Trick Of Fate escrita por WIND Flower


Capítulo 2
Um lado que não conhecia


Notas iniciais do capítulo

Hello, acabei de criar este capítulo. A inspiração estar a solta. Tenho que aproveitar, não? Espero que gostem! Fiz com carinho.
Ah mais um aviso ( Capítulo não revisado ) - Revisarei depois. T3T
Uma boa leitura, amores. ♥



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Nathaniel caminhava todo charmoso na minha direção. Uma aura brilhava ao seu redor. Esta parte era eu imaginando, mas ok. Só sei que continha um sorriso em seu rosto. Aquele sorriso era para mim, minha gente. Me levantei e fiquei toda sem jeito a sua espera, riso orelha a orelha. Não quero nem pensar como está minha figura. Tadinho do meu amor.

— O que estava fazendo? — Perguntou quando me alcançou.

— Ah eu? — Sinceramente, não havia entendido o questionamento.

— Sim! Você estava sentada no colchão de um mendigo? — Direcionou o olhar para minhas coisas. Socorro!

— Ah i-isso? Estava apenas... Olhando. Isto! Estava olhando porque o dono pediu. — Acabei mentindo.

— Você é bem boazinha. — Ergueu a sobrancelha analisando.

Não consegui olhar em seus olhos. Eles estavam fixados no chão. Apenas podia ver o tênis limpo de Nathaniel. Ao contrário dos meus que estavam rasgados. Maldito bazar!

Ele tossiu levemente.

— Enfim, percebi que Melody agiu de uma forma horrorosa contigo. Acabei conversando com ela e em nome de nós dois gostaríamos de lhe agradecer pelo que fez hoje. Fora um ato muito corajoso.

— O-obrigada.

— O que você quer? Pode pedir qualquer coisa que irei conceder. — Colocou uma das mãos na cintura. Um gesto de “Posso te dar tudo, querida”.

— Ah? Não! Não quero nada não. — Mentira! Quero você, tesudo!

— Que isso? Deve ter algo que queria. Vamos, pense! — Insistiu.

Por incrível que pareça pensei em me declarar para ele. Quem sabe fosse eclipsado por mim? Sonhar mais um sonho. Porém, algo acabou surgindo. O som da minha barriga. A sonsa roncou parecendo até um trator. Misericórdia! Fiquei envergonhada.

Nathaniel sorriu. Obviamente ao escutar o ruído sinistro.

— Siga-me! Já sei o que podemos fazer por você.

Deu as costas e caminhou. Resolvi fazer o que pediu. Fui logo atrás andando como um pato. A cada passo era uma dor maldita nos pés. Se brincar minha cara poderia estar roxa. Sabe, parecido com aqueles animes. Eu e meus dramas. Aquele calçado estava me matando. Eu procurava evitar fazer barulhos para Nathaniel não escutar. Apenas ficava de olho na bundinha sexy que ele tinha. Até babava, cara. Parei. Mas era linda e não tinha como não olhar. Só parava quando o mesmo me olhava para certificar se eu estava o seguindo. Será? Ou estava desconfiado da minha safadeza?

— Você está bem? — Parou e sua expressão estava preocupada.

— P-por que? — Santo deus! Ele vai achar que sou aquelas taradas doente.

— Porque você está mancando muito. Seus calçados lhe machucam?

Ufa, era só isso? Sou cismada. Nunca alguém se importou se eu estava bem. Resultado: Acabo mentindo sobre minha situação.

— Não! Que isso? Claro que não! — Aquele sorriso de ovelha surgiu. Ave Maria! — Podemos continuar?

Prossegui com o caminho. Agora, continha um sorriso assustador no rosto. Porque uma expressão sentindo dor e tentando parecer feliz não é uma bela combinação. Só sei que do beco para a mansão estava parecendo uma eternidade. Os xingamentos brotavam na minha mente.

