You're Always Here - Hayffie escrita por F Lovett


Capítulo 32
Capítulo 32 - Más Notícias


Notas iniciais do capítulo

OEOEOEOEOEOEOE POVO o/

Gente, eu demorei horrores pra postar esse capítulo, mas to em período de provas na faculdade (que termina amanhã, graças a Goku!), e acabei de terminar esse capítulo, vindo logo postar aqui!

Assim que der, vou responder aos comentários do capítulo anterior! Não vou deixar de lado, viu! To agoniada porque ainda não respondi!

Enfim, vamos preparar o core? Aí vai mais um!

Boa leitura! ;)



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CAPÍTULO XXXII

Nunca me senti tão ocupada em toda a minha vida até agora. Dia após dia estamos acompanhando tudo oque acontece com os garotos enquanto eles passam pelos Distritos, rumo a Capital. Infelizmente Boggs nos deixou. E, por mais que eu pensasse que isso afetaria Coin de alguma forma, visto que ele era um dos seus mais fiéis soldados, ela permaneceu fria e calculista, sem ao menos demonstrar um pingo de tristeza.

Isso só me fez sentir mais raiva dela. Ela não se importa. Ela nunca se importou.

Recebemos sempre notícias de uma nova morte e isso me deixa cada vez mais apreensiva. Acabo me pegando roendo as unhas muitas vezes, torcendo para que a próxima não seja Katniss ou Peeta.

– Em um dia eles chegam ao destino - Plutarch cochicha ao meu lado. - Temos que nos preparar para sair.

Assinto com a cabeça e vou à procura de Haymitch. Não demoro até encontrá-lo, já que estava a alguns poucos metros de distância de mim.

– Temos que ir - digo e ele franze o cenho. - Temos que ir embora agora - repito e dessa vez ele me entende.

Lançando um rápido olhar atendo por cima do meu ombro, acredito que ele avistou Plutarch e balançou a cabeça num sim. Então ele segura minha mão com firmeza e começamos a rumar para fora da sala, entre algumas pessoas que estão presentes, acompanhando tudo que está acontecendo com os garotos.

Passamos pelos corredores sem ao menos olhar para trás, mas confesso que, em alguns momentos, eu arrisco olhar, apenas para me certificar de que não tem ninguém nos seguindo. Com a mão livre, seguro o lenço na minha cabeça, certificando-me de que ele continua no lugar. Plutarch caminha um pouco mais a frente, mas mantemos uma boa distância para não levantarmos suspeitas.

Viramos em mais um corredor e vamos ao elevador, que se fecha assim que eu e Haymitch entramos nele.

– Coloquei algumas coisas que eu considerei essenciais para levar - Plutarch explica enquanto subimos. - Sua peruca, inclusive - ele diz, virando-se para mim - está lá.

– Que ótimo, Plutarch! - não deixo de exibir um grande sorriso com a notícia. Já havia perdido as esperanças de voltar ao meu compartimento antes de irmos. E realmente não iríamos voltar lá.

– Alguma orientação? - Haymitch pergunta.

– Ah, sim - Plutarch diz enquanto coloca as mãos nos bolsos do seu macacão. Mal chego a cogitar o que ele irá tirar de lá e ele saca duas armas, entregando uma para Haymitch e a outra... para mim. - Vão precisar disso.

– E você? - Haymitch indaga.

– Está aqui também - Plutarch retira mais uma arma do macacão e me pergunto como ele conseguiu essa façanha. - Effie, está tudo bem?

– Ah, sim, está - respondo, mas não, não está nada bem. - Eu só... - engulo em seco - acho que não vou conseguir manusear isso muito bem.

– Use apenas se for necessário - ele explica. - Eu trouxe apenas por precaução.

– Tudo bem - respondo com a voz trêmula. Parece que vai ser mais complicado do que eu imaginava.

O elevador se abre, mas Plutarch não sai. Ele olha fixamente para frente, como se estivesse vendo um fantasma. Mas o que eu estranho em tudo isso é que não há ninguém à nossa frente.

