Trick Of Fate escrita por WIND Flower


Capítulo 4
Refúgio inesperado


Notas iniciais do capítulo

Cheguei, queridos e queridas leitoras.
Como estão? Cau está trazendo mais uma comédia de capítulo. Espero que se divirtam e se surpreendam e entendam algumas coisas. O que eu falei? É o toddynho~ HAHA xD
Quero dedicar esse capítulo a Abby. Sabe gente, ela é uma de minhas leitoras e também uma de minhas autoras preferidas. *OO* - Ela é diva demais. Os últimos comentarios dela me ajudou a me empenhar e terminar este capítulo. Então é pra você, nega. ♥
Leiam as notas finais *u*
PLEASE - COMENTEM, MINNA-SAN. Se tiver gostado ou não, enfim comentem. Cau responde a todos. :*



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Estava de joelhos com o corpo de Nathaniel em meus braços. Seus olhos ainda se encontravam fechados. Oh vontade de beija-lo, senhor. Anne seja séria pelo amor de deus. Este não é o momento para essas crises. Enfim, acariciei sua bochecha e disse com uma lágrima caindo:

— Meu amor, não me deixe. Abra seus olhos, querido. — Dizia expressando minha dor.

Rosalya colocou sua mão sobre meu ombro. Um gesto como se entendesse meus sentimentos e disse serena:

— Anne, aceite. Você matou seu amado!

Aquela frase foi uma facada no peito. Não queria acreditar naquilo.

— Eu não aceito! — Berrei entre soluços.

Nesse instante, Kentin, brotou do nada. Pegou-me pelos braços pondo-me de pé. O corpo morto de meu amado estirou-se no chão. O fortão me sacudiu de um lado a outro como se eu fosse uma boneca de pano.

— Mulher, você precisa aceitar! Não há nada o que fazer. — O abusado se aproveitou do meu momento de fragilidade abraçando-me e continuou a dizer: — A não ser que fique do meu lado. Anne, seremos felizes juntos! — Sua voz era determinada.

Este pobre coitado tá começando a sonhar demais.

Sonhar? Oh não!

Balancei a cabeça rapidamente. Só em pensar nesta última parte foi o suficiente para voltar à realidade. Ou melhor, motivo para ficar emburrada. Kentin, o infeliz que estraga sonhos. Ah eu e minhas manias de sonhar acordada. Entretanto, preciso escolher quem deve aparecer no meu mundinho porque a coisa tá bagunçada.

Ah, me lembrei.

— O meu amor está vivo? — Perguntei em voz alta.

Quando percebi que era tarde demais para apagar o que tinha dito. Notei Violette e Charlotte me encararem estranhas. Ambas com as sobrancelhas erguidas. Ótimo, me ferrei. Parabéns, Anne.

Aquele meu sorrisinho sexy surgira. (ovelha)

Agradeço a Rosalya por ter me tirado daquele constrangimento. Mas quando olho para a mesma fico de queixo caído.

— Oh loiro fraco! Acorde Nathaniel! — Exclamava ela revoltada pelo outro estar desacordado.

Que cena era aquela, minha gente? Fiquei de boca aberta. A menina sacudia o pobre do meu amor. O espirito dele já deve ter saído. Porque a força que ela usava dava a sensação que o pescoço iria se separar do corpo. A intenção só foi piorar, pois, a branquela é barra pesada. Ela esbofeteou o rosto do executivo. Todo mundo ao redor parecia acostumado com aquele tipo de ação, mas eu estava chocada.

Estou passada!

De repente todo mundo começou a sorrir e eu parecia à única emburrada ali. Porém, logo entendi o motivo. O Nathaniel havia voltado. Gente, ela conseguiu despertar o loiro através da brutalidade? Vou me lembrar disso pelo resto da vida. Anotando no caderninho.

Ele sentou-se e pareceu um pouco tonto. Sua testa estava com um galo. Tive que me segurar para não gargalhar. Estava uma figura única. O famoso executivo com um galo na testa. Ah isto é motivo de piada. Como eu posso ser tão mal desse jeito? Anne malvada. Que nada, que nada! Mesmo se for o meu amado irei debochar mesmo.

— Você está bem? — Perguntou o Lysandre.

