Sua Garota escrita por Aurora Boreal


Capítulo 11
Dez - Café da manha e tensões...


Notas iniciais do capítulo

Hey zombies... Bom, aqui está mais um capítulo da minha utopia. Espero realmente que gostem, e que comentem, acompanhem, favoritem e se gostarem mesmo, recomendem, ok?
Nos vemos lá embaixo...



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Acordo com uma séria dor de cabeça, e fito o nada embaçado na minha frente. Levo a mão até a cabeça tentando limpar os olhos, até que uma dor que parecia queimar meu braço me faz desistir no meio do caminho. Olho ao redor, e começo a conseguir ver algumas coisas a medida que meu olho volta ao normal. A janela mostra uma chuva torrencial, e me pergunto onde eu estava. Tiro o cobertor de cima de mim, e coloco hesitantemente meu pé no chão sentindo calafrios ao encostar em uma superfície gelada. Mesmo depois de um tempo olhando o escuro, meus olhos se negavam a se acostumar, então decidi procurar alguma luz, ou meu celular. Achei um interruptor do lado da cama, e para minha surpresa, eu não estava em minha casa, muito menos em algum lugar que eu conhecesse. Começo a rodar o quarto com decoração masculina, e um arrepio percorre minha espinha em um pensamento.

Eu estava no quarto de Oliver.

Minhas suspeitas foram confirmadas quando vi fotos dele, seu pai, sua mãe, e Thea ainda pequenina. Ele era bonito, mas não se comparava ao que ele se tornou hoje. Mas... Como eu havia chegado aqui? Então um vislumbre da noite anterior veio a minha mente, e eu corei por algumas coisas que disse. Eu vejo um espelho, e quando chego na sua frente, vejo uma camisa social masculina abotoada, em cima de minha saia. Eu estava com meu cabelo parecendo a imitação de um leão, e meu rosto estava horrível. Sem contar na ferida de bala no meu ombro. Vou até a porta, e me vem a mente o que eu faria se encontrasse Moira, ou Thea, ou pior, Laurel. Por quê eu pensei em Laurel? Ás vezes, eu imagino Oliver com Laurel ainda, e eu acabo por me sentir idiota por gostar dele. Digo gostar para não falar algo mais forte.

O corredor bem decorado parecia fazer parte de um labirinto. Vejo algumas janelas, mas naquele momento, um calafrio percorreu minha espinha imaginando alguém lá embaixo me espiando. Uma coisa que eu deixaria de fazer: ler livros de terror. Eu ainda estava descalça, então aproveitei o carpete para esquentar meus pés enquanto procurava uma saída dali, ou pelo menos algo que eu reconheça. Isso acaba de provar o quão boa eu sou. Bom... Digo com relação a vir aqui ver Oliver de vez em quando, e eu nunca havia colocado um pé no segundo andar. Não que eu queira ter colocado um pé no segundo andar, por quê isso seria estranho, e essa era a casa de Oliver, o cara que eu gosto e coisas assim. Mas e se eu precisasse salvar ele ou qualquer pessoa aqui - o que no caso não aconteceria, contando que ironicamente eu é que acabo tendo que ser salva - e acabasse me perdendo nesse mundo? Além do mais, pra quê uma casa tão grande? Rodo mais um pouco, e termino na escada principal. Suspiro ao ver a entrada de madeira na parte de baixo, então eu começo a descer, e meu coração acelera.

– O que eu estou fazendo na sua casa? - pergunto realmente curiosa, mas lutando contra o frio na barriga enquanto ele termina de abotoar a blusa social.

Uma coisa era certa: eu nunca me acostumaria a ver Oliver sem blusa. Ele se aproxima, e eu termino de descer as escadas enquanto ele colocava o celular em cima de uma mesinha enquanto ajeitava a gola da blusa.

– Como você está? - pergunta ele ainda terminando de ajeitar a blusa, levantando as mangas até o cotovelo.

– Se sua mãe me pegar aqui vestindo ainda sua blusa, ela me demite n hora. - chego mais perto desesperada, gesticulando com as mãos sentindo a dor dos movimentos, mas mesmo assim sem me importar. - Ela pode pensar que...

– Felicity... - diz Oliver colocando a mão no meu ombro. Eu sinto uma dor, mas percebo que era minha mente contando a suavidade do seu toque. - Eu nunca a colocaria numa situação dessas. Além do mais, minha mãe está viajando com Thea. Eu também não lhe deixaria sozinha em casa ferida, por quê a Caitlin viajou para Central City para uma entrevista no projeto do acelerador de partículas, e mandou uma mensagem para a empresa avisando. Não precisa se preocupar!

