Trick Of Fate escrita por WIND Flower


Capítulo 16
Descoberta


Notas iniciais do capítulo

Olha quem está aparecendo por aqui, pessoal! Oba, oba, oba!! *O*
Sentiram saudades? Pois é, como eu vi que muitas leitoras não desistiram de TOF, cá estou. Os comentários delas me ajudaram a escrever o capítulo de hoje. OWWWNT~
Sem contar que a música ELASTIC HEART da SIA me ajudou também. Viciada nessa canção, senhor! KSPAKSPAKSPKAP~

Gente, eu não revisei o capítulo. Sempre essa mesma ladainha, né? Mas fazer o quê... Para vocês não estranharem, caso se deparem com erros absurdos. UuU VERGONHA/

Vamo que vamo!!

Espero que gostem e se preparem para coisas que coloquei aí. G_G

Boa Leitura.

Vejo vocês nas notas finais ♥



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ANNE

Eu estava querendo rir e chorar ao mesmo tempo. Minha boca tremia e meus olhos se enchiam de lagrimas, resultado: Parecia uma doida varrida. O motivo disso, minha gente? Simples, será que eu tinha seguido corretamente o roteiro? Já comecei mal, pois assim que me apresentei como a secretária do Nathaniel, me lasquei. Esqueci o texto. Me borrei todinha naquela hora, meu povo. Culpa do loiro! Ficou me encarando daquela forma...

Antes de mais nada, isso é coisa da Ambre. Ela fez uma lista rigorosa de como eu deveria agir diante de seu irmão. Algumas coisas consegui decorar e outras agi por conta própria. Agora, estou aqui... querendo rir por ter gostado das reações do Nathaniel e chorar por ser uma secretária de merda. Povo rígido. Implicaram com tudo que eu fiz. Ora essa!

Despertei dos meus pensamentos quando ouvi Kentin entrar. Ele estava com um sorrisão. Seja quem fosse ao celular, deixou-o feliz.

— Curiosa sobre com quem eu conversava?

— Óbvio que não, meu fi. — Levantei do sofá, olhei a minha volta e nada de gritos. — Cadê o pessoal?

— Alexy e Lysandre devem estar em suas casas. Agora, Ambre e Castiel, não sei deles. — Kentin deu de ombros e sentou-se.

Achei estranho. Pensei que assim que chegasse em casa, todo mundo viria para cima de mim perguntando como foi o meu primeiro dia de trabalho. Não gostei. Era um dia importante e ninguém queria saber como foi? Senti-me jogada de escanteio. Que drama é esse, menina? Acho que estou perto daqueles dias infernais, pois estou sentimental e carente.

— Como foi o seu primeiro dia, Anne? — A voz de Kentin fez-me olha-lo — Conte-me.

Ele queria mesmo saber? Fiquei tão feliz com essa pergunta que sentei ao seu lado, contei tudo que tinha que contar. Devia estar parecendo uma bobona. Não fechei a matraca por um segundo, falei, falei e falei. Só parei quando o Fortão fez uma observação:

— Você falou só do Nathaniel, Anne. Quero saber como foi o seu dia e não o dia dele.

Refleti sobre as coisas que falei. Santa maria da misericórdia. Minha carência em contar sobre o meu dia, me fez passar por essa bagaceira. As coisas que contei para o Kentin, não era para ser contadas a ele, sim para Ambre. Senhor, que vontade de enfiar minha cabeça debaixo da terra.

Lembrei de algumas frases constrangedoras: O Nath trabalhando é tão sexy. Não consegui tirar os zói da bundinha dele quando levantava. Ele de roupa social é um pedaço de mal caminho... será que tem uma ponte por perto? Preciso me jogar, agora.

Meu rosto começou a queimar. Tentei formular uma desculpa porque a aura do Fortão ficou densa, escura, cheia de raiva..., contudo, meu cérebro fritou e não consegui dizer nada. Burrice 10 x 0 Anne. Fiquei com a cara de sonsa até que Kentin levantou-se e disse:

— Pelo visto, seu dia foi muito bom.

— Até que foi...

Ele me olhou, incrédulo. Até eu fiquei surpresa por admitir. Tinha sido bom, em partes, mas tinha gostado e não mentiria. Ora bolas! Contudo, o infeliz não me deixou terminar, pois disparou:

— Ótimo! Continue sendo feliz enquanto brinca de secretária, mas depois não apareça chorando quando descobrir que isso não passa de uma farsa. — Saiu pisando forte. Impressão minha ou ele estava com raivinha?

