Um Sonho a Dois escrita por Mary Andrade


Capítulo 8
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

Boa Sexta Feira!!!
Obg a quem favoritou :**
Boa Leitura!



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Não sabia ao certo em que isso ia dar, mas toda ajuda agora era bem vinda, passei em frente a praça e ela estava lá com mais pulseiras do que o braço permitia.

– Então irmã, para onde vamos?

– Vamos capturar o bandido que acertou o Killian - ela me olhou sem entender e eu pisei no acelerador.

Dirigi até os limites da cidade e parei o carro, e entregando o mapa e um retrato falado do bandido.

– Consegue sentir alguma... Coisa vibrar ai olhando para essa foto e o mapa?

– Emma as vibrações não funcionam assim, e confesse você não me chamou aqui para ajudar a pegar um bandido porque eu sei que isso você faz muito bem sozinha, você quer minha ajuda para conseguir forças e encarar seus verdadeiros sentimentos, a propósito por mais que esse muro que você construiu esteja cheio de receios e mágoas acredite, ainda há boas pessoas no mundo e são capazes de entender nossas escolhas.

– Do que você está falando?

– Seu segredo é só seu Emma, mas nós podemos achar uma solução para ele deixar de ser um fardo pesado a se carregar.

– Eu te chamei aqui para me ajudar a capturar o marginal que atirou no Killian, só isso.

Ela segurou bem o mapa e fechou os olhos por um instante.

– Ele não saiu da cidade, e pela minha experiência ele deve morar próximo a delegacia já que foi um caso de oportunidade e não premeditação

Olhei para ela e acenei positivamente antes de dar partida no carro de volta para o bairro ela permaneceu em silêncio até eu parar o carro em uma rua por trás da delegacia e descer.

– Você não precisa vir já ajudou muito, daqui pra frente eu cuido sozinha - falei quando a notei me seguindo.

– Não precisa fazer isso sozinha irmã, sei que está ferida e quer justiça pelo que ocorreu ao policial mas não coloque seus sentimentos nesse trabalho para não arrepender-se das decisões.

Guardei a arma e toquei a campainha de uma casa onde eu tinha quase certeza que ele morava devido as informações e uma senhora muito simpática abriu a porta.

– Pois não filha - ela me olhou com aquele olhar doce de vovó que vai oferecer um doce de leite a qualquer momento, mas mantive a postura.

– Conhece esse homem? - Mostrei o retrato falado.

– Meu neto, aconteceu alguma coisa com ele?

– Preciso que a senhora me diga onde ele está.

– Ele está na construção, ele é muito batalhador e vai se casar daqui alguns meses antes do bebê nascer, ele mesmo está construindo a casa.

Engoli seco e continuei.

– Pode-me dizer onde fica?

Ela me deu as coordenadas eu entrei na viatura deixei Alicia lá preparando a vovó para o que estava por vir e fui ao seu encontro.

Cheguei a construção e vi um rapaz aparentemente jovem carregando uns tijolos e abordei.

– Não reaja, mantenha as duas mãos na cabeça.

Ele virou-se e me encarou,vi o medo estampado em sua face e abaixei a arma.

– Você vai vir comigo até a delegacia - algemei-o e sem reação nenhuma ele entrou na viatura.

Liguei para Ruby e ela pediu para que eu voltasse ao hospital, enquanto ela interrogava o suspeito e assim o fiz, larguei o indivíduo por lá onde a sua avó já estava aos prantos sendo consolada pela Regina, Graham deu inicio ao interrogatório até a Ruby chegar, fui de farda mesmo e o rabo de cabelo desmanchando para o hospital, queria muito ter notícias dele.

Nem bati na porta entrei de vez e ele estava dormindo, me aproximei devagar e aproveitei seu estado de serenidade para afagar seus cabelos, já que não podia fazer isso com ele acordado, seus cabelos eram macios, fui descendo a mão pelo seu rosto a barba mal feita roçando entre meus dedos mas interrompi o carinho quando ele suspirou.

– Killian - chamei baixinho e ele abriu os olhos ainda sonolento.

– Swan, a Ruby me falou da loucura que você fez - ele alcançou a minha mão que estava pousada no seu ombro e pegou de leve levando aos seus lábios. - Obrigado! Mas não precisava ter se arriscado tanto por mim - ele falou depois que beijou o dorso da minha mão.

– Eu teria feito por qualquer pessoa - tirei minha mão das dele e me afastei do leito sentando na cadeira ao lado.

– Mesmo assim obrigado.

– Você só veio parar nessa cama porque foi me proteger.

Ele sorriu fraco e estendeu a mão para mim, não podia negar então a segurei.

– Sabia que você fica linda com esse cabelo bagunçado, uma pena que não fui eu quem baguncei - ele me puxou para mais perto dele e eu sentei na beira da cama.

– Geralmente nas festas da delegacia tem dança, e eu queria muito dançar com meu amigo - falei dando um abraço de leve nele por causa dos aparelhos que ele usava e quando olhei em seu rosto ele estava chorando.

– Estou com medo Emma - ele falou sincero e dei um beijo no topo da sua testa.

– Não precisa ficar, nós estamos aqui todos os seus amigos estão aqui para te ajudar, e sua família...

– Não, não quero que incomodem minha família por isso - ele falou sério - se eu tiver você eu já fico feliz - ele pegou as pontas do meu cabelo e enrolou nos dedos.

– Meu cabelo não está limpo, eu andei por lugares que você nem queira imaginar e suei bastante - eu sorri e já estava me aproximando novamente do rosto dele quando a enfermeira entrou.

–Sr. Jones, vim levá-lo para sua primeira sessão de fisioterapia, e sua namorada pode acompanhar.

– Não, eu não sou namorada dele, só amiga - falei constrangida.

– Desculpe-me, pode acompanhar seu amigo se ambos desejarem.

Ele me olhou pedindo por isso e eu aceitei, aquela definitivamente não era eu, depois de tudo o que passei como posso estar tão confiante assim.

Ela entrou com uma cadeira de rodas e pediu minha ajuda para ele se apoiar e sentar e eu fui empurrando a cadeira até a sala e em nenhum momento ele quis soltar a minha outra mão.

A sessão foi tranquila, aproveitei a concentração dele e fui para o canto da sala ligar para Regina.

– Alguma novidade?

– A Ruby e o Graham levaram ele para o presídio e acho que vão demorar por lá, e por aí?

– Killian está fazendo fisioterapia.

– Manda um abraço para ele.

– Mando sim - eu ia continuar a conversa mas a fisioterapeuta estava me chamando - tenho que desligar.

– Okay.

Cheguei perto deles e Killian sorria como criança.

– Aconteceu alguma coisa?

A fisioterapeuta pediu para Killian repetir o movimento e ele conseguia mexer os dedos do pé.

Eu involuntariamente pulei em seu colo e dei um abraço forte.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem ;)



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