I can't lose you escrita por MylleC


Capítulo 8
Capitulo 7 - Vulnerável


Notas iniciais do capítulo

Eaee gentee. Primeiramente DESCULPA pelo atraso.Semana passada viajei sexta, sábado, domingo e segunda. Só voltei terça, mas tinha vários trabalhos da escola pra fazer então não deu pra escrever. Ai veio quarta e ALGUEM pode me julgar por não ter conseguido pensar em mais nada depois daquele episodio? Acho que não kkk Ainda estou me recuperando e me preparando pra bomba do episodio de hoje. Meu PC ainda está com a entrada do fio do carregador quebrado então ainda estou na luta aqui e parece que tá ficando cada vez pior, porque ta travando tudo. (Tanto que estou postando pelo PC da minha mãe, falando que to fazendo trabalho, porque no meu nem a pagina do google ele ta abrindo direito.) Esse capitulo foi meio difícil de escrever, juntando com um mini bloqueio, reescrevi ele várias vezes e enfim saiu. Espero que gostem. Boa leitura!



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“Você sabe que eu desmoronaria sem você

Eu não sei como você faz o que você faz

Porque tudo que não faz sentido em mim

Faz sentido quando estou com você”

( Wanted – Hunter Hayes )

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–Oliver! –A voz de Felicity penetrou em meus ouvidos, meu coração batia rápido. A adrenalina correndo em minhas veias, mas eu estava completamente imóvel pelas correntes pesas em meus pulsos, tornozelos e um maior que envolvia meu abdômen. Tão apertado que eu mal podia respirar.

–Então garoto, e aqui estamos. –Disse Slade, andando em volta de Felicity também acorrentada, quase igualmente a mim. A diferença era que suas correntes eram apenas nos tornozelos e pulsos.

Havia um grande vermelho em seu rosto que quase tingia para o roxo, um corte na testa e no lábio. Fechei os punhos e novamente forceis as correntes inutilmente.

–Engraçado como a cada vez que chegamos a esse ponto acontece de uma maneira diferente. Da ultima vez eram sua mãe e sua irmã e você também estava imobilizado... Completamente inútil. A única vez que você poderia ter feito algo foi da primeira vez não é garoto. –Ele continuava a andar em volta de Felicity, como se esperasse que algo acontecesse para que ele pudesse atacá-la. – Você só tinha que escolher, na verdade nem isso. Você tinha que ter lutado!

–Slade... Eu... Não tinha a intenção de... Eu apenas pulei... Eu não queria que ela... Não queria que Shado tivesse morrido, e eu me culpo por isso tanto quanto você me culpa.

–Assim como eu não quero que a loirinha aqui morra. A única coisa que eu quero é ver seus olhos, sua face, sua alma, tão impregnados de dor pelas pessoas que perdeu que irá me implorar para te matar. Quero que observe eu tirar a vida de cada uma das pessoas que você ama, que você se importa. Sem ter a chance de se despedir. Jhon Diggle já se foi...

Diggle? Não!

Flashes estranhos de Diggle morrendo a minha frente inundaram minha mente e o ar me faltou assim que a imagem veio acompanhada de Thea, sangrando e também morrendo, seus olhos me fitando ficando cada vez mais vazios e sem luz.

–Sua irmã Thea...

As lagrimas rolavam grossas pelo meu rosto sem que eu pudesse impedi-las.

–Laurel Lance, Barry Allen... Confesso que nesse ultimo fiquei surpreso que acabei com o heroizinho de Central City. Roy Harper e agora, por ultimo... A única luz que você poderia ter... Felicity Smoak.

–Não... NÃO! –Solucei, mal conseguindo pronunciar qualquer palavra. Um bolo enorme se formando em minha garganta. A dor me dilacerando.

–É isso! –Slade deu alguns passos até mim, me impedindo de ver Felicity que estava mais desacordada do que consciente, claramente lutando para não ceder a inconsciência. –Exatamente disso que estou falando! Todo essa dor visível em você... E ela só piorou quando mencionei matar sua Felicity, imagino quando eu completar o ato.