Fico fitando ele abrindo e fechando a boca sem reação, e ele me dá um sorriso se dirigindo até a porta e pegando seu casaco de couro marrom.

– Pra onde você vai? - pergunto me surpreendendo com a minha curiosidade. Geralmente eu não perguntaria, mas eu achei que precisava, contando que ainda estava escuro.

– Preciso resolver umas coisas. - diz simplesmente pegando a chave na porta, me deixando mais curiosa ainda.

– Ás cinco da manhã? - pergunto, e ele finalmente se vira para mim, que estou de braços cruzados para ele que já estava do outro lado da mesa redonda de madeira do hall de entrada.

– Não é nada demais, ok? - diz e se aproxima. - Eu passo aqui as nove e te levo pra tomar um café da manhã quando voltar, contando que eu suponha que você não sabe cozinhar.

– Ok. E sim. - digo revirando os olhos. Ele me lança um olhar interrogativo, e eu me forço a continuar a falar. - Eu não sei cozinhar.

– Tchau, Felicity. - diz ele e toca levemente meu braço antes de sair, e eu o fito atônita.

Eu estava em uma mansão que cá entre nós, parecia assombrada. Sozinha. Sem saber de onde eu tinha vindo, e ainda tinha que passar três horas procurando o que fazer contando que Oliver havia me deixado sozinha em sua casa. Vou para a sala, e vejo nada além de uma lareira e um sofá claro bem grande. O que ainda era nada. Pensar em subir as escadas faziam minha perna doer, então resolvo permanecer na parte de baixo mesmo.

Nada em quartos, e o que me chama mais a atenção é a parte de fora da casa, com a piscina e o grande gramado no jardim. Abro a porta, e vejo uma cadeira na sombra, e vou até lá e me deito. Não me lembro bem quando dormi, mas acordei realmente assustada.

– Que horas são? - pergunto finalmente me tocando que eu estava falando sozinha, então me levanto rapidamente, e vou em direção á sala onde vi um relógio na parede.

09:43h.

Oliver já havia chegado. Saio correndo chamando Oliver, e me pergunto se ele realmente tinha chegado quando percebo que ele não me responde. Subo para o quarto para checar se o horário do relógio da sala estava certo mesmo, e me perco nos corredores por uns cinco minutos, até achar meu rumo.

Acho meu celular em cima de uma escrivaninha do lado de uma foto de Oliver com Laurel e Tommy, e me pergunto se ele ainda esqueceu Laurel e superou a morte de Tommy. Também sinto ciúmes de não ter uma foto minha com Diggle e ele ali. Mas saio de meu transe quando escuto a campainha tocar. Visto a blusa rapidamente, e me pergunto quem seria, então me vêm a mente Moira e Thea. Mas, quando alcanço a porta, vejo na parte de vidro fosco em cima um cara moreno e alto do outro lado. Me ajeito, imaginando qualquer empreendedor, e começo a pensar no que dizer, até que eu abro a porta, e Bruce observa atentamente meu rosto que estava vermelho de vergonha.

– Passei na sua casa, e eu vi que não estava lá. - diz ele ainda parado na porta. - Então supus que você estava aqui.

– Eu não... - começo a dizer, e ele olha fingindo que acredita, o que me deixa mais sem jeito. - Ele me trouxa pra cá por que a Caitlin não estava em casa, e ele não...

– Quer tomar café da manhã comigo? - pergunta me fazendo calar a boca instantaneamente e o fitar analisando sua expressão. Eu por acaso tenho um café da manhã com Oliver e Bruce?

Paro por um instante para analisar minha situação. Ou eu esperava Oliver por um tempo que eu não sabia qual é, ou eu iria com Bruce que tinha me convidado.

– Pode esperar eu calçar meu sapato? - pergunto e ele acena com a cabeça, então eu saio correndo para cima, onde acho meu sapato jogado.

Ajeito meu cabelo por cima, e desço as escadas correndo, e para minha surpresa, eu encontro Bruce e Oliver lá embaixo com cara de irritados. Eu diminuo a velocidade a medida que eu me aproximo, até que estou na frente dos dois que me fitam. Oliver está de braços cruzados, enquanto Bruce está com as mãos no bolso. Ficamos assim por um tempo, até que Bruce resolve quebrar o silêncio.

