Trick Of Fate escrita por WIND Flower


Capítulo 5
Palavras à soltas


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos e queridas leitoras.
Como estão? Aqui está mais um capítulo e espero que gostem. Sempre falo isto, né? xD
Motivo de inspiração? O novo capítulo de "Imprevisível" foi postado e eu fiquei animadinha. Abby-chan, love you ♥♥ - Arrasando sua linda. *o*
Enfim, este capítulo é "início" do AUGE para os acontecimentos reais da fanfic. *u*
Então, boa leitura ♥



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Aposto que naquela hora fiquei mais branca que a neve. Meu povo, eu tenho um medo desses homens. Para vocês terem ideia já me encontrava tremendo.

— Ora, ora se não é aquela mendiga barulhenta? — Disse o loiro alto e bronzeado. Dake, seu nome. Consigo lembrar perfeitamente.

Este continha uma aura de líder. É aquele tipo de gentalha que se sente bem ao ver o mal do próximo. Vestia um casaco de couro, uma calça jeans e um tênis. Seu sorriso de lado me causava arrepios de medo.

Permaneci quieta sem dizer nada.

— Bem que poderíamos terminar aquela brincadeira de antes. — Argumentou Jade, seu parceiro. Para onde a vaca vai o boi anda atrás. Deduzi isto por sempre encontra-los juntos. Tinha um jeito mais relaxado. Vestia uma bermuda marrom acompanhada de uma blusa preta e uma bota. Ele tragava um cigarro esperando minha resposta. Sabe, Jade é do tipo que existe apenas para lascar com tudo. É um mal amado!

— Estou ansioso para ver se conseguirá fugir desta vez. — Dake esboçou um sorriso perante a mim. Aquilo me fez estremecer ainda mais. Então, o rapaz solicitou para seu amigo:

— Jade, o seu cigarro ainda está aceso? Será um bom castigo para essa fedida. Acho que ela lembra muito bem do que nos fez.

Oh como lembro, mas não agi errado. Apenas dei o que mereceram.

Foi logo quando me acomodei naquele beco.

Antes, preciso informar que o beco onde nomeio meu lar fica num ambiente desagradável, digamos. Ali residem apenas pessoas de classe média para cima. Entretanto, a maioria são os milionários. A parte onde fico se encontra dentre várias mansões. Que ao acaso, estas duas pestes (Dake e Jade) moram em alguma destas.

Enfim...

Estava dormindo quando senti uma forte dor na testa. O que era? Pedras, meu povo. Estavam atirando-as em mim. Quando percorri meus olhos ao redor me deparei com os dois palhaços. Dake e Jade, perturbando a paz dos outros.

Levantei rapidamente, mas para meu azar os dois estavam a centímetros do meu colchão. Ou seja, correr necessitaria de uma velocidade anormal para fugir. Caí entre nós, uma sedentária como eu jamais conseguiria. Sabia apenas em olha-los que somente queriam se divertir. Sabe aqueles riquinhos que não tem nada para fazer e fica infernizando? São esses dois!

Desculpem, mas sempre tive essa visão das pessoas que tem dinheiro. Eles aparentam viver no tédio e qualquer coisa diferente parece entusiasma-los. Mesmo sendo errado e totalmente inaceitável.

Voltando...

Lembro que fiquei muito assustada. Nunca tinha sido perturbada daquela forma. Eles me machucaram! Na hora que dei um passo para sair, Jade me segurou fortemente. No dia seguinte a marca roxa em meu braço permaneceu. Por que escrevi isso? Para causar mais drama, gente.

— A onde pensa que vai, menina? A gente nem começou... — Dizia o fumante, Jade. Naquele dia também tragava um cigarro. Pois foi daí que surgira a ideia maldita.

— Oh que tal apagarmos este cigarro na pele dela? — O loiro que apresentou a ideia estupida.

— Dake, você tem uma mente única! Seria maravilho escutar o grito desesperador desta horrorosa. — Demonstrou agrado no conceito proposto por seu amigo.

