I can't lose you escrita por MylleC


Capítulo 10
Capitulo 9 - A beira de um precipício de problemas. Então, eu caio


Notas iniciais do capítulo

Gente! Sei que estou bem atrasada, mas muita coisa aconteceu kkk
Eu ia postar na quarta, como tem que ser, mas eu fiquei doente. Do tipo que se dorme a tarde toda e parece que você dormiu cinco minutos. Até achei que fosse dengue (mas não é, ainda bem) E eu vim me arrastando pra postar o capitulo hoje. Literalmente. Levantar da cama foi um sacrifício, principalmente com o frio. Ainda tinha que arrumar algumas coisas no capitulo que foi bem difícil de escrever e colocar a mente pra funcionar não foi fácil. Por isso, desculpem se tiver qualquer erro. Enfim, Boa leitura!



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Abrir os olhos é uma coisa muito simples, certo? Apenas tem que desvirar os olhos das orbitas, abrir as pálpebras e focalizar o olhar no que for que esteja a sua frente, certo?

Então porque no momento isso parece uma coisa impossível pra mim? Minhas pálpebras estão muito pesadas, e conforme estou acordando sinto meu corpo doer. Me concentrei no movimento a minha volta.

–Isso não faz qualquer sentido, deve ter apenas sido um erro e esteja tendo alguma reação, só isso.

Enfim consegui abrir os olhos. Havia um edredom em cima de mim e permanecia na cama na cave. Procurei minha voz para dizer algo e saiu apenas um resmungo, mas foi o suficiente para atrair a atenção dos demais. Apenas Caitlin, Cisco, Diggle e Oliver estavam ali.

–Felicity. –Oliver veio até mim e pegou minha mão. –Como se sente.

–Estranha. –Minha voz saiu rouca e minha garganta estava horrivelmente seca. Como uma punição por eu ter forçado minha voz, meu estomago se revirou e apertei os edredom entre meus dedos, respirando fundo.

–Felicity?

–To legal, estou bem Oliver. O que esta acontecendo comigo, descobriu Caitlin?

Todos trocaram um olhar cúmplice.

–Bem, fiz o exame e realmente tem Mirakuru no seu organismo. Fiz uma analise e estava olhando as formulas e composições dele, e comparando com o outro Mirakuru, e está tudo errado.

–Como assim?

–Bem, coisas que tem pra dar a força sobrenatural como no Mirakuru original, deveria ter nesse, mas obviamente em quantidades mais ajustadas e agressivas, esse era o objetivo de Slade, como você disse, mas nesse Mirakuru não tem qualquer coisa para aumentar a força, pelo contrario.

–Como assim “Pelo contrario” Caitlin?

Ela se levantou e andou pelo local, abrindo a gaveta e procurando algo ali e por fim pegando dois revolveres. Com uma coisa qualquer que ela achou ali ela amarrou as dois um no outro. Foi ate mim e colocou as armas amarradas em cima do colchão. Esforcei meu corpo terrivelmente pesado e me sentei, minha cabeça pesando.

–O que quer que eu faça com isso? Treine tiro ao alvo? Olha, só pra avisar eu sou a única do team que não é treinada Caitlin.

–Pegue-as na mão. –Pediu.

Oliver, que estava ao meu lado parecia tão confuso quanto eu.

Coloquei a mão sobre as duas armas e impulsionei para levantá-las, me assustando em como estavam pesadas. Um revolver era naturalmente pesado, mas não tanto assim. Eu simplesmente consegui levantá-las do colchão alguns centímetros. Era como se eu tivesse tentando erguer vário tijolos pesados.

–Está te deixando mais fraca. Normalmente era pra dar força, mas nesse novo as formulas são para deixar a pessoa fraca. Tudo que o outro Mirakuru fazia esse faz ao contrario. E a força não é a parte preocupante.

–E qual é a parte preocupante? –Oliver perguntou, a voz já começando a se alterar.

Caitlin pareceu se preparar para o que ia dizer, então Cisco falou por ela.

