O legado dos heróis escrita por RL


Capítulo 10
Um mergulho para morte.


Notas iniciais do capítulo

Revelado um dos detalhes que havia falado... Porém foi o que era óbvio... Talvez já percebam o outro... Tenho sérios problema com spoilers, preciso acabar com isso! kkkkkk



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De New York a San Francisco era uma viagem de dois dias mais ou menos. Deixei claro para Damásen se ele se quer pensasse em ser mal educado durante aquele tempo, enfrentaria sérios problemas comigo. Diego passou cedo no apartamento e acabou subindo. Zöe ainda estava no banho e já fazia uma hora que estava gritando para ela sair. Quando finalmente podíamos começar a viagem nós quatro fomos surpreendidos com o carro que nos esperava, uma limousine. Diego repetiu que íamos com um conhecido e não falou nada sobre O carro que viajaríamos. A viagem foi muito divertida. Fomos o caminho inteiro jogando playstation 4, só os gêmeos que me davam trabalho para ganhar, mas Percy e Diego não tinham chance comigo. À noite paramos em um hotel simples de beira de estrada, todos estavam cansados principalmente o motorista. No dia seguinte a viagem continuou cedo depois do café da manhã. Percy teve a brilhante ideia de em vez de jogarmos videogame cantássemos no karaokê. Não posso reclamar, não cantei, porém não parava de rir. O único que sabia cantar era Diego. Primeira vez que o vi solto de verdade, até mesmo no parque ele foi reservado.

Estávamos chegando perto de San Francisco ao anoitecer. Tudo estava terrivelmente calado e frio. Parecia tudo tranquilo, por isso me dava mais aflição. A vida de semideuses nunca é tranquila. Já na cidade iriamos até um hotel – não podíamos descer direto no acampamento Júpiter, seria um pouco estranho.

O carro deu um grande solavanco pareceu que tinha batido em algo. Todos saíram do carro correndo para ver o que havia acontecido. O motorista – que chamava o Diego de senhor – olhava tudo com uma cara estranha. Mas todos nós entendemos bem o que estava acontecendo quando saiamos do carro (ainda bem que estava com minha espada). Havia um pequeno exército de monstros no cercando. Esfinges, Hidras, Mantícoras e outras porções de monstros nada agradáveis. Percy ficou na minha retaguarda, porém entre em mim e ele, ficaram Diego e o motorista. Em uma coisa eu podia ficar tranquila, os gêmeos sabiam muito bem se defender. Eles já estavam envoltos pelo brilho mesmo não usando seus poderes. Eles lutavam juntos. Um protegendo o outro, destruindo os monstros. Seus golpes eram sincronizados, em prefeita harmonia. As Mantícoras estavam preferindo ataca-los, pois podiam atacar longe de suas espadas afiadas. Era uma chuva de espinhos encima deles, porém sempre quando se aproximavam mudavam de percursos e iam em direção ao chão. Não entendia o porquê acontecia aquilo. As Hidras estavam em peso em cima de mim e de Percy. Recuamos até encostarmos no muro alto de parede rugosa, Diego e o Motorista ficaram atrás de mim e de Percy, que agora estava ao meu lado. Cinco Hidras nos cercaram. Em um rápido movimento me abaixei e enviei a espada no coração de uma das Hidras. Suas cabeças estavam prestes a soltar veneno, a minha direita. Percy jogou a contracorrente como uma lança no coração de outra Hidra, em sua esquerda. Não sabia o que fazer, não seria estúpida em cortar a cabeças delas e elas agora estavam com todas as cabeças atentas para se usar mesmo golpe. Os gêmeos estavam muito ocupados com os próprios monstros para nos ajudar. Observando que as pontas ficaram “livres” tive uma ideia.

– Corram para minha direita no meu três – gritei para os dois que estavam atrás de nós – Percy você vai para esquerda, giramos e acertamos as Hidras por trás – era um plano audacioso. Um pouco lento que fossemos, uma das nove cabeças podia nos atacar ou pior jogar veneno – um... Dois... TRÊS.

O golpe foi rápido o bastante e preciso. As duas Hidras que atacamos viraram pó. A última Hidra correu, quando aplicávamos o golpe nas outras, para cima de Diego e do Motorista. As noves cabeças estavam preparadas para soltar veneno em cima deles. A única coisa que consegui pensar era me atirar na frente deles e foi isso o que fiz. Mergulhei para frente dos dois, literalmente mergulhei. Bati fortemente com a cabeça no chão, a última coisa que vi foi um pano roxo na nossa frente.

Acordei na enfermaria do acampamento Júpiter, com uma faixa enrolada na cabeça. Percy estava me olhando com os olhos arregalados.

– Achei que nunca abandonar os amigos fosse o meu defeito fatal – ele disse brincando.

– Só fiz o que deveria ser feito – falei com indiferença, afinal esse era o dever dos heróis. Salvar os mortais, o olimpo... – o que aconteceu? Como viemos para cá?

