– E-Eu... Acho que eu sei qual é o meu desejo.

...

A anja seguiu os olhos de Jack tentando descobrir o que ele estava olhando. Seus olhos estavam pregados em um garota, ela era linda, mas Rapunzel sabia que aquele não era o desejo de verdade de Jack, algo falava para a loira. A garota que Jack estava olhando caminhou até a mesa do albino, Rapunzel imaginava que o coração dele estaria palpitando.

– Oi meu amor! – Ela deu um selinho no Flynn que imediatamente retribuiu – Já estava morrendo de saudades, meu dentinho.

– Caham! – Soluço pigarreou chamando atenção dois dois.

– Ah é! Desculpa turma, está é a Tooth, a minha namorada. Eu já devo ter falado dela, não? – Ele disse não tirando os olhos da garota com mexas coloridas.

– Umas trezentas vezes. – Merida disse tomando o seu milk-shake – Mas, conta aí, a quanto tempo namoram?

– De namoro sério, sério, quatro meses. – Responderam juntos e soltaram uma risadinha logo no final.

Jack estava perplexo. Seus olhos azulados como o céu celeste estavam bem abertos, paralisado. Ele ficava olhando para o nada, como se o mundo estivesse desmoronando bem lentamente. Bocão percebeu e deu um leve soquinho no braço de Jack, que não correspondia.

– Vamos, Jack! Os seus amigos estão te achando louco, responde. – Rapunzel gritou para Jack.

– Não grita! – Ele exclamou em alto bom som.

– Mas ninguém gritou aqui, Frost. – Astrid olhou um pouco preocupada, afinal o albino estava um pouco estranho – Acho que você bebeu refrigerante demais, deixa esse copo longe de você! – Ela empurrou o copo de Coca no centro da mesa, enquanto eu estava na quina – Pronto.

– Desculpem, é coisa da minha cabeça, não dormi muito tem ontem. – Mentiu, ele estava brincando né só podia, ele dormiu feito uma pedra, Rapunzel era a forma concreta, quer dizer não tão concreta assim.

Todos continuaram a comer. Flynn dividia o seu lanche com Tooth, de uma maneira romântica mas não deixava de ser nojenta. Rapunzel ficou pensativa e saiu um pouco de perto do Jack indo apenas até a porta pegando um ar, alguém se esbarrou nela, ele encarou ela (o nada) e ficou pensativo.

– O quê diabos aconteceu comigo? Parece que eu esbarrei em alguém, que maluco! – O homem que deveria ser empresário, já que estava com terno e com uma maleta de dinheiro, além de um relógio de ouro no pulso. Punzie ficou encarando mas logo virou novamente para a rua, que homem grosso. Ela ralou o cotovelo, afinal ela podia se machucar na Terra, que droga.

– E você esbarrou sim! Ai! Em mim! – Ela disse ainda sentindo um pouco de dor, falando sozinha. Jack parecia ter visto tudo, pois olhava com pena dela. Ele se levantou da mesa, talvez dizendo que iria para o banheiro (pelo menos, Rapunzel pensou) e ele veio até Rapunzel.

Sem falar nada Jack ergueu um pouco o meu braço, vendo o machucado. Ele assoprou e dentro do seu bolso do casaco tinha um band-aid ali, ele abriu e colocou no machucado da loira, logo o curativo ficou invisível (para os outros), Jack sorriu sem mostrar os dentes enquanto a loira sorria mostrando todos os seus dentes e inclinando um pouco a cabeça.

– O-Obrigada. – Ela disse ruborizada – Você fez isto, mesmo não ligando que as pessoas estão te achando louco por estar abaixado na entrada sorrindo para o nada.

Quando Jack olhou para o lado viu a situação, logo endireitou-se e pigarreou.

– Pronto, amarrei o meu cardaço. – Fingiu que tinha amarrado o cardaço e voltado para a mesa – Eu estava pegando canudinhos, porém eu não achei. – Disse para os outros, que já tinham a maioria terminado o lanche.

– Nossa, eu falando que você não estava ligando... – Rapunzel deu um suspiro, mas como sempre Jack teve que ignora-la se não iriam chamar no exato momento um hospício, mas ela não se preocupava com ser deixada no vácuo, estava pensando algumas possibilidades da Fada terminar com o Flynn, parecia impossível.

Então o lanche já tinha terminado, Bocão já tinha ido embora e Astrid também, ficando apenas Jack, Merida, Soluço e o casalzinho mamão com açúcar ali no meio, Jack estava tentando se conter de tanta raiva, Soluço parecia, por parte, perceber isto e começar a conversar de jogos, isto o acalmaria.

– Meu cute-cute! – Fada falou apertando a bochecha de Flynn.

Todos deram uma risada do moreno, que nem se importou e riu junto. Chegando na casa de Flynn os dois entraram, Fada passaria a noite lá.

– Não se esqueça de usar os preser– Soluço foi interrompido por Merida.

– Tchau Fada, tchau "cute-cute". – Brincou com o Flynn, ele mostrou a língua para Merida – Divirtam-se, pombinhos. Agora vamos caminhando que se eu não chegar em casa logo minha mãe vai me estrangular!

Continuaram a caminhar, chegando na casa de Merida ela deu um beijo na bochecha de Soluço e apertou a mão de Jack. Quando entrou na casa fora da mesma já estava de ouvir gritos da Elinor, brigando por chegar depois do horário e também o som da porta do quarto da Merida (ao menos, eles imaginavam que era ) batendo fortemente. Gargalharam um pouco e voltaram a caminhar.

– Seu amigo, Soluço ele é tão fofinho Jack! Deve fazer sucesso com as mulheres – Rapunzel falou.

O albino cerrou os punhos e pegou a mão de Rapunzel.

– Eu estou indo, até mais tarde Soluço. – Disse ríspido e continuou a caminhar.

Soluço ficou sem entender porque ele tinha mudado de humor rapidamente, e estava segurando o nada e o puxando, apressando os passos. O moreno deu de ombros e caminhou muito sem entender até a sua casa. Jack continuava puxando Rapunzel, que também fazia parte do clube do Soluço NEMJ (Não entendemos a mente do Jack).

– O-Oquê houve, Jack? – Falou não entendo absolutamente nada.

– Nada, Punzie, vou dormir. – Ele disse apertando o botão do elevador.

Quando subiram até o seu apartamento pegou a chave abrindo a porta, permanecendo os dois em silêncio. Ele foi deitar em sua cama enquanto Rapunzel queria assistir televisão na sala, tentando entender como aquela caixa mágica funcionava, Jack adormeceu que nem uma pedra, nem ela nem ninguém o acordava.

...

– JACK! – Gritou em seu ouvido, extremamente alto.

Ele se assustou dando um pulo na cama, pegando o despertador e o fazendo como uma arma, quando viu que era só a loira seu coração desacelerou e colocou o despertador de volta no criado-mudo, ele esfregou os seus olhos e bocejou ainda sonolento.

– O quê foi, Rapunzel? Por que resolveste me acordar agora? Por que diabos? Você é cruel.

– Eu acho que achei uma forma para separar o Flynn da Fada, mas tem certeza que é esse seu desejo? Quer dizer, você talvez estragará a vida do Flynn e você não se apaixonou pela Fada, e sim pela sua aparência, a aparência não é eterna viu?

– Mas quando vira anjo é. – Ele disse sentando na cama.

– Mas o combinado é até a morte que os separe, lembre-se disso. – Rapunzel soltou um riso pelo nariz.

– Agora, sem gracinhas, me conte o plano.