Não entendi a do Boy, muito estressadinho para o meu gosto. E eu não estou brincando de secretária. Oras! Com o tempo, vou conseguir me aperfeiçoar. Foi o que a Ambre disse e acho que o Nath pensa o mesmo. Se eles acreditam em mim, então acredito também.

Fiquei sozinha na sala. Não aguentei permanecer ali por muito tempo. Puro medo. Aquela casa era enorme e sem ter a companhia dos outros, comecei a pensar nas histórias de terror que Castiel me contava. Rapidinho me levantei e fui para o segundo andar.

Caminhei pelo corredor bancando a Adele. Cantei todo tipo de canção para me distrair; até que percebi que minha voz parecia o grito de uma foca sendo enforcada e me calei. Voltei a pensar nas merdas que Castiel me contava... Espera. O Castiel! Bem na hora, passei em frente ao quarto que ele ficava. A porta estava alguns centímetros aberta, porém a luz não estava acesa. Repleta escuridão, mesmo com o cu se trancando de medo, resolvi espiar pela brecha.

Nada. Não consegui ver nada. Empurrei um pouco a porta e o campo da minha visão ficou maior. A luz da lua banhava metade do quarto, graças a esta consegui enxergar nítido. Meus olhos percorreram o cômodo e pararam na cama. Tinha uma silhueta estranha. Aquilo me chamou atenção. Forcei mais meus olhos, pensei em sair correndo, mas comecei a entender a forma da silhueta e me engasguei com minha própria saliva... diacho!

Era Ambre e Castiel, os safadinhos estavam se beijando. Fiquei congelada, observando-os. Eles nem tinham me notado, pois continuavam com o ato. O ruivo até que mandava bem. Pensei que esse abestado nem sabia beijar. Ele controlava a situação. Beijava Ambre com gosto, acariciava o cabelo dela e percebi mãozinhas bobas de ambos os lados. Estou passada! Aquilo estava se tornando sinistro demais para ser observado, então resolvi me mandar e fui direito para o meu quarto.

— Desde de quando eles vêm fazendo isso?

E agora? Não sabia como agir quando os encontrassem. Fingiria que não sabia de nada ou perguntaria? Poxa! Ambre sabe de tudo sobre mim e eu nem sabia que ela pegava o meu melhor amigo. E Castiel não se safa também, ué. Ele nem me disse nada. Que babado!

Era tanta coisa para absorver. Tomei um banho para me acalmar. Agora, limpinha, com uma camisola confortável, me joguei na cama e comecei a pensar.

Engraçado que o beijo dos safadinhos dos meus amigos se tornou segundo plano, pois pensei em que estava me metendo. Fazendo joguinhos com o Nathaniel. Ambre disse que toda mulher faz esses jogos com os seus amados, entretanto é isso que eu quero? A loira também disse para ser difícil, não bancar a carente e não correr atrás. Está óbvio que ainda sinto algo por ele, e esse sentimento ainda é forte; visto que faço coisas sem pensar quando se trata desse executivo charmoso do caralho. Minha conversa com o Kentin fora a prova. Oh derrota.

— Por que a loira sempre me diz o que fazer diante do seu irmão? — Questionei-me, afinal era um detalhe para ser analisado. Me achei escrevendo isso.

“Continue sendo feliz enquanto brinca de secretária, mas depois não apareça chorando quando descobrir que isso não passa de uma farsa”.

Fora o que Kentin me disse. Será que tinha algo de errado em meu “eu normal”? Agindo da forma que sou, não seria uma boa secretária, ou pior, não seria digna de ser a dona do coração do Nathaniel? Olha o drama na segunda parte. Por isso, Ambre diz como devo agir e até o que devo dizer em certas ocasiões? Era praticamente ser como outra pessoa...

— Chupalabahouse! — Digo isso quando penso besteira, gente.

Tira essas besteiras da mente, Anne! Comecei a ficar com dor de cabeça, sendo assim, parei de pensar. No silêncio profundo do meu quarto, acabei pegando no sono.

~x~

6h:30min, estava saindo do banho quando me deparei com Ambre sentada na minha cama. Congelei no mesmo instante, pois me lembrei da cena de ontem à noite. Cacildes! Devo jogar na cara dela que a vi com o Castiel? Meus pensamentos estavam em guerra, mas voltei a si quando percebi um sorrisinho diabólico a vista. A diaba estava aprontando. Sua última travessura deixou-me traumatizada. Opa, opa, opa... tem algo estranho, ela ainda estava de camisola.

Pela minha expressão, aposto que a loira notou o que me incomodou, então explicou:

— Hoje não vou poder estar ao seu lado na empresa, amiga. Tenho um compromisso.

