Trick Of Fate escrita por WIND Flower


Capítulo 3
Um jogo trágico


Notas iniciais do capítulo

Olá, sentiram saudades?
Estou trazendo mais um capítulo e digo que morri de rir escrevendo. Não sei se acharão graça como eu, afinal meu senso de humor é estranho. KPSAKPSKAPSA~
Espero que gostem.
Ah e eu fiz este capítulo três vezes, todos os anteriores tinham rumos diferentes, mas achei este mais ligado com a história e típico de nossa protagonista.
Boa Leitura ♥



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O pão desceu rasgando. Aquilo doeu, cara! Fui virando a cabeça lentamente torcendo para que não existisse nenhuma alma ali. Quem sabe fosse coisa da minha cabeça? Mas não, tinha duas pestes paradas na minha frente. Uma é branca do cabelo laranja (ruiva, não sei ao certo que diabo de cor é aquela) e a outra negra do cabelo preto.

Ambas com um carão que dava até medo. Socorro!

Sendo assim, resolvi bancar a sonsa. Aprendi que em situações como esta é bom agir desta forma.

—É comigo? — Fiz aquela voz como se não tivesse ouvido nada.

— Sim! — Respondeu a morena toda nervosinha. — Cadê o Nathaniel?

Pela forma que a mesma indagou, deu a sensação que era guarda costa do loiro. Meu deus, para que tanta agitação?

— Ele está lá em cima. — Respondi confusa.

— Com quem? — Ambas questionaram juntas.

Opa, Opa! Estão me achando com cara de que? Stalkear por acaso? Essa palavra é familiar.

Com uma peituda oferecida do caralho. Era o que eu queria responder, mas em vez disto, eu disse:

— C-com uma mulher.

Jesus! O clima ficou bem mais pesado. As meninas trocaram olhares assustadores entre si. Nem quero imaginar o que estão tramando.

— Ah agora ele vai ver só! — Comentou a morena estralando os dedos.

Cuidado que a mulher tá feroz.

— Kim, ele está transando com alguma menina lá em cima?!

Acertou fofa.

— Não sei, Iris! Mas vamos descobri agora mesmo. Vamos lá fazer com que entenda que não se deve brincar conosco.

Elas partiram pisando forte. Eita, mas é hoje que o executivo apanha. E eu? Por um lado acho é bom. Quem manda ele me trair na cara dura? Relacionamento que apenas um sabe. Oh derrota! Pelo menos as tias baterão nele por mim. Fé, guerreiras!

— Nath, seu desgraçado! — Foi o primeiro grito que escutei.

Segurei o riso. Nunca tinha pensando que o pessoal rico fosse barraqueiro. Depois disto, comecei a ter uma nova visão de muitas coisas.

Alguns gritos continuavam lá em cima, podia jurar que alguém tinha derrubado algum móvel. Barraco, barraco! As meninas são barra pesada. Imaginei Nathaniel apanhando e pedindo socorro. Olha os pensamentos da pessoa, gente. Enfim, seria minha hora de brilhar? Poderia chegar lá como a mulher maravilha e botar ordem, então, o meu loiro iria vir para meus braços, me agradecendo. Sonhar mais um sonho. Depois nos beijaríamos e assim se casaríamos. Gostei desta parte. Viajando no meu mundo, esquecendo-me da realidade, ainda disse em pose de heroína:

— Espere por mim, meu amor! Estou indo agora mesmo te salvar. — Detalhe, a mãozinha estava no coração.

Como sempre alguém destrói meu mundo dos sonhos. Naquela hora não seria diferente. No momento mais constrangedor, alguém tossiu forçadamente atrás de mim. Imediatamente me virei e deparei com dois rapazes. Os tarados! Pela expressão de ambos, posso dizer que ouviram detalhadamente o que eu havia dito. Oh povo que só aparece na hora errada.

— Desculpe se atrapalhamos o seu momento de brilhar! — Disse o de cabelo branco.