— Anda logo com isso, Jade. Senão podemos ser pego pela policia.

Viram? Apenas queriam satisfazer um desejo doentio próprio. Eles não tinham nada contra mim. Por que fazer esse tipo de coisa? Por isso nosso mundo está da forma que estar. Olha o exemplo dessas pessoas.

E ambos prosseguiram com seu plano. Num piscar de olhos senti aquela ardência em meu braço. Resultado: Gritei e meus olhos encheram de água.

— Que garota barulhenta. Isto nem dói tanto assim! — Comentou Dake em desdém.

— Isso é engraçado. — Olha o comentário abestalhado do verdinho.

Porém, quando eles iriam continuar com aquele projeto contra mim, resolvi agir. Ah meu povo, virei à baiana. Não me perguntem como, mas consegui e agradeço aos céus por ter surgido àquela força em mim.

Meu maravilhoso pé foi em direção aquele trem que fica no meio das pernas dos homens. Acertei em cheio e logo Jade me largou. Ele me xingou de tudo que é nome. Menino da boca suja! Olha quem fala né? Entretanto, nem tive tempo em reparar nas palavras. Por quê? Não perdi tempo, gente. Voei para cima de Dake. Ao acaso, nem parecia aquele macho com aquela pose toda. Caímos em seguida.

Ah eu mordi a orelha dele e dei vários murros no mesmo. O loiro puxou meu cabelo, mas naquele momento não senti dor. Sorte! Enquanto o outro se mijando saiu correndo. Não sei ao certo do porque, mas ele se foi. Restando apenas eu e Dake que estava indignado pela ação do amigo. De repente olha o que ele me disse:

— Desculpe, desculpe... Prometo nunca mais te machucar.

Hum boiola! Rapidinho pediu socorro quando viu que eu era barra pesada. Cantem comigo: Sonhar mais um sonho.

E eu de burra acreditei naquelas palavras. Acabei deixando-o ir e desde então ficamos um tempo sem nos ver. Para minha felicidade, mas foi até hoje...

E o motivo de ter trauma e teme-los? Simples, aquela marca de cigarro esta em mim até hoje. Aquilo marcara minha ingenuidade, causando a decepção em ver que existem pessoas que só se sentem bem rebaixando os outros. Não existe desculpa para aquilo. Só de pensar no que eles teriam feito se eu não tivesse agido me causa pavor. E eu os temo porque sou apenas uma garota. Posso ter vinte anos, mas me considero ainda uma menina em tudo que é sentido.

É em situações como estas que me sinto frágil. Sem ter quem me proteger... Sempre me virando sozinha. Temo do pior me acontecer.

Gente, isto ficou dramático demais. Por favor, comece a tocar os pianos.

[...]

Ainda estava paralisada com os dois parados diante a mim. A expressão de ambos denunciava que eles iriam até o fim desta vez. E notei que os dois pareciam estar mais fortes. Os corpos estavam mais trabalhados mostrando que teriam malhado bastante. Só que tinha algo a meu favor do que não tinha naquela época. Poderia tentar correr.

— Está pronta? — Jade deu um passo na minha direção tirando seu cigarro da boca.

Corri. Mas rapaz, não sou trouxa! Fui em direção da saída o mais rápido que pude. Meus pulmões ardiam, mas prossegui. Sedentarismo é o cão, mal comecei e olha o meu estado. O que me causou mais pânico foi escuta-los:

— Atrás dela!

Gente, meu coração quase parou. Olhei para trás para confirmar se estavam me seguindo e, para meu azar estavam.

Passei pelo portão da casa de Nathaniel. Ainda pensei em tocar, mas os benditos me alcançariam antes do loiro me atender. Também deve estar ocupado. Duvido nada! Ai como é tenso ser ciumenta.