–Você não fará isso! –Encontrei minha voz, me forcei desesperadamente contra as correntes.

–Observe garoto.

Slade puxou a espada da cintura e se virou, caminhando até Felicity.

–Não! –Gritei.

Então ele atravessou com a espada o corpo de Felicity, como fez com minha mãe, mas afundou a lamina completamente, girando o punho. Felicity havia arregalado os olhos e erguido a cabeça. Seus olhos encontraram os meus e uma quantidade assustadora de sangue saia por sua boca e por onde a espada estava cravada. Meus ouvidos zumbiam e o som a minha volta se abafou, eu não ouvia meus próprios gritos, minha garganta queimava horrivelmente com a força de minha voz. Senti alguns ossos dentro de mim estalarem pela força que eu fazia contra as correntes tentando me soltar. As lagrimas nem chegavam a embaçar minha visão, pois desciam em uma velocidade absurda pelo meu rosto. Dor me dominando cada vez mais e mais.

Assisti as lagrimas molhando o rosto de Felicity e seus olhos azuis irem se apagando cada vez mais. Ouvia ao longe minha própria voz aos berros, Slade virou a cabeça pra mim e eu apenas pude notar seu sorriso doentio em seu rosto. Os olhos de Felicity amoleceram assim como o resto de seu corpo que só não foi ao chão por estar preso pelas correntes. Morta.

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–Oliver! –A voz de Felicity gritou alto em meu ouvido.

Me sentei na cama sentindo a garganta doer pelos gritos que soavam alto pelo quarto. Minhas mãos tremiam e não conseguia puxar o ar para dentro dos meus pulmões. Minha visão turva me impedia de ver Felicity claramente, mas... Ela estava ali, me olhando assustada e preocupada.

Meus braços se agitavam no ar, tentando agarrar algo invisível, chegar até o suposto corpo morto de Felicity, impedir que ela se fosse. Mas... Ela estava ali!

–Okay, okay, Calma! –Ela tentou me acalmar. Meu peito queimava pelos meus pulmões que imploravam pelo ar que não entrava. Eu nunca tinha tido um ataque de pânico antes, mas acho que estou tendo um agora.

Sentia as mãos quentes e pequenas de Felicity segurar meu rosto e me forçar a encará-la. Observei seus olhos azuis, sua boca mexia falando algo que no momento eu não entendi, pelos meus ouvidos abafados. Mas... Seus olhos não estavam vazios e sem vida, seu rosto não estava machucado e não havia sangue em lugar algum, ela estava... Viva. Foi só um sonho. Um pesadelo. Meus ouvidos voltaram ao normal e minha visão também melhorou. Abri a boca puxando uma considerável quantidade de oxigênio que me fez engasgar. Só então percebi meu rosto molhado pelas lagrimas.

Minhas mãos estavam nos ombros de Felicity que me olhava esperando que eu me acalmasse. Olhei em volta percebendo que estava no quarto, Thea estava parada na porta parecendo em pânico. Mas ela também estava bem, os outros também deveriam estar. Um grande alivio dominou todo meu corpo e então enfim relaxei parcialmente. Puxando o corpo de Felicity contra o meu pela cintura e enterrado meu rosto na curva de seu pescoço, sentindo seu aroma doce. As lagrimas de pânico ainda corriam pelo meu rosto, minha respiração ainda ofegante e minhas mãos levemente tremulas.

–Você esta bem... Esta bem, vocês estão bem... Eu...

–Xi... Hey, está tudo bem, estamos aqui, estamos bem Oliver, foi apenas um pesadelo.

–Eu vi... –Balbuciei. A voz abafada por ainda estar com a cabeça enterrada na curva do seu pescoço.

Felicity me abraçou mais forte.

–Tudo bem, esta todo mundo bem.