Fiz bico (mania chata) e olhei para o chão. Estava com muita vergonha.

— Oh deixe-me apresentar-nos. Eu sou Lysandre e este é Kentin. — Apontou para seu amigo. A proposito parecia estar mais interessado na meninada que estava na piscina. Seus olhos estavam fisgados lá. Safadinho queria peitos que eu sei.

Então resolvi direcionar meu olhar para ambos. De fato, eram belos. Estavam com calções de banho. Lysandre vestia um azul com listas brancas e Kentin usava um preto com manchas vermelhas, mas o lado melhor era por estarem sem camisas. Ah, posso trair um pouco meu marido, né?

— Sou Anne. — Disse, por fim. Entretanto, fui bem ríspida. Não queria conversa com eles. Sei lá, não gostei deles. Intuição feminina?

O branquelo (Lysandre) pegou um espetinho e começou a comer. O fortão (Kentin) pegou uma lata de cerveja e degustou daquilo. Eu estava agoniada. Queria que eles saíssem logo dali e me deixassem. Já disse que para mim estes caras são suspeitos.

— Então Anne, quem você queria salvar? — Questionou Lysandre puxando assunto.

— Deve ser o Nathaniel. — Completou Kentin, como se fosse o dono da sabedoria.

Infeliz, como sabe?

Desta forma, o moreno prosseguiu com sua fala: — Ele é o que mais precisa ser salvo. A Kim e Iris foram lá em cima dar uma surra nele. Se fodeu! — Tomou um gole da cerveja e pensou durante alguns segundos para assim finalizar: — Pena que aquelas duas delícias só estão interessadas nele. Queria saber qual é o seu truque.

O truque dele é a gostosura. Oh menino lerdo!

— Elas lhe deram um fora? Uau, como você é rápido. Mas é sempre assim, ele tem a mulherada aos pés, lembra?

As duas pestes conversavam como se eu não estivesse ali. Ah que inferno! Ainda para piorar falavam de algo que eu não gostava. Ou melhor, não queria saber. Não precisava saber que o Nathaniel dormia sempre com uma mulher diferente em sua cama. Pelo menos foi isto que deu a entender.

— Mas mudando de assunto. Anne, você não quer me salvar? — Perguntou na cara dura, Kentin. Finalmente nossos olhos se encontraram e o sonso estava com uma expressão desagradável.

Cheio de intimidade. Não gostei.

— Vá catar latinha, meu filho! — Respondi indignada.

Tá vendo? Minha intuição acertou. Soltei um suspiro, demonstrando minha irritação.

Escutei risos abafados se formando. Eram Lysandre e Kentin que tentavam segurar-se. Enfim, não obtiveram muito sucesso. Logo ambos estavam gargalhando. Olhei irritada sem entender qual o motivo da graça.

Cruzei os braços e bati o pé esquerdo no chão, como tique nervoso.

— Vocês não tem nenhuma outra pessoa para atentar? Oh senhor, me dê santa paciência! Xô!

Os dois palhaços continuavam rindo. Gente, eles estavam até vermelhos.

Fiquei emburrada esperando aquela euforia passar. Finalmente quando voltaram para si, Kentin manifestou-se:

— Você é engraçada!

Só o que me faltava. Olha o que o garoto me diz. Mereço essas coisas, gente? Acham que eu sou a palhaça. Ah mas duvido nada, a maquiagem deve me dar essa aparência. Céus!

— Não vejo nenhuma graça no que eu disse para resultar nessa risada toda.

— Seu sotaque. — Explicou Lysandre. — Você tem um jeito diferente de falar. Desculpe, mas é muito engraçado.

Virei os olhos. Realmente, estava sendo castigada ali mesmo.

— Mas falando sério, Anne. Você não me daria nenhuma chance? — Insistiu Kentin com aquela conversa infeliz.

A criatura ainda pisca para mim. Oh Dó! Ele não tem o mesmo charme que o meu amor. Coitado!

