Bad Romance escrita por Ninah Alves


Capítulo 5
Capítulo 5 - Lisbela e o prisioneiro


Notas iniciais do capítulo

N/a: Desculpem a demora pelo capítulo.Eu amei e agradeço a todos os comentários do capítulo anterior.Espero que apreciem o capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/57825/chapter/5

 

''Lisbela e o prisioneiro

 

Você bem que podia perdoar

E só mais uma vez me aceitar

Prometo agora vou fazer por onde

Nunca mais perdê-la...

Agora

Que faço eu da vida sem você

Você não me ensinou a te esquecer (...)

(Caetano Veloso)

 

- Jacob eu acho que você já se meteu demais onde não foi chamado – Edward comprimiu o olhar o encarando furioso. - Eu até entendo a sua fixação pela Bella, afinal ela é linda, mas se ela quisesse algo com você de verdade... – sorria debochado. -... ela já teria e você não ia precisar bancar o cão de guarda dela!

Ao terminar de falar isso Edward pendeu ao chão com um soco que Jacob lhe deu bem no meio do rosto. Edward ainda no chão hesitou um pouco em levantar, Jacob o olhava com o Ego inflado por vê-lo caído aos seus pés daquele jeito, mas Edward não se deixou abater assim e logo já se colocava de pé para iniciar um novo duelo.

Eles voltaram a se socar, agora mais intensamente que antes, parece que o primeiro soco de vitória de Jacob só tinha sido aquele mesmo, por que Edward agora revidava os seus golpes à altura, eles estavam doidos brigando daquele jeito feito uns animais. Eu já estava nervosa, gritava só que ninguém parecia me escutar, era com se eu estivesse assistindo a uma luta de Box em que um dos lutadores tinha que sair ganhando para levar o cinturão, nesse caso, eu era o cinturão.

Jacob com todos aqueles músculos não sentia pena de Edward toda vez que conseguia esmurrar com precisão o seu rosto. Eu nunca vi Jacob agressivo, na verdade ele nunca foi de se meter em brigas!Só que o problema de Edward é que ele fala as coisas sem pensar, Jacob já não gostava dele, então, junte o útil ao agradável – que nesse caso não tem nada de agradável – e você terá Edward Cullen e Jacob Black quase se matando na frente da escola em que trabalho.

- Parem, por favor! – pedi desesperadamente mais uma vez aos berros, sorte a rua estar deserta, fora isso teríamos platéia. – Jacob, Edward!

Eu não sabia mais o que fazer, foi quando Edward deu um soco de direta em Jacob o afastando um pouco de si que eu aproveitei para entrar no meio. Outra oportunidade dessas não teria e se bobear só a teria quando um caísse morto!

- Parem vocês dois agora! – gritei sentindo meus pulmões queimarem com a intensidade deste. Uma forte chuva começou a cair despertando os dois para o que faziam.

Eu não acredito que eles iam me ignorar e continuar digladiando-se?!

- Jacob vai embora! – ordenei. A chuva já ensopava a todos e o buquê de rosas que Jacob me dera já não tinha aquele glamour todo de outrora.

- Bella! – reclamou ele me olhando surpreso.

- Jacob depois eu falo com você! – aleguei.  – Agora vai embora, por favor!

Doía-me ficar entre os dois!

Jacob era um grande amigo, eu o amava de uma forma diferente eu confesso, só que não tinha coragem de me envolver e o machucar e Edward foi o grande amor da minha vida que me traiu e me deixou tão destroçada que foi quase impossível me reerguer. Jacob me olhou mais uma vez para ver o que eu realmente queria, eu só sinalizei com a cabeça e ele saiu em direção ao seu carro que estava do outro lado da calçada.

- Jake! – com o coração doído de impulso eu o chamei e ele parou. Corri até ele o entregando as rosas que já se desfaziam nos meus braços. - Eu amei as rosas e não fique chateado comigo – supliquei. - Só que eu tenho que resolver esse problema!

Era fato Edward Cullen era um problema em minha vida!

- Tudo bem Bella! – a voz dele saia extremamente amarga e fria. – Quando você se convencer de quem é bom pra você me procura! – fiquei atônita com aquelas palavras, ele me deu as costas e eu fiz o mesmo. Só que depois senti uma mão tornear a minha cintura e a quentura do corpo musculoso de Jacob ao meu.