Sem querer querendo, minha mente perversa pensou em coisas maliciosas a respeito de Ambre e Castiel. Socorro, hoje não estou podendo comigo.

— Tudo bem. — Eu disse, contudo não consegui esconder minha insegurança.

— Você vai se sair bem, nega! — Ela assegurou e eu me senti melhor. Acho que por gostar demais dela, apenas essas palavras me confortaram. A loira prosseguiu: — Hoje você vai arrasar e deixar todos de queixo caído.

Não entendi essa última parte. Arrasar como, criatura de deus? Só se for arrasar na desgraça alheia.

— Separei a sua roupa de hoje, e você vai usar salto!

M-I-S-E-R-I-C-Ó-R-D-I-A

Sem me deixar protestar, continuou:

— Nem adianta reclamar, Anne! Ontem eu aliviei e deixei você ir de sapatilha, mas hoje você vai sambar na cara daquele povo.

Fiquei observando aquela pessoa. Não estava crendo no que estava ouvindo.

— Você tem meia-hora para aprender a andar no salto, amiga. Força!

~x~

Palhaçada.

Levei dez minutos para descer a escada. Quando cheguei na sala, me deparei com essas peças raras: Alexy, Castiel, Kentin e Lysandre, todos com os olhos cravados em mim. Senti vontade de esbofeteá-los quando eles, exceto o Ken, começaram a rir. Inferno!

— Tem algum palhaço aqui, seus animais? — Indaguei furiosa.

— A Nanica andando de salto está parecendo uma minhoca. — Comentário ridículo do nosso ridículo ruivo do capiroto.

Pior que eu parecia mesmo. Nem tive força para responde-lo. Enquanto olhava-o, parecia que eu não o via a semanas. Senti uma enorme distância entre a gente e isso me deu um aperto no coração. Ele parecia mais homem. Pelo menos, Ambre estava fazendo bem a ele, em segredinho, mas estava.

Castiel veio em minha direção com um sorrisão que não combinava com o seu rosto.

— Está cheirosa. Parece até gente! — Elogiou quando se aproximou. — Deixa eu te dar um abraço, Nanica! Estou muito orgulhoso por você. — Ele ia me abraçar, mas bem nessa hora me veio a imagem dele e Ambre se beijando, e não sei porque acabei me afastando e ainda exclamei irritada:

— Não chegue perto!

Castiel arqueou as sobrancelhas e perguntou baixo:

— O que foi, Anne?

Nem eu sei, meu filho. Agora, um clima estranho pairou sobre nós e os demais que nos observavam em silêncio.

— Não foi nada. Não tenho nada. Estou ótima! — Respondi ríspida e fui para a porta.

— Espera, Anne! — Kentin pediu.

Não esperei, apenas queria sair daquele ambiente. Aquele clima estava me sufocando. Agora, por quê? Por que eu estava chateada com Castiel?

Quando sai da casa, me senti até melhor. Estava na varanda quando Kentin me alcançou.

— Tudo bem? — Perguntou-me.

Assenti. Respirei fundo. Da onde está saindo esse estresse todo? Nem estava conseguindo me entender.

Kentin olhava para mim com olhos preocupados. Será que eu aparentava estar tão mal assim? De qualquer forma, o Fortão deu o tempo necessário para acalmar-me. Fiquei grata por sua atitude.

— Obrigada.

Ele segurou minha mão e a acariciou com o seu polegar.

— Estou aqui e sempre estarei, Anne.

Sorri, apenas isso.

— Vamos? Eu vou leva-la para o trabalho.

Caminhamos até o portão em silêncio. Kentin não tirava os olhos de mim e isso me deixava desconfortável; até que saquei que o Fortão esperava por atitudes minhas que demonstrasse que eu estava, de fato, bem.

— O que está olhando, mermão? Quer que eu meta meus dedos em seus olhos para parar com isso, quer?

Ele sorriu.

— Não consigo controlar. Não consigo tirar os meus olhos de você porque és linda.

Lá vem ele com esse papo doido. Por isso que passei a não gostar de ficar a sós com esse Boy. Saudades de quando a nossa conversa era natural e não chegava a essa parte estranha que não sabia lidar. Resultado: Fiquei em silêncio. O que diabo responderia? Céus! Seria um longo caminho até a empresa.

~x~

Quando Kentin estacionou o carro, perguntei:

— Que horas?

— 7h:40min.

Não consegui evitar, gritei:

— Como assim, cara? Estou atrasada!

Kentin arregalou os olhos, este ia dizer alguma coisa, mas sai às pressas do carro e mal me despedi. Foi mal, brow! Lá fui eu, parecendo uma pata andando. Esqueci até que estava de salto, apenas queria chegar e torcer para que ele ainda não tivesse chegado.