–A parte da cura. –Concluiu. –O mirakuru lhe daria um forte poder de cura, mas como esse está ao contrario um simples corte que você sofresse poderia ser catastrófico, pois poderia infeccionar e etc. Seu sistema imunológico já está fraco e só vai se enfraquecer mais e mais, você pode ficar doente em breve e talvez daqui um tempo uma simples gripe pode te levar a morte. Felicity, daqui pra frente só vai piorar, sua força vai diminuir tanto que não vai conseguir se levantar. E no fim, seu coração pode não ter mais forças para bater. Precisamos de um antídoto, e logo. Mas começamos a fazer do Mirakuru a semanas e ainda não está pronto. Esse é completamente novo para nós e não sabemos quanto tempo você tem.

–Então resumindo, eu estou morrendo? –Meu estomago se revirou novamente.

–Não! Isso não vai acontecer! –Oliver se desesperou.

–Vocês conseguem fazer a cura não é? –Diggle perguntou. –Tenho certeza de que Felicity consegue agüentar até estar pronto, não pode acabar assim.

–Bem, podemos. Mas ainda tem mais uma coisa. Felicity, quem fez isso não foi Slade não é? Foi... Richard, certo?

–Sim. –Concordei.

–Bom, as formulas daqui são muito... Bobas? –Disse, parecendo não achar palavra melhor.

–Como assim?

–Slade queria um Mirakuru novo, mais forte e que desse mais poder, mas como eu disse esse Mirakuru é completamente ao contrario do que ele quis. Se Richard for mesmo todo esse gênio não teria como ele errar a formula, é obvio demais que elas são o contrario do que deveria ser. É como se ele tivesse feito errada de propósito.

–Propósito? –Me lembrei de quando estava com Slade e em como meu pai tentou convencer Slade de não aplicar em mim e em como tentou ganhar tempo para que alguém fosse me salvar antes de ter o Mirakuro B2 em mim. Slade perguntou a ele se ele teria algo a dizer sobre o Mirakuru B2 se ele tinha motivos para acreditar que não daria certo, como se Slade o tivesse testando a dizer a verdade. Como não percebi isso antes? –Merda.

–O que? O que foi? –Oliver perguntou.

–Se foi de propósito, meu pai está com sérios problemas agora.

Expliquei rapidamente tudo que aconteceu enquanto eu estava la.

–Então temos duas opções. Ou ele caiu em sí e fez uma droga errada para Slade, para acabar com seus planos, mas Slade descobriu de alguma forma e injetou em mim como uma maneira de puni-lo ou sei la, e obrigá-lo a falar a verdade. E como ele não confessou Slade aplicou assim mesmo e espera que eu morra lentamente. Ou Slade estava mentindo e esse era seu objetivo do Mirakuru B2, o que não faz sentido porque ele quer um exercito forte não um exercito fraco e morrendo.

–Felicity, não crie esperanças, seu pai não é o mesmo que você conheceu.

–Não são esperanças Oliver, são fatos. E eu tenho uma sugestão.

–Que sugestão?

–Vocês vão invadir o lugar, seqüestrar o meu pai e obrigá-lo a fazer uma cura, o que deve ser mais rápido, já que ele fez o original. Se ele tiver tentado estragar os planos de Slade e Slade descobriu isso, ele deve estar ferrado agora, então o seqüestrando vamos o ajudar e me ajudar. Se ele for mesmo um cretino, vamos sequestrá-lo, abrigá-lo a fazer uma cura e vamos prendê-lo, assim Slade fica sem seu cientista maluco. Nas duas formas sairemos ganhando.

–E como vamos confiar no que ele vai fazer antes de aplicarmos em você? –Oliver indagou.

–Nós analisamos e vemos se faz sentido o que ele criou. –Disse Caitlin. –É um bom plano, eu aprovo.

–Eu também. –Disse Cisco.

–To dentro. –Diggle também se pronunciou.

–Ótimo. –Oliver concordou suspirando. –Vamos fazer hoje á noite.

