How to Be Free escrita por Mia Miatzo


Capítulo 13
Holes in the sky


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Primeiramente quero pedir desculpas por não postar por tanto tempo, mas posso lhes dar três bons motivos pra isso.

1) A escola... preciso falar mais? Semanas cheias de provas o dia todo e muita lição de casa e revisões e trabalhos...

2) Esse também envolve a escola, acontece que na minha escola temos a “Mostra do Conhecimento” que é tipo uma feira de ciências e todo o trabalho de pesquisa, montagem de banner, construção de maquetes e tudo mais demora mais do que apenas alguns dias

3) Sinceramente? Eu estava sem inspiração e precisava de uma luz, porque eu estava totalmente sem ideias.

É isso gente. Desculpa de novo, mas para compensar vocês aqui está o capítulo 13, o maior de todos eles. E para não deixa-los sem um desafio, para aqueles que leram “Cidade das Almas Perdidas” de Cassandra Clare, tentem encontrar uma frase que Clary pensa muito marcante no livro.
Ah, e o título do capítulo, se perceberam é o nome da música de Insurgente "Holes in the sky" de M83 e HAIM, uma das minhas favoritas.
Boa leitura.



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– Se você pretende ser comido o meu conselho é optar por um Gronckle. – diz Perna-de-Peixe assim que entramos na arena e Soluço se vira para nos ver.

Cabeçadura chega perto dele e diz:

– Foi sábio em pedir ajuda da arma mais letal da aldeia: eu mesmo.

Melequento o empurra para o lado.

– Eu me amarrei no plano! – repete sua exclamação anterior.

– Eu não. – resmunga Peixe.

– Você é louco. – fala Cabeçaquente ao ficar na sua frente e sussurra – Mas acho um charme.

Ela se inclina em sua direção e meus instintos a impedem de ir mais longe, como se dissessem “é meu”. Puxo sua trancinha e a empurro para o lado. Soluço suspira de alívio, agradecido, e sorri para mim quando pergunto:

– Então, qual é o seu plano?

*****

Passo a passo Soluço tira calmamente o Pesadelo Monstruoso de sua jaula e o traz ao centro da arena, em nossa direção. Melequento treme de medo e até tenta pegar a ponta de uma lança quebrada no chão, mas bato em seu braço e o advirto. Ele a solta, mas ainda dá um ganido apavorado:

– Ahn... Peraí, o que você tá...

– Shh. Relaxa. – diz Soluço pegando seu pulso – Tá tudo bem. – ele coloca a mão de Meleca no focinho do Pesadelo. Quando percebe que nada acontece além de um leve ronronar da criatura, sorri e Soluço vira-se para a caixa de armas suplementares.

– Onde é que você vai? – pergunta preocupado.

– Acho que vocês vão precisar de alguma coisa pra se segurar. – responde com uma corda em mãos, que não mais acho débeis e sim dotadas de talento.

Viro-me ao ouvir um conhecido guincho e vejo o Nadder Mortal que derrotei no treinamento ao lado do Gronckle e do Ziperarrepiante.

Soluço ajuda os outros a montar seus dragões e dá as instruções básicas. Eu apenas fico encarando os olhos amarelos daquela criatura que uma vez enfrentei. Devo estar no ponto cego, pois não parece perceber que estou ali.

– Quer parar de pensar tão alto? Dá pra ouvir do outro lado da arena. – brinca Soluço ao se aproximar de mim desenrolando um pedaço de corda – Você tá bem?

– Quem deveria estar perguntando isso sou eu. – suspiro o olhando, ele encara o Nadder – A que ponto chegamos?

– Não posso dizer que estou bem com isso também. Mas é importante pensar que temos chance de mudar e acabar com toda essa confusão. – sua cabeça parece pesar sozinha – Devo estra sendo tolo pensando assim não é? Tipo, que chance temos?

Nego com a cabeça, mais para mim mesma do que para ele.

– Soluço, - chamo sua atenção e ele finalmente olha nos meus olhos, seus brilhantes olhos de esmeralda em meus opacos de safira – olha... – não sei o que dizer e ele me encarando desse jeito não me ajuda a deixar de balbuciar palavras aleatórias.

