O legado dos heróis escrita por RL


Capítulo 9
Encontramos com a ex-professora de Percy


Notas iniciais do capítulo

Minha cabeça melhorou 0/...
P.S. Uma voz fica na minha cabeça: "eu não sou traidora, nunca irei trai-lo!!!". Quero deixar claro que o destino (eu) irá fazer as coisas sempre tentando manter a personalidade dos nossos Heróis, nunca vou mudar isso. Então esperem e verão...



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Não é saudável, mas sempre íamos comer fora. Não sou mulher de ficar cozinhando. Não tenho paciência nenhuma e Percy com os gêmeos quase colocaram fogo no apartamento. O colégio continuou como sempre, porém algo estava me deixando intrigada. Os gêmeos sempre tiravam notas altas nas provas, na verdade sempre eram notas máximas. O TDAH parecia não fazer efeito na hora das provas, mas só nas provas, por que na aula normal eles eram um tormento para todos os professores. E para mim que tentava realmente estudar. O ruivo sempre ficava me encarando e sempre lia as perguntas nas aulas de história, mas nunca voltou a falar comigo.

Sexta depois da aula Percy convenceu a mim e aos meninos para fazermos piquenique no Central Park. Pela primeira vez vi os gêmeos sérios, como semideuses com grandes reponsabilidades, com 17 anos de idade. Eu e eles passávamos horas e horas na frente livros pesquisando sobre a profecia, tentando avaliar as possibilidades, tentando conseguir alguma pista ou teoria de como ela iria acontecer. Só sabíamos que era Érebo e estava no mundo inferior. Percy ficava com a difícil tarefa de assistir os noticiários para ver se havia alguma alteração causada pela profecia. Ele dizia que a criminalidade estava aumentando principalmente à noite, e passou uma reportagem mostrando o aumento drástico de brigas, confusões no transito, entre vizinhos, entre senhoras na padaria. Como assistir televisão lhe exigia muito, ele insistiu para que fossemos passear depois da aula e comer alguns sanduiches de manteiga de amendoim.

Estava um lindo dia, o céu estava limpo e azulzinho. O Central Park não estava cheio, havia só alguns jovens com os amigos e algumas famílias. Sentamos perto dos chafarizes na grama, em cima de uma toalha de piquenique vermelha.

– Olha quem está ali sentado no banco sozinho – Percy me disse apontando para um banco onde estava um menino com um violão preto, era Diego – Ei Diego, vêm comer conosco – gritou Percy. Zöe acenou junto com ele para Diego e Damásen bufou.

– Oi Diego, gosta de manteiga de amendoim? – perguntei preparando sanduiches, única coisa que conseguia fazer.

– Gosto sim – ele falou simpático.

– Não sabia que você tocava – disse Percy – toque uma música para vermos se aprovamos – ele falou brincando.

A tarde passou bem animada, só Damásen ficava bufando a cada cinco minutos. Quando estávamos arrumando as coisas para ir embora já estava começando a escurecer. Diego nos ajudava e por sinal ele e Zöe sempre arrumavam alguma coisa para rir.

– Sentiu saudade das aulas de algébrica? – perguntou uma voz atrás de nós.

– Só se você sentiu saudade de virar pó – retrucou Percy levando a mão no bolso. No pequeno tempo que eles falaram peguei minha espada e não sei o porquê fui me aproximando de Diego que estava com olhos arregalados e paralisados na fúria.

– Só senti saudade de tentar te matar – ela falou e logo depois foi atacar Diego com suas garras de bronze. O joguei para o lado e me defendi das garras com a espada. Ela não teve nem chance de pensar em outro ataque. Dois jatos da água a acertaram e ela caiu longe. Os gêmeos que fizeram o ataque, eles já estavam tomados pelo brilho e indo lentamente para cima da fúria. Os dois a envolviam com um tipo de redemoinho que lhe sufocava aos poucos. Eles caminhavam carregando crueldade no olhar, como se aquilo não fosse nada. Percy pareceu entrar em desespero pela fúria. Correu em sua direção e, com olhos arregalados, ele a atacou na altura do peito transformando-a em pó.

– É o suficiente só mandá-la de novo para os domínios de Hades – Percy falou com autoridade para gêmeos que ainda estavam brilhando.

– Nós só estávamos protegendo os mortais – disse Damásen com voz imponente.

– Ela atacou um mortal indefeso – disse Zöe com a mesma voz.

– O que eu fiz já não os protege e os defende? – Percy perguntou com autoridade e intolerância aos seus atos. O brilho se apagou, os gêmeos pareciam estar decepcionados.

– Cadê o Diego? – perguntei quando veio em minha cabeça qual seria a melhor opção para explicar o que aconteceu, ele não estava mais caído aonde eu o joguei.

