O Diario de Paulina Martins escrita por NiniPatrIlario


Capítulo 2
Capitulo 2 : O ultimo adeus


Notas iniciais do capítulo

Viram o boazinha que sou? Apenas ontem postei o primeiro capitulo e hoje ja têm o segundo bem fresquinho :p
Antes de mais, quero agradecer a todas as que ja comentaram a fic e me pediram por mais (^_^) é um prazer as ter como leitoras e espero que continuem a gostar



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Não a queria voltar a ver, esperava que se tivesse ido embora e me tivesse esquecido, não gostava dela, estando perto dela sentia um aperto no coração como se se tratasse de um mau pressentimento, e que razão tinha!

"Um milhão de dolares!", me ofereceu ela em troca de me passar por ela em sua casa durante um ano. Queria que tomasse o seu lugar na vida do seu marido, filhos e familia. Como pode ela fazer semelhante proposta a uma desconhecida ou sequer pensar em tal barbaridade?! Quanta razão tinha a minha mãe em dizer que nos humildes somos mais integros. Ela queria um ano para se afastar dos Bracho, para se "divertir", a sua casa era "aburrecida"" e queria mudar de ares. Como pode uma mulher querer afastar-se do seu marido e filhos? Que classe de pessoa é essa, meu Deus? Um demonio? Uma pessoa fria e calculadora sem coração?

Obviamente não o aceitei, eu não era assim, não foi assim que fui educada, mas pensei na proposta, um milhão é muito e poderia fazer muitas coisas, sobretudo ajudar a mamã. Mas era dinheiro sujo, não seria capaz de inventar uma historia à minha mãe para ir para a capital, nem sabia se ela aguentaria um ano mais...

No entanto, não parecendo querer saber sobre a minha decisão, Paola me deu o seu cartão para se mudasse de ideias e quisesse alinhar no seu plano. Se me tivesse sido permitido, jamais a contactaria, mas fui obrigada a o fazer, a minha mão ficou pior nessa mesma noite - como se todos os elementos estivessem contra mim -, e tivemos que chamar o médico, mas não tinha dinheiro para lhe pagar e muito menos para comprar os medicamentos extremamente caros. Temi a perder nessa noite, pensei que fosse ser o nosso ultimo adeus, mas ela foi forte e Deus nos concedeu mais um dia juntas, e faria de tudo para a ver melhor, mesmo se para isso tinha que fazer algum pacto com o Diabo, mas primeiro tentaria à minha maneira sem ter que recorrer a ela.

Fui ao club mais cedo para pedir parte do meu salario adiantado, expliquei a situação da minha mãe, mas como receava, ao gerente não lhe importou no mais minimo, não me deu nada e me apeteceu o mandar para o quinto dos infernos! Em vez disso sai com o rabo entre as pernas e a fui ver. Me sentia tão humilhada por ter que ir pedir dinheiro assim... mas busquei coragem no mais profundo do meu ser e me enfrentei a ela. Tremia por dentro como uma folha de papel, mas não o demonstrei, não lhe mostraria que me intimidava. Ela obviamente pensou que ia dizer que aceitava ir para sua casa, mas estava enganada, apenas queria 400 pesos emprestados para os medicamentos.

"Isso não é nada comparado com o que te posso dar." Disse-me ela, claro que não era, mas me sentiria pior se aceitasse essa troca de personalidade; que mulher seria eu se o aceitasse? Seria a copia dela e era o ultimo que faria.

Terminou por me dar o dinheiro, mas com uma condição: passar-me por ela frente ao seu amigo naquela noite. Esperava novamente que ela não fosse e se esquecesse disso, mas era pouco a conhecer, ela foi e me obrigou a vestir a sua roupa. Era estranho vestir algo assim tão lindo e suave... o vestido estava perfumado, senti-me outra quando o deslizei pelo meu corpo, e mais estranha me senti quando me vi assim maquilhada e com aquela peruca feita sobre medida. Não queria estar assim, não queria que me confundissem com ela, mas que alternatva tinha? Nenhuma, ela emprestou-me o dinheiro e tinhamos feito um acordo, tinha que fazer o prometido pois o prometido é devido...

Foi-me tão dificil passar-me por ela frente ao amigo... e mais quando notou que a minha voz era mais clara, ele não vira de inicio que não era a Paola e ela coseguira o que queria e não pararia ali, foi muito clara quanto a isso e novamente temi o que ela seria capaz de fazer, pessoas assim são sem medidas e não temem as consequências dos seus actos.

Estava ainda la quando um rapaz da praia me veio buscar, a minha mãe tinha sido levada para o hospital. Temia não a voltar a ver mais e foi isso que sucedeu. Não pude me despedir dela, não cheguei a tempo a pesar de ter corrido como uma louca com o Diabo no corpo,não pude ver o seu sorriso uma ultima vez, dizer o quanto a amava e o quanto estava agradecida por tudo o que fizera por mim. Porquê, meu Deus? Porquê a tiraste assim do meu lado sem deixares que a visse em vida uma ultima vez? Porquê me deixaste a vir ver quando a sua luz ja se tinha apagado? Porque razão a deixaste sofrer sozinha se me tinha a mim que podia segurar a sua mão até ela perder o seu ultimo suspiro? Oh, Deus, porquê, porquê, porquê?...

Chorei todas as lagrimas do meu corpo agarrada ao seu fraco corpo inerto. Não queria que a levassem longe de mim, queria permanecer para sempre com ela, queria continuar a ouvir os seus risos, as suas palavras, queria continuar a sentir o calor do seu abraço, mas nessa noite, um anjo se juntou à ordem do senhor.


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Notas finais do capítulo

Comentem, comentem, comentem... :)
Espero que gostem, não tenham medo de dar as vossas opiniões, é assim que crescemos :)
Beijos e até breve