Ele apenas olha novamente para o chão e enfim consigo formular uma frase completa.

– Talvez... – começo e ele olha novamente ansioso para mim – talvez a esperança seja algo tolo. Mas às vezes é a única coisa que temos.

Seu olhar ganha mais vida ao ouvir o que digo e de alguma forma que nunca descobrirei percebo que ele segura minha mão e nossos dedos estão entrelaçados.

Sem se importar com esse fato Soluço dá um passo para frente, em direção às costas do Nadder e me puxa junto.

– Vamos.

– Ele me odeia.

– Não odeia não.

– Mas eu bati nele.

– Você e metade da turma. Não tem perigo, ela não vai te machucar.

– Ela? É uma fêmea?

– Uhum. Mais alguma coisa que vocês têm em comum. Duas garotas fortes e cabeças duras. – diz ele montando e passando a corda no pescoço do dragão.

– Tem certeza de que quer chegar lá vivo né?

– É um risco ocupacional. Você vem? – ele estende a mão para mim novamente e sem pestanejar pulo nas costas do bicho, segurando na cintura de Soluço assim que decolamos.

*****

A viagem até o Ninho é silenciosa, mas o medo e a apreensão de todos ao meu redor é perceptível. Sinto Soluço se tencionar à medida que chegamos perto da ilha.

Não posso dizer que não estou nervosa também, mas aprendi a esconder minhas emoções por trás de uma dura parede de ferro. Mesmo assim, enterro meu rosto entre as omoplatas de Soluço, sentindo a maciez de sua túnica, seu calor, seu cheiro, mais para encorajar a mim mesma do que a ele. Sei que mesmo com minha máscara de frieza ele é o único que consegue me ler abertamente, como se estivesse despida.

Sinto sua respiração se tornar irregular e seus músculos se retesarem sob mim. Olho por cima de seu ombro para perguntar o que foi e vejo-o estático, firmemente olhando para frente. Viro-me na direção de seus olhos e no meu campo de visão há dor e destruição. Navios sendo queimados por uma tocha humana, ou melhor, reptiliana.

A criatura é cem vezes maior do que pensávamos quando a vimos pela primeira vez. E mil vezes mais amedrontadora. Assim que a fumaça baixa o tamanho real do monstro é revelado e os outros perdem o fôlego assim como eu.

O bicho parece ter centenas de metros de altura e o dobro de comprimento. Sua cabeça imensa lança chamas de não menos do que um quilômetro com tonalidades alaranjadas e avermelhadas quase radioativas como o calor de um vulcão.

– É agora galera! – incentiva-os Soluço – Não é hora de dar pra trás. Vamos seguir como planejamos.

O Nadder dá uma guinada em direção da ilha e agarro a camisa de Soluço com mais força do que pretendia, ainda não confio totalmente nesse bicho. A essa distância podemos ver Stoico e Bocão tentando distrair o monstro enquanto os outros vikings recuam sem sucesso para os navios em chamas.

– Vamos dar uma mãozinha pra eles. – diz Soluço para mim e nosso dragão solta uma rajada do fogo mais mortal de todos no réptil gigante.

A criatura parece se surpreender com o ataque repentino tanto quanto os humanos.

– Meleca, Perna cuidado aí atrás! – grita Soluço quando entramos definitivamente no meio do confronto. – Anda Perna-de-Peixe!

– Olha só pra nós montados nos dragões! A galera toda! – Melequento diz num entusiasmo otimista.

– Rápido! Vamos lá! – Soluço começa a representar seu papel de líder mais do que nunca – Perna-de-Peixe, relatório.

– Tá bom. – Peixe começa sua atividade favorita, mas nesse caso, útil – Crânio blindado, cauda feita para golpear e esmagar. Evite os dois. Olhos pequenos, ventas grandes. Se orienta pelo som e pelo cheiro.

– Ok. Meleca, Perna fiquem no ponto cego dele. Façam barulho pra confundi-lo. Durão, Quente descubram quantos tiros eles podem dar. Irritem ele.

– Essa é a minha especialidade. – diz Cabeçaquente.

– Desde quando? Todo mundo sabe que eu sou mais irritante que a minha irmã. - corrige Cabeçadura e os dois começam uma briga inútil sobre quem é mais irritante.

– Apenas façam o que eu disse. – corta-os Soluço – Eu volto assim que puder.

Com uma última olhada para nosso grupo viramos em direção aos barcos flamejantes sabendo que Banguela está atado a um deles. Voamos um pouco à frente das naus quando ouvimos um rugido familiar vindo de trás de nós.

– Ali! – afirma o garoto dando meia volta com o Nadder.

Chegamos mais perto e fazemos o perigoso mas necessitado movimento de trocar de lugares. Quando Soluço confirma que estou bem no comando ele salta rapidamente para o irreconhecível navio frontal.

– Vai lá e ajuda os outros. – ele comanda e com o coração na mão viro o dragão na direção da terra. Arrisco dar uma última olhada para trás e o vejo o futuro líder trabalhando para libertar Banguela das correntes que o prendem à embarcação.

Meu peito parece que vai explodir. Meus batimentos cardíacos aumentam mais e mais de acordo com a proximidade do monstro. A fumaça e as cinzas de seu fogo invadem minhas narinas e garganta, tusso levemente e ignoro-as, seguindo em frente. Em frente. Em frente. Sempre em frente.

É o único jeito de não pensar em mais nada além de meu objetivo. Seguir em frente, não olhar para trás, passar pela dor sem deixa-la me dominar, ignorar as discussões, ignorar a asfixia, ignorar que deixei para trás num barco em chamas a única coisa que me mantém sã.

Coloco um falso sorriso no rosto ao ver Melequento batendo com o martelo nos terríveis olhos da fera.

– Isso! Você é mesmo um viking! – brinco com ele e sorri. Não gosto de mentir para eles sobre meu sofrimento, mas meus amigos não são psicólogos e preciso inspirar confiança a eles.

De repente o réptil gigante dá uma guinada e Melequento é jogado para o outro lado, agarrando-se às suas... barbatanas? Só então percebo como o cenário mudou desde que saímos. Perna-de-Peixe e o Gronckle foram lançado as chão e desviam das imensas patas do dragão. O Pesadelo Monstruoso voou para longe, deixando seu piloto sozinho equilibrando-se na cabeça do monstro. E não há nem sinal dos gêmeos que se desviaram das rajadas de fogo.

E de repente, a cauda gigantesca em forma de porrete é lançada para o lado e acerta os mastros dos navios. Meu coração parece que vai sair pela boca quando vejo a pata devastadora do bicho pisotear a nau principal, afundando-a junto com os dois seres vivos que ainda estão lá: Soluço e Banguela.

E então não consigo mais acha-los. Meus olhos rondam o local uma, duas, seis vezes, mas não há sinal deles. O projeto de Hella se vira para nós e sou obrigada a desistir momentaneamente de minha busca implacável. Sua cabeça é lançada para trás com Melequento ainda em cima e solta outra labareda infernal em nossa direção.

Meu Nadder perde o controle por alguns segundos, o suficiente para me preocupar. Ao recuperar seu equilíbrio me viro mais uma vez e já consigo ver um animal preto com um pequeno humano de cabelos avermelhados montado em suas costas. Um grande viking fala com ele, seu pai, e os dois são lançados com rapidez ao céu. Meu sorriso volta, dessa vez verdadeiro, e exclamo para os outros:

– Ele tá vindo! – meu dragão voa mais alto, em direção aos gêmeos que voltaram do nada. Digo – Tirem o Melequento de lá.

Enquanto se aproximam da criatura para ajudar Meleca, tento segui-los por trás, como retaguarda. Infelizmente, meu dragão começa a ser puxado e percebo que a besta me traz em sua direção numa inspiração exagerada e já calculada para nos engolir.

É isso, penso, é assim que termina. Não poderei resolver minha briga com meus pais, não poderei ver meu lar novamente, não poderei me despedir do meu melhor amigo. Já posso ver seus dentes brilhando de satisfação e sua bocarra abrindo-se para me receber, como uma caverna tão escura e funda que posso até ver sua úvula.