Enfim levantei a cabeça e olhei em seus olhos, me lembrando da cena horrível que eu esperava que jamais tivesse que presenciar novamente, nem em pesadelo e muito menos na vida real. Passei o polegar em sua bochecha em uma caricia precisa, sentindo a maciês de sua pele, quente e viva. Suspirei, sentindo minha respiração finalmente começar a se normalizar. Puxei seu corpo lentamente para o meu colo. As duas pernas de um lado e os braços em volta do meu pescoço. Abracei sua cintura firmemente e Felicity sorriu reconfortante pra mim. Seus lábios tocaram os meus brevemente e ela fez com que eu deitasse a cabeça na curva de seu pescoço novamente. Suas mãos faziam lentos movimentos em meus cabelos.

Meus dedos fizeram movimentos em sua cintura firmemente entre minhas mãos. Respirei fundo e senti as batidas do meu coração se normalizando cada vez mais. Me deixei aproveitar aquele momento. Senti-la viva, respirando, quente. Minha Felicity.

Flashback

Um grande prédio incrivelmente luxuoso. Um letreiro grande no topo “Wespe” pessoas saindo e entrando e guardas nas portas. Quem olhasse diria ser apenas uma empresa normal e não uma filial da sede da máfia Alemã.

–Todos aqui fazem parte da máfia? –Perguntei a Rey.

–Não. –Respondeu sério enquanto entravamos pela porta da frente.

Fomos até o elevador onde ele apertou um botão sem numeração, virando-se e encarando a parte espelhada da cabine do elevador.

–Vire-se. Eles precisam nos ver.

Obedeci e me virei, encarando o espelho também. O elevador começou a se mover e alguns minutos depois descendo enfim parou e as portas se abriram.

Era um grande lugar, havia carpete no chão, algumas mesas de bilhar e um pequeno bar onde havia alguns homens. Andamos até o outro elevador que tinha ali e descemos mais, chegando em uma sala diferente da de cima. Não havia carpete ou mesas de jogos, mas vários computadores parecendo ser de ultima geração. Não havia ninguém no local.

–Estão em reunião, discutindo o quão incompetentes eles tem sido, espero que não siga o mesmo caminho.

Antes que eu pudesse responder a porta se abriu e um homem bem arrumado com cabelos loiros platinados entrou.

–Esse é o Bryan. –Rey apresentou. -Ele que vistoria o que cada um faz aqui e vai explicar o que você tem que fazer. Eu tenho um compromisso agora.

Rey se virou e saiu.

–Me acompanhe. –Bryan se pronunciou pela primeira vez.

O segui até um dos computadores já ligados, mostrando a planta de algum lugar.

–Essa é uma filial da máfia mexicana, Calaveras.

Isso era uma guerra de máfias agora?

Bryan indicou um dos cômodos do local.

–É uma boate e fica localizada em um bairro distante daqui. No subterrâneo tem um grande local onde fazem o trabalho sujo de traficar drogas e armas. E esse é o nosso ponto. Há dois meses atrás todo o nosso carregamento de arma foi roubado, foram eles. Armamento militar, ou seja, bombas, granadas, tipos variados de armas, rifles e etc. Precisamos pegar de volta.

–Porque simplesmente não invadem o local se já sabem onde é? –Perguntei.

–Porque apesar de estarmos em um maior numero do que eles, não adiantaria de nada. Tudo o que roubaram e mais algumas coisas que vamos roubar deles estão em um local ainda mais subterrâneo reservado, onde o sistema de segurança é de ponta e muito difícil de abrir. Todos nós tentamos e falhamos, Rey acredita que você é capaz então é bom que seja. O grande problema além de se abrir é que dentro tem armas programadas para atirar se quem as câmeras filmarem não for alguém autorizado, então alem de invadir o sistema e abrir a porta para nós, terá que desativar as armas e câmeras também.

Eu já tinha começado a trabalhar e a testar as resistências do lugar e era mesmo complicado, mas não tão impossível, pelo menos não pra mim.

–Quanto tempo acha que leva?

–Vinte e cinco minutos para a porta, mais cinco para as câmeras e armas, então, meia hora.

Bryan me olhou com a expressão fechada.

–Pare de brincar e diga logo o tempo, vamos invadir hoje á noite.