Quando cheguei à saída do beco senti uma força me puxando. Jesus! Nathaniel havia me pegado pelos braços. Desta forma, ao me dar conta já estava em seu colo. Era quentinho, mas como toda moça deve agir, resolvi protestar. Porque não queria parecer uma safadinha aproveitadora.

— M-mas o que está fazendo? — Fingir estar incomodada. Sou uma bela atriz. Outra vez: Sonhar mais um sonho.

— Só em te olhar percebo que é bem teimosa. Não aguentei ver-lhe caminhando daquela forma. Assim, é mais fácil. — Piscou.

Oh homem tesudo! Derreti com a piscada.

Chegamos bem mais rápido ao portão. O que me fez bufar. Queria que demorasse mais. Por quê? Estava tão bom inalar aquele perfume doce e masculino. Confesso que cheguei a encostar o nariz no peito do mesmo. Entretanto, me afastei rapidamente com os olhos faltando pular para fora e o rosto parecendo um pimentão. Olha o mico! Neste curto tempo, nos apresentamos um para o outro. Ele até elogiou meu nome. Fiquei muito feliz em saber que algo em mim havia lhe agradado.

Enfim, estava dentro da mansão. No início havia o caminho do carro. Ao redor era verde. Um jardim lindo envolvia aquele lugar. Uma enorme casa branca continha no meio. A arquitetura era única. O teto era algo bem diferente. Em vez de se formar em triangulo, era reto. Ele me colocou no chão quando estávamos na varanda. Nathaniel falava várias coisas, mas eu estava fascinada. Era beleza demais. Não ouvia nada.

Estava no mundo dos sonhos. Finalmente tinha conhecimento onde ele passava suas noites. Fechei os olhos. Só eu e ele estávamos ali. Oh dó! Fui despertada de meus sonhos inúteis para a realidade. A pura realidade. Uns gritinhos irritantes me chamou atenção. Os segui e deparei com várias mulheres na beira da piscina. Inclusive, Melody. Estavam de biquínis. Exibindo aqueles peitões. Ave Maria! Só tinha peitos ali!

— Como não escutei essa barulheira? — Conversei perplexa comigo mesma.

Uma música tocava. Algumas dançavam e outras nadavam. Finalmente, eu vi dois homens. Só! Eram até bonitos. Um de cabelo castanho e o outro de cabelo branco. Eles estavam no meio da mulherada. Se achando o último biscoito do pacote. A cara de safado me dava ânsia de vomitar. Ambos conversavam e secava as meninas que passassem diante de seus olhos.

Cruzes! O que passava por suas mentes? Malícia!

— Pode comer! — Brotou Nathaniel me oferecendo um espetinho.

Babei ao ver aquela carne saborosa na minha frente.

— O-obrigada. — Aceitei.

Já mencionei que não tive a melhor educação, né? Assim, a bagaceira veio à tona. Não sabia o que era ter modos. Praticamente engoli o treco em segundos. Minha boca ficou até gordurosa e ainda chupei os dedos para limpa-los.

— E-estamos fazendo um churrasco. — Disse o loiro me observando — É muito raro todo mundo estar de férias ao mesmo tempo.

Como você está de férias e eu não sei? Bela Stalkear que sou! Derrotada...

— É bom passar um tempo com os amigos. — Comentei de boca cheia.

— É sim.

— Nath... — Surgiu uma voz extremamente fina o chamando. Vinda de dentro da casa.

Então, apareceu a dona. Estava pelada. Pelada, minha gente! Apenas usava uma blusa branca curtíssima (era mesma coisa de nada) e deixou a parte íntima à mostra. Que visão do inferno! O cabelo azul estava volumoso e os lábios carnudos avermelhados e algumas marcas roxas espalhadas pelo pescoço.

Não quero nem imaginar! Nem imaginar! Como foi a noitada...

— Você não vai voltar pra cama? — Indagou a menina abusada.

— Letty, eu disse para aproveitarmos o dia na piscina. — Respondeu na pura tranquilidade.

