I can't lose you escrita por MylleC


Capítulo 11
Capitulo 10 - Agora é guerra


Notas iniciais do capítulo

Genteee, aqui estou eu, sobre esse capitulo só tenho a dizer: ME DESCULPEM, ME DESCULPEM, ME DESCULPEM. Lembrando que se me matarem, sem autora, sem fanfic kkk Boa leitura!



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O momento em que você percebe que tudo pelo que você vem lutando por tanto tempo irá desabar a sua volta de uma vez, é provavelmente uma das piores sensações que alguém poderia sentir. No momento, não só tudo pelo o que eu vim lutando ira desmoronar, como todo o meu mundo e minha sanidade.

Eu deveria ser acostumado a correr contra o tempo, mas dessa vez a corrida é diferente. Ela é mais acida e mais estreita. Não é apenas uma corrida, mas sim uma competição onde de um lado tem eu e no outro tem Slade. A parte desesperadora é que ele visivelmente tem a maior vantagem sobre mim. Estou prestes a perder essa corrida, mas o preço disso será caro demais. Caro demais para eu poder suportar. E ele sabe disso.

Tudo que eu preciso fazer pra virar esse jogo de competição no qual não posso desistir, é salva-la. Salvar a minha garota.

HORAS ANTES

Felicity já tinha conseguido rastrear onde Slade estava mantendo Thea, Lyla e Sara. Diggle obviamente se recusou a ficar para trás e veio comigo, mas de jeito nenhum eu deixaria Felicity sozinha com Richard. Então Roy e Laurel concordaram em ficar na Cave.

Diggle e eu paramos em frente ao local. Uma casa velha escondida em meio ao Glades. Chegamos até a porta dos fundos, de madeira, mas parecendo bem trancada. Um som de choro de bebê foi ouvido. Sarah. Diggle se desesperou ao meu lado e se levantou, aparecendo não se importar com mais nada e só querendo invadir o local imediatamente.

Segurei seu braço fortemente e ele me olhou reprovador.

–Se acalma, Lyla está com ela. Deve ser apenas fome, tenho certeza de que ela está bem Jhon.

Ele me encarou completamente dividido.

–Vamos seguir com o plano.

Richard tinha feito um esquisito mini robô câmera. Só precisava o colocar no chão e Felicity o guiaria até o lado de dentro da casa e ver o que acontecia.

Peguei o pequeno objeto do meu bolso e o coloquei no chão.

“Felicity, tudo pronto.” –Avisei pelo comunicador.

“Certo. Esta funcionando”

Pequenas perninhas apareceram no mini robô que parecia uma barata. Correu como se fosse um inseto de verdade e entrou pela fresta por de baixo da porta. Meu corpo juntava com meu instinto e gritava para eu invadir logo aquilo. Mas algo errado e era a vida de Thea, Lyla e Sarah que estavam em risco.

“Oliver, tem muitos caras mascarados ali. Provavelmente com o Mirakuru. Muitos mesmo, vocês dois não vão dar conta”

–Vamos sim. –Garanti.

–Oliver, me escuta. São tantos que eu nem consigo contá-los. Thea, Lyla e Sara estão no centro da sala. Parece até que Slade colocou todo o exercito dele apenas para vigiá-las.

–Então o que faremos? –Digg perguntou. –Se eles fossem normais talvez tivéssemos uma chance Oliver, mas estão todos com Mirakuru.

–Laurel e Roy vão ajudá-los. –Disse Felicity.

–Não! Você não pode ficar sozinha com esse cara.

–Eles o algemaram na mesa, vou ficar bem Oliver. Vocês precisam de ajuda. Precisam salvá-las.

Suspirei, sabendo que ela tinha razão. Mas algo dentro de mim gritava que aquilo não era uma boa idéia.

Flashback

Tudo o que eu conseguia pensar no momento era em fazer aquela maldita arma de sair da mira da cabeça da minha filha. O tal estranho apontou a arma para mim e caminhou em minha direção. Gesticulando para que eu me e afastasse e eu o fiz,suspirando aliviado por Felicity estar segura. Saímos de seu quarto e enfim me senti seguro para conversar.

–Quem é você? O que faz aqui?

–Não te interessa quem eu sou. O que importa é que eu estou armado e você fará exatamente o que eu mandar. Ultimamente você anda fazendo bastante...Coisas para o seu “emprego” não?

–É isso? Você quer meus computadores e tudo o mais? Pode levar, pegue tudo.

–Ah não, não, não. Me chefe quer você também. Vai ser muito útil pra gente, a máfia par a qual você está trabalhando até agora já teve brinquedinhos demais. Agora é a nossa vez.

–E quem é seu chefe?