No apartamento disse à Percy que teríamos ter muito cuidado aonde fossemos e que o mais aconselhado era sempre permanecer em casa. Era muito perigoso até mesmo ir à casa de Sally. Os três juntos eram mensagem instantânea para monstros.

– Por que a fúria veio nos atacar? – ele me perguntou. Pensei em alguns instantes.

– Talvez ela não estivesse seguindo a Hades.

– Ele não permitiria isso.

– E se ele não estiver sobre controle do mundo inferior? – perguntei – Nico está sumido, provavelmente pode estar ajudando o pai.

– Precisamos ter certeza disso.

– Podemos ir falar com Hazel.

– E aproveitamos para ajudá-los nos problemas que eles estão enfrentando por lá.

– Então você sugere irmos para acampamento Júpiter? – perguntei querendo confirmar o que tinha entendido.

– Como faríamos isso sem ir lá?

– Mensagem de Íris! – falei como se fosse óbvio.

– Não tinha pensado nisso – ele pensou um pouco – Mas temos que ver o que está acontecendo lá. Vai que eles precisam de ajuda.

– Irei pensar na melhor maneira de irmos – disse o beijando. Um defeito fatal tão honrado, bem diferente do meu orgulho.

Diego não deixou nos aproximarmos dele, sempre fugia de qualquer um de nós quatro, não que Damásen tivesse tentado. O escutei falando no celular, perto da cantina em baixo da escada de metal que levava para um quartinho de manutenção da escola. Ele estava com uma mão apoiada no degrau da escada pela parte de baixo, encostando sua cabeça nela. A outra mão segurava o celular.

– Mãe eu já disse não assisti o jornal ainda, não vi nada – ele disse como tivesse cansado de explicar.

– Mãe não tive nada a ver com aquilo saí o mais rápido possível – ele disse suplicando.

– Eu sei que meu pai não vai gostar quando me vir no jornal. Mas eu não quebrei nosso acordo, então não pode fazer nada.

– Sim mãe eu estou bem.

– Eu realmente preciso ir até São Francisco?

– Okay, amanhã irei cedo para passarmos o final de semana juntos. Mas saiba que vou perder muitas aulas.

– Por que vou atravessar o país!

– Também te amo. Tchau – ele desligou o telefone – sabia que é feio escutar conversas dos outros no telefone? – ele me perguntou com decepção de brincadeira na voz.

– Me desculpe...

– Tudo bem — ele disse me interrompendo — não precisa me explicar nada, NADA – ele sutilmente tentava se referir o que havia acontecido no parque sexta.

– Tem como dar uma carona para 4 pessoas para São Francisco? – me veio essa ideia na cabeça e simplesmente falei.

– Você, Percy, Zöe e Damásen?

– Exatamente.

– Claro – ele pareceu pensar um pouco – já aviso que vamos com um conhecido meu.

– Para ele será que é tudo bem?

– É sim – ele se assustou de repente – Fique parada! Tem uma aranha no seu cabelo quase indo para seu rosto – fiz exatamente o que ele pediu, fiquei paralisada. Ele delicadamente foi chegando perto de mim, levando a mão na direção da minha boca e com cuidado foi passando a mão na mexa do meu cabelo puxando a aranha.

– O que você pensa que está fazendo com a minha mãe? – Damásen perguntou com ódio atrás de mim.

– Não estou fazendo nada que seja da sua conta. Ela é muito nova para ser sua mãe e você é muito velho para brincar de casinha.

– Damásen não é isso que você está pensando! – falei ríspida. Ele foi para cima de Diego. Logo me coloquei a frente dele, mas antes que ele chegasse perto Zöe apareceu e o parou com um empurrão e com um pequeno jato da água, que formou uma pequena poça no chão.

– Você não vai encostar no cenoura! – Zöe falou o ameaçando.

– Pede desculpa agora! – ordenei. Ele abriu a boca para falar algo, mas o interrompi – não quero saber o que você acha o deixa de achar. Peça desculpa agora!

– Me desculpa – ele disse em voz e cabeça baixa.

– Não escutei – disse.

– Annabeth tudo bem... – começou Diego.

– Não, eu não o escutei.

– Me desculpe – Damásen disse em voz alta me olhando nos olhos.

– Amanhã Diego nos fará um grande favor – disse com medo de ele ter mudado de ideia – vai nos dar carona para São Francisco.

– O Percy está procurando vocês dois para comermos, é melhor sairmos debaixo dessa goteira – disse Zöe quando começou a cair água do quartinho de manutenção. Ela provavelmente estourou alguma torneira de lá para disfarçar o seu jato...


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Notas finais do capítulo

Sem comentário, sem direito de reclamar u.u
Comentando irei considerar seriamente sua opinião XD



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