— Mas quero continuar o que estávamos fazendo na noite passada. — Fez uma cara de provocação direcionada para o loiro.

Alô! Estou aqui! Era uma das coisas que queria dizer. Naquela altura fiquei emburrada e ainda constrangida com a conversa de ambos.

— Já subo lá, tá? — Nathaniel finalizou e piscou para a bendita.

Sua piscada charmosa era para ser só pra mim, desgraçado! A outra peste subiu as escadas saltitando. Maldita!

— Desculpe por isso. — O sonso falando comigo.

— T-tudo bem. — Respondi cabisbaixa.

Suspirei. Notei que Nathaniel me observava. Talvez, notando as merdas das minhas roupas. Sei lá! Só sei que ele me olhou dos pés a cabeça.

— Que tal ficar para aproveitar o churrasco? Pode comer o que quiser. Assim, você faz novas amizades. — Apontou para as meninas da piscina.

Fiz cara de “Não, obrigada.”

— Ah vamos! Você vai se divertir!

Atrás dele pude ver uma mesa cheia de comida. O que me fez mudar rapidinho de ideia.

— Acho que posso aceitar. — Ofereci aquele meu sorriso sexy que vocês já sabem. (Ovelha)

Nathaniel estava me olhando atentamente. Apesar, do mesmo notar a minha situação naquela hora (Cabelo bagunçado, cara de palhaça, tênis rasgado) não exibia diferença. Refiro a me menosprezar. Sentia que ele me considerava uma mulher comum. Será? Então, resolvi criar coragem e pedir para que ele me fizesse companhia.

— Nath...Nathaniel. — Corrigi a tempo. — Você poderia ficar...

— Nath, estou esperando! — Aquela mesma voz fina surgira mais uma vez. Gritando sabe-se da onde.

O sorriso que ele mostrou foi bem diferente. Senti uma empolgação radiando sobre si. Desta forma, liberou suas palavras nas pressas:

— Desculpe, Anne. Tenho coisas para fazer. Pode ir para a piscina conhecer a galera, irão te receber cheios de simpatia. Certeza!

Praticamente correu dali. Subiu as escadas como um jato.

Fiquei parada apenas observando o vazio que havia ficado. Em seguida suspirei.

— Como você é boba, Anne!

O melhor era ir embora, mas a fome falou mais alto. Olhei novamente para a mesa com comida e fui até ela. Pelo menos iria sair com alguma recompensa. Bucho cheio! Tá, eu tinha tentado pensar no lado positivo daquilo tudo e ainda manter o animo. O meu jeito de ser, mas fiquei arrasada. Novamente, perdi a chance e ainda havia visto um lado do Nathaniel o qual não conhecia.

— “Onde ele passa suas noites” — Repeti — É mais fácil mudar esta sentença para “eles”.

Fiz bico para não chorar. Eu tinha direito de ficar triste por alguém que sequer sabia da minha existência horas atrás? Não, era muito orgulhosa para aquilo. Eu e minha mania de sonhar demais. Jamais percebi o quanto a vida do executivo era traçada por glamour e prazeres íntimos.

Pensei apenas na gentileza. Apenas na beleza física e sua maneira de se preocupar. Sabe as coisas que tenho? O lençol, colchão... Foi ele quem os deu. Claro, não sabe que eram para mim. Forcei Castiel a pega-los. Uau! Acabei escondendo quem eu sou e como vivo por alguém que nunca terá olhos para mim. Uma moradora de rua, ainda apaixonada por um milionário. Soa mais que sou interesseira, isto sim.

Entre alguns soluços fui comendo. Sim, na minha maneira de ser. Enchia a boca com gosto. Pelo menos aquilo era gostoso e poderia aliviar a dor que sentira. Tinha até esquecido que estava em um churrasco na casa do homem que amo. Só sei que naquele dia fiquei farta de tanto comer.

Enquanto engolia um pedaço de pão escutei:

— Ei você!

Mano, gelei.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?