–Isso também não te importa agora, só irá saber depois. Eu tenho oito homens cercando a casa, armados. Se eu der sinal eles entram e matam você e sua família. Tudo que tem que fazer pra ninguém se machucar é ir até o seu quarto, fazer a mala como se estivesse indo embora para sempre, sai e vir conosco.

–O que? Não posso fazer isso, é a minha família e...

–E presume que a ame demais para querer as duas vivas, não?

–Po-Porque preciso fazer isso? Eu teria que me despedir ou elas achariam...

–Exatamente. Se você sair de uma forma que pareça que foi por conta própria a policia não poderia mandar pessoas lhe procurar, porque obviamente você fugiu na calada da noite e as abandonou.

Uma sensação ruim tomou conta de mim. Elas nunca me perdoariam. O que aconteceria quando Felicity e Donna acordassem pela manhã e eu simplesmente tivesse desaparecido? Não posso fazer isso... Mas esse homem claramente não está brincando e não posso arriscar a vida das duas.

–Como vou saber que não vai matá-las quando eu sair.

–Isso é problema seu, se decide, ou vem agora e colabora, ou eu mato as duas e você vai a força mesmo o que será bem mais fácil pra mim e já estou perdendo a paciência.

–Tudo bem , mas... Não posso deixar nem um bilhete?

–Um bilhete e mato a criança. –Ameaçou.

–Tu-Tudo bem, eu vou com você.

–Ótimo.

Fui até o meu quaro tentando fazer o menor barulho possível para não acordar Donna. Peguei uma mala pequena e enfie o maior numero de roupas que couberam ali. Peguei alguns objetos que eu jamais sairia sem. Para que elas realmente acreditasse que eu Havia... Ido embora.

O homem me observava da porta. Antes de sair me aproximei de Donna, e segurando as lágrimas beijei levemente sua testa.

Me afastei e sai do quarto, parando em frente ao quarto de Felicity ainda com a porta aberta. Ela se remexeu na cama e temi que acordasse. Mas logo ela se aquietou novamente. Entrei em seu quarto e me aproximei, tentando gravar na memória cada traço delicado da minha filha. Me aproximei e como fiz em Donna, beijei levemente sua testa.

–Amo você. –Sussurrei o mais baixo possível.

Meu trabalho enfim tinha me mentido em encrenca, a qual eu esperava resolver o mais rápido possível e voltar para a minha família.

Fim do Flahsback

POV Felicity

–Terminei. –Richard anunciou. Se virando para mim. Ergui o olhar por cima dos óculos, percebendo que ele falava da cura para mim. Havia uma seringa em sua mão.

–Só vou aplicar essa coisa quando os outros chegarem.

Eu ouvia os barulhos da luta pelo comunicador.

–Felicity, nós deveríamos conversar.

–Não quero conversar, não agora. Meus amigos e meu namorado estão em uma missão suicida ao qual você estava infiltrado até algumas horas atrás.

–Tudo o que eu fiz teve um motivo. –Insistiu na conversa.

Bufei, sentindo a raiva dentro de mim.

–Ótimo, então qual foi o ótimo motivo que fez com que você fosse embora de casa sem sequer dizer o por quê ou se despedir? E nunca mais deu sinal de vida?

–Para te proteger.

Sério? Essa era a resposta que ele me daria?

–De todas as respostas que você poderia ter dado essa foi uma das piores.

–Você não entende, eu...

Sua frase foi cortada pelo estrondo que se fez na porta da Verdant. Homens de preto com a mascara do exército de Slade entraram correndo pela porta. Eram pelo menos cinco deles.

Meu pai forçou a algema que o prendia na mesa, me olhando em desespero, tentando se soltar.

–OLIVER! –Gritei pelo comunicador.

Sai da cama, me apoiando nas paredes, sentindo minhas pernas fraquejarem e tudo a minha volta girar. Meu corpo todo doía e minha visão se embaçou. Não ouvia mais o barulho de luta, a comunicação parecia ter sido cortada. Tentei chegar até Richard para solta-lo das algemas, mas não foi preciso. Ele torceu o pulso e se soltou da algema. Exatamente como Oliver já fizera algumas vezes. Tentou vir até mim, mas um dos homens o golpeou fortemente e ele desmaiou.

Entrei em desespero, tentando focalizar minha visão e procurar algo para me defender. A primeira coisa que peguei foi uma flecha e tentei enfiá-la no primeiro cara que se aproximou de mim. Mas ele segurou minha mão e me fez soltar o objeto. Me pegou com agressividade e me jogou sobre seus ombros.

Olhei a seringa no chão na mão do meu pai e o desespero me dominou ainda mais. Eu precisava dela. Sentia cada músculo do meu corpo protestar qualquer mínimo movimento. Uma dor aguda em meu coração e gemi pela dor. Se eu não tivesse a cura, morreria.