–Eu já disse, meia hora. –Afrimei.

A porta se abriu e várias pessoas entraram, algumas machucadas e sangrando e outras apenas com cara de muito apavoras e outro sem expressão alguma. Rey vinha na frente e caminhou até mim.

–E então? –Perguntou.

–Ele diz que consegue em meia hora. –Contou Bryan descrente.

–Impossível. –Rey concordou.

–Bom, você me queria por um motivo não é?

Os dois se entreolharam e concordaram.

Flashback Off

Pov Felicity

–Nada ainda. –Anunciei, desligando o telefone. –A formula do Mirakuro é bem complicada e fazer um antídoto é mais ainda. Caitlin disse que ainda vai demorar alguns dias.

Thea começou a andar de um lado para o outro. Dig suspirou pesadamente passando as mãos na cabeça. Roy ficou tenso novamente e caminhou até Thea tentando fazê-la parar de nadar.

Olhei Oliver e ele me olhou por alguns segundos, mas desviou o olhar. Passando as mãos na cabeça e suspirando cansado. Aquilo tudo estava acabando com todos nós, mas desde que Slade voltou e começou a fazer todas essas ameaças. O momento em que fiquei mais assustada foi quando ouvi Oliver aos berros no quarto. Corri tão rapidamente até o quarto ao lado, fiquei com tanto medo do que pudesse ter acontecido e ele estava ali, tendo um pesadelo horrível. O medo em que vi nos seus olhos, o pavor que ele transmitia. O choro, os braços tentando agarrar algo invisível. Meu nome sendo berrado por sua voz em pânico e a forma com que ele pareceu frágil depois. Se agarrando a mim quase como uma criança. Eu sabia, todos nós sabemos o medo que Oliver tem de que algo aconteça às pessoas que ele ama, principalmente se Slade nos fizer mal apenas para atingi-lo. Todos sabemos disso. Mas ver aquela cena, fez seu medo ser algo palpável. Não apenas palavras. Mas visível e palpável, o desespero imenso em que ele se encontrava consigo mesmo.

Eu não sabia como exatamente tinha sido o pesadelo, Oliver não contou muito e o pouco que disse pareceu que a dor que ele sentiu durante o sonho estivesse voltando. Então não insisti muito no assunto. Apenas sei que ele me assistiu morrer. Estava com um certo medo de que Oliver terminasse comigo,tendo apenas duas semanas que começamos a namorar, principalmente depois de ter um sonho assim, o fazendo presenciar o que seu coração tanto temia. Mas até agora ele não deu indícios de que vai fazer isso, pelo menos não por enquanto. Só parece um pouco perturbado e preocupado, o que me faz ficar preocupada também.

As saídas estavam se fechando e Slade estava nos sufocando, estávamos cada vez mais sem chances do que fazer para salvar a cidade. Barry nos disse que assim que algo acontecesse era para ligarmos para ele que ele viria correndo para ajudar. Então basicamente estávamos esperando que o ataque acontecesse, que a guerra estourasse novamente. A única questão é que antes Slade havia usado Roy no processo de transferir o sangue com Mirakuro para os presidiários, e duvidamos muito que ele vá usar ele mesmo dessa vez. Então a questão é quem ele vai usar. Por esse motivo estamos mais cautelosos, com medo de que ele queira usar um de nós novamente.

Estava tão absorta em meus pensamentos que nem percebi que Oliver e eu estávamos sozinhos. Me levantei da cadeira e andei até ele que estava sentado na escada, me sentei ao seu lado e segurei sua mão. Ele me olhou e enxerguei tantos sentimentos com aquele olhar que era impossível definir apenas um. Respirei fundo e levei minha mão até seu rosto. Percorrendo com os dedos um caminho pela sua barba até seu pescoço. Senti Oliver se arrepiar e ele fechou os olhos brevemente. Sorri e olhei profundamente em seus olhos.