– Reyna chegou bem a tempo de ficar entre vocês e a Hidra os protegendo com a capa. Uma legião a acompanhava e destruiu os restos dos monstros. Resto, porque os seus filhos já haviam exterminado metades deles.

– NOSSOS filhos – disse. E ele me beijou.

– Nossos

– Odeio estragar o momento romântico dos pombinhos, mas tenho que conversar com Annabeth.

– Não se preocupe logo, logo terá vingança – Percy disse com olhar atrevido para Reyna. Ela o encarou mortalmente.

– O que eu perdi? – perguntei dando risada em ver os dois como crianças se provocando.

– Nada – disse Reyna áspera.

– Por enquanto – disse Percy saindo da enfermaria.

– Moleque... – Reyna resmungou – Você poderia me explicar tudo o que está acontecendo? Principalmente sobre os clones de vocês...

– Ninguém falou nada ainda? – perguntei curiosa imaginando porque ninguém tinha revelado as coisas ainda.

– Não sou a pessoa certa para disser o que já foi esclarecido – ela disse com olhar distante e feliz.

– Damásen e Zöe são meus filhos junto com Percy e eles vieram do futuro. Por causa de uma nova profecia que pode acabar com mundo em escuridão.

– Futuro? – ela perguntou curiosa e achando estranho.

– Sim, mas creio que certos detalhes devem ser ocultos – disse pensando em como uma máquina do tempo pode ser perigosa. Inimigos voltando nas grandes guerras desiquilibrando o peso da balança.

– Eu entendo – ela disse compreensiva – acho que temos conversar mais seriamente sobre tudo o que está acontecendo, porém não é hora para isso – Rachel e Diego entraram na enfermaria junto com os gêmeos.

– Mamãe você está bem? – perguntou Zöe correndo para minha cama, seguida por Damásen. Olhei para ela aflita, pois Diego e Rachel não sabiam de nada.

– Mamãe? – perguntaram Rachel e Diego juntos com as sobrancelhas erguidas. Só ali um ao lado do outro pude perceber. O mesmo sobrenome, cabelos ruivos igual... Como fui lerda – igual à Percy – todo esse tempo?!.

– Sim, meus filhos que vieram do futuro, depois eu explico... – Disse como se não fosse nada – vocês pelo visto se conhecem faz tempo?

– Essa mala é meu primo – disse Rachel aborrecida.

– O que eu fiz para você me diz? – perguntou Diego para Rachel revoltado.

– Nada. Só você que é sempre um intrometido.

– Na verdade quem se intrometeu fui eu – disse uma voz de mulher suave e ao mesmo tempo imponente, atrás deles. Atena.

– Mãe?

– Há alguns anos fui à inauguração de um edifício que alegava ter uma arquitetura inovadora em Dubai, um menininho com cabelo de cenoura tropeçou em mim. Os olhinhos azuis me penetraram então o peguei no colo. Ele de repente passou a mão em meu cabelo e tirou uma aranha. Dizendo que não precisava me preocupar que aranha mal não iria morde a moça bonita. Então soprei em seus olhos para que sempre vissem mulheres fortes e sábias onde passasse – enquanto pronunciava a última frase passou um olhar orgulhoso para Reyna. Havia mais que orgulho naquele olhar, mas não sabia identificar o que era. Admito, queria que aquele olhar fosse dado a mim – só depois vim descobrir que ele era primo do futuro oráculo.

– Então acho que isso explica a limousine e o fato de seu conhecido lhe chamar de senhor – disse me dando tempo para compreender melhor o que Atena havia dito. Acho que todos faziam o mesmo – mãe, a senhora pode nos auxiliar nessa profecia?

– Eu escuto suas orações Annabeth, mas já disse o que foi permitido – ela disse se transformando em sua forma real. Todos nós recuamos o olhar e assim ela se foi.

– Annabeth, fiquei triste em não poder ir ao seu casamento – disse Rachel tentando rapidamente trocar de assunto para amenizar o ambiente que havia ficado pesado.

– Será mesmo que foi esse o motivo? – perguntou Zöe sarcástica.

– Rachel se você quer ficar viva e inteira, nunca fique sozinha com Zöe – aconselhei brincando.

Todos riram, menos Zöe que bufou. Era muito bom, estava entre amigos e em casa. Depois que Reyna levou a estátua de Atena para o acampamento meio-sangue, foi isso que os romanos se tornaram. Nossos amigos e a nossa segunda casa – futuramente minha primeira.

– Posso falar com você a sós Annabeth? – perguntou Diego constrangido.

– Acho melhor irmos. Annabeth irá participar da festa mais tarde conosco, então lá continuamos a conversar – Reyna disse com autoridade. Todos saíram da enfermaria menos Diego e Damásen que precisou ser arrastado pela camiseta por ela...


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Notas finais do capítulo

Vou ser malvada que nem o tio Rick e vou matar todo mundo no final, se ninguém comentar HAHAHAHA~ risada maléfica~



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