Ele jogou o buquê no chão e segurou com certa firmeza a minha nuca me tomando num beijo cheio de mágoa, desespero e que se misturava com a chuva. Confesso que fiquei fora de órbita com aquele beijo que me tirou até o fôlego. Nossas bocas se separaram a procura de ar, a chuva caía mais intensamente agora molhando as nossas faces. Ele fixos seus negros olhos nos meus, alisou o meu rosto com o dedo indicador e me deu um selinho carinhoso. – Isso foi para você não esquecer quem eu sou de verdade! – me soltou dos seus braços e rumou em direção ao seu carro.

A divisão tinha sido feita naquele momento!

De um lado Jacob Black: Amável, responsável, romântico e carinhoso e gentil.

Do outro Edward Cullen: Destruidor de corações e almas, irresponsável com a própria vida e quem dirá com a dos outros, grosso, agressivo e muito sedutor.

Fechei os olhos por um momento pensando em como minha vida tomou aquele rumo! Como eu consegui chegar aquele ponto sem que percebesse?E o que faria para corrigir as burradas que só vinham acontecendo? No final, eu sabia que acabaria me magoando e magoando quem me ama e isso só me tornaria pior do que o homem que estava do outro lado da calçada me olhando com um misto de ciúmes e raiva por ter aceitado o beijo de Jacob.

Caminhei até ele e o puxei pela blusa em direção ao seu carro, a minha atitude o deixou surpreso e sem fala o fazendo me acompanhar, encostei-o no seu carro e não segurei minha mão ao dar-lhe uma estalada e cheia de raiva tapa no rosto.

Edward virou o rosto com o impacto, levando logo em seguida a mão onde eu tinha lhe dado a tapa e me encarou com aqueles olhos cor de esmerada, abatidos pelo sofrimento e fúria.

- Vamos! – eu ordenei e ele só me encarava, ainda com mão na face.  – Vamos Edward, me diz o que você quer?A minha vida já está destruída, você quer fazer o quê?Deixar-me sem emprego ou me deixar mais falada do que já sou na cidade?

Só que o cretino não falava!Na certa tinha perdido a língua quando Jacob lhe deu uma pancada na cara!

Enfiei a mão no seu bolso e peguei as chaves do seu volvo preto, ele me olhou assustado, ignorei seus olhares caminhando até a porta do motorista a abrindo e entrando, abaixei os vidros e o encarei de dentro do carro. Vocês acham que eu ia voltar à escola para pegar o meu carro?Nem em sonho!

-Vai entrar ou vai ficar ai igual um idiota?Ah desculpa, idiota você já é!Entra Edward! – ele hesitou, mas fez. Eu acelerei cantando pneu e rumando para a minha casa.

Estacionei a frente da minha casa de qualquer jeito e sai do carro batendo a porta com força. A raiva era tanta de Edward Cullen que a minha vontade era esmurrá-lo novamente para ver ser ele acordava para a realidade. Quem era ele para se intrometer assim na minha vida? Mas também o que eu fazia levando-o para dentro da minha casa?

 

(...)

 

Eu não conhecia ninguém naquela cidade, sentia saudades do Arizona, das minhas colegas, do sol e da escola. Porque meus pais foram mudar pra Forks? Ah sim, lembrei! A única prima da minha mãe faleceu e deixou sua casa de herança, com isso meu pai resolveu sair do aluguel e se esconder nessa cidade!

E o que seria de Isabella em Forks? E a escola dela como ficaria? Eles não me fizeram nenhuma dessas perguntas quando resolveram se mudar sem o meu consentimento.

O dia estava quente quando levantei para ir à escola, era verão e felizmente me livraria das calças jeans que tanto repudiava no Arizona. Eu não era um exemplo a se seguir de moda, só que gostava de me vestir confortavelmente e lá no Arizona como era muito quente optava por ir à escola - na maioria das vezes - de saia jeans um pouco acima dos joelhos e regata.

Peguei as chaves da minha Chevy velha vermelha e parti para a escola. O corredor já estava apinhado de alunos quando cheguei, eu tinha que pegar uns livros ainda antes de ir para a minha primeira aula do dia. Joguei minha mochila no chão e já colocava a senha para abrir o cadeado do armário quando ouço uma voz me chamar com autoridade.

- Isabella! – eu gelei ao ver o diretor Steven Ruden a minha frente me olhando enojado. – Que traje é esse? – perguntou autoritariamente apontando a minha saia.

- Uma saia senhor – respondi sem dar muito importância.