Por meio da minha visão embaçada, enxerguei Slade, que pegou a seringa no chão e me olhou com um sorriso doentio. Tudo se escurecia cada vez mais e mergulhei na inconsciência.

Xxxxxxxxxxxxx

POV Oliver

Percebi que minha comunicação com Felicity não funcionava mais quando enfim salvamos Thea, Lyla e Sarah e fugimos pela porta, alguns ferimentos, mas nada muito sério. Entramos no carro e foi quando percebi não ter mais contato com Felicity.

–Alguém consegue falar com Felicity?

–Eu não. –Disse Diggle.

–Eu também não. –Laurel conferiu o seu.

Olhei Roy com esperança, mas seu olhar já dizia tudo.

–Droga. Eu sabia que não devíamos ter deixado-a sozinha.

–Talvez apenas tenha quebrado no meio da luta Oliver. –Laurel sugeriu.

–Não. Alguma coisa aconteceu.

Minutos depois enfim chegamos á Verdant e corri desesperadamente pelas escadas. Tudo revirado e a maioria das coisas quebradas, nenhum sinal de Felicity. Apenas Richard que se apoiava na mesa, se levantando do chão. Tudo em minha mente se escureceu e no minuto seguinte eu o chacoalhava pela camisa. A raiva e o desespero pulsando em cada veia minha.

–Onde ela está? O que você fez?

–Oliver! –Ouvi a voz de Diggle me chamar e sua mão me puxou para soltar Richard.

–Não fiz nada! Slade a pegou.

–E é claro que você ajudou! –Gritei.

–Não seja idiota. Eu tinha acabado de terminar a cura para ela, que ele aparentemente levou ou destruiu por ai.

–Não acredito em você.

–Eu não me importo! Você tem que ir atrás dela, ele vai...

–Matá-la. –Conclui.

Me virei, olhando desesperado para os outros. Ele iria matá-la. Isso não podia acontecer!

–O que faremos?

Antes que alguém respondesse, meu celular começou a tocar e o peguei. Numero desconhecido e eu soube que era Slade.

–Se fizer algo com ela eu juro que...

–Que o que, garoto? Você não pode fazer nada. Mas vou te dar uma chance. Liga o computador.

Caminhei impaciente até o computador e acendi o monitor. A imagem de Slade apareceu e ele desligou o celular, eu podia ouvi-lo pelo computador agora.

–Você tem... Vinte e dois minutos para vir até aqui e me enfrentar, antes que ela morra.

Ele filmou o chão ao seu lado onde Felicity estava, parecendo respirar com dificuldade, apertava os olhos fechados e tinha uma mão no peito, parecendo sentir dor.

–Eu dei a ela outra dose do Mirakuru B2 e vinte e dois minutos... Opa, agora vinte e um é o tempo que ela tem antes de seu coração parar completamente.

–Onde você está? –Gritei.

–No mesmo lugar em que mantive sua irmã agora a pouco. E é melhor que você venha sozinho. Vou deixar você observá-la enquanto vem até aqui. Melhor correr garoto, são dezenove minutos agora.

Levavam quinze minutos para chegar até o locar. Corri pelas escadas, ignorando o grito dos outros para que eu esperasse, que precisávamos de um plano. Eu não queria saber. Precisava salvar Felicity. Não podia perdê-la.

ATUALMENTE

Empurrei a porta já arrombada da casa velha e adentrei o local.

–Felicity! –Gritei.

Não havia nada e o silencio do locar foi quebrado pela risada maníaca e doentia de Slade. Percebi um notbook aberto no chão, ao lado de uma das portas. A imagem de Felicity ainda estava ali, mas agora a câmera pegava ela e Slade. Ele tinha me mandado para o lugar errado.

–Sinto muito garoto, mas faltam quatro minutos apenas, não tem nada mais que você possa fazer.

–Não! –Liguei o comunicador e gritei desesperado para Dig. –Diggle, ele me mandou para o lugar errado! Ela esta...

–Estou assistindo Oliver, tem certeza de que não é ai?

–Tenho! Ela não está aqui!

–Oliver... –Ouvi a voz fraca de Felicity me chamar.

Meus olhos queimavam, meu coração batia rápido e doloridamente em meu peito, reconhecendo a sensação de perda. Tudo a minha volta se abafou e o mundo pareceu parar. Havia apenas Felicity, naquela pequena tela de computador. Slade havia aproximado a câmera dela e eu podia ver seu rosto claramente. Sofrimento e desespero estampados em seus olhos. As lagrimas quentes corriam por minhas bochechas e o ar pareceu começar a faltar.

–Não... –Sussurrei.

