai? Espero que esteja.

Quando eu engatilhei a arma não pensei que poderia tentar te conquistar novamente. Mais um pouquinho.

Na verdade eu não deveria apertar aquele botão. Foi um erro meu, por isso me arrependo.

Mas aqui também é ótimo, esse meu arrependimento me salvou, sabe como é, certo? Sei que não deveria ter feito isso, mas você foi uma bomba maior do que eu pensei, ele também estava lá, mas eu não podia alcançá-lo. E você, por que me deixou correndo tanto? Por que disse aquilo?

De qualquer forma, eu não guardo rancores. Um suicídio que não deveria acontecer, de fato, mas estou feliz.

Obrigada por me deixar ser feliz com você, um pouco que seja.

Sua querida,

Lily


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Notas finais do capítulo

Morte e morte, isso é comum nos meus textos, é mania ahueueue perdão.
Eu juro que estou bem, é só porque eu estava afim de escrever um drama mesmo.
Até mais



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