Flashback

Meu trabalho não é tão ruim, se você considera a quantia de dinheiro que ganho por mês. Só tenho que arrumar e melhorar armas, fazer bombas. A segurança do esconderijo e aceitar qualquer novo projeto que eles queiram fazer. E ai entra a patê estressante. No momento tenho que fazer uma bendita chave mestra. Do tipo que se abre qualquer coisa, uma coisa assim nas mão de uma máfia pode fazer estragos terríveis. Tento não pensar muito no que eles fazem ou deixem de fazer com as coisas que eu faço pra eles. O que me importa é ter minha família sustentada e feliz.

Ouvi a porta do laboratório se abrir e girei a cadeira, vendo Felicity entrar. E está ai, o motivo pelo qual eu só olho a parte boa do meu trabalho. O olhar orgulhoso de minha esposa pra mim sempre que saio de manhã para ir trabalhar é ótimo, mesmo ela achando que eu apenas trabalho na empresa eu gosto de ver o quanto ela está feliz por eu finalmente ter achado um emprego estável. E Felicity ama o que eu faço, não consigo ignorar o modo como seus olhos brilham sempre que eu a ensino qualquer coisa que sei sobre tecnologia.

Ela tem sete anos, mas sua inteligência vai tão além.

–Papai, vai me ensinar a montar aquele computador agora? –Perguntou.

Ela veio até mim e a coloquei sentada em meu colo.

–Tudo bem, rapidinho porque tenho que terminar o projeto do trabalho tudo bem? Vamos para a lição do dia, mas ainda não está na hora de montar o computador. Você se lembra do que eu lhe ensinei ontem?

Peguei um caderno ali perto e abri em uma folha em branco, pegando uma caneta também.

–Lembro. Eu tenho que montar a CPU no socket da placa-mãe, mas com cuidado pra não contar errado ou pode dar m curto circuito na placa-mãe. –Ajeitou os óculos no rosto enquanto explicava com sua voz infantil e seu jeito concentrado no que me falava. –Conectar o Cooler da CPU á placa-mãe.

–Muito bom! –Impressionante como sua mente conseguiu guardar tudo o que eu expliquei. –O próximo passo é um pouco mais complicado.

Peguei algumas peças dentro de uma caixa e coloquei sobre a mesa.

–Está vendo isso? Essas pequenas colunas na placa mãe? Eles são chamados de Slots e é onde você colocará cada módulo de memória RAM. Está vendo que eles tem um comprimento diferenciado do outro? Quando conectar os pinos das placas RAM precisa se certificar de que fiquem alinhados. Entendeu?

–Entendi. Colunas, Slots, RAM, alinhados... –Trilhou com os dedos na peça todo o caminho da explicação que eu havia feito. -Entendi.

–Ótimo. Depois tem que pegar a chave de fenda e vir aqui do lado e abrir. É onde você irá montar uma fonte de energia que seja compatível com o tipo M-ATX...

Apesar de ter dito que seria rápido acabamos ficando mais tempo do que o planejado ali. Me fascinava o quanto Felicity tinha paixão por tudo aquilo e o quanto ela aprendia rápido. Logo Donna nos chamou para jantar.

–Pode ir na frente, quero ver isso. –Felicity pediu.

–Hey, o que eu disse sobre meu laboratório?

Ela me olhou por cima dos olhos e se levantou da cadeira, torcendo os dedos nas mãos.

–Não posso entrar ou ficar aqui sozinha. E se for teimosa e vir não posso tocar em absolutamente nada.

–Isso. Agora vamos jantar, depois nós continuamos.

POV Felicity

“Depois nós continuamos.” Seria ótimo se fosse verdade. Ele disse isso a uma semana e sempre que eu ia até o laboratório ele dizia que estava trabalhando e que não ia dar. Espiei seus projetos e só consegui entender que ele fazia algo chamado Chave mestra. Ele fazia muitas coisas estranhas para a empresa que trabalhava e eu e mamãe somos completamente proibidas de entrar la sem ele.