Então minhas pernas teriam que trabalhar mais. O portão preto ficara para trás e segui rua a cima. Voltei a olhar e Dake e Jade estavam cada vez mais próximos. Consequência das forças cessando dentro de mim. Já me encontrava ofegante, porém não desisti. Ainda não!

Deduzi que era mais de meia noite. Pois não tinha nenhum ser pelo caminho. Apenas carros e mais carros estacionados na beira do asfalto. Por fim, resolvi gritar:

— Socorro! Socorro! — O silêncio naquela rua era sinistro. Minha voz fez eco.

Para quem eu estava gritando, meu deus? Não teria ninguém para me salvar. Não, não era hora para ser pessimista. Acreditava que existissem ainda pessoas descentes. Um rápido flashback passou em minha mente. Nele constavam imagens de Rosalya, Kentin, Lysandre, Violette...

Seria pedir muito para ver algum conhecido destes?

Por fim, quando comecei a ficar sem ar e sem força para continuar meus movimentos foram se tornando lentos, mas tentei prosseguir. Aquela rua era longa. Ainda estava dentre as mansões.

— Oh como ela está assustadinha. — Debochou Dake.

Ele estava correndo ao meu lado (ao meu lado, gente!), assim como Jade do outro. Estava entre eles. Haviam me alcançado e não fui salva por ninguém. Olha o drama de novo! Balancei a cabeça para espantar os pensamentos negativos. Tentei forçar o corpo a algo que estava impossível. Um corpo que não se alimenta direito, entre outras coisas, iria te retribuir na hora que precisa? Acho que não.

Senti um pacto em minhas pernas e logo meu corpo se chocou sobre o chão. Jade passara uma rasteira em mim. Infeliz que tem o cabelo parecido com alface! Ainda unindo forças para olha-los percebi que ambos sorriam. Sempre sorriem!

— Agora é só ficar quietinha. Você vai apreciar.

Não deduzi quem fora que disse aquilo. Minha visão logo ficou escura. Fechei os olhos para sentir novamente aquela ardência. Naquela altura realmente achei que ninguém iria aparecer.

Mas Anne está com sorte!

— Que diabos estão fazendo? — Por milagre dos céus uma terceira pessoa surgiu.

Essa voz... Escutei essa última sentença e abri um de meus olhos e avistei Dake e Jade reclamarem e saírem correndo. Levantei rapidamente e ainda fiz pose de valentona gritando:

— Isto mesmo! Vão embora seus medrosos! — Olha a minha cara de pau. Brincando na corda bamba. Ok, isso foi um pouco forçado, mas eu sabia que a encrenca iria começar agora.

O destino é uma coisa sinistra. Nathaniel e Melody estavam parados me observando. A peituda estava com a cara do tamanho do mundo. Cara feia para mim é fome, querida. Ah como queria dizer isto, mas ainda vou dizer. Ah vocês verão!

IMAGINAÇÃO ON

Nathaniel empurrou Melody com força. A coisinha feia foi parar no quinto dos infernos e ele veio na minha direção. Segurou minhas mãos e em seguida foi palpitando cada região do meu rosto.

— Você está bem, meu amor? — Seu tom de voz era agudo. Ah como o homem estava preocupado.

— Estou sim. — Respondi toda sonsa.

Assim, nos levantamos e ficamos em pé um olhando no olho do outro. Tinha um vento forte batendo no meu cabelo. Ah o bichinho estava tão sujo que nem pode balançar no ritmo da ventania. Oh derrota! Nathaniel acariciou minha bochecha e disse:

— Fiquei preocupado, “Anne”. Achei que ia te perder!

— Me chame de “amor”. — Eu toda safadinha.

Ah como todo sonho é perfeito. Eu e meu amor nos beijamos ali. Era um beijo faminto. Eu praticamente engoli a boca do rapaz. Oh meu deus. Tadinho! A cena ficou feia, mas é o mundo dos meus sonhos, então, pode!

IMAGINAÇÃO OFF

— Anne, o que está fazendo? — Questionou o executivo me olhando confuso.

