You're Always Here - Hayffie escrita por F Lovett


Capítulo 23
Capítulo 23 - Apresentações


Notas iniciais do capítulo

OEOEOEOEOE ♥

Eu disse que ia fazer de tudo pra ter um capítulo postado nesse fim de semana, não foi? ENTÃÃÃO AQUI ESTÁ!

Primeiramente queria agradecer as 5000 visualizações que a fic bateu! Gente, sério, que coisa linda *-* Obrigada a quem ta comentando, quem vem comentar no twitter ou no fb e aos leitores fantasma também!

Bom, tive que assistir novamente Mockingjay Part 1 para desenvolver as cenas desse capítulo (e no próximo também vou ter que ver de novo xD). Mas é, acho que não tenho muito para dizer hoje... vou deixá-los com o capítulo e nos vemos nas notas finais!

Boa leitura! ;)



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CAPÍTULO XXIII

Abro os olhos e minha visão está turva. Não consigo sustentar por muito tempo e os fecho novamente, caindo mais uma vez no sono.

Acordo mais uma vez. Minhas costas estão doloridas. O colchão não é dos melhores. É melhor do que nada, digo para mim mesma.

Não sei que cheiro estou sentindo. Sinto falta dos meus cremes, do meu hidratante com aroma de morango.

Mal cheguei aqui e já sinto falta da Capital.

Mas espere... onde estou exatamente?

Levanto da cama e sinto minha cabeça latejar. Não faço ideia de quanto tempo passei dormindo, se chegaram a ser dias, mas quando a minha barriga ronca, tenho a resposta de que faz muito tempo.

Tenho alguns lapsos e lembro de ter aberto a porta e dado de cara com um soldado, que me entrega algumas roupas e, mais tarde, alguém me traz comida. Quando pergunto quem mandou, ele apenas responde "Heavensbee" e sai.

Olho para as roupas que ele me entregou e suspiro. Não sei exatamente o que estou sentindo em relação a isso agora, mas se aproxima bastante de nojo.

Quando estendo uma peça a minha frente, percebo que se trata de uma "farda" que me lembra roupas militares, mas ainda pior. Seu tom verde acinzentado deixa tudo num tom depressivo. Fico alguns minutos em silêncio pela falta de criatividade dos que vivem aqui.

Jogo as roupas em cima da cama. Preciso de um banho imediatamente, digo para mim mesma. Mas antes de qualquer coisa, me apresso a tomar a sopa que me trouxeram, saciando a fome que, até então, estava me consumindo.

Agora minha peruca está guardada no armário ao lado da cama. O espaço que tenho neste cômodo é mínimo, mal posso me movimentar a não ser para a mesinha que fica entre a cama e a porta.

Ainda estou com o vestido que usava quando fugimos. Mas há uma diferença: há alguns rasgões em algumas regiões da peça. Suspiro em pensar que isso pode ter sido de propósito. Eles possuem um ódio mortal pela Capital. Parecem ter descontado uma ponta desse ódio em mim.

Decido fazer algo que torne essas roupas horrendas ao menos usáveis. Não consigo me imaginar usando o mesmo que outras centenas de pessoas. Tudo igual, tudo repetitivo, tudo tão normal... Não posso ser assim. Não quero ser assim.

Abro o armário e noto que há vários objetos de costura. Franzo o cenho, desconfiada. Quem colocaria isso aqui? Aposto que não faz parte do "kit sobrevivência do Distrito 13".

Há um envelope próximo a porta do armário. Retiro-o para ler e vejo meu nome escrito nele.

Para que possa se sentir você mesma até aqui.

Plutarch.

Um pequeno sorriso me escapa quando leio o que ele escreveu. Me alivia saber que ainda tenho amigos até aqui. Sorrio e ponho o envelope de volta no armário. Então pego todos os acessórios de costura e começo a trabalhar na farda.

Não levo tanto tempo até perceber que está até aceitável. Logo após o banho decido colocar uma das roupas que me foram entregues, a que eu acabara de personalizar. A calça me incomoda bastante.

Há um pequeno espelho no meu compartimento onde paro para me olhar. Minha maquiagem está gasta e o que tenho não é o suficiente. Sem contar que não posso exagerar aqui. Minhas vestes me impedem de fazê-lo. Me impedem de ser eu mesma.

Suspiro e me volto para o restante das roupas, jogadas na cama. Entre elas há algo parecido com um mapa. Franzo o cenho e o seguro nas mãos, notando que não é papel, e sim tecido. Ótimo, penso. Isto aqui vai ter sua serventia. E sem pensar duas vezes, prendo meus cabelos com alguns grampos e faço do mapa um lenço. Cubro todo o meu cabelo com ele e começo a me dedicar ao vestido, percebendo logo em seguida que ele está bastante prejudicado. Há rasgões por toda a sua extensão, mas o que me "alivia" é ver que o mesmo não está sujo, então posso trabalhar na reforma dele de imediato.

Calço as botas igualmente horrendas ao uniforme e me pergunto se as mulheres daqui não procuram por ao menos um toque de feminilidade quando estão usando essas coisas. A única peça que poderia chamar de feminina entre as que recebi foi a camisola, que não passa de um simples vestido branco e, ao que tudo indica, bastante folgado. Torço para que eu esteja errada quanto ao tamanho da camisola, mas deixo isso de lado para evitar posteriores desapontamentos.

Sento-me à mesinha e começo a tentar reparar primeiramente os pequenos rasgos que há na extensão da saia. Respiro fundo e tento não me alterar. São muitos.

Minhas unhas estão destruídas. Minhas companheiras unhas postiças estão perdidas em algum lugar do centro de treinamento agora.

Me pego perguntando novamente há quanto tempo estou aqui. Se alguém veio me ver. Se Plutarch colocou essas coisas aqui enquanto eu estava dormindo ou antes mesmo que me deixassem aqui. Por que até agora ninguém me explicou nada?

Onde está Haymitch?

Lembro de quando fugimos, de quando ele me pediu para não deixá-lo em momento algum e eu o obedeci, acreditando que tudo ficaria bem. Que estaríamos em segurança aqui. Lembro da nossa última conversa, no aerodeslizador.

Errado.

Onde ele está agora? Não preciso chegar a me perguntar para chegar à conclusão de que ele não veio me ver. E algo dentro da minha mente me diz que ele não virá.

Estou me sentindo numa cela. Não me atrevo a abrir a porta em momento algum. Alguém me trouxe comida e não faço ideia de quem tenha sido.

Alguém bate na porta.

– Vá embora - digo com fraqueza na voz. Apesar de toda a confusão, não tenho certeza se quero receber visitas agora. Não desta forma.

Mesmo assim a porta é aberta e quando me viro percebo que é Plutarch.

– É hora da visita novamente? - pergunto ironicamente. Ninguém veio me visitar até então. Não que eu me lembre.

Plutarch sorri, divertido. Não consigo entender como ele consegue encarar tudo isso dessa forma.

– Srta. Trinket... - ele começa, entrando no compartimento. - Veja essa porta... - sua mão vai até ela e a abre, fechando-a em seguida. - Ela se abre por dentro. Eu disse a você que esse é o padrão para todos - acrescenta. - Você não é prisioneira. É livre para se juntar ao Distrito Treze.

Fico boquiaberta com seu comentário e me levanto subitamente, carregando a saia em minhas mãos.

– Não com essa aparência. Muito obrigada.

– Temos problemas maiores do que roupas, Srta. Trinket - ele insiste. Está tão formal que por um momento estranho. - Katniss concordou em ser o Tordo.

– Pobrezinha - comento.

– Sua garota em chamas precisa de forma - ele diz. - Preciso que você volte para a equipe agora. Preciso de alguém de confiança.

Suas últimas palavras me atingem em cheio, mas mantenho o queixo erguido. Não quero mais deixar transparecer meu nervosismo.

– Por que não o Haymitch? - indago como sugestão, mas, na verdade, quero saber se ele tem alguma notícia sobre ele.

– Ele está na reabilitação, em algum nível abaixo - responde. Meu coração acelera quando ouço "reabilitação". Está tentando se manter sóbrio em algum lugar, concluo.

– Ajudar rebeldes não é o meu forte - retruco.

– Srta. Trinket - sua voz aumenta um pouco de tom. Ele parece um pouco autoritário, mas, ao mesmo tempo, calmo. - Seus dias na Capital acabaram. Não importa o que aconteça.

Prenso meus lábios e sinto minhas lágrimas começarem a querer sair. Agora não, Effie.

– Se quiser ser uma prisioneira de guerra, tudo bem - ele prossegue. - Fique aí trancada. Encontrarei outra pessoa para acompanhar o Tordo.

Talvez ele não imaginasse o quanto essas palavras me atingiriam. Talvez ele pensasse que, falando isso, apenas estaria me provocando. Mas era muito mais.

Passo a mão sobre o lenço na cabeça, pensando em tudo que eu poderia fazer para ajudar Katniss.

Plutarch se direciona a porta novamente, para sair.

– Quem? - pergunto.

Ele se vira para me fitar. Sento-me à mesa novamente, agora de frente para ele. Pouso minhas mãos juntas sobre a mesa.

– Ninguém é insubstituível - ele diz e começa a fechar a porta.

– Não o seu Tordo - retruco e o vejo abrir a porta novamente. Seu olhar depositando toda a atenção em mim. - Ninguém aqui conhece algo sobre a Katniss - prossigo. - Você acha que esses trogloditas podem ficar no meu lugar? Não.

Consigo arrancar um sorriso determinado do Plutarch. Ele concorda com a cabeça.

Agora tenho trabalhos a fazer.

Plutarch deixa o compartimento para que eu termine de arrumar tudo. Poucos minutos depois no rosto um par de óculos que havia deixado no meio das minhas coisas e encontro Plutarch do lado de fora, me aguardando.

Assistimos ao pronunciamento da Presidente Coin, que nos avisa sobre a decisão de Katniss se tornar o Tordo, porém com algumas condições que envolviam resgatar os tributos ainda vivos que estão sendo mantidos na Capital. Até que ela pronuncia nome por nome e o primeiro deles é Peeta Mellark, o que acaba causando um tumulto entre os habitantes, revoltados com tal decisão, pois levam consigo a crença de que ele é um traidor.

Após seu pronunciamento, ela ordena que cada um volte para suas devidas tarefas e então a multidão se espalha.

Plutarch faz um sinal para que eu o siga.

– Senhora Presidente - ele cumprimenta.

– Effie Trinket - me adianto em me apresentar. Estendo uma mão para apertar a dela.

– Bem-vinda ao Treze - ela diz, tentando ser gentil. Eu até acreditaria nisso, se não fosse o olhar que ela me lança em seguida, me julgando de cima a baixo.

– Senhora Presidente - Plutarch prossegue - deixe-me dizer que a senhora é tão concisa.

– Acredita que tinha mais a ser dito - ela indaga e pode perceber-se de longe sua autoridade.

– Posso ser sincero? - Plutarch indaga. Ele não tem medo de ninguém, concluo.

Aqui estou eu diante do homem que conseguiu enganar o Presidente Snow. Por que ainda estou espantada com sua audácia?

– Você nunca fez outra coisa - diz Coin.

– Só estou falando sobre o marketing. As revoluções são uma chama delicada. É necessário fazê-la crescer com um pouco de lenha... e calor.

Abaixo um pouco os óculos, aproveitando para analisar a tal Presidente. Meu Deus!, penso. Que roupa horrível! Como ela consegue ter vergonha na cara de andar por aí dessa forma? Parece uma prisioneira.

Ela nota que a estou julgando dessa vez e me lança um olhar rápido e desconfiado.

– Um pouco de oxigênio.

– Oxigênio - repito, tentando encontrar o rumo da conversa. Essa total falta de noção de moda nessa mulher me tirou totalmente do foco.

Nem os meus vestidos vomitados são tão rejeitáveis quanto essa roupa dela.

– Uma forma de apagá-la é abafando-a - ele diz. Confesso que fiquei um pouco perdida com as palavras de Plutarch, então apenas balanço a cabeça à medida que ele vai falando.

– Ou tirando todo o ar do lugar - Coin completa e sorri. - Com licença.

Ela me lança um último olhar e passa entre nós dois.

– Sabe o que precisa de uma revolução? - pergunto a Plutarch, que me olha esperando uma resposta. - O cabelo dela.

Passo por ele e me encosto no parapeito, olhando o restante das pessoas andarem apressadamente enquanto voltam aos seus afazeres. Consigo ouvir a risada de Plutarch atrás de mim. Ele para ao meu lado e se encosta, observando as pessoas abaixo também.

Respiro fundo até me concentrar no que fazer em seguida. Olho para Plutarch meio questionadora e ele entende.

– Vá falar com a Katniss - ele sugere. Seu sorriso simpático, típico dele, surge em seus lábios. - Ela vai gostar de saber que está aqui.

Sorrio de leve, mas quando abro a boca para perguntar novamente, ele me interrompe como quem adivinhasse o que estou pensando.

– Vamos gravar com Katniss amanhã - ele diz. - Haymitch estará lá.

Sinto minha face corar e não evito sorrir perante a notícia.

Verei Haymitch novamente.


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Notas finais do capítulo

E ESSA ANSIEDADE DA EFFIE ♥

Nossa, preciso dizer que não tem como não rir na cena do "Sabe o que precisa de uma revolução? O cabelo dela." KKKKKKKK cara, não dá! Eu assisto e caio na risada xD

Avisinho do amor: pra quem curte minha página cosplay, hoje eu devo estar postando mais uma foto Hayffie (que foi a minha preferida), se a internet colaborar :)

Bom, é isso, amores! Comentem e deixem a Lovett feliz! ♥