Nathaniel suspirou e olhou para o branquelo. Ele se levantou e ficou encarando a todos nós. Este ato me fez encolher. Ele estava com “aquele” olhar. Percebi que o mesmo estava irritado. E pude constar que era verdade com as seguintes palavras vindas dele:

— Quem foi o idiota que me acertou? — A irritação era exposta em sua voz.

— Ah Nath, foi um acidente. — Explicou Rosalya.

— Eu perguntei: “Quem” foi o idiota que me acertou? — Repetiu.

— F-fui eu! — Tomei a frente, mas meus olhos ficaram apenas no chão. Não consegui encara-lo. Minha voz saiu por um fio. Nem sei se ele havia escutado, porém, escutou porque Nathaniel novamente soltou outro suspiro. Senti que seus olhos estavam pousados em mim. A aura dele estava assustadora. Eu senti a fumaça preta o rodeando. Que medo!

Esperei que ele brigasse comigo, mas continuou em silêncio. Quando levantei meu rosto para ver o que estava acontecendo me deparei com seus olhos cores de mel ainda me encarando. A sua expressão era como se fosse um pai brigando com um filho. Novamente, me encolhi e tentei explicar:

— Foi como a Rosa disse. F-foi um acidente! Eu não sei jogar vôlei e acabei colocando força demais na bola e...

Ele sequer escutou minha explicação. Apenas saiu andando em direção à piscina. Ignorou-me completamente. Chegando lá foi recebido por Melody que poucos segundos depois me lançou um olhar de morte. Pronto, foi motivo para minha pessoa ficar congelada. Agora que a tia me odeia mesmo.

Aquilo me machucou.

— Ah Anne, liga para ele não! — Disse Kentin naturalmente. — Ele está estressadinho porque apanhou das bonitonas e ainda desmaiou com uma simples bolada.

Meus olhos estavam cheios de água. Lutei para não deixar minhas lágrimas caírem.

Rosalya deu um belisco no moreno por este comentário desnecessário. Ao acaso, protestou indignado com a dor. A menina veio até mim e disse calmamente:

— É assim mesmo, querida. Normalmente, Nathaniel está sobrecarregado de tanto trabalho e ele se estressa facilmente. Ainda mais com tanta galinha no pé! — Piscou para mim e conseguiu tirar um sorriso de meu rosto.

— Eu bem que queria essas galinhas no meu pé. — Disse Kentin com um sorriso pervertido transparecendo.

Porém, rapidamente calou-se com o olhar assassino que Rosa lançou em sua direção.

Ela revirou os olhos e voltou a me dizer:

— Não se preocupe! Isto é normal vindo dele. Você vai ver que logo Nathaniel virá se desculpar contigo. — Ela me ofereceu um sorriso radiante. As palavras ditas pela mesma me causou um conforto. Queria muito ser amiga desta.

— Obrigada, Rosa. — Agradeci limpando o rosto. Afinal, as lágrimas transpareceram. Não fui forte o suficiente para segura-las.

Contudo, Rosa esqueceu-se um pouco da realidade. Eu e Nathaniel somos apenas conhecidos. Seria está à forma apropriada de nomearmos? A vista dele devo ser apenas uma estranha — o que é verdade. Sobre o que ela me disse seria coerente se o executivo me considerasse sua amiga, entretanto, sou apenas uma pessoa que salvou a bolsa de uma de suas namoradas e ele está me agradecendo.

Aquilo realmente mexeu comigo.

— Oh Anne você fica muito fofinha desta forma. Deixe-me ser o seu protetor? — Novamente Kentin se manifestando. Esse garoto está cheio de intimidade para o meu lado. — Eu vou te encher de mimo e depois fazer cocegas porque eu gosto do ver o seu sorriso. Cadê aquele sorriso lindo? Cadê? Cadê? — Suas palavras eram demandas como se eu fosse um bebê.

Não aguentei e sorri, mas dei um soco na barriga do moreno.

— Ela está normal! — Disse ele, mas o grupo inteiro gargalhou. A voz do mesmo suou estranha. Fora por minha causa, gente. Sou perigosa, cuidado! A voz do rapaz estava estranha devido à falta de ar. Uh como estou poderosa.

— Vamos voltar a jogar? — Propôs Lysandre ao perceber que o clima voltara ao normal.

— Opa, é mesmo! Anne, vamos dar uma surra no outro time. — Kentin empolgadamente dizia. Já havia se recuperado. Eu sabia muito bem o que ele queria. Queria ver os seios das meninas pularem. Acham que me esqueci da conversinha. Pobres almas!