Jesus amado. Mais um mico para a lista. Estava com um bico formado na boca. Imaginem: Uma pessoa sozinha beijando o vento. Pois é, sou eu.

Comecei a sorrir sem jeito.

— Estava apenas treinando. — Foram as únicas palavras que veio na mente. Mas espera! Ui, isso suou como uma indireta para meu amor.

O que menos esperei aconteceu. Nathaniel começou a sorrir. Fiquei sem graça. Ele estava tendo aquela mesma crise de Kentin e Lysandre. Comecei a passar a mão pelo cabeço usando como desculpa que estava envergonha. Mentira, queria ajeitar a mata para ficar bonitinha.

—Por que eles estavam atrás de você? — Questionou Melody.

Ah ora essa! Por que está curiosa? Fingi que nem tinha escutado, mas Nathaniel se recuperou e em seguida fez a mesma pergunta. Maldição!

Fiquei encolhida pensando em uma resposta para oferecer, mas algo ainda mais surpreendente aconteceu. Melody me disse as palavras mais cruéis que um ser humano pode dizer a outro.

— Não me diga que eles queriam “brincar” com você? Algum homem ainda lhe ver como uma mulher? — Cruzou os braços e me olhou em desdém.

Sinceramente, não esperava por aquilo. Única coisa a dizer: Essa menina é uma praga! Fiquei calada observando a repugnância daquela sonsa. Não tinha respostas para aquilo. Além que ela falou algo na frente do rapaz que admiro. Poxa, fiquei com a cara no chão.

— Você fede, garota! — Depois disto a criatura ainda caiu na risada. Forever alone, pois sozinha sorria, coitada.

Meus dentes cerraram um no outro. Cara, que ódio! Nathaniel pareceu ficar pasmo com que a bendita disse. O olhar de reprovação era exposto em seu rosto. Meus punhos estavam fechados e tremiam bastante. Já estava contando mentalmente.

Um, dois, três, quatro...

— Não passa de uma moradora de rua que está interessada no dinheiro de Nathaniel. Até quando pretendia nos enganar? Ops, enganar não! Qualquer um que te olha percebe que não passa morta de fome, sonhadora e abusada.

O loiro iria pedir para Melody cessar com suas ofensas contra mim. Entretanto, minha ação fez com que a mesma se calasse. Dei-lhe um tapa em seu rosto. Fez até um estralo. Minha mão ardeu, mas não liguei. Pois sei que aquela ardência era resulta de que a esbofeteada tinha sito usada com toda minha força.

A bendita ficou de boquiaberta me encarando. Seus olhos azuis me fitavam indignada. Sua mão estava sobre o local que eu havia batido. Ela não disse mais nada depois disto. Agora, foi minha vez:

— Posso ser o que sou, mas nunca diga que estou interessada no dinheiro de Nathaniel. Jamais! O meu sentimento por ele é algo puro e sério. Saiba que tenho levado comigo há dois anos. — Os meus olhos encheram de lágrimas. Ela havia pisado no meu calo. Minhas últimas palavras saíram tremulas: — Tenha dignidade e me respeite por ser um ser humano como você.

Sempre fui ruim em palavras na hora das brigas. Não sei humilhar ninguém e muito menos, me satisfazer com aquilo. Porém, minhas palavras foram sinceras. Estava satisfeita em deixar claro minhas intenções com o executivo.

Oh droga! Acabei confirmando o que sinto em relação ao Nathaniel de uma forma crítica. Ah esse povo não segue o roteiro. Nunca que eu iria me confessar daquela forma. Rapidamente desviei meus olhos para o loiro. Ao acaso, me encarava com as sobrancelhas arqueadas. Jesus, este homem deve estar se perguntando o que fez para merecer tal castigo. Uma mendiga a fim de ti. É para rir sobre um trem desse.


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Notas finais do capítulo

Então, comentários? Adoro e sempre respondo eles com carinho. ♥
Até a próxima