– Vamos, Felicity? - pergunta, e Oliver no mesmo instante se vira para ele em sinal de negação. - Algo contra, Queen?

– Ela combinou de tomar café da manha comigo. - diz em sinal de protesto, e eu me pergunto se eles estavam mesmo brigando para saber quem tomaria café da manhã comigo?

– Foi, Felicity? - pergunta Bruce se virando para mim, e eu me encolho diante do conflito.

– Mais ou menos... - começo a dizer, mas Oliver se vira e me interrompe.

– Mais ou menos? - ele estava irritado. - E qual foi a parte que eu não te dei certeza?

Agora eu me irritei!

– Na parte em que você me deixou quase duas horas esperando você chegar. - digo agora acusadoramente. - Eu estou com fome, e quando Bruce me convidou, eu não tinha o por quê dizer não.

– Que tal que você ia tomar comigo!? - diz ele agora em desaforo. Ele se vira, e pressiona os lábios em irritação, e eu me pergunto se tudo aquilo era real. Mais uma vez.

– Qual o seu problema, Queen? - dessa vez foi o Bruce que falou, e eu me viro para me certificar mesmo se aquilo estava se tornando um conflito.

– O problema é que você está interferindo muito na minha vida, Wayne.... - ele começa a apontar para Bruce, que dá um sorriso sem humor, e eu resolvo interferir.

– Que tal tomarmos café juntos? - pergunto, e eles me fitam atônitos. Eles estavam realmente assustados com meu convite, e eu rebato o olhar deles com um sorriso.

– Nós três? - pergunta Bruce, e Oliver permanece calado irritado demais para falar.

– É. - falo, e Bruce acena, e juntos olhamos para Oliver. Ele aceita relutantemente, e saímos juntos da casa.

Oliver para minha surpresa se afasta, e começa a se preparar na moto, e eu o fito sem entender, até que percebo que seu plano é ir separado, enquanto eu e Bruce íamos no carro. Vou em sua direção, e ele me fita irritado assim que chego perto dele.

– Não precisamos disso. - digo, e ele olha para longe. - Somos uma equipe, lembra?

– Ele... - ele começa, mas percebe que está sendo irracional demais. - Ele não faz parte da equipe. Pelo menos não da minha. Felicity, sinto que ele está tomando meu lugar, e eu não gosto disso. Primeiro minha equipe, depois a cidade, depois...

– Oliver... - eu o paro antes que ele parte meu coração com suas palavras, contando o roteiro da conversa imaginária que criei em minha mente. - O Bruce é muito bom, mas nunca tomará o seu lugar. Você começou a revolução!

– Felicity... - ele diz com aquele seu olhar penetrante que me faz parar de respirar quando ele se aproxima mais e mais. - Eu não me importo com a cidade.

Meu coração com certeza entrou em lapso com o que ele disse. Será que era sobre mim? Todas as partes do meu cérebro queriam que sim, e eu não sabia ao certo o que fazer. Ele estava sentado em sua moto, e eu estava em pé do seu lado, até que ele se afasta quando escuta a buzina do carro, e Bruce sai da casa. Não me lembro bem por que ele entrou, mas naquele momento eu não me importava. Entro no carro com Bruce que estava no celular, e ainda sinto borboletas voarem no meu estômago. Eu realmente queria que Bruce não estivesse ali para que aquele momento continuasse, e que eu me aproximasse cada vez mais de Oliver e...

– Felicity. - diz Bruce me fazendo olhar para ele enquanto ele olha o nada. - Eu sei que você sente algo por Oliver... - ele diz e eu me espanto por ele estar falando desse assunto comigo. - Mas isso não quer dizer que eu vá desistir fácil de você.

– Bruce eu... - começo a dizer, e ele continua fitando meu rosto até que ele acena com a cabeça e se vira para frente novamente, e eu finalmente lembro de respirar.

***

Fazemos nosso pedido, e eu me sinto desconfortável de sentar com Oliver e Bruce. Eles são os maiores milionários do estado, se não do país, e aqui estou eu, uma técnica em T.I. tomando café da manhã com eles. O maior problema ali era o clima. Os dois se encaravam enquanto eu tentava puxar assunto, mas eles sempre me respondiam com respostas curtas e diretas. Mas que saco!

– Aqui está o pedido de vocês. - diz uma garçonete paquerando com ambos, e eu fecho a cara, para logo me questionar se eu tinha o direito de sentir ciúmes dos dois.

Outras meninas passavam me encarando, e eu terminava abaixando minha cabeça de vergonha.