– Plutarch? Está tudo bem?

– Está calmo demais... - ele diz e estreita os olhos como quem esperasse por alguma surpresa, mas nada acontece.

– Vai ver a sorte está ao nosso favor.

– A sorte nunca está ao nosso favor, Effie - Plutarch diz e vai na frente. Troco um rápido olhar com Haymitch e o seguimos, chegando a um saguão completamente deserto e mal iluminado.

Paramos atrás de Plutarch, que parece um pouco confuso em relação a qual caminho devemos seguir.

– Effie, pode me dar o capa, por favor? - ele pergunta com a maior naturalidade e levo alguns instantes para poder entendê-lo. Plutarch se vira e me olha com expectativa, uma mão estendida em minha direção. - Effie?

– Ah, sim, o mapa... - levo as mãos até a minha cabeça, hesitantemente. - Tem certeza de que vai precisar? - indago. - Vou ficar horrível sem ela.

– Effie... - Plutarch diz após respirar fundo. - Nós não temos muito tempo, por favor.

Encolho os ombros e abaixo a cabeça, desanimada. Mas quando vou retirar o lenço, Haymitch se adianta e põe as mãos na minha cabeça, começando a retirá-lo.

– Vai ficar tudo bem - ele murmura baixinho. - Você fica linda sem isso, sabia?

Sinto minhas bochechas queimarem e sorrio levemente quando ele retira o lenço e o entrega a Plutarch, que o examina de imediato. Haymitch volta ao meu lado e segura minha mão livre.

– Tudo bem - Plutarch diz, concentrado no mapa. - Teremos que seguir o caminho mais longo se quisermos evitar cruzar com alguns soldados. Pegaremos mais cinco corredores e isso nos levará a uma porta mais afastada da entrada principal do hangar. Chegando lá, bem... contaremos com a sorte.

– Bastante motivador - comento ironicamente. Plutarch dá u meio sorriso e começa a seguir o caminho até o hangar, conosco no seu encalço.

Passamos por um, dois, três, quatro corredores. Cada um mais escuro e sombrio do que o anterior. Por um momento até me pergunto se estamos mais próximos do solo, pois a sensação que este lugar me passa é de que estamos sempre descendo e nunca mais voltaremos a subir.

Finalmene chegamos ao quinto e último corredor. No seu fim há uma porta comum, como qualquer outra. Quando a alcançamos, Plutarch se estica para olhar pelo pequeno vidro na parte superior dela se o caminho esta livre e, pelo que suspeito, deve estar, pois ele rapidamente abre a porta e nos deixa passar, fechando-a em seguida.

Olho de um lado para o outro, para me certificar de que estamos realmente sozinhos e que ninguém nos pegará de surpresa. E, de fato, ninguém aparece. Solto o ar que, até então, eu não sabia que estava prendendo e percebo que minhas mãos tremem. Estou nervosa. Estou ansiosa.

– Vamos andando - Plutarch diz.

– Parados! - uma voz masculina corta o ar e meu sangue gela. Não consigo pensar em nada.

Dou de ombros para analisar a situação: há um soldado aqui de vigia. E estava muito bem escondido.

Ele pega um comunicador do bolso, aperta um botão e o aproxima dos lábios.

– Preciso de reforços no hangar imediatamente - sua voz grossa como um trovão que incomoda os meus ouvidos. Mas olho para os lados e realmente só há ele aqui. Olho para Haymitch e Plutarch, que ainda parecem estar em choque, e me adianto enquanto o soldado está pondo seu comunicador de volta.

"Seja forte, Effie", digo para mim mesma. "É agora".

Tudo acontece muito rápido. Me posiciono de frente para o soldado, tendo Haymitch atrás de mim. Umedeço os lábios e mal tenho tempo de mirar. Apenas ouço o barulho do tiro quando aperto e sinto o impulso me fazer dar um passo para trás. Fecho os olhos e quando os abro, o soldado está caindo no chão.