- Eu sei que é uma saia, eu não sou burro! Ou você acha que eu sou? – nossa o quê tinha acontecido com aquele homem?

- Não, é claro que não! – respondi já ficando nervosa.

- Então a senhorita sabe que essa roupa não é apropriada para a escola? – eu olhei em volta e vi que todos haviam parado de fazer o que faziam para nos olhar, senti as maçãs do meu rosto corar com isso e a vergonha por ser repreendida na frente de todas já estava estampada na minha faca com o meu rosto vermelho.

- Eu pensei que... – disse olhando umas garotas da minha classe com vestidos que tinham o mesmo cumprimento da minha saia.

- Pensou errado! – ele foi enfático. – Nossa escola não é digna de pessoas que se vestem dessa forma! – me apontava, eu pude ouvir risos e muitas pessoas cochichando de mim.

Eu fiquei sem fala depois daquele episódio catastrófico e humilhante, sai correndo com lágrimas nos olhos e fui direto para o banheiro feminino. Chorei tanto que nem sei como o meu estoque de lágrimas não secou!

Steven Ruden foi o responsável por me tornar a menina mais mal falada da escola durante seis longos meses. Eu já estava em depressão e muita das vezes fingia algum tipo de mal estar só para não ir à escola. Minha mãe me perguntava muitas vezes o que estava acontecendo, mas eu desconversava dizendo que ainda não tinha me adaptado. Não queria demonstrar fraqueza e muito menos fazê-la resolver os meus problemas.

Estava voltando de Sealtte lá pelas seis da tarde, o dia ainda estava claro, porém frio e a qualquer momento começaria a chover. Eu dirigia a 70 km por hora, pois tinha medo de ir além naquela estrada e acabar ocasionando um acidente, só que do nada o meu carro começou a trepidar, o volante já não seguia aos meus comandos e cada vez mais eu me sentia sair da estrada.

Na mesma hora percebi o que ia acontecer a seguir, por isso fiquei tão desesperada para tirar o cinto de segurança e pular do carro, mesmo que em movimento, mas este tinha resolvido travar logo que eu tentei a primeira vez. Cada vez mais eu descia o barranco, meu corpo já estava dolorido com as sacolejadas, eu fui à frente e voltei, minha cabeça bateu no volante. Até que o meu carro rodopiou e a traseira da caminhonete bateu em algo sólido a fazendo parar.

O alívio tomou conta de mim por não ter batido de frente, por que eu sabia que certamente não escaparia desta. Forcei o sinto para que destravasse, e depois de muito lutar eu consegui. Sai do carro cambaleando, sentido o quanto o meu corpo doía, passei a mão pela cabeça e vi que já estava encharcada de sangue. Eu não tinha celular e a única forma de chamar por socorro era ter que voltar para a estrada de onde meu carro havia saído. Se tivesse com sorte alguém me ajudaria ao passar por ali, senão teria que andar quilômetros até localizar uma casa.

A noite caia fria e os meus olhos já estavam turvos por causa da dor que eu sentia na cabeça, o tempo tinha se perdido de tal maneira que eu nem sabia há quanto andava por aquela estrada a procura de ajuda. Uma voz ao longe me gritou, mas eu não consegui discernir da onde vinha. Uma luz a minha frente se aproximava cada vez mais, depois disso não vi mais nada, por que me tiraram da luz antes que esta me preenchesse.

Meu corpo ainda latejava, eu passei uma das mãos pelo meu rosto para limpar o sangue que grudava este, pisquei diversas vezes e quando abri os olhos vi três pessoas a minha frente. Eu conhecia aquelas pessoas, só não me lembrava da onde!

- Ela acordou! – a menina com rosto angelical disse.

- Graças a Deus! – disse um garoto alto e forte com o seu timbre de voz grosso.

- Você está bem? – olhei para o dono da voz que perguntava isso e me perdi naqueles olhos verdes esmeralda. – Você pode me ouvir? – ele estava nervoso, eu senti pela sua voz, fui ai que percebi que a quentura que eu sentia no meu corpo vinha do corpo dele que me segurava no colo.

- Sim... – disse um pouco confusa.

- Por que você tentou se matar? – inquiriu a menina.

- Alice! – o garoto mais forte a repreendeu.

- Sério Emmett!Porque você tentou se matar?Não tem amor a vida não? – ela estava irritada, na certa eu tinha atrapalhado algum plano dela.