Mas preciso fazer aquele computador. Finalmente tinha aprendido os últimos passos e precisava por em pratica. Meu super computador. Todas as peças de que eu precisava estavam no laboratório, eu podia ir até la agora, aproveitando minha meia hora sozinha quando acabo de voltar da escola, Mamãe só chega daqui uma hora e papai só a noite. Eu poderia entrar, pegar algumas peças e sair sem que ele perceba nada. Posso fazer isso pelos próximos dias até terminar de montar e ai vou ter algo bem mais legal pra levar a minha feira de ciências da escola. Não estou em um pouco afim de fazer um vulcão bobo. Mas, se eu não começar agora não vai dar tempo de terminar.

Bem, parece que não tenho escolha.

Me levantei da cama, tirando meus sapatos apertados que fui pra escola e tirei o moletom do uniforme. Prendi meus cabelos e ajeitei os óculos. Respirei fundo e desci até o andar de baixo, abrindo a ultima porta do corredor escuro que dava para o laboratório. Mordi os lábios na duvida. Eu tinha prometido que não entraria no laboratório sozinha. Mas preciso montar aquele computador.

Antes que mudasse de idéia girei a maçaneta, mas a porta estava trancada. Droga. Talvez seja melhor assim, eu não desobedecer e... Espera. A gaveta de chaves. Sempre vejo papai por a chave da porta ali, o problema é que fica na gaveta da parte de cima da bancada bem mais alta do que eu.

Fui até a cozinha e arrastei a cadeira da mesa até a bancada e subi nela. Estiquei o braço, mas ainda não alcancei a gaveta. Bufei e me estiquei mais um pouco, colocando um pé na parte mais baixa, tentando alcançar. Tudo bem, existem vários desenhos e documentários na televisão que alertam muito bem que nenhuma criança deveria fazer isso. Mas não vou cair, sei segurar em uma madeira para não cair. Só preciso alcançar e... Consegui!

Consegui bem demais, Abria a gaveta demais e ela foi ao chão, espalhando todas as chaves de dentro nela.

–Opa.

Desci da cadeira e comecei a recolher as chaves. Pegando a velha, um pouco enferrujada. Era a da porta que eu queria. A guardei no bolso e voltei a subir na cadeira, consegui colocar a gaveta de volta e corri até a porta do laboratório.

Não me lembrava daquele lugar ser tão assustador. Procurei o interruptor da luz e ascendi, melhorando a aparência do lugar. Respirei fundo ainda me sentindo culpada por estar ali. Corri até as várias caixas de papelão e abri a primeira. Caixa errada, nada de peças de computador ali. Só um monte de bolinhas de isopor. Fechei a caixa e abrir outra. Me afastei da caixa no susto. Aquilo definitivamente não eram peças de computador. Eram... Armas. Porque meu pai tem armas em casa? Ele era um simples homem que trabalhava em um simples departamento em uma grande empresa. Aquilo definitivamente eram armas. Talvez fossem de plástico, e soltassem água. Meu próximo presente de aniversário, por isso não posso entrar aqui. Mas não aprecem de plástico e eu já disse o que eu queria de aniversário. É bom isso não ser o meu presente.

Toquei uma delas, sentindo o material frio e duro. Afastei a ao rapidamente, eram de verdade. Fechei a caixa com cuidado como se uma delas fosse explodir no minuto seguinte. É melhor eu sair e fingir que nada disso aconteceu. Me levantei e me virei pronta para sair, mas acabei tropeçando em uma das caixas.

–Ai. –Massageei meu tornozelo e abri a caixa, enfim achando q eu queria. Peguei as peças que eu precisava para começar e deixei o resto ali, fechando a caixa e colocando no lugar. Apaguei a luz e sai correndo dali, ainda confusa demais com todas aquelas armas.

Guardei a chave e corri até o meu quarto, tentando esquecer qualquer coisa que eu tenha visto dentro do laboratório e me concentrando no computador que eu finalmente ia montar.

Flashback Off

POV Oliver

–Em posição. –Ouvi Diggle pelo comunicador..

–Em posição. –Roy e Laurel falaram juntos.