Um pouco abaixo da testa, entre os olhos, há um buraco feito por uma bala.

– Na cabeça! - Haymitch exclama, surpreso, mas eu continuo encarando o corpo que agora já está estirado no chão.

Ele podia ter atirado sem pensar duas vezes. Nós estávamos fugindo. Mas ao invés disso...

Será que ele iria realmente nos matar? Será que ele não estaria nos acobertando? Imediatamente minha consciência começa a pesar e lágrimas surgem nos meus olhos.

– Vamos nos apressar - Plutarch avisa. - Se ele realmente tiver chamado reforços, chegarão rapidamente aqui em cima, então e melhor irmos em frente.

Haymitch murmura alguma coisa e vem até mim, mas não consigo compreendê-lo, pois no segundo seguinte, minhas pernas perdem a força e apenas sinto os seus braços me sustentarem.

~*~

Abro os olhos lentamente, sentindo um cheiro de perfume que fica cada vez mais próximo. Sinto minhas costas doerem e percebo que estou deitada no chão frio. Á medida que meus olhos se acostumam com a luz, consigo ver o rosto de Haymitch.

Minha cabeça dói.

– Você costuma desmaiar antes de entrar num aerodeslizador? - ele indaga e isso me arranca um leve sorriso.

– Só quando estou nervosa - murmuro.

– Quer sentar?

Assinto com a cabeça e ele me ajuda. Faço uma careta de dor quando finalmente me sento ao seu lado. Mas não ouso dizer mais uma palavra sequer. Simplesmente abraço meus joelhos e encosto a cabeça neles.

– O que foi? - Haymitch indaga.

Respiro fundo.

– Eu matei um homem - sussurro, mas, para a minha surpresa, não sinto meus olhos umedecerem. Estou em choque. - Eu matei um homem - repito.

– Ei, ei, calma! - ele murmura e começa a afagar meus cabelos um pouco sem jeito. - Lembre-se de que estamos numa guerra. Foi necessário.

– Não, não foi - digo, levantando a cabeça. Olho nos olhos de Haymitch, cansados, assim como acredito que os meus também estejam. Minhas pálpebras começam a pesar, então balanço um pouco a cabeça, tentando me despertar em meio ao sono.

– Olá, Effie - ouço a voz de Plutarch e dou de ombros para vê-lo se aproximar. - Que bom que acordou. Quero que venham comigo.

Sua voz está calma e ele aparenta estar bastante sério. Isso acaba me deixando com um frio na barriga.

Haymitch se levanta e segura a minha mão, ajudando-me a levantar também. Sinto uma tontura e sigo o caminho que Plutarch nos indica, nos levando a cabine do piloto.

Há um som estranho que, depois de alguns instantes, percebo que vem de um rádio.

– Conheço essa voz... - comento e estreito os olhos, mas não consigo me lembrar de quem seja.

– Estamos com comunicação direta com Beetee - Plutarch explica, sentando-se na poltrona do piloto. - Ele está dando os informativos tanto para quem está lá, quanto para nós. E, obviamente, Coin não sabe que ele nos deu essa brecha.

– E o que ele nos dirá, exatamente? - Haymitch indaga, passando uma mão na barba. - Mortes, por exemplo?

– Principalmente as mortes - Plutarch confirma. - E quando ele puder se comunicar apenas conosco, nos informará se devemos ou não mudar o percurso até a Capital. Mas tudo indica que chegaremos a tempo.

Concordo com a cabeça.

– Vocês não querem descansar um pouco? - Plutarch propõe. - Não dormem há dois dias - e quando franzo o cenho, ele acrescenta: - Sim, eu os observo de vez em quando - uma breve risada lhe escapa. - E vocês tem feito muito mais do que deveriam. Posso conduzir daqui para frente sem problema algum.

– Tem certeza?

– Absoluta. Agora vão. Qualquer coisa, eu aviso vocês.

– Tudo bem, então. Obrigada.