–Eu te amo. –Falei, voltando a segurar suas mãos. –Sei que muita coisa está acontecendo e que a qualquer momento uma coisa horrível pode acontecer, ou com a cidade ou com algum de nós. Mas, você tem que se lembrar que você não está sozinho nessa, Slade tem seu exército e tecnicamente nós temos o nosso. Não sobrecarregue toda a culpa em cima de você mesmo. Você tomou uma decisão por impulso no passado, você não queria que Shado morresse, havia uma arma apontada pra cabeça das duas e seu corpo apenas reagiu no momento da adrenalina, mas se você realmente pudesse, teria salvado as duas. Não se pode fazer tudo na vida Oliver, e as decisões que fazemos fazem parte dela. O que está acontecendo agora é uma decisão de Slade, um homem que carrega um sofrimento absurdo no peito, que se transformou em raiva e que teve como consequência, procurar um culpado. Ele decidiu que esse culpado é você. – Oliver não me interrompeu apenas me observava atento e me esperou continuar.

–E a nossa decisão é ficar e lutar ao seu lado, não importa os riscos, porque a cidade precisa de alguém para salvá-la e Slade precisa ser parado. As decisões de Slade são profundamente focadas no que aconteceu no passado e ele perdeu uma vez. Novamente suas decisões de vingança são focadas no passado e a nossa.... Tudo que queremos é salvar todo mundo. Então não se prenda as coisas ruins que aconteceu no passado, não se sinta culpado por isso. Faça decisões focando no presente. Salvar a todos. Mas, se você realmente sente toda essa culpa, continue fazendo o que vem fazendo por todo esse tempo que voltou, salvar as pessoas. Tire essa culpa salvando todas essas pessoas que estão correndo perigo agora, lute. Apenas continue tentando e tentando. O ponto é não desistir, porque se você desistir não há mais esperança, e nós precisamos de esperança de que tudo vai melhorar, vamos vencer mais essa.

–Mas... E se não conseguirmos.

–Exatamente. –Apontei. – Se nós não conseguirmos. Vai ser todos nós e não apenas você. Não vai haver culpados, apenas uma tragédia da qual todos nós lutamos para evitar. Se não conseguirmos... Vamos ter tentado juntos, feito tudo o que está ao nosso alcance. Isso que é importante. Só não podemos nos perder um do outro.

Oliver pareceu refletir por um momento e um inicio de um sorriso se formou no canto de sua boca. Apertou minha mão levemente.

–Juntos.

Sorri.

–O Team Arrow. –Brinquei, me aproximando e deixando nossos lábios a milímetros de distancia.

Oliver fez uma breve careta, mas logo a transformou no sorriso novamente.

–Você e sua mania de chamar de Team Arrow. –Sussurrou.

–Admita que gosta do nome, é legal. Cisco aprovou, então porque não?

–É, até que não é um nome ruim.

Seus olhos me olhavam tão intensamente, que era como se Oliver estivesse o tempo todo dizendo “Eu te amo” para mim. Tenho certeza que meu olhar não é diferente.

–Eu amo você. –Oliver sussurrou.

Mas, era como se nossos olhares ainda não expressasse todo esse sentimento, então nós falávamos, tentando passar mais intensidade, e definitivamente são as melhores palavras para se dizer e ouvir.

Me inclinei em sua direção quebrando o espaço que nos separavas e o beijei. Ficamos vários minutos perdidos no momento um com o outro.

–Não sei como fiquei tanto tempo sem você. – Falou. –E não sei o que vai ser de mim se alguma coisa te acontecer.

–Oliver... –Comecei, mas ele me interrompeu.

–Foi aterrorizante Felicity, parecia tão real... –Entendi que ele falava de seu pesadelo de mais cedo. –Estávamos acorrentados e... Eu não podia fazer nada, não consegui te salvar. Nenhum de vocês.

Beijei seus lábios docemente e olhei em seus olhos ao nos separarmos.

–Assim como também não sei o que seria de mim se algo te acontecer. Nada vai me acontecer Oliver, eu tenho você e todos os outros e nós protegemos uns aos outros. Slade não vai quebrar isso.