– Algum problema Felicity? - pergunta Bruce me assustando ao quebrar o silêncio.

– Não. - digo rapidamente. - Por quê?

– Você desbloqueou o celular sete vezes, e não saiu da tela principal. - dessa vez a vez de falar foi de Oliver.

Olho para baixo percebendo o que eu estava fazendo, e meu rosto começa a esquentar, e eu tenho certeza que fiquei vermelha. Eu não contaria que eu estava com vergonha de andar com eles, por quê nem mesmo eu sei explicar como era estar na minha pele. Não que eu não gostasse de estar com eles, além do mais, quem não gostaria, mas os olhares me deixavam cada vez mais desconfortável.

– Eu só... - começo a dizer, e agradeço quando o celular de Oliver começa a tocar. Mas para minha surpresa, ele permanece sentado até que eu acene para que ele atenda, então ele se levanta e se afasta com o aparelho em mãos.

Suspiro, e Bruce permanece com o olhar fixo em mim, e eu o encaro por um instante, tendo eu acho que uma conversa telepática. Ele levanta uma sobrancelha, enquanto eu tomo meu copo de suco de laranja, e eu paro de beber e volto a encará-lo.

– Isso tem a ver comigo e Oliver comendo com você, não tem? - diz Bruce.

Como ele por acaso descobriu isso? Droga! Eu não queria concordar, mas o que me restava com a verdade e o Bruce que tinha lá suas habilidades em descobrir mentiras na minha frente? A única coisa que fiz foi acenar, e ele me lança um leve sorriso. Ele pega em minha mão que estava em cima da mesa, e Oliver volta com carranca no rosto percebendo o momento. Ele para por um instante, até que eu apanho um guardanapo que caiu no chão e tiro minha mão debaixo da do Bruce, e ele me fita e logo depois abre a boca para falar.

– Bruce... - ele parece pensar no que vai dizer. - Deixa a Felicity em casa. Eu preciso ir!

Bruce somente acena com a cabeça, e eu fito Oliver interrogativamente até que ele se vira e sai parecendo irritado o bastante para me ignorar. Eu coro mais uma vez, e sou forçada a pegar minha bolsa me preparando para ir para casa. O caminho foi tranquilo, a não ser o clima e a tensão que estava dentro do carro. Bruce havia fechado o vidro que dava para o motorista da frente, e estávamos sós na parte de trás. Meu prédio não estava muito longe, e logo eu saio do carro indo em direção ao apartamento. Passo pela portaria, e para minha surpresa, Bruce começa a caminhar do meu lado até a porta do meu apartamento. Ele espera que eu abra, e ele me fita com as mãos nos bolsos.

– Obrigada! - digo na porta enquanto ele fica do lado de fora. - Não quer entrar? - pergunto me perguntando o quão feio aquela pergunta deveria ter parecido, por que o fez rir.

– Eu adoraria, mas tenho uma reunião com meus representantes, e eu realmente preciso ir. - diz e eu aceno com a cabeça, e uma parte de mim fica triste com sua resposta, mas outra se sente aliviada.

Ficamos lá um olhando para o outro na porta por um tempo, até que inconscientemente começo a me aproximar do moreno alto, e ele faz o mesmo. Antes que eu chegue perto, ele me puxa, e quando percebo, nossas bocas estão coladas. Ele me puxa para perto, enquanto beija delicadamente meus lábios me fazendo arrepiar com o toque. Ele me envolve com seus braços, e sua língua pede passagem quando as coisas estavam esquentando. Sua mão passeava pelas minhas costas, mas tendo cuidado para não encostar na minha ferida. Nossos beijos se separam quando seu celular toca, provavelmente sua secretária o chamando para a reunião, e eu tiro esse tempo para respirar. Ele olha o celular irritado, mas logo o guarda e me fita.

– Eu realmente preciso ir! - diz, e me puxa para mais um beijo rápido antes que cruze o corredor.

Eu entro em casa, e fecho a porta atrás de mim me encostando nela para pensar no que realmente aconteceu. Eu estava arrepiada, e me lembrava a cada instante de cada toque de Bruce em meu corpo, e eu o queria aqui novamente. Me veio a mente o que aquilo tinha significado para nós dois, contando nossas vidas. Mas eu não ligava, pelo menos não naquele momento.

Eu iria aproveitar!


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Esperando o feedback de vocês, ok? E para constar, eu amo comentários, e juro responder todos, ok?
Kisses
~Mais uma Geek



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