Plutarch sorri e saio da cabine, com Haymitch vindo atrás. A primeira porta ao lado direito nos dá acesso ao que poderia até ser um compartimento do Distrito 13: um pequeno espaço com duas camas e um armário.

Vou direto ao colchão e me sento, imediatamente volto a pensar no que passamos quando estávamos vindo ao aerodeslizador. O soldado. O tiro. O tiro ainda ecoa na minha cabeça.

– Effie? - a voz de Haymitch me desperta e sobressalto, assustada. Ele está parado bem na minha frente. Suas mãos estão apoiadas no colchão e ele está levemente inclinado na minha direção. - Você está bem?

Não chego a responder. Meu olhar está vago e não consigo tirar a imagem do soldado morto da minha mente.

Dessa vez as lágrimas ocupam os meus olhos e não consigo contê-las. Em pouco tempo começo a soluçar e senti-las cair pelo meu rosto, cada vez mais desesperadamente. Haymitch se adianta em me abraçar e eu enterro meu rosto na curva do seu pescoço, chorando ainda mais.

– Ei, calma - ele murmura no meu ouvido com calma. - Já passou. Não tem que ficar pensando nisso.

– Eu... eu matei um homem - gaguejo e fungo novamente. - Eu sou... uma assassina!

Haymitch se afasta um pouco e se senta ao meu lado. Ele leva uma mão até o meu rosto e me faz fitá-lo.

– Você não é uma assassina - ele diz. - Isso foi uma necessidade. Assim como nos Jogos, lembra? Se manter vivo às vezes pode custar a vida de outra pessoa. Infelizmente é assim - ele diz enquanto enxuga minhas lágrimas com o polegar. - Foi um ato de coragem, Effie.

– Preferia não ter sido corajosa - resmungo.

– Assim teríamos morrido - ele retruca. - Mas não morremos, graças a você.

– Falando assim, faz parecer que foi bom.

– Mas foi! Pensa só: como deve estar Alma Coin agora que provavelmente já sabe que nós fugimos? - ele indaga e sorrio apenas em pensar, mas fungo novamente. - Isso. Eu quero você sorrindo, como naquele tempo que eu não suportava você.

– Você vivia bêbado naquele tempo.

– E você só sabia reclamar.

– Você não largava do meu pé! Alguém tinha que te colocar nos trilhos, Abernathy!

– E você fez isso muito bem.

– Eu sei - respondo. - Gosto de saber disso.

Haymitch me abraça e encosta levemente os lábios nos meus. Permaneço com os olhos fechados enquanto nossos rostos estão próximos e, em pouco tempo, acabamos dormindo.

~*~

Voltamos a cabine do piloto assim que acordamos e Plutarch parece preocupado. Seu olhar está concentrado num ponto distante e seu cenho está franzido, enquanto ele rói uma unha.

– Plutarch, aconteceu alguma coisa? - indago. - Dormimos por tanto tempo assim?

Ele balança a cabeça e parece voltar a realidade.

– Eles estavam no subterrâneo... na Capital... - ele afasta o dedo da boca e olha de Haymitch para mim. - Mas nem tudo saiu como planejado.

– Aconteceu alguma coisa com Katniss ou Peeta? - percebo que minha voz se alterou, mas me recomponho.

– Não, não, com eles não - Plutarch se apressa em responder e percebo que até Haymitch havia prendido a respiração até então. - Mas... haviam bestantes no túnel. Snow sabe que eles estão a caminho.

– Bestantes? - Haymitch indaga. - Como os da arena?

– Exatamente. E...

– E o quê? Fala logo!

– Eles atacaram Finnick Odair - Plutarch fala de uma vez. - Ele está morto.


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Notas finais do capítulo

Finnick :'(

Próximo capítulo eles já chegarão a Capital e vai ter a última treta da fic feat. morte da Coin (já pretendo botar no próximo), para finalmente chegarmos ao gran finale ♥

Já to sentindo falta, gente UIHSFIOQUWEHFIQUWEFH

Ai, é isso... Espero que tenham gostado... e comentem para deixar a Lovett feliz! ♥