— Não mesmo. Agora, vamos ter o “nosso” momento. — Aclamou Rosalya destruindo o entusiasmo dos rapazes.

— Agora? — Questionou o branquelo.

— Isso mesmo. Quero conhecer mais a Anne. Vocês já tiverem um tempinho com ela, mas agora é minha vez. Vamos Anne! — Pegou meu braço e me levou para só deus sabe onde. Sequer deixou os rapazes dizerem algo.

Kentin e Lysandre ficaram para trás nos olhando partir. Eles não protestaram muito, pois, notei ambos caminharem de volta para a piscina. Haha! Os safadinhos vão atrás de peitos.

Num piscar de olhos estávamos na varanda atrás da casa. O som da música que tocava na piscina ficara até distante. Realmente, aquele lugar estava mais tranquilo. A única vista que tínhamos era de um muro branco. Provavelmente, ali era o final da mansão.

— Sente-se aqui. — Rosa me pediu.

A garota já estava sentada de pernas cruzadas sobre o chão. Resolvi fazer o mesmo e me sentei ao seu lado. Fiquei toda empolgada por Rosalya querer me conhecer melhor. Finalmente alguém se interessaria em ser minha amiga? Estava pensando muito a frente, mas queria me aproximar da branquela.

— Ei, vocês esqueceram-se de nós. — Alertou Charlotte ao lado de Violette aproximando-se de nós duas.

— Oh meninas, desculpe! Eu fiquei animada para conversar com Anne e acabei deixando vocês para trás.

Uau, eu como amiga próxima dela ficaria chateada por ser trocada. Embora, as meninas parecessem não se incomodarem com isto. Melhor para mim, não?

As duas sentaram-se próximas a nós e ficaram me observando. Até Rosalya ficou me encarando. Meu deus, o que foi agora?

— O quê? — Fiquei tão constrangida com a ação destas que indaguei. Afinal, suas expressões me diziam que elas estavam apenas esperando alguma confissão de minha parte. A carinha delas me dizia que já sabiam de tudo.

— Anne, pode falar para a gente. — Por fim, Rosalya me disse sorridente.

— Você gosta do Nathaniel não é?! — Charlotte afirmou aquilo mais do que questionou.

Olha a outra achando que sabe da minha vida. Pior que era verdade. Cacete!

A única coisa que eu fiz foi ficar sorrindo. Parecendo uma idiota sem ter o que dizer.

— Vamos! Pode nos dizer. — Insistiu Violette. — Não vamos contar a ele. Apenas queremos ter uma conversa de “amigas”.

Amigas? Aquela palavra tem um efeito muito forte sobre mim. Menina fofa, brinca com isto não! Porém se eu analisar, é este tipo de conversa que as mulheres compartilham, não? Isto faria delas minhas amigas? Mas nos conhecemos não tem nem uma hora. Ah mas não quero deixar esta oportunidade passar. Anne, você não está em estado de exigir tempo, queridinha.

— Mas como você conheceu o Nath? — Indagou Rosalya sem esperar por minha resposta. Ah caí entre nós, só um idiota para não perceber o que sinto em relação ao loiro.

— Você mora aqui perto? — Charlotte perguntou.

— Você trabalha a onde? — Agora, Violette.

Única coisa que tenho a dizer: Agora fodeu.

Alguém me tira daqui? Agora sim estou mais lascada do que antes. Eu sou uma mendiga. O que dizer para elas?

IMAGINAÇÃO MODO ON

— Eu sou uma mendiga, meninas. — Respondi-as serena.

As três ficaram em silêncio. Talvez, absorvendo a resposta. De repente se radiaram com o que eu disse.

— Oh Anne você é mais vida louca do que imaginei. — Elogiou Rosalya. — Meu deus! Você vive uma vida tão radical. Como é dormir sobre a luz do luar?

— Como é lutar para sobreviver a cada dia? — A moça bonitinha perguntou empolgada.

— Ah algum dia você poderia me levar para saber como você consegue comida ou roupas? — A caladona indagou aquela sentença exageradamente ridícula.

Flores voavam entre nós. Parte do pacote de minha imaginação.

IMAGINAÇÃO MODO OFF

Outra coisa que tenho a dizer: Que merda.

Fiquei tão depressiva que aposto que minha aura ficou obscura. Pois, Rosalya indagou:

— V-você está bem?