Subi por uma das paredes até chegar em um janela que dava pra uma das salas, que segundo Felicity estava no momento vazia e era um andar acima do lugar onde ela havia ficado.

–Em posição. –Anunciei.

–Roy, a porta de vocês está livre. –Felicity comunicou a Roy que esperava com Laurel em uma das portas dos fundos.

–Pronto Jhon? –Felicity perguntou.

Diggle tinha armado um pequeno explosivo em uma das portas de aço da fabrica antiga, para chamar a atenção dos guardas lá dentro.

–Pronto. –Confirmou.

–Ótimo. 3...2...1. –Ouvi um grande estrondo do lado contrario onde eu estava e pela janela pude ver luzes vermelhas do lado de dentro e o barulho alto do alarme. –Wow, fica mesmo mais emocionante com a contagem regressiva. –Felicity murmurou pelo comunicador.

Quebrei a janela e corri para dentro, soltando uma das flechas com o cabo e descendo até o andar de baixo pelo buraco que havia no chão do andar onde eu estava. Como Felicity havia dito a maquina esta ali, aparentemente inutilizada no momento, mas haviam alguns corpos ali deitados com sangue nos olhos e ouvidos e algumas macas vazias, mas com marca de sangue denunciando que alguém já havia deitado ali. Alem da sirene alta tocando não havia outro barulho no local.

–Oliver, vá pela porta da esquerda e depois direita. Tem alguns capangas ali, cuidado.

Corri pela direção que ela me orientou e quando cheguei na sala realmente havaim capangas, mas eu os derrubei rapidamente o que denunciava que eles não tinham o Mirakuru no organismo.

–Hey! –Ouvi uma voz abafada dentro de uma das portas na sala.

Diggle, Roy e Laurel entraram correndo e ofegantes.

–É aqui? –Diggle perguntou.

Caminhei até a porta de onde vinha a voz abafada.

–Viram Slade em algum lugar? –Perguntei.

–Não. –Respondeu Roy. –Só alguns capangas que foram até o lugar da explosão.

Forcei a porta a se abri, mas parecia trancada. Me afastei um pouco e a chutei, arrombando. Era uma pequena sala suja onde no centro Richard estava amarrado em uma cadeira, mas não amarrado só com cordas. Elas faziam uma armadilha até explosivos em sua volta e acima dele. Se ele tentasse sair tudo explodiria.

–Felicity. –Chamei.

–Já estou trabalhando nisso, espera um pouco. –Disse. Sua voz parecia cansada e forçada. O tempo estava se passando, precisava de um antídoto logo.

Os explosivos fizeram alguns barulhos para então as luzes vermelhas se apagarem.

–Oliver, desarmei.

Todos nos aproximamos dele e Diggle me ajudou a solta-lo.

–O que fazem aqui? –Richard perguntou.

–Você fará uma cura para Felicity! –Disse, pegando-o fortemente pelo braço e o arrastando comigo até a saída da sala.

–E você acha que eu já não estou fazendo isso?

Parei de andar e o olhei, ele revirou os olhos.

–Não era pra aquilo acontecer. Eu venho trabalhando na cura desde que Slade aplicou aquilo nela. Não vou deixar minha filha morrer se é isso que pensaram.

–É exatamente o que pensamos. Você criou a droga.

–É uma longa história que ocupará o tempo que Felicity não tem. Tenho que ir até o laboratório pegar tudo o que fiz da cura.

–Então vamos logo. –Falei, voltando a andar e o arrastar comigo. Ele resistiu e me fez soltar seu braço.

–Eu sei andar.

–Felicity, onde fica o laboratório? –Perguntei. Voltando a segurar mais firmemente o braço de Richard.

Xxxxxxx

Depois de enfim conseguirmos a cura, estamos na van indo para a cave. Haviam muitas perguntas que eu queria fazer pra esse cara. Como o porquê dele ter abandonado Felicity e Donna. Ou porque está trabalhando com Slade, mas agora não é o momento. Tenho certeza que Felicity fará todas elas quando chegarmos. E agora tudo que importa é salvá-la logo.