- Porque você fez isso? – o anjo que me segurava no colo perguntou com a sua voz melódica.

- Eu não fiz...eu não queria me matar! – respondi.

- Sei... Você não queria se matar?Então o fato de você estar no meio da estrada sozinha à noite e sem olhar que vinha um carro a sua frente, não é querer se matar? – a voz da garota saia cada vez mais irritada.

- Eu não vi o carro! – aleguei. – Eu só procurava por ajuda, meu carro furou o pneu e sai da estrada – argumentei.

- Sorte a sua estarmos passando! – disse o garoto que me segurava.

- E sorte a sua o Edward ter lhe visto na estrada igual uma doida! – rechaçou a garota.

- Eu não sou doida e não estava tentando me matar! – disse exasperada e uma forte dor começou a ribombar na minha cabeça.

- Alice eu já disse chega! – o garoto mais forte que estava em pé me olhando a repreendeu novamente.  – Nos estávamos indo a Sealtte quando nosso irmão Edward a viu na estrada e me chamou a atenção! – contou-me ele. – Só que eu estava correndo muito, ai fui obrigado a fazer o retorno a muitos metros de você! – ele soltou um sorriso sem graça como se tivesse se desculpando.

- Só que você sumiu de vista, tinha sumido da estrada! – o garoto que me segurava nos braços confessou.

- E o meu irmão ai... – a menina aponta-o. – Teve que descer do carro para te procurar a pé, até que você surgiu do meio da mata e por pouco não é atropelada!

- Eu não me lembro de nada disso, só me lembro do acidente – minha voz era um leve sussurro. – Eu queria muito...

Eu apaguei com a dor de cabeça que sentia e no dia seguinte acordei no hospital. No dia seguinte foi o que eu pensei. Minha mãe que logo veio até mim quando acordei, me comunicou depois de um tempo que os médicos acharam melhor eu ficar em coma induzido durante três dias para que fizessem uns exames de crânio e se constatasse alguma seqüela pela força com que bati a cabeça ao volante que eu ia acabar por ser operada. Por sorte nada além de uma concussão eu tive e o médio disse que eu tive mais sorte ainda por me manter acordada após o acidente, senão meu corpo não agüentaria e eu podia até morrer de hemorragia.

Bom... Então agora eu não seria a doida desvairada da escola que anda de saia – que o diretor acha que é mini - e quer se matar no meio da noite no meio da estrada!

- Posso entrar? – pediu a mesma menina que me socorreu junto com os seus irmãos na estrada.

- Ah sim querida! – respondeu minha mãe. – Filha eu vou deixar vocês a sós – ela saiu me deixando com a garota.

- Oi – disse ela.

- Oi – respondi amarga.

- Desculpa por aquele dia – pediu ela se aproximando da minha cama.

- Que dia? – me fiz de desentendida.

- O dia na estrada – ela me pareceu envergonhada ao olhar para o chão.

- Tudo bem – disse por fim, não queria mais confusão na escola. Vai que ela começa a espalhar um monte de coisas de mim?

- Eu sou Alice – ela agora estava ao meu lado na cama. – Alice Cullen! – soltou um sorriso.

- Isabella. Isabella Swan! – me apresentei.

- Então Isabella... Que azar o seu estourar o pneu na estrada! – comentou tirando sarro da minha cara.

- Eu sou azarada mesmo! – respondi rolando os olhos.

- Nada acontece por acaso Isabella – alegou.

- Mas comigo tudo acontece, por acaso ou não! – ri e ela riu comigo.

- Você é reservada na escola, não sabia que era tão legal! – afirmou.

- Eu legal? – a gente nem tinha trocado trinta palavras e a garota já me achava legal?!

- Sim, você é legal! – reafirmou.

- Tudo bem se você diz! – dei de ombros.

- Você não gosta de Forks, não é? – perguntou sentando na cadeira ao lado.

- Não! – respondi sorrindo amarelo.

Eu a Alice ficamos conversando amenidades, descobri que ela é bem legal e não parece em nada aquela menina que todos dizem ser metida na escola, até que nosso papo foi interrompido quando a porta se abriu e ele entrou iluminando tudo com o seu sorriso.

- Boa tarde! – sua voz era encantadoramente linda assim como a pessoa que a possuía.

- Boa tarde Ed! – essa foi Alice que falou ao abraçar o irmão pelo pescoço.

