Sempre te amei. escrita por AnaClaudiia


Capítulo 72
As mudanças do tempo


Notas iniciais do capítulo

O capítulo de hoje é dedicado a Mily, muito obrigada por sua recomendação. Valeu mesmo! Fico feliz de saber que a fic tem leitores assíduos, que acompanham desde o começo. Obrigada por não ter me abandonado! haha

Eu sempre achei ( e ainda acho) que as pessoas mudam, passam a pensar de outro modo, agir de outra forma... Acontece com todos, as vezes não percebemos, mas acontece. Eu não sou a mesma de um ano atrás, e com certeza daqui a dois, também não serei a Ana de hoje.
A nova fase é mais nisso, no enfoque de como as pessoas mudam, mas sem se deixar de amar, ou mudar a essência. Esse foi só o primeiro capítulo, ainda tem mais coisa por vim, espero que gostem.



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Por João Lucas

Nunca pensei que daria tão certo, nem nos meus melhores planos, nos meus maiores sonhos.

Quando Eduarda topou, vi ali a oportunidade de um recomeço longe de tudo e de todos que já nos causaram mal. Confesso que tinha um certo receio de ficar no Brasil, Merival estava a solta e poderia querer acabar conosco novamente... Mas não, uma semana depois de Fabiano ter morrido, ficamos sabendo que ele cometeu suicídio, não aguentou ver o seu filho morto e toda sua família destruída. O ódio acabou com tudo que ele construiu, esse sentimento é demolidor...

Minha mãe tentou me impedir de viajar, não me queria longe dela. Porém, vendo que eu não desistiria da ideia, me intimou a visita-la pelo menos uma vez por ano, desde então faço isso... 4 visitas, quase 5 anos passados, em menos de 3 meses teremos que ir lá.

Apesar de eu sempre ter cumprido o trato, minha família não aguenta. Vez por outra, freta um jatinho e vem nos visitar aqui em Nova York... Sim, é aqui que moramos agora... Portugal foi só o começo, após termos conquistado a Europa, partimos para a América do Norte, minha esposa virou um sucesso, marcas de todas as partes do mundo queriam ela como garota propaganda, Du tem carisma... Vivíamos viajando, durante quase um ano não parávamos nem um mês sequer em país, mas Eduarda insistiu para fixarmos moradia, a instabilidade não é boa para crianças, nossos filhos precisavam de um lugar para chamar de lar.

Quando abri minha agência de modelos, o sucesso rapidamente me alcançou. Hoje, 4 anos depois, só o meu escritório é maior que muitas casas que tem por aí... Minha mesa está cheia de papéis, tenho muita coisa para resolver. Quando vi que tudo estava dando certo, decidi expandir os negócios. Hoje a Botticelli, esse foi o nome que dei a minha empresa, também é uma agencia de publicidade, não só de modelos. Fazemos campanha para as maiores marcas do mundo, recentemente assinamos contrato com o Guaraná Antarctica, eles querem crescer no mercado Americano. Essa bebida me lembra tanta coisa... O nosso salto, que felizmente deu certo!

Há três retratos na minha mesa. Em 1, o mais recente de todos, eu e Eduarda estamos em Paris, na frente da Torre Eiffel. Acabamos indo pra lá a trabalho, para Eduarda posar para a campanha de uma linha de roupas, coincidentemente as fotos foram bem no dia do nosso aniversário de 6 anos de casamento... Fugimos do trabalho só pra ver aquela imensa torre de ferro!

As outras duas fotos são de meus filhos, uma deles ainda bebes e outra que tirei no seu aniversário de 5 anos! Daqui a alguns meses completam 6, o tempo passa extremamente rápido...

Depois da morte de Merival e de seu filho, o processo que eu respondia ficou parado na justiça por anos até ser arquivado por falta de provas... Acho que meu pai molhou a mão de alguém.

Minha secretária bate na porta, tenho visitas: Minha esposa e meus filhos. É estranho, eles não costumam vir muito aqui...

Martinha aparece primeiro, ela entra correndo na minha sala, e vem a meu encontro.
M: Papi! - Ela grita com sua voz infantil e pula no meu colo. - O Dinho num que dividi o doce dele com eu... - Ela reclama, fazendo cara de triste. - Pedi pra ele papi!

Eduarda e Alfredinho entram no escritório e meu filho vai se explicando.
A: Essi é meu, a Malta já comeu o dela. - Meu filho troca o R pelo L, já levamos ele em uma boa fonoaudióloga mas não adiantou...
M: É Marta seu burro! - Ela briga com o irmão.
Du: Já vão começar?! Pode ir parando, pede desculpas pro seu irmão Marta!
M: Mami... Num fiz nada!
A: Fez sim! Tu bligou comigo, quelia tilar meu doce... E me chamou de bulo!

Martinha tira sarro do jeito que seu irmão fala e Eduarda a repreendi. Não sei porque, mas nos últimos dias minha filha anda implicando demais com seu irmão. Precisamos conversar sobre isso...
Du: Se não pedir desculpas vai ficar sem aula de balé!

Esse é o jeito mais fácil de convence-la de algo, Marta ama dançar e fazer aulas dessa dança que considero a mais chata de todas... Ano passado ela teve uma apresentação, não consegui ir, e minha filha ficou extremamente chateada.
M: Tá, sorry brother... - Ela fala olhando pra baixo. As vez minha filha coloca algumas palavras em inglês nas frases, também pudera, estamos morando aqui desde seus 2 anos e meio de idade.
Du: Agora deem um abraço!

Os dois olham para minha esposa mostrando suas insatisfações com aquilo, mas acabam sedendo. Meus filhos se abraçam e em seguida correm para pegar papeis e canetas. Desenhar juntos ainda não causa briga...

Eles vão pra longe da gente e começam a pintar. Eduarda se senta em uma cadeira, de frente pra mim e diz:
Du: Ta cada vez pior... A Marta implica demais com ele!
JL: Quem mandou a gente colocar o mesmo nome que o da minha mãe... Deu nisso!
Du: Estão cada dia mais parecidas. - Ela sorri.
JL: Posso fazer uma pergunta? - Ela assenti que sim. - O que te trouxe aqui? Você nunca vem...

Minha esposa abre um sