You're Always Here - Hayffie escrita por F Lovett


Capítulo 31
Capítulo 31 - Peeta


Notas iniciais do capítulo

OLÁ AMORES ♥

Primeiro tenho que avisar a vocês que eu to em semana de provas na faculdade, então ta complicado pra postar... mas, como eu disse em algumas respostas no capítulo anterior, tem oneshot vindo aí!

Esse capítulo tem duas coisinhas que eu amei colocar: Peeta e Coin. Eita, acho que vocês vão adivinhar rapidinho o que vai rolar aqui, né?

Não digo mais nada!

Nos vemos nas notas finais!

Boa leitura! ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/575458/chapter/31

CAPÍTULO XXXI

À medida que os dias vão se passando, a noção da realidade volta a nos atormentar. A guerra já está em cima e a correria começa.

Estou saindo do meu compartimento quando Haymitch vem correndo na minha direção.

– O que foi? - indago.

Ele para e se apoia nas pernas, tentando recuperar o fôlego.

– Ele está se lembrando - Haymitch diz. - Peeta está se lembrando da Katniss.

– Mesmo?

– Foi, mas... essa última conversa deles não foi das melhores - explica. - Você sabe como a Katniss é.

– Delicada...

– É... Mas Peeta está melhorando. E, como você tinha dito, seu comportamento problemático é apenas com ela, então, se quiser falar com ele...

Não tenho tempo para dizer mais nada e imediatamente seguro sua mão e o faço correr de novo, mas depois de poucos passos ele para e isso me impede de continuar.

– Eu vim correndo de lá até aqui - reclama. - Está querendo me matar?

– Que coisa de gente velha, Haymitch! - brinco, mas sei que ele não gostou. - Tudo bem, vamos andando.

Tento acelerar os passos em alguns momentos, mas como Haymitch não me acompanha, apenas lanço-o alguns olhares ansiosos. Mas logo chegamos a ala hospitalar e entramos direto no quarto onde Peeta está, que nos recebe com um grande sorriso nos lábios.

– Effie! - ele me chama e eu corro para abraçá-lo, recebendo um longo abraço. - Que bom ver você.

– É bom ver você também, Peeta - murmuro e nos afastamos.

Levo uma mão ao seu rosto e o acaricio com o polegar.

– Está se alimentando bem, não está? - indago.

– Estou. Estão me dando muita coisa - ele diz. - Acho que vou sair daqui rolando.

Nós três desatamos a rir com seu comentário.

– Seu senso de humor é incrível.

– Obrigado, Effie.

– É bom ver que está se recuperando, Peeta - Haymitch diz ao meu lado.

– E vocês... - Peeta diz, olhando de Haymitch para mim, e sorri. - Vocês estão juntos!

– Foi uma surpresa para todo mundo - digo e abaixo a cabeça, corando um pouco.

Haymitch pousa uma mão nas minhas costas.

– Pelo menos vocês estão bem. Não sei como vai ser para mim depois de tudo isso...

– Ei, Peeta - digo e seguro sua mão. - Você ainda é o mesmo Peeta de antes, eu sei disso.

– Não quando ela está por perto. Apesar de me lembrar de algumas coisas - ele diz com o olhar distante - tem momentos em que me vem a vontade de... de...

Ele faz uma careta como se fizesse força.

– Ei, calma - digo enquanto ainda seguro sua mão. - Você parou para pensar que quando chegou aqui, era muito pior? Agora você consegue controlar isso, não consegue?

– Às vezes...

– Já é alguma coisa!

Peeta segura uma risada fraca.

– Você, sempre otimista.

– Alguém tem que ser, não é?

Ele concorda com a cabeça e sorri tristemente. Passo uma mão pelos seus cabelos e beijo sua cabeça.

– Estaremos aqui quando precisar - digo e ele sorri em agradecimento. - Tudo vai ficar bem depois.

– Algum conselho, Haymitch?

– Você já sabe - ele diz e pisca.

– Fique vivo - Peeta diz e Haymitch concorda. Sorrio e digo-lhe que voltaremos para ver como ele está.

Após nos despedirmos de Peeta, decidimos voltar ao meu compartimento. Enquanto caminhamos, tentamos discutir possibilidades de fazer Peeta voltar ao normal, mas não encontramos.

Haymitch tranca a porta por dentro e me puxa delicadamente para perto de si. Suas mãos pousam na minha cintura e sua cabeça se inclina um pouco, chegando a curva do meu pescoço, onde ele começa a distribuir alguns beijos lentamente. E, ainda delicadamente, ele me coloca contra a parede e encosta os lábios nos meus, mordiscando-os. Então ele me aperta um pouco mais e intensifica o beijo, pegando-me de surpresa. Começo a arfar entre um beijo e outro e algo dentro de mim me diz "não". Sei onde isso vai parar. Sei onde Haymitch quer chegar.

– Haymitch - sussurro entre um beijo e outro quando ele leva uma mão até a minha perna. - Haymitch, para.

Ele não demora para fazer o que eu pedi. Com a respiração ofegante, Haymitch me olha um pouco desentendido.

– Não dá - digo e prenso os lábios. - Desculpa.

– Não, não - ele se adianta. - Tudo bem. Me desculpe também.

– É complicado... Ainda é muito...

– Recente.

– É.

Haymitch assente com a cabeça.

– Tudo bem - ele diz e em seguida me pega no colo e eu abafo um grito. Me seguro nele até ele me por na cama e sentar ao meu lado.

Encosto a cabeça no seu ombro e seus braços me envolvem num abraço.

– Ainda é difícil para mim, sabe? - digo.

– Claro. Não seria nada legal se, por acaso, você engravidasse no meio de uma guerra - Haymitch diz e eu balanço a cabeça, concordando.

– Não quero que entenda mal, mas...

– Ei, ei, ta tudo bem!

– Mesmo?

– Claro - ele responde. - Posso esperar o tempo que for.

– Verdade?

– Por você, sim.

Sorrio e o abraço, sentindo seu calor passar para mim. Haymitch me dá um beijo na cabeça e eu suspiro, aliviada, desejando nunca sequer pensar em deixá-lo.

~*~

Estou no refeitório terminando meu almoço com Haymitch quando Plutarch vem correndo em nossa direção. Trocamos um rápido olhar de curiosidade enquanto ele se aproxima, perdendo o fôlego.

– Vocês viram Peeta? - indaga.

Franzo o cenho e olho para Haymitch que, assim como eu, balança a cabeça negativamente.

– Ele não está na ala hospitalar?

– Deveria estar - Plutarch diz e há uma ponta de desespero na sua voz. - Mas desde cedo ele não está. E também não consigo encontrar a presidente Coin.

Meu estômago congela. O que ela pode ter feito com ele?

Não, não pode tê-lo matado. Seria burrice dela. Todos sabem o quanto Katniss o ama e isso seria a sua ruína. Ela desistiria de ser o Tordo e seu plano iria por água abaixo.

– Onde está Katniss? - pergunto.

– Está com a equipe se preparando para ir.

Troco mais uma vez um olhar com Haymitch.

Mais adiante Boggs vem em nossa direção, parecendo apreensivo. Ele murmura algo só para Plutarch, que parece ter se assustado com a informação. Desconfiada, olho de um para o outro e espero Boggs sair para que Plutarch fale alguma coisa.

– É melhor virem comigo - ele diz.

– O que foi? - Haymitch pergunta.

Plutarch respira fundo antes de responder.

– Coin quer mandar Peeta para a guerra também.

Meu sangue ferve como nunca. Fecho minhas mãos em punho e sigo Plutarch e Haymitch até chegarmos aos corredores que, para mim, parecem intermináveis, em busca do compartimento onde Katniss - e possivelmente Peeta - está. Aceleramos os passos até finalmente chegarmos a tal sala, mas, para a nossa surpresa, ninguém está lá.

– Eles já saíram? - indago, confusa com a hora. Está cedo demais. - Mas...

– Vamos subir - Plutarch diz, atento. Devem estar embarcando em questão de minutos.

Para a minha sorte, pegamos o elevador e eu agradeço em silêncio pelas minhas pernas que estão começando a doer. E assim que as portas se abrem, corremos em direção ao hangar. E, como já prevíamos, o aerodeslizador está lá, ocupado com algumas pessoas. Mais de perto, consigo avistar Katniss e sinto uma apreensão por não poder ir até lá, e acredito que ela também não pode voltar. Eles estão indo daqui a pouco.

Soluço de susto quando vejo que Peeta também está com eles, como nos foi informado.

Mas ele não pode. Ele não está totalmente recuperado.

– Ele não pode ir! - grito para Plutarch ao meu lado, que parece também não saber o que fazer.

– Temos que tirá-lo de lá! - Haymitch grita.

Plutarch apenas balança a cabeça com o olhar fixo no aerodeslizador. Então Peeta nos vê e nos dá um pequeno sorriso antes de sumir da nossa vista e o aerodeslizador decolar.

E a única coisa que desejo é que a sorte esteja a favor deles.

Percebo uma movimentação pelo canto do olho e quando me viro, vejo Coin com um soldado, conversando animadamente. É então que ela nos vê e se mostra um pouco assustada. Mas não tenho tempo de julgar sua reação, pois segundos depois estou avançando nela.

– Vadia! - ouço-me gritar. Minhas mãos se fecham em punho e eu as invisto contra Coin, mas parece que não consigo ter total controle dos meus atos, então deixo tudo acontecer e grito cada vez mais, xingando-a de todas as formas possíveis.

– Eles vão morrer, sua louca! - grito quando sinto mãos me segurarem por trás, contornando-me. Então percebo que é Haymitch tentando me conter. Ele murmura meu nome, mas não o ouço direito e continuo me debatendo. Meus olhos estão úmidos e a raiva me domina. - Ele não pode ir!

Plutarch se põe entre ela e eu, murmurando algo que não consigo ouvir. Coin me lança um olhar de pura raiva e sinto meu peito encher de satisfação quando vejo um filete de sangue no canto da sua boca.

Bem feito, digo para mim mesma.

Não ouço nada além de zumbidos por um ou dois minutos, enquanto ela some da minha vista e Plutarch vai até a porta, certificando-se de que "está tudo bem". Haymitch afrouxa o aperto e eu caio de joelhos no chão, ofegando.

– Você tem que se controlar - soa a voz de Haymitch atrás de mim.

– Não dá.

– Mas tem que tentar! Por mais que ela mereça, estamos lidando com a presidente deste lugar! Ela pode mandar matar você em questão de segundos!

Dou uma risada breve.

– Que me mate, então - resmungo com a cabeça abaixada. - Não tenho mais nada a perder mesmo.

– Não tem nada a perder? - ele indaga. - E eu, Effie? Como eu fico?

– Haymitch, não foi o que eu quis dizer... - meus olhos ardem e dessa vez sinto as lágrimas caírem. - Eu só... Ah, você entendeu.

Haymitch suspira e se senta de frente para mim. Evito olhar nos seus olhos, mas ele segura o meu queixo e o levanta, fazendo-me encará-lo.

– Ela não vai fazer nada a você. Eu não vou deixar.

Assinto com a cabeça e ele me puxa para um abraço.

– Temos que encontrar um jeito de sairmos daqui.

– Nisso vocês podem contar comigo - Plutarch diz e nos distanciamos um pouco para fitá-lo. - Não quero atrapalhar... hm... mais uma vez. Mas quero que saibam que, quando quiserem ir para a Capital, falem comigo. Posso levá-los sem deixar pistas.

Ali estava meu amigo de volta. Haymitch o fitou e sorriu em agradecimento.

– Obrigada, Plutarch - digo e ele mostra aquele seu típico sorriso simpático.

– Tudo bem, vou voltar para a porta e deixá-los mais à vontade.

Plutarch toma distância e volto a abraçar Haymitch. Encosto minha cabeça no seu ombro e fecho os olhos, concentrando-me em apenas sentir seu cheiro.

– Temos que ficar de olho nos garotos - ele diz. - E depois... vamos embora daqui.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

CACETEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE! CACETE NELA! o/

Gente, tenho que avisá-los que os próximos capítulos vão ser bem corridinhos, então já posso dizer que o fim está beeeeem próximo (já que no próximo eles vão para a Capital para o desfecho)...

É isso, gente... fiquem ligadinhos que assim que eu terminar a oneshot eu já posto aqui pra vocês ♥

Enquanto isso, comentem e deixem a Lovett feliz! ♥