- Tudo bem com ela? – ele perguntou a Alice que me olhou sorrindo.

- Tudo ótimo!Por quê? – inquiriu.

- É por que ela parece sem fala! – comentou.

- É que ela tá cansada Ed! – Alice se afastou um pouco do irmão ficando atrás dele e me lançando uma piscadela.

Oks!Ela percebeu que eu já estava babando litros pelo irmão dela. Que bom que ela foi sensata ao ponto de não me deixar envergonhada e falar que a minha falta de fala era por conta da presença dele.

- Tudo bem com você? – eu já transpirava por debaixo do lençol do hospital.

- Tu - do... – Droga!Eu tenho que gaguejar mesmo?Ele somente riu e sentou onde outrora Alice estava e esta saiu do quarto nos deixando a sós.

- Fico feliz que você não tenha nenhuma seqüela do acidente! – eu fico feliz por ter sofrido e acidente e agora você estar aqui sorrindo pra mim!Ahh morre Isabella!

- Obrigada por me salvar! – até que enfim eu consegui soltar a frase sem gaguejar, também forcei tanto a voz para que isto não acontecesse que tenho por mim que ficarei rouca.

- Não tem de quê! – ele apoiou uma de suas mãos na minha e eu me senti mais quente.

 

(...)

 

- Você vai ficar dentro do carro Edward? – perguntei ríspida. – Porque não quero pegar uma pneumonia por sua causa! – aleguei cruzando os braços.

Ele saiu do carro me acompanhando até a porta de casa. Toquei a campainha, já que deixei tudo na escola, chaves, bolsa, celular e carro por conta do desgarrado do Cullen. Anita veio logo atender a porta e quando nos olhou ensopados ela quase teve um filho pelo nariz.

- Bella o que houve? – inquiriu e eu adentrei sentindo que Edward tinha captado o recado de que podia entrar também.

- Chuva Anita! – respondi.

- Isso eu sei – disse ela olhando Edward.  – Mas e ele?

- Ah ele?  - apontei Edward molhado e com a cara inchada, só não estava com sangue escorrendo por causa da chuva. – Só um idiota qualquer que acha que pode resolver tudo no braço! – disse dando de ombros.

Edward me lançou um olhar feio, eu só arqueei uma das sobrancelhas e disse:

- Anita me traga gelo, por favor! – ela balançou a cabeça e já se preparava para sair da sala quando a chamei de volta e ela parou. – Eu vou levar esse ser carente de neurônio para tomar um banho... Eu não quero ser a culpada por estragar uma carreira promissora de um astro de futebol, depois você me leva lá em cima – e confirmou com a cabeça e saiu de vista.

Fiz sinal para que ele subisse as escadas e assim ele o fez, certamente tinha perdido a língua depois da bordoada que levara de Jake!Lembrar de agradecer ao Jake por isso!Dei passagem para que ele entrasse no banheiro e comecei a falar:

- Na última gaveta tem um roupão limpo que você pode usar, na terceira tem toalhas, shampoos e condicionadores você já deve estar vendo que estão próximos ao sabonete – apontei.

- E você vai ficar ai? – perguntou ele me olhando curioso.

- E por que não ficaria? – rebati.

- Por que como você mesma disse: Eu vou tomar banho e banho não se toma de roupa – eu ri com o seu comentário e ele fechou a cara.

- Tudo que você tem por debaixo da roupa eu já vi Edward! – desdenhei.

- E do Jacob Black também? – ihh agora deu pra ter ciúmes?

- Do Jake?Me deixa pensar... – fiz suspense. – Sim já vi! Não só dele como de outros também. Nada diferente do que você tenha, se bem que se compararmos... – ele fechou mais a cara e eu segurei a risada. Edward começou a se despir sem cerimônia e eu só o olhava nos olhos. Tá bom de vez em quando eu sentia um tique nervoso nos olhos e era obrigada a olhar mais abaixo – mas isso só por causa do tique nervoso, entende?  -, e vem cá desde quando o Cullen tinha aquele abdômen delineado?Passei a mão na cabeça já sentindo a quentura invadir meu corpo, voltei meu olhar pra cima antes que ele me pegasse no ato, e por sorte eu não fui pega.

Edward me encarou nu a minha frente e eu o encarei – é claro!Não vou dar mole pra ele! – pedi as suas roupas e ele as me tacou e logo depois sai do banheiro o deixando sozinho.

Cullen cretino mais gostoso!Como pode isso Deus?