FLASHBACK

Estava quase terminado de montar o computador e como previsto meu pai não teve tempo de montá-lo comigo. E novamente eu estava invadindo o laboratório pela ultima vez. Sempre tentando evitar a caixa de armas e a que eu encontrei da ultima vez que aparentemente eram algo explosivo pelo que eu havia aprendido de explosões. Mas torço para estar enganada. Não consigo pensar em um motivo para meu pai ter essas coisas em casa. Já me controlei muito para perguntar a ele, mas se eu perguntar estou ferrada por ter entrado no laboratório sozinha.

Abri a caixa de peças, já quase vazia. Peguei a caixa, já que agora eu conseguiria carregá-la até o andar de cima e sai pela porta do laboratório. Ouvi barulhos na porta de entrada de casa e me desesperei. Meu coração começou a bater forte. Simplesmente congelei ali. Arregalei os olhos e prendi a respiração. Minha mãe apareceu em meu campo de visão, mal tive tempo de ficar aliviada por não ser um bandido. Ela franziu o cenho, confusa. Me olhou de cima a baixo e olhou para a porta para depois olhar para mim novamente. Suas mãos foram para a cintura. Ela estava brava, eu podia ver isso.

–Felicity! O que você está fazendo?

–N-Nada... –Respondi baixinho. Olhando para a caixa em minha mão e pensando como que vou escapar dessa.

–O que tem ai? –Perguntou, vindo até mim e olhando para a caixa em minhas mão.

Como vou escapar? Simples, não vou.

–Não tem nada. –Neguei.

–Você entrou no laboratório do seu pai? Você sabe que ele não deixa, o que você pegou ai?

–Nada!

–Não vou perguntar de novo.

Suspirei vencida e coloquei a caixa no chão a abrindo.

–O que é isso? –Perguntou.

–Peças. Estou montando o computador que papai me ensinou, ele ia montar comigo, mas eu quero que esteja pronto para a feira de ciências da escola e ele não tem tempo para me ajudar a montar,então comecei sozinha. E eu sei que eu não devia entrar no laboratório, mas foi só para pegar as peças eu d=juro que não mexi em nada.

–Você montou um computador? –Ela perguntou.

Sorri, orgulhosa de mim mesma.

–Sim, estou quase acabando, você quer ver?

Sem esperar resposta e esperando fugir da bronca a peguei pela mão e a puxei comigo até o meu quarto. Abri meu guarda roupa onde havia uma parte em que tirei as coisas para colocar o computador ali. E la estava ele.

–Ual, você que fez sozinha? –Minha mãe perguntou.

–Aham. –Confirmei.

Ela respirou fundo.

–Isso é ótimo Felicity,mas seu pai vai ficar sabendo disso e você vai se entender com ele, ouviu?

–Mas...

–Mas nada, você o desobedeceu, sabe que ele não gosta que ninguém entre la, deixou isso bem claro, então ele vai saber sim.

Me perguntei se minha mãe sabia sobre as coisas estranhas que meu pai tinha no laboratório, mas resolvi não falar nada.

–Tudo bem. –Concordei.

POV Richard

De todas as coisas que eu esperava que aconteceria quando eu chegasse em casa, com certeza a noticia de que Felicity estava terminando de montar o computador e que entrou em meu laboratório por dias sem que eu percebesse e pegou as peças que precisavam, não estava incluso. E agora tive que ter uma conversa séria com ela.

–Você sabe que está errada. –Eu disse,enquanto a cobria com o cobertor. –Eu disse para não entrar.

–EU sei... Me desculpa papai. Eu só queria montar. –Se explicou.

Sorri, não conseguia ficar bravo por muito tempo com meu pequeno gênio.

–Tudo bem. –Me lembrei de todas as coisas que eu tinha no laboratório que definitivamente ninguém poderia saber. –Felicity, você viu algo a mais no laboratório? –Perguntei, torcendo para a resposta ser negativa.

Ela demorou um pouco para responder e isso me deixou nervoso.