— Acho que estamos perguntando demais. Talvez, ela não goste de passar informações pessoais, meninas. — Charlotte tentando encontrar solução sobre minha depressão.

— Também acho. Rosa, você pergunta demais!

— Olha quem fala! Violette, você está muito danadinha.

Respirei fundo. Precisaria fazer aquilo. Faria para tê-las como amigas.

— E-eu sou atendente em uma padaria. Lá que eu conheci Nathaniel. Diariamente ele nos visita para comprar pão.

Eita, mas que mentira cabeluda. Entretanto, não consegui reunir forças para dizer a meninas sobre minha atual situação. Elas ririam de mim. Certeza! Todos riem e tiram sarro.

— E eu moro num apartamento acima da padaria. — Conclui aumentando mais a mentira. Mentir é feio, meu povo. Entendam minha situação, please.

Os olhos de Rosalya brilharam por eu ter passado essa informação (falsa). Ela pulou em mim e abraçou-me fortemente. Ok, mas por que isso? Oh será que ela realmente gosta de mim?

— Oh depois podemos marcar para ir a sua casa te ajudar.

Estão vendo como mentira tem perna curta. Olha a merda que fui me meter! E agora? Mas espera! “Ajudar?”

Sinceramente, fiquei sem entender o motivo pelo qual preciso de ajuda. Sendo que as meninas não sabem sobre a verdade. Oh céus e se elas souberem e estão fingindo que não sabem?! Tá, eu sei que viajei agora.

— Ajuda para quê? — Finalmente perguntei.

— Oh fofinha somos amigas, mas vou ser sincera com você. Suas roupas e também percebi que a senhorita não sabe se maquiar. — Rosalya, sempre direta.

— Essa sua roupa está ultrapassada, querida. — Charlotte abusando da minha paciência. — Estão rasgadas!

Certo, eu sei que são uma merda minhas roupas, mas palavras ferem. Cuidado com a forma que fala mulher!

Quando achei que os comentários sobre aquele assunto iriam cessar, a bonita da Violette diz toda sonsa:

— Err... Anne, não me leve a mal! Mas você tem um cheiro diferente.

Essa flecha acertou lá no fundo — no fundo mesmo. Pronto, fiquei ressentida. Qual é, para que comentar? Só porque não uso perfume e tomo banho aos sábados e olhe lá. Na verdade, tomo quando dá. Oh não! O Nathaniel me carregou em seu colo?! Meu deus, ele sentiu meu cheirinho sedutor. Tadinho!

— Violette! — Protestou Rosalya indignada.

Só pelo seu olhar percebi que ela desaprovou o comentário da menina. Charlotte também ficou sem jeito. Ah imagine eu? Nossa, minha cara ficou no chão. Jesus, essas meninas realmente acreditaram na minha mentira?

Por favor, que não comentem mais nada. Caso contrário, irei rodar a baiana aqui.

— Enfim, Anne... Eu sei que você deve estar assustada com a gente em cima de você desta forma. Porém, queremos te ajudar para conquistar seu gato. Não seria bom um empurrãozinho?

Será? Acho que na minha situação nem com isso dará muito certo.

— Deixem-nos ajudar-lhe? — Rosa insistiu.

Porém aquela expressão dela aqueceu meu coraçãozinho que já não via nenhuma esperança. Não conseguir lhe dar uma resposta negativa. Então assenti alegremente. A gente tem que arriscar, certo? Isto também seria bom para mantê-las comigo e nossas amizades se tornar mais forte.

— Quando podemos ir para sua casa?

De novo não!

Mordi o lábio. Aposto que meu desconforto era exposto em minha face. Também sou ruim com mentiras, ainda mais, quando ficam tentando encontrar brechas. Notei as meninas se entreolhares.

E para meu alívio, Charlotte disse:

— Que tal irmos para a casa da Rosa no sábado?

Nossa, meu coração ficou um alívio.

Sem eu perceber já estava tudo marcado. As meninas estavam animadas e logo conversavam entre si comemorando. Eu fiquei com um peso na consciência. Meu coração doía só de pensar em estar mentindo para minhas primeiras amigas. Sou uma péssima amiga, que legal.

— Anne, me passe o número do seu celular?