POV Felicity

Meu corpo doía tanto que eu mal podia puxar o ar para dentro, minha voz não saia. Com se toda a dor estivesse entorpecendo meu cérebro o suficiente para ele não conseguir comandar minha voz a gritar. A única coisa que eu consegui pronunciar foi seu nome.

–Oliver... –Eu estava morrendo, eu sabia disso. Eu sentia a cada respirada que eu dava e a cada pontada do meu coração. Espalhando agonia pelo resto do meu corpo.

“Felicity Smoak?... Oi, sou Oliver Queen.”

As memórias e imagens invadindo minha mente, revirando meu estomago. Meus olhos fitavam a câmera na minha frente e eu sabia que Oliver assistia, eu não queria que essa fosse sua ultima imagem de mim. Com dor. Mas parecia que até pensar doía, não sei se consigo mudar minha expressão para melhor.

“-Feli?, parabéns por ter conseguido montar, amanhã eu te ajudo a terminá-lo. –A voz de meu pai invadiu minha mente. Eu nunca saberia o que realmente tinha acontecido, nunca teríamos chances de conversar. Nunca poderia abraçá-lo e dizer o quanto senti sua falta, apesar de tudo.

–Promete?

–Eu prometo.”

“-Minha bebê vai para o MIT, estou tão orgulhosa de você Felicity.” Ouvi minha mãe dizer, anos atrás. Comemorando a noticia de um dos momentos mais felizes da minha vida.

Meu corpo já não doía tanto, como se estivesse se amortecendo. Sentia tudo mole, incluindo minha cabeça. Tudo se passava em câmera lenta. Flashes invadindo minha mente rapidamente. Sentia as lágrimas quentes escorrendo por minha face.

“Você sempre será minha garota, Felicity.”

“-Como me pareço?

–Como um herói”

“...E você Felicity, sem você não teríamos conseguido” (Diggle)

“-Barry... Allen.

–Felicity Smoak.”

“Felicity, você é notável”

“Não havia escolha a ser feita.”

“Você não vai me perder.”

“Eu te amo, você entende?”

“Você gostaria de ir jantar comigo?”

“Você foi a primeira pessoa que eu pude ver como... Uma pessoa. Havia algo em você.”

“Não me peça para dizer que eu não te amo.”

“Quero saber se aceita ser a minha namorada.”

“Eu te amo”

Consegui enfim fazer um breve sorriso aparecer em meu rosto. Pensei em meus amigos me assistindo e em Oliver. Não queria que acabasse assim, mas parecia que o destino era cruel demais. E era assim que ele queria que fosse. Não sei quanto tempo eu tenho, mas sei que preciso dizer algo, algo para que Oliver não se afunde no poço de escuridão que sei que ele irá querer se afundar. Precisava dizer aos outros que eles tinham feito o possível, para não se culparem. Não sei como e nem da onde veio toda a força que consegui reunir em minha voz. Mas me sentia tão entorpecida, que não pensei muito nisso no momento.

–Obrigada... A todos vocês. Fizeram o possível e precisam derrotar Slade, precisam impedi-lo de destruir a cidade. –Todo o meu corpo pareceu gritar em recusa por eu estar forçando minha voz. -Oliver... –Manchas pretas já começavam a se fazer minha visão e minha voz falhou por um momento, mas eu precisava continuar. –Não me arrependo de nenhum momento... E você também não deveria. Conhecer você mudou minha vida, abriu meu coração de uma maneira que eu nem sequer sabia ser possível... Eu te amo.

Queria dizer mais, queria gritar com o mundo por aquilo estar acontecendo dessa forma. Mas obriguei o sorriso fraco a permanecer em meu rosto. Tentei transparecer que eu não sentia mais dor, que estava tudo bem... Queria dizer que ele tinha de ser forte e salvar a todos como sempre fez. Ser o herói que sei que ele é. Mas minha voz já não funcionava mais, meus olhos pesaram e deixei um soluço sair de minha garganta que se fechava, impedindo o ar de entrar. Então não pude mais impedir meus olhos de girarem nas orbitas e a escuridão me dominar. Agora, para sempre.

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Me resgata

Me mostra quem eu sou

Porque eu não consigo acreditar

Que é assim que a história termina

Lute por mim

Se não for tarde demais

Ajuda-me a respirar de novo

Não, não pode ser assim que a história termina


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Notas finais do capítulo

Eaeee, calma gente. CALMA. só tenho a dizer: CALMA. Respirem fundo. Esse cap não foi muito grande e com apenas um flashback. Mas o próximo vai ter muita revelação, muitos sentimentos, e como diz o titulo desse cap: Agora é guerra.
Comentem!!!
(Pra diminuir a tortura de espera vou tentar postar o próximo sexta okay? Bjss)