— Menino, seu fogo pode ser apagado pelas meninas que estão na piscina. — Apontei na direção das peitudas. — Vai viçar pra lá!

Eles mais uma vez caíram na risada. Povo estranho. Tento afasta-los e parece que o efeito está sendo o oposto.

Já até consegui me soltar na frente deles. Peguei um pedaço de carne e comecei a comer. Pelo menos estava agindo como eu sou.

— Anne, que tal jogarmos vôlei? — Propôs Lysandre.

— Vem com a gente, vai ser divertido. — Disse Kentin entusiasmado.

— Não sei jogar isso não. — Respondi rapidamente, mas era verdade.

— Não tem problema, te ensinamos. — Continuou o branquelo.

Suspirei.

— Depois não reclamem se perderem. — Desisti e resolvi aceitar o pedido dos garotos.

— Oba! — Exclamaram juntos numa alegria.

Bom, pelo menos poderia aproveitar. Não tinha nada melhor para fazer e assim esqueceria um pouco de minha angustia em relação ao Nathaniel. Quem sabe isto resultaria em algo bacana? Não custa tentar.

Lá se foi eu acompanhada pelos dois bobões. Eles radiavam de alegria. Diziam como seria divertido praticar aquele esporte. Será que eu tive uma ideia errada deles? Percebi que não deveria levar tudo a sério sobre o que diziam. Pareciam dois palhaços que vivem na brincadeira. Depois de nossa pequena conversa, eles transpareciam até gostar da minha companhia. E sinceramente, estava gostando um pouco de ficar com eles.

Fiquei paralisada quando cheguei à piscina. Tinha esquecido sobre o detalhe de ter tantas garotas ali. Os olhos delas estavam fisgados em mim. Notei Melody á distância, ela me encarava serena. Pelo menos não estava com a cara de bunda de antes. Ufa, enfim os meninos explicavam sobre a ideia de jogar vôlei e pediram para me apresentar. Foi uma catástrofe. Falei tão baixo que foi necessário repetir meu nome umas quatro vezes porque o desgraçado do Kentin ficava me pressionando.

— Quem vai querer jogar? — Por fim, Lysandre perguntou a espera das interessadas.

Achei que ninguém iria querer, mas três garotas mostrou relevância pela proposta. Ótimo, agora estou lascada. Sou a única a não saber jogar, com certeza alguém vai se estressar comigo e me mandar para o quinto dos infernos. Eu sei que esse povo é sempre competitivo na hora de jogar.

As meninas vieram até nós e uma delas estava risonha na minha direção. Chegando próximo a mim ela já foi dizendo:

— Que menina mais fofa! — Apertou minha bochecha. — Prazer, sou Rosa.

Fofa? Eu pareço mais uma mulher das cavernas.

Ela era linda. O cabelo longo branco acompanhando o ritmo do vento. A mesma usava um maiô preto com uma mistura de roxo. Gostei dela de primeira vista, espero que minha intuição esteja certa.

As outras meninas se apresentaram. Uma se chamava Violette, parecia acanhada e estava com um vestido florido. A outra era Charlotte, vestia um biquíni branco. Enfim, pareciam ser tranquilas. Pelo menos não me olharam torto, então tudo joia.

O grupo fora formado. Os meninos nos levaram para uma parte mais adentro da mansão. Ficava atrás da casa, enquanto, caminhávamos eles conversavam sobre o time que ia ser formado e eu apenas observava o exagero daquele imenso lugar.

Enfim, chegamos ao destino. Minha boca fez um “O” completamente. Eram três quadras juntas. Uma de futebol, outra de tênis e por fim a quadra de areia. Fiquei admirada, se eu morasse ali iria aproveitar o máximo. Pelo que sei o Nath passa muito tempo no trabalho, acho que ele mal aproveita as magnitudes de sua própria casa. Claro, quando tem tempo fica atendendo o prazer íntimo. O ciúme fala mais alto, sempre.