Outro sufoco. Eu inventei dizendo que tinha sido roubada e depois iria comprar outro. Elas novamente pareceram acreditar e sorriram. Enquanto eu fiquei com aquele peso enorme sobre os ombros. É, está foi à escolha que fiz. Terei que conviver com o peso crescendo em mim. Sinto que essa não será a única mentira que irei dizer-lhes.

Se mentira matasse eu já estaria um esqueleto porque meu deus!

— Anne, sorria!

Quando olhei na direção da voz das meninas notei que elas tiraram uma foto minha. Como a câmera não queimou? Jesus, sai com uma cara de mongol. Ah nem!

— Apaga isto, Rosa. — Pedi.

— Não mesmo. Essa foto será a recordação de você antes. Pois sábado que vem iremos te deixar linda e você verá a diferença.

Revirei os olhos, mas confesso estar entusiasmada. Afinal, seria algo diferente de se fazer. Espero que ocorra tudo bem neste dia.

[...]

Ficamos conversando, mas logo anoiteceu. Caramba, fiquei o dia inteiro na casa do Nathaniel. Nossa, o dia passou voando sequer percebi. Se eu estivesse na rua estaria dormindo, aposto. Enfim, resolvemos voltar para a piscina e a meninada que antes estava por lá havia diminuído. Parecia ter ficado apenas os amigos mais íntimos de Nathaniel, inclusive, o loiro estava sentado na beira da piscina abraçado com Melody.

Kentin e Lysandre estavam por lá ainda. Sorri ao vê-los. Pareciam estar discutindo sobre alguma coisa. Estavam de pé e o branquelo fazia uma cara de tédio, enquanto, o fortão falava o que só deus sabe. Aposto que era sobre seios, duvido nada. Nathaniel e Melody sorriam diante das idiotices de seus amigos debatendo.

— Melody não tem orgulho próprio mesmo, hein. — Comentou Rosalya. — O safado fica com várias meninas, mas depois corre para seus pés na primeira oportunidade. Para você saber, Anne, ela é a sua rival número um. Entre todas as galinhas que correm atrás do loiro, ela é a mais perigosa. Lembre-se sempre disto: “Ela faz de tudo para ficar com ele”

Escutei atentamente ao conselho de Rosa. Afinal, ela a conhecia, enquanto, eu estava por fora. Por hora, tomarei sempre cuidado com a bonitona bancando a santa.

Que o round comece! Trim!

— Ah a reuniãozinha acabou, né? Sentiu minha falta, Anne? — Kentin já foi falando quando nos aproximamos.

Ele veio com um sorrisão em minha direção.

— Estávamos apenas esperando vocês para irmos para casa. — Disse Lysandre.

— Desculpem-nos fazê-los esperar. — Rosa fez uma voz debochada nessa sentença.

— Ah vocês deveriam dormir aqui. — Nathaniel falava parecendo estar bêbado.

— Eu vou cuidar dele! — Melody manifestou-se e em seguida tacou um beijo no loiro.

Não entendi, mas nessa hora ela me olhou. Oxe, essa menina é doida!

Ah sua vaca mão amada. Tire as mãos do meu homem!

— Está vendo? — Murmurou Rosalya. — Ela sente que você é uma inimiga. Ela não age assim quando estamos apenas à gente. Ao contrário, ela fica bem na dela.

Ok, essa Melody é sinistra. Cismou comigo, mas ela tem que ficar de olhos bem abertos. Fica beijando meu marido. Cabrita! Mas quem rir por último rir melhor. Depois que eu chegar gostosa irei coloca-la no seu devido no lugar. Aguarde coisinha metida a besta.

— Então vamos? — Lysandre indagou. Pelo o olhar do rapaz parecia bem cansado.

Todo mundo estava exausto — exceto eu. Enfim, a galera reuniu-se e fomos até o portão. Kentin o tempo todo no meu pé. Esse menino gosta de me atentar. Porém, gostava porque poderia agir sem sentir-me constrangida. Apesar, que só de lembrar-me do meu cheirinho me faz querer enfiar a cabeça debaixo do asfalto.

Finalmente, estávamos à frente do portão preto da mansão. Nathaniel segurava Melody pela cintura. Oh vontade de bater nos dois. Esse safado também tem culpa. Fica me magoando, ele também merece uns castigos.

Um silêncio sinistro se formou entre nós. Gente, o que foi isso? Mas Rosalya, nosso anjo amenizou aquele clima, dizendo:

— Nath, você não acha que está se esquecendo de alguma coisa?