Algo passou rasgando o vento a nossa volta fazendo um alto barulho metálico depois. Oliver rapidamente me puxo junto dele e nos levo para longe da escada.

Capitão bumerangue! Como antes ele tinha um colete cheio de bumerangues no corpo e um em cada mão. Um sorriso sinistro no rosto.

–Eu acho que ele vai quebrar sim. –Disse, provavelmente por ter escutado parte da nossa conversa.

Oliver se colocou completamente a minha frente e rapidamente procurei meu celular. Estiquei o braço e o peguei rapidamente em cima da mesa, um bumerangue quase acertando meu braço em cheio. Mandei rapidamente a mensagem “SOS” para Dig.

–Não vou me demorar, vim apenas pegar a loira emprestada. Sinto muito, mas não garanto a devolução completa. –Disse, armando outro bumerangue.

Apertei a mão de Oliver que parecia que iria explodir a qualquer momento. Me olhou com medo evidente em seus olhos. Capitão Bumerangue desceu as escadas jogando vários deles, nos fazendo apenas recuar até uma parede. Droga. Estávamos perdidos. Oliver conseguiu chegar até o arco e o armou, lançando uma das flechas que explodem luz para todos os lados.

–Corre!

Nós dois corremos tentando chegar até as escadas, mas Capitão Bumerangue chegou antes, impedindo a passagem. Oliver iria golpeá-lo, mas um dos bumerangues jogado voltou e atingiu sua perna o fazendo cambalear.

–Ah, meu Deus, Oliver!

Ele continuou de pé e recuou ainda se mantendo possessivamente em minha frente, uma das mãos segurando meu braço, tentando desesperadamente me proteger. Bufei me sentindo inútil.

Vamos Felicity, pense em alguma coisa.

–Cansei de brincar. –Disse Capitão Bumerangue. Colocando sobre o nariz algo parecido com uma mascara e jogando duas bolas redondas que ao atingirem o chão começaram a liberar muita fumaça branca.

Oliver colocou a manga da blusa sobre o nariz e eu fiz o mesmo, mas parecia não adiantar. Sentia cada vez mais e mais meu corpo se amolecer e Oliver não parecia estar diferente. Capitão Bumerangue permaneceu no mesmo lugar parecendo esperar que nós desmaiássemos. Oliver se virou para mim e compartilhamos do mesmo olhar desesperado. Minhas pernas amoleceram e Oliver foi comigo ao chão. Seu corpo em cima do meu ainda tentando me proteger. A essa altura não estávamos mais com a gola das blusas sobre o nariz, era inútil.

Oliver fechou o punho e seus olhos se reviraram por um momento, tentando se manter abertos. Por alguns minutos se focou nos meus e vi tanto medo ali. Minha garganta seca demais e minha língua dormente, sem conseguir dizer nada. Cada vez mais mole.

–Não... –Oliver sussurrou com dificuldade. –Não posso perder você. Não...

Sem conseguir dizer nada apenas fiz força para inclinar minha cabeça e roçar nossos lábios. O olhando de forma que ele entendesse tudo o que eu queria dizer, mas não conseguia. Meus sentidos me deixaram e a escuridão me dominou.


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Notas finais do capítulo

Eaee, gostaram? kkk Não queiram me matar, eu ia colocar já a parte deles acordando, mas iria ficar muito grande no capitulo e tals. Enfim, não terminei de escrever o próximo ainda, mas o tanto que escrevi ja deu pra deixar uma pequena prévia pra vocês. Comentem, bjsss.

(...)Quer dizer que se ela não morrer... Vai virar uma arma de matar sem qualquer consciência disso? (...)
(...) Oliver já deve ter acordado agora e fiquei imaginando seu desespero ao não encontrar sua preciosa Felicity com ele. (...)
(...)-Pai... (...)
(...) O que está fazendo? (...)
(...) O que precisa ser feito. (...)
(...)A dor insuportável dura apenas alguns minutos (...)Será como se estivesse dormindo, presa a um pesadelo. (...)
(...) Foi a ultima coisa que ouvi antes de apagar. (...)