Were you really surprised? - Cobrade escrita por HJ


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

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Boa leitura!



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Jade riu. Chegou a minha hora de revidar.

– Tá rindo do que? - Perguntou Cobra, temeroso. Só falta ela dizer que não...

– Você esqueceu? - O lutador estava confuso. Irônica, Jade prosseguiu: - Você tem que pedir.

– De novo? - Brincou Cobra, abraçando a dançarina um pouco mais forte. - Você tá brincando com o meu orgulho, garota...

– Eu sei! - Revidou Jade, com um sorriso de moleca bagunceira.

– Tá... Tá legal... Lá vou eu, de novo. - Olhando profundamente nos olhos da garota, ele perguntou, solenemente: - Jade Gardel, a senhorita concederia, para este mero vagabundo, a honra de te ter como namorada?

– Nossa... Quanta formalidade... - Ela sentou-se no colchão e envolveu seus braços no pescoço do garoto. - Honra concedida... - Concluiu, beijando-o.

Após alguns instantes, Cobra sentiu o estômago roncar.

– E aí, dama? Bora tomar um café?

– Pode ser... Vem cá, o que você tem aí? - Perguntou, enquanto prendia o cabelo em um coque. Abrindo a geladeira, Cobra respondeu:

– Ah, tem pão ali no armário, tem café... Aqui na geladeira tem maionese, margarina, mortadela...

– Ai! Para, por favor! - Cobra se assustou e virou-se rapidamente em direção da garota, sem entender. - Você, como atleta, não deveria comer umas coisas mais... saudáveis?

– Ih! Qual foi, Jade? - O lutador se divertiu. - Você, como minha namorada oficial, deveria saber que aqui não tem luxo nenhum. Se quiser croissant, queijo branco, geleia, essas paradas... Vai ter que tomar café em uma padaria chique por aí.

– É isso que eu vou fazer! E você vai junto! - Virou-se para pegar o celular, que estava displicentemente jogado sobre o colchão, quando ouviu Cobra gritar:

– O que é isso, Jade?

– O que aconteceu? - Completamente atordoada, Jade voltou-se para ele e tentava entender o que estava errado. - O que eu fiz agora, garoto?

– Vira de costas! - Ordenou o lutador, enquanto se aproximava da dançarina.

– O que...

– Agora! - Assim a Jade fez e Cobra se pôs a passar a mão pela nuca da garota, procurando por fios de cabelos inexistentes. - Você não parou de se mutilar? O que você tem na cabeça?

– Eu parei! Eu juro! - Com a voz já um pouco embargada, ela continuou: - Mas com tudo o que aconteceu nos últimos tempos... Eu não consegui me controlar eu... Eu nem percebia quando eu começava a arrancar... Era meio automático.

– Jade... Olha para mim. - A menina virou-se e Cobra segurou seu rosto com as mãos, fazendo com que os seus olhos se encontrassem. - Você tem que me prometer que vai parar, tá certo? Se não, a gente vai ter que dar um jeito... Procurar um especialista. Isso é uma doença, sabia?

– Tá, eu prometo... - Ela não parecia muito confiante da promessa, mas Cobra decidiu encerrar o assunto por ali mesmo.

– Então, vamo bora, que eu tô morrendo de fome! - O lutador sorriu e Jade tentou fazer o mesmo, procurando melhorar a sua cara.

– O motorista é você, lembra?

***

Os dois seguiram de carro até uma padaria e tomaram o café da manhã entre conversas e risadas.

– E aí? Como é que estão indo os treinos na Academia do Gael? - Perguntou Jade.

– É, tá legal... Mas parece que sempre rola uma desconfiança, sabe? - Jade afirmou. - Claro que todo mundo já se tocou que eu ajudei lá no negócio da prisão da Khan, mas... Ah, sei lá! Parece que o preferidinho do Mestre ainda é o Duca. Sempre que tem um campeonato valendo grana, o Gael coloca ele, mesmo sabendo que eu também preciso de dinheiro... Isso é chato!

– É, mas desencana aí! Uma hora, todo mundo vai ver que você dá de dez a zero naquele lutador!

– Eu espero... Mas você... Já foi a fim dele, né? - Perguntou Cobra, tentando esconder o seu ciúme.

– Não sei se era gostar... Era mais vontade dele, sabe? Afinal ele é um gato! - Provocou a dançarina. Cobra não pareceu gostar muito, por isso ela tentou outros argumentos. - E também... Eu invejava tudo o que a Bianca tinha.

– E agora?

