Um Sonho a Dois escrita por Mary Andrade


Capítulo 7
Capitulo 7


Notas iniciais do capítulo

Bom dia!!
Boa segunda Feira!
Boa leitura :*



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Eles me levaram a um corredor frio e esperei eles abrirem a porta para que eu entrasse, e lá estava ele tão frágil nem parecia aquele imponente Killian Jones, mas a ficha só caiu quando ele virou o rosto e me olhou, continuei andando em direção ao seu leito e ele me seguiu com os olhos até sentar na borda da cama.

– Gosto dos meus amigos vivos - falei segurando o choro

– As mulheres são burras, e seu eu não tivesse lá para defender aposto que seria menos uma cliente para os Shoppings.

– Você não pode ser o herói do mundo Killian - falei tocando rápido na sua mão.

– Não me arrependo, eu faria de novo e de novo.

– A mulher era gostosa? - Tentei amenizar o clima.

– Não sei, ela está fazendo jogo duro comigo - ele me olhou sério.

– Killian, essa mulher por acaso era...

– Você.

– Não pode ser.

– Vocês não acham nada dentro da bolsa e ficam horas paradas em frente ao carro procurando, só isso já burrice é suficiente, agora fazer isso no meio da chuva com o apagão na cidade é suicídio.

– Eu... Eu não vi ninguém me seguindo.

– E não estava mesmo, ele aproveitou a ocasião, ia te assaltar e sabe lá mais o quê - ele fechou os olhos ao falar a última frase.

– Você estava desarmado, não podia ter feito isso.

– Preferia ser estuprada? A propósito não precisa agradecer.

– Desculpa, na confusão eu nem te agradeci. Obrigada.

– Aceito um beijo, ou uma noite quente de amor como pagamento também.

Eu sorri e admirei a coragem dele em fazer piada até nessas situações.

– Como você está?

– Bem apesar da anestesia não ter passado ainda.

– Claro que passou Killian,se não você não estaria falando

– Eu ainda não sinto minhas pernas e... - ele levantou a bata que usava e eu virei o rosto com vergonha

O médico provavelmente ainda não tinha falado com ele sobre a paralisia.

– Deve ser reação pós operatória, relaxe.

Ele olhou preocupado para mim e falou.

– É, mas eu vi que mesmo sem sentir, meu corpo ainda reage da mesma maneira quando olho para seu corpo - ele mostrou o volume sob a bata e eu corei.

– Err... Por falar nisso é melhor eu ligar para Ruby e avisar que você já está acordado.

Antes que eu pegasse o celular ele segurou meu braço.

– Não, me deixa ficar curtindo você um pouco, já que não podemos ir para a segunda base então deixa eu aproveitar da companhia da minha amiga loira e linda - ele sorriu e eu me aproximei do seu rosto e acariciei.

– Vai ficar tudo bem, Killian - acho que me aproximei demais, eu estava sentindo a respiração pesada dele, o hálito quente e só percebi o que estava prestes a acontecer quando ele fechou os olhos e entreabriu os lábios, o que eu estava fazendo queria corresponder aquele beijo também mas antes que nossos lábios se tocassem ouvi uma voz familiar entrando no quarto.

– Meu amor, ainda bem - Ruby praticamente me empurrou de cima dele e cobriu ele de beijos, posso dizer que senti uma pontinha de inveja, mas um certo alívio acabei me deixando levar pela fragilidade dele e ia trair uma amiga.

– Bom, já que você chegou eu vou para a Delegacia - falei pegando minha bolsa.

– Até logo Swan - ele piscou para mim e Ruby sorriu antes de beijá-lo mais uma vez senti que essa era a deixa para eu sumir dali.

Caminhei até a delegacia devagar e completamente distraída ouvi uma moça falando comigo.

– Por que choras? - passei a mão na minha face e limpei as lágrimas, nem percebi que estava chorando, quando me virei era a cigana louca da praça,

– Você está me perseguindo Alicia? - continuei andando sem dar muita atenção para ela

– Eu soube do que aconteceu com aquele jovem, na praça não se fala em outra coisa.

– Foi uma fatalidade.

– E aposto que mais de uma pessoa saiu ferida nesta história - ela parou na minha frente.

– Dá licença, eu preciso trabalhar.

– Emma, deixa eu te ajudar.

– Não sou adepta de simpatias, não vou colocar nome de ninguém em mel e não vou dar café coado na minha lingerie.

– Pra quem não é adepta, você conhece muitas.

Revirei os olhos e continuei andando, por algum motivo eu vi sinceridade no rosto daquela maluca, o que demonstrava que eu também estava ficando louca.

Cheguei a delegacia e Regina me abordou querendo noticias do Killian.

– Então, como ele está?

– Bem, consciente - falei sentando.

– Graham me disse que ele ainda não sente as pernas.

– É verdade, mas ele ainda não sabe, espero que ele fique bem, eu me sinto tão culpada - comecei a chorar e Regina veio para meu lado passando a mão no meu ombro.

– Ninguém tem culpa, foi uma fatalidade, um ato brutal de violência que é impossível prever Emma.

– Ele não devia ter reagido, partir para cima de um bandido desarmado é loucura.

– Ele fez o seu melhor Emma, você não teve culpa para com isso

– É. Eu vou pra minha sala se o Graham ligar me avisa tá?

– Tudo bem.

Entrei na minha sala e tranquei a porta, e abri meus emails fiquei surpresa com o tanto de denuncia que havia contra o bandido que atirou no Killian, imprimi o retrato falado dele, peguei minha arma as chaves da viatura e fui acertar contas com ele.

A chuva fina que caía na cidade me fez lembrar-se do ato heroico do Killian, arriscar a sua vida para salvar a minha, eu realmente tinha encontrado um amigo, fui a cada endereço de onde as denuncias partiram a maioria como sempre alarme falso, o cansaço já se abatia sobre mim quando abri o porta luvas do carro para pegar o mapa da rota sul e caiu um panfleto da cigana doida pensei logo em amassar porém ela ofereceu ajuda não especificou sobre o quê, peguei o telefone e liguei para ela.

– Emma, sabia que você ia ligar minha irmã.

– Como sabia que era eu?

– Senti as vibrações

– É deixa para lá, está disponível para me ajudar agora?

– Claro que sim.

– Ótimo estou passando pela praça para te buscar.

Não sabia ao certo em que isso ia dar, mas toda ajuda agora era bem vinda.


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Notas finais do capítulo

Então... minhas aulas voltam hoje ;/
A correria vai voltar Trabalho e uni --'
Portanto o intervalo entre um post e outro vai aumentar :X
espero que entendam :*