–Não. –Respirei aliviado e ela pareceu perceber, então logo mudei de expressão.

–Ótimo, vá dormir que você tem aula cedo. –Beijei sua testa e ela se ajeitou nos travesseiros. –Eu te amo.

–Eu também. –Respondeu.

Fui até a porta e me virei uma vez mais antes de sair.

–Feli. –Chamei.

–Hm? –Perguntou, levantando a cabeça para me olhar.

–Parabéns por ter conseguido montar, amanhã eu te ajudo a terminá-lo.

–Promete?

–Eu prometo.

Ela voltou a se deitar com um enorme sorriso e eu sorri também, saindo do quarto.

Xxxxxxx

Fiquei por horas no laboratório fazendo os últimos ajustes para a chave mestra e quando me dei conta já eram quase quatro da manhã. Decidi para por hoje e ir descansar. Sai do laboratório e tranquei a porta, ficando com a chave dessa vez. Não a deixaria mais solta como antes, para evitar que Felicity entrasse ali novamente.

Ao entrar no corredor percebi que a porta do seu quarto estava aberta e eu havia fechado. Que estranho, Felicity não era de acordar de madrugada. Caminhei devagar até a porta e no mesmo instante congelei, sentindo tudo a minha volta desaparecer e meu coração bater tão forte que achei que sairia pela boca.O medo me dominou de tal forma que minha voz sumiu por um momento.

De pé ao lado da cama de Felicity estava um homem vestindo preto. Ele me olhava enquanto apontava para a Felicity uma arma. Ela dormia tranqüila, alheia ao que acontecia a sua volta.

–Por favor, não faça isso. –Sussurrei para o desconhecido.

Flashback Off

Chegamos na cave e Felicity estava sentada na cama, com as costas encostadas na parede e com o tablet nas mão.

–Finalmente, está todo mundo bem? –Perguntou.

Fui até ela e beijei seus lábios, me sentindo aliviado por termos mais chances de salva-la.

–Sim.

Felicity olhou em algum lugar por cima do meu ombro e eu me virei. Richard estava parado a olhando com uma expressão indecifrável e parecia não saber muito o que fazer ou dizer. Enfim os dois poderiam ter uma conversa decente.

O celular de Roy tocou e ele atendeu, me olhando com uma expressão apavorada logo em seguida e estendeu o celular, o colocando no viva voz.

–Oi garoto. –A voz grave e rouca de Slade se fez do outro lado. –Incrível como você sempre me subestima. Eu sabia que você tentaria salvar a preciosa Felicity e imaginei o que faria pra isso. Mas devia olhar em volta garoto, pensei que existiam outras pessoas importantes pra você. Talvez eu esteja enganado e ninguém ligue se eu matar uma certa garota. – O que era aquilo, o que ele estava dizendo? Ouvi barulhos ao fundo da ligação e reconheci a voz de Thea.

–Oliver! –Ela gritou.

–Slade! –Meu desespero começou a tomar conta de mim. Com tudo isso nós acabamos abaixando a guarda com Thea, apesar dela saber se defender agora.

Isso explica o porquê de quando fomos pegar Richard estava tudo tão vazio. Era um plano.

–Tem mais garoto. Acho que seria ótimo Jhon Diggle dar uma ligada pra casa. Você sabe, só pra garantir de que estão todos bem.

Troquei um olhar apavorado com Diggle e ele se virou, correndo pelas escadas.

–O relógio está correndo garoto, tente salvar todos novamente e falhe como sempre. E quando falhar, vai assistir a todos morrendo e perceber como você não pôde fazer nada para salvá-los.


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Notas finais do capítulo

Eaeee, gostaram? Revelações no flashback, Pov da pequena Felicity aprontando kkkk tenção na realidade E. Gente, os próximos capítulos vão ser bem tensos.
Estava preocupada com o tamanho do capitulo passado e esse foi maior uhul. Os próximos capítulos vão ter todos esse tamanho mais ou menos.
P.S. Postei uma nova fic Olicity : http://fanfiction.com.br/historia/614929/Segunda_chance/



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