E como se num instante o mundo ganhasse cores novamente, ouço o guincho familiar do Fúria da Noite e volto a ter esperanças ao ver seu cavaleiro. O ar se incendeia com uma explosão de plasma que acerta em cheio a cara do monstro e o Nadder perde permanentemente seu controle, dirigindo-se ao chão em alta velocidade comigo separada da corda que o envolvia. Caio girando pelo ar, com a terra se aproximando de mim cada vez mais rápido. Volto a ter medo novamente bem quando algo agarra meu pé e me vejo ser levada para longe de onde meu dragão caiu. Ao olhar para cima recebo um sorriso amigável e banguela do mesmo. Retribuo-o com confiança renovada e ele me joga para cima, colocando-me na posição certa e aterrisso suavemente no chão de pedras lisas. Dou alguns passos para me equilibrar totalmente e olho para meus salvadores. Por apenas uma fração de segundo consigo captar os olhos brilhantes de Soluço conectados diretamente aos meus.

Solto em um suspiro a única coisa que poderia dizer a ele neste momento de tensão:

– Boa sorte.

E eles entram no conflito final.

*****

O barulho de Banguela pronto para atirar é ouvido, e a última coisa que vemos antes da fumaça subir é uma rajada de fogo roxo que atinge o dragão rainha e o derruba com um tremor que percorre toda a ilha. Minha próxima visão é de asas gigantescas com buracos, como um tecido rasgado, se abrirem e expandirem. Ao batê-las o mostro cria correntes de vento tão fortes que quase nos empurra para trás. Deveria ser este o plano de Soluço, chamar sua atenção e atraí-lo para onde pudessem ter chances mais favoráveis de derrota-lo. Eles guiam a besta entre fumaça e rochas marítimas. A cria da Morte não parece ter muito controle sobre movimentos leves e fluídos, como Banguela, por causa de seu tamanho e peso. Mas sua carapaça de escamas extremamente dura não tem problema em destruir os obstáculos no caminho.

Os três passam pela nossa frente num show de poder, humano e dragões. Meus colegas vibram de emoção ao vê-los tão corajosamente enfrentar a máxima criação de Hella, mas param quando que o monstro atinge outra coluna de pedra e deixa um rastro de poeira sobre nós.

Os heróis o conduzem para cima, entre as nuvens negras onde podem se camuflar. Uma vez lá é difícil explicar o que acontece, mas assim que deixo de vê-los meu coração volta a bater como sinos de bronze, a cada martelada mais forte, mais audível, mais estrondosa. Quase podia ouvi-lo mesmo. Um bum insistente que chegava a meus ouvidos.

Quando olho para cima posso ver que o barulho não é causado por meu peito prestes a explodir, e sim por explosões de plasma que iluminam o céu como fogos de artifício. Então uma chama mais demorada, mais arrastada e flamejante é espalhada entre eles e posso ver pequenas silhuetas voando rapidamente de encontro e desencontro à aberração.

Ao apagar a momentânea luz não consigo enxergar mais nada e meu estado inicial de pânico interior volta. Tento decifrar o que ocorre lá encima enquanto uma coluna feita de ar, nuvens e fumaça desce de encontro ao mar, causada pela grande fera. Uma última rajada de fogo roxo é criada e uma grande tocha se incendeia. Demora um momento para finalmente perceber que a enorme labareda incandescente na verdade é o monstro que enfrentamos, as asas definhando.

Não sei se é um bom sinal, se Soluço e Banguela conseguiram realmente acabar com essa coisa. E ainda mais, porque não os vejo sair da frente do dragão flamejante quando atinge o chão a alguns quilômetros de nós e cria uma explosão tão intensa que nos joga para trás, atira pedras e faz o mar criar ondas ainda mais altas com o terremoto.

E então os vejo. Dois pequenos pontos caindo de encontro às chamas. Banguela tenta alcançar Soluço o mais rápido que pode, dando impulso com suas asas. Mas na verdade não sei o que acontece, pois a última coisa que vejo é fogo. Fogo invadindo minha visão. Fogo estalando em meus ouvidos. Fogo deixando meu coração em cinzas.

*****

Por um momento acho que estou cega. Tudo o que consigo ver é uma camada de ar branco com pequenos pontos pretos caindo do céu. Depois, me lembro do que aconteceu. Tudo volta de uma vez. As vozes sussurrantes de meus colegas me cercam quando percebo que desmaiei por alguns segundos, por causa da pressão, da tensão, da asfixia e pelo susto que levei ao perder Soluço e Banguela dentro da explosão.