Anita logo veio ao meu encontro no corredor com a compressa de gelo.

- Anita ponha para secar essas roupas, por favor – disse pegando a compressa da sua mão.

- Sim – ela saiu e eu fui para o meu quarto. Aproveitei que ele estava tomando banho no banheiro do corredor para me enxaguar rapidamente e trocar de roupa. Terminei me enrolando na toalha e quando eu saio do banheiro Edward está sentado na minha cama. Folgado esse ai heim?

- Tua mãe não te deu educação não? – inquiri irritada.

- Com relação a quê? – ah ele tava querendo morrer, não tava?

- Com relação a invadir o quarto dos outros e sentar nas camas sem ser convidado! – disparei.

- Ah isso? – debochou.

- Tudo bem Edward, fique a vontade! – disse entrando no meu closet.

Ele ainda estava lá com a bunda afundada na minha cama quando sai. Eu me fiz presente fingindo limpar a garganta e ele me olhou rindo. Tá rindo de quê?Tenho cara de palhaça agora?

- Você tá linda com essa blusa! – olhei a blusa que eu vestia. Era a pior blusa que eu tinha! Uma regata velha e surrada preta. Tá ele deve ter falado isso por que me esqueci de por o sutiã, e os meus seios estavam bem avantajados. Se é que vocês me entendem?

- Jacob disse a mesma coisa ontem! – ponto pra mim!Ele logo fechou a cara.

- Por que você me trouxe aqui?

- Pelo mesmo motivo que você me salvou a 10 anos de ser atropelada por um carro na estrada de Sealtte!  - informei sem dar muita importância. – Solidariedade, conhece essa palavra?

- Então é por isso? – eu peguei a compressa de gelo e grudei no seu supercílio que estava aberto. – Aii – ele reclamou quando eu forcei mais a compressa. – Só por isso? – como ele é insistente!

- Sim Edward, só por isso! – respondi tediosamente. – E por que mais seria? – ele me olhou, com um olho só, por que o outro estava tapado pela compressa que eu fazia e abriu a boca para falar algo mais acabou desistindo. – Estou só pagando uma divida do passado com você! Já que você me salvou, nada mais coerente do que eu ter-lhe salvo hoje – já que ele fazia voto de silêncio eu só jogava as minhas farpas.

- Eu não precisava da sua ajuda hoje! – comunicou-me colérico.

- Não foi o que me pareceu, já que o Jacob estava levando grande vantagem sobre você. Aliás, o Jacob não merece sujar as mãos com pouca coisa, sabe?Ele é uma pessoa muito boa – eu não conseguia me controlar, se eu não podia esmurrar o Cullen eu tinha ao menos que falar.

- Qual é o seu problema comigo Isabella? – ele afastou a compressa de gelo da sua face me encarando.

- O meu problema é você!É impressionante quando você está por perto a minha vida vai de mal a pior – disparei estressada.

- Você sabe que eu faria qualquer coisa para que não fosse assim! – como ele conseguia falar as coisas com tanta facilidade?Como ele conseguia esquecer tudo o que aconteceu no passado?

- Faria qualquer coisa? – perguntei retoricamente. – Então some da minha vida! – supliquei. – Me deixe viver o pouco que me resta dela, me deixe ser feliz...

  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/a:Eu sei...podem falar?Eu exagerei um pouco (ushushsu).

Bom a Bella morde e assopra, na verdade a mulher não sabe o que quer:Se é o GOSTOSÃO DO BLACK OU O GOSTOSÃO DO CULLEN.

Mulher resolve a sua vida?!E segura essa periquita ai!

Deixa um para que eu possa dividir com as leitoras! (ushushus)

Bom...mais um capítulo postadinho, eu espero que tenham gostado dele!Se não gostaram, pode falar, por que até eu achei meio estranho. (¬¬")

Mas o que eu quis mostrar a vocês foi o seguinte:A Bella se achou na obrigação de cuidar do Edward ao ver ele apanhando do Jacob.Até ai tudo bem, mas ficar fingindo que não está olhando o material do cara!Ahhh por Deus, eu agarrava ele logo viu!Depois brigava de novo, mas agarrava! (*---*)

E o que vocês acham que vai ser do Jacob depois dessa?

Beijos meninas de Nina Alves.

Ps:Gostou da Fic?Então a indique, isso vai me deixar muito feliz e você ainda ganha cash do Nyah!