O executivo pareceu não entender o sentindo da frase. Ele fez cara de confuso e ainda indagou:

— Estou me esquecendo do que?

Tsk... Outra flecha me atingiu neste momento. Sabia muito bem do que se tratava o questionamento de Rosa.

Quando a branquela ia explicar indignada, alguém nos surpreendeu:

— Se desculpar com a Anne, cara. Você foi muito ruge com ela mais cedo. Ela tentou se desculpar e você praticamente a ignorou. — O tom de voz demandado por Kentin era sério. Gente, o homem tá sério! Ui, Ui...

Fiquei sem jeito por aquilo. Ai que vergonha! Dois machos tensos por minha causa. Nathaniel virou sua cabeça para olhar-me. Desta vez resolvi encara-lo também. Estava magoada. Então, trate de se desculpar direito senão...

— Desculpe, Anne. Hoje fiquei chateado, mas eu sei que foi um acidente. Me desculpe por agir como um estupido e ainda chama-la de idiota. — Ofereceu o sorriso. Aquele sorriso que eu gamo.

Ah seu tesudo! Vem para mamãe!

Como uma boba sorri para ele. Ah deus, devo estar parecendo um estrupício para o loiro sorrir enquanto me encara, mas continua sorrindo. O mais importante. O cão (Melody) revirou os olhos enquanto estávamos em nosso momento.

— Vamos entrar? — Perguntou Melody para o executivo. — Você precisa ver uma bela mulher para não ter pesadelos. Visto que você se deparou com algumas figuras hoje.

Indireta bem recebida. Fiquei de queixo caído. Oh vontade de virar uma arara e pular em cima dela. Que abusada!

Percebi Rosalya rosnar praticamente, mas Lysandre lhe lançou um olhar do tipo: “Não se intrometa”.

Meus dentes cerravam um no outro. Lembro que quando os dois adentraram, apenas, a sonsa teve a audácia de olhar para mim. Ah mas ela não foi sem nada. Mostrei o dedo do meio para a cabrita. Toma, cão! Ao acaso, ela arregalou os olhos e o portão foi fechado.

Escutei gargalhadas. Eram os três que restaste. Lysandre, Rosa e Kentin estavam surpresos com meu ato? Só sei que ri junto com eles.

— Anne, quer que eu te leve em casa? — Kentin estava sereno. Estranho, afinal, estou acostumado com suas brincadeiras. Sério não, estava com uma expressão de preocupado comigo. Assim, como Lysandre e Rosalya.

De novo não, senhor!

— E-eu moro duas quadras abaixo, então, não se preocupem. — Era verdade, a padaria era apenas a duas quadras. Então, caso eles ficassem olhando eu poderia fingir.

— Se você insisti... — Kentin pareceu decepcionado. Oxe, qual é a desse menino? — Espero que possamos nos encontrar novamente, Anne. Adorei te conhecer. — Novamente aquele sorriso radiante tomou conta de sua face.

— Quê? Não mesmo. Não quero te ver nunca mais, criatura. — Brinquei.

Novamente voltamos a rir.

Assim, meu dia inesquecível chegou ao fim. Os três adentraram no carro e foram embora. A Rosa quase me sufocou na hora do abraço. Tadinha, inalando meu aroma.

Como explicar o que estou sentindo? Sabe, foi uma solidão estranha quando aquele silêncio surgiu. Experimentar algo novo e ainda maravilhoso é difícil em se abandonar. Fiquei sozinha no meio da rua. O vento era meu único companheiro. Senti um nó na garganta, mas precisava manter-se.

Respirei fundo e contei até três. Dei meia volta e caminhei até o beco — meu lar.

Minhas coisas estavam jogadas. Sentei sobre o colchão e coloquei o Kit de maquiagem num cantinho. Aquela noite estava fria e me fazia lembrar sobre algo que tenho certo trauma. Quando olhei para o outro lado percebi dois homens me encarando — Eram eles.

Entrei em desespero.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Ou não? Deixem sua opinião. Motive o autor a continuar com seu trabalho ou ajude-o a melhorar. xD

Enfim, estou recomendando essa fanfic:
http://fanfiction.com.br/historia/519335/Imprevisivel/
Ahhh ela é da tia Abby, gente. Contém Nath como protagonista masculino e vocês vão amaar. #Garanto ♥
Beijos e até a próxima. *o*