Passei pela recepção na correria do caramba.

— Bom Dia, Sr. Anne. — Cumprimentou o carequinha, Charles. — A onde vai com tanta pressa?

— Belos saltos, amiga! — A outra, Suellen, achando que tem intimidade comigo.

Se fecha, filhote de urubu! Essa aí se acha com esse cabelo de pixaim.

Nem respondi. Falta de educação, mas ontem quando os vi pela primeira vez, meus extintos gritaram: Fique longe! Ou seja, já estou ciente que não devo confiar nessas duas pestes. Meu sexto sentindo costuma acertar. Mentira danada!

Assim que entrei no elevador, antes da porta se fechar, avistei os dois cochichando e quando olharam para mim, começaram a rir. Vontade não faltou para mandar o dedo do meio para esses infelizes. Me aguardem, o que é de vocês está guardado! Ui, a bicha é poderosa!

A porta do elevador se abriu, me achei a Beyoncé enquanto adentrava no meu andar, faltava apenas o vento batendo na minha mata. Contudo, charme de pobre dura pouco, comecei a perder o equilíbrio em cima daquele maldito salto. Fui andando com as varetas das minhas pernas parecendo duas molas, mas me mantive em pé.

— O que tu tem, mulher? — Armin, perguntou ao ver a minha presepada para se manter em pé. — Está perdendo as forças nas pernas? — Ele não conseguiu segurar-se e começou a rir, porém veio me ajudar a equilibrar-se. Pelo menos isso!

— Homem, o diacho desses saltos! — Reclamei, mas me apoiei nele.

Enquanto ele me levava até a cadeira que estava anteriormente sentado, disse:

— Então por que veio de salto, Sr. Anne?!

— Eu não sei... —Nem consegui terminar de falar, pois comecei a rir.

Estava rindo para não chorar, tudo acontecia comigo. Armin me olhou por alguns segundos, acho que vendo a bagaceira da minha risada de ovelha, porém depois ele começou a rir junto comigo. Parecíamos dois dementes rindo de que só deus sabe o quê. Pelo menos, éramos dois idiotas felizes.

— O que está acontecendo aqui? — Era Nathaniel e o Boy estava sério.

Meus olhos se arregalaram. Meu deus, esse homem já está aqui? Eu e o Alexy moreno paramos de rir rapidinho. Engoli em seco, me levantei, mas novamente não consegui me controlar nos saltos e sentei novamente. Não ia bancar a minhoca em pé na frente do outro.

— A Srt. Anne está com dificuldades para andar no salto, Chefinho. — O moreno tentou explicar sério, mas estava falhando.

Nathaniel suspirou.

— Srt. Anne, quero você na minha sala. Agora! — Ordenou e saiu.

Ficou um silêncio cabuloso. Pronto, acabou o clima de idiotas felizes. Fiz bico e olhei para o Armin.

— Por que está me olhando assim, menina? — Ele me ajudou a levantar-se.

— Ele vai brigar comigo. Viu a forma que ele falou? — Desabafei, mas me assustei com a forma do loiro falar.

— Ora, não esqueça que ele é o chefe. Mas não se preocupe, isso não é nada, minha filha. A fera que te espera lá dentro é o que vai te dar medo mesmo.

O infeliz me deixou pior. Procurei reunir coragem e fui para a sala na melhor pose possível. Nem queria imaginar como estava a minha figura andando naquele trem. Senhor, tenha piedade da minha pessoa. Quando adentrei, não vi ninguém.

Estava prestes a voltar, mas pelo canto do olho percebi que tinha um ser ao meu lado, era Nathaniel. Ele estava encostado na parede, pelo visto, à minha espera. Entre todos os cantos da sala, preferiu ficar ali. Oh ser humano estranho.

Estava de braços cruzados e parecia não estar de brincadeira. Seus olhos de mel se encontraram com os meus.

— Precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

Chupalabahouse! Gostaram?
Gente, e esse final? Será o que o Nath vai dizer para a Anne? O que vocês acham? Será bronca? ELa chegou atrasada e ainda fazendo palhaçada com Armin na empresa. Eita~

E o Castiel e Ambre? Nossa, que babado! E a reação da Anne com o ruivo? O que vocês acharam também sobre isso? Ela parece que não está sabendo lidar com a situação. Será que essa descoberta vai abalar alguma coisa? Nossa~ Cada coisa!!

Conte para mim, please~
Aguardo comentário

Lembre-se: Vocês, leitores, me inspiram! :***