Enfim, enquanto eu me perdia no meu mundo os meninos dividiu o grupo. Fiquei no grupo de Kentin e Lysandre. Não entendi muito bem, mas os grupos se dispersaram e juntaram-se para planejar suas jogadas. Eu fui até os meninos e quando cheguei, olha a conversa que me deparei:

— Ah eu amo jogar vôlei! — Disse Kentin com uma cara sonhadora.

— Eu percebi, mas ainda não entendi por que tanto entusiasmo? — Questionou o outro na plena calma.

— Por quê? Que pergunta estúpida Lysandre! Quando as meninas saltam para fazer o ataque ou ficam correndo atrás da bola, os peitos delas pulam. Ah eu adoro essa parte! — O tarado falando.

Ave Maria! Novamente, estou no meio de uma conversa constrangedora. Permaneci quieta, vendo até onde aquela merda iria.

— Olha o que você observa, Ken. Mas confesso que fico de olho nisto também.

Ah que tristeza! Pensei que o Lysandre fosse um pouco melhor que o tarado do Kentin, mas pura ilusão. Em vez de fazermos o plano, eles falam essas coisas.

— Eu queria pegar os da Rosalya.

— Uh só de imaginar fico excitado.

Minha paciência chegou ao limite. Não sei da onde tive coragem, mas eu gritei na direção das meninas:

— Ei, esses tarados em vez de estar fazendo o plano para o jogo, estão pensando em pegar nos seios de vocês. Meninas, cuidado! Tarados a solta!

— Anne! Que diabos esta fazendo? — Kentin protestou vermelho.

— Ken se eu for aí te arregaço a cara! — Rosalya deu o aviso.

Fiquei rindo ao ver os rapazes ficarem mansos sobre a ameaça da outra. Rapidinho eles mudaram de assunto.

Enfim, vamos ao que importa. Pouco tempo depois, o inicio do jogo foi dado e a desgraça veio à tona. Já era a terceira partida e os meninos tinham tentando me ensinar, mas eles me cobriam a maioria da vez. Porém Rosalya indignada pediu para deixarem-me jogar, e foi assim que a derrota grudou e não largou mais do meu time. Oh tristeza!

Lysandre e Kentin pareciam não se importar em estarmos perdendo. Todos ali pareciam se divertir e digo que quando era minha vez de pegar na bola, todos caiam na risada. Era um desastre, sempre errava.

Enfim, foi minha vez de sacar.

— Anne, pelo amor de deus. Acerte a bola em vez do ar! — Brincou Kentin.

Mandei língua para o infeliz.

— Não ligue para ele. Concentre-se que você consegue! — Disse a Violette. Oh ela disse algo. A voz dela era fina e calma. Bonitinha essa menina.

Só sei que fechei os olhos e tentei fazer direito desta vez. Joguei a bola pra cima e olhei na direção dela e posicionei minha mão para ataca-la. Sabe, tive a sensação que aquela ação estava em câmera lenta. Oh as ideias! Era como se todos esperassem para ver se ia da certo.

Pronto, peguei em cheio na bola. Ela pegou o rumo certo.

— Oh você conseguiu, Anne! — Elogiou Lysandre.

Eu gritei em comemoração, mas logo a decepção chegou. A força que usei fora demais. Resultado: A bola passou por todo o campo, apenas as cabecinhas acompanhavam para onde a bendita iria. E foi ela ser feliz. — Seja livre, querida! — Daí, surgiu uma cabeça ao longo do final do campo. Uma criatura andando na hora errada, distraída.

Não acredito que era ele!

— Nathaniel, cuidado! — Rosa alertou.

Ele escutou o grito. Na hora que virou para nossa direção a bola pegou em cheio na sua cara. O pobre do meu amor caiu durinho no chão.

— Jesus amado, eu matei o homem! — Olha o que o drama me fez dizer.


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Notas finais do capítulo

Mereço algum recadinho? *o*



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