Uma voz mais forte, masculina e reconhecível grita por Soluço: nosso chefe. Recobro meus sentidos pouco a pouco e forço-me a ficar de pé. Bocão está ao meu lado e me ajuda a recuperar meu equilíbrio. Ele assente para mim quando ouvimos Stoico exclamar em surpresa, chamando o nome de seu filho como se estivesse ali na sua frente. Percebendo o que isso pode ser, tê-lo encontrado em meio ao caos, corremos para perto deles, passando pela multidão aglomerada de vikings sujos e empoeirados e empurrando para abrir caminho.

Porém, ao chegarmos lá vemos Stoico ajoelhado, Banguela desmaiado em sua frente, os ombros do chefe caídos como se tivesse recebido uma notícia ruim. E então me ocorre, ele não só recebeu, mas sim testemunhou uma notícia ruim. Primeiro sua esposa Valka, e agora seu próprio filho.

Pela primeira vez em anos, meus olhos se enchem de lágrimas.

*****

O silêncio que se segue é aterrador. Sinto os olhares sobre mim. Astrid, a melhor guerreira, a destemida, a que nunca demonstra emoções, chorando. Não me importo. Que as pessoas saibam como realmente sou, humana, frágil, sentimental, quebrável.

Ouço um grunhido, o que quer dizer que Banguela está acordando. Ele geme fracamente para Stoico, como se pedisse desculpas por não conseguir proteger seu filho.

– Me perdoe. – diz Stoico sinceramente.

Os olhos verdes e dilatados de Banguela ganham um brilho maior. Ele abre as asas e enrolado seguramente em suas patas está um pequeno corpo. O cabelo castanho avermelhado é o suficiente para reconhecê-lo e o chefe exclama em confirmação:

– Soluço!

Ele pega o garoto em seus fortes braços e tira seu elmo. Dou um passo involuntário em sua direção. Ao apoiar a cabeça em seu peito penso que nunca vi uma expressão tão radiante em nosso líder.

– Ah! – ele exclama – Ele está vivo! Você trouxe ele vivo!

O resto dos gritos e exclamações de vitória são abafados em meus ouvidos depois que ouço aquelas três palavras: “ele está vivo”. Minhas mãos cobrem minha boca em êxtase e minhas bochechas doem de tanto sorrir com aquela descoberta. Minhas lágrimas são não mais de dor e perda, e sim de alegria e felicidade.

Bocão avança para onde os três estão e logo percebo que estou indo atrás deles também, passos calmos e imperceptíveis, involuntários. Ouço nosso tutor dizer:

– Bom, pelo menos boa parte dele.

Não sei o que ele quis dizer com isso, mas uma coisa é certa. Meu Soluço está vivo, meu melhor amigo, meu confidente, minha voz da razão. E não quero saber, que o mundo se exploda, eu tenho ele e ele a mim. E repito isso e que ele vai ficar bem a mim mesma até acreditar.

De um jeito ou de outro, as coisas vão ficar bem. Nós ficaremos bem. Eu vou ficar bem.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acham? Valeu a espera? Compensou minha demora? Acho que não né?
Algumas considerações finais.
Recebi outras duas recomendações e estou extasiada. Muito, muito, muito, muito obrigada mesmo a vocês SHPrior e Temperana por recomendarem. Sério gente, vocês não sabem como me deixa feliz saber que estão curtindo a fic. Fico até emocionada (snif, espera que entrou areia no meu olho, snif). Muito obrigada mesmo por todos os comentários, recomendações, favoritos, seguidores e tudo mais, vocês são a razão de eu continuar.
Acharam a frase. Resposta semana que vem, e dessa vez prometo que não vou deixar passar, como eu tô de férias agora tenho mais tempo pra escrever. Além disso, prometo que ainda essa semana faço aquilo que falei de responder todos os comentários. Não me entendam mal, não é que eu nãos os leia, eu leio e adoro, mas não tenho tempo de respondê-los. Por isso farei isso, responderei a todos, velhos e novos, não importa em que capítulo estejam.
Boa noite pra vocês gente, obrigada novamente.
Beijos,
Mia