– Agora eu sou mais eu! - Cobra esperava algo mais, por isso ela completou: - E mais o que eu tenho! - O lutador pareceu satisfeito com a resposta, então os dois riram. Cobra mudou de assunto:

– E lá na Ribalta? Tudo tranquilo?

– Tranquilo não... Até eu sei mais coisa que aquela nova professora de dança! Se a minha mãe visse aquilo... Meu Deus! É melhor nem pensar no que a dona Lucrécia diria! - Ela tentou rir, mas não pôde deixar de transparecer que ainda ficava triste ao pensar ou falar na mãe. - Mas de resto... Tá melhorando. O pessoal não me olha mais com pena, sabe? Eu acho que eles estão se dando de conta que, aos pouquinhos, a antiga Jade tá voltando e que eles tem que tomar cuidado com o meu veneno... Ainda mais agora, que eu tô oficialmente namorando com Cobra...

– Nossa... Que trocadilho péssimo! - Eles riram. - Mas é bom te ver assim de novo. Já terminou aí, minha dama? - Jade afirmou. - Para onde você quer ir?

– Para casa, motorista. - Brincou. - É sério, eu preciso ver como tá as coisas por lá... Se duvidar, o Ed tá fazendo vigia na porta do apartamento.

– Do jeito que ele anda possessivo contigo, eu não descarto essa opção. - Cobra concordou.

– É... Mas ele é legal. O Edgard é o mais perto de um pai que tive, além de que agora ele tá me dando um super apoio.

– Bela referência masculina... - Fez piada o lutador.

– Não fala assim do Ed! - Ralhou Jade.

– Tá bom... Retiro o que eu disse. - Desculpou-se Cobra, enquanto dirigia para o prédio da garota.

***

Ao chegar a frente do prédio, Jade desceu do carro e estava pronta para entrar na portaria, quando ouviu Cobra perguntar com carinha de triste, ainda de dentro do carro:

– E eu? Não ganho convite para subir?

– Ah é! Me desculpa! Eu esqueci que não preciso mais te esconder! - Eles sorriram um para o outro. - Vem, sobe comigo!

Passaram pela caixa das correspondências e Jade pegou as referentes ao seu apartamento. A dançarina as observou com uma cara de preocupação por alguns instantes. Já incomodado com a situação, Cobra perguntou:

– O que tem aí, hein?

– Contas, contas e mais contas.

– É... geralmente elas costumam chegar no final do mês. - Cobra não estava entendendo. - O que tem elas?

– É que agora eu não tenho mais a minha mãe para me sustentar... Como eu ainda sou menor de idade, a minha guarda foi para o Ed, e ele prometeu me ajudar no que eu precisasse, incluindo financeiramente... É que, tipo, eu acho uma vergonha o Ed ficar me bancando, sabe? Eu vou ter que dar um jeito de arrumar uma grana para, pelo menos, pagar as contas.

Falta de dinheiro. Esse problema Cobra conhecia bem, por isso, tentou ajudar:

– Eu posso ver se descolo alg...

– Você, Cobra? - Jade riu. - Não desfazendo da tua ajuda, mas acontece que você é só um vagabundo. O teu dinheiro não dá nem para você mesmo. Agora a pouquinho você tava reclamando que o Gael não coloca você nos campeonatos com prêmio grande...

– É, eu sei, mas eu acho que tenho um pouco de grana no banco... Vou ver como eu posso te ajudar. – Mentira! Você sabe muito bem que a tua conta tá tão lisa quanto a pele da Jade, mané!, pensou. Mas ele ia dar um jeito.

– Tá, tudo bem... Só não te preocupa com isso, eu me viro... Agora vamos subir, que eu... ainda... quero... namorar... muito... - Disse, entre selinhos no lutador.

– Uhum... Mas como ela tá dócil... Nem parece a mesma... Como é... Venenosa, né? - Ele riu.

– É, vai rindo... E se te vissem praticamente se auto-convidando para subir, vagabundo? - Revidou a bailarina.

– Certamente desconfiariam da meu passado... - Eles riram, enquanto esperavam o elevador.

***

No dia seguinte, pouco antes de começar seu treino, Cobra bateu na porta da secretaria da Academia, onde estava Gael.

– Bom-dia Mestre! Posso falar com você um minuto?

– Claro, Cobra. Senta aí! - Apontou para a cadeira do outro lado da mesa. - Qual seria o assunto?

– Eu tô precisando de dinheiro. - Falou o lutador, simplesmente.

– E...?

– E eu preciso que o senhor me deixe lutar nesse próximo campeonato. Eu posso?


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Notas finais do capítulo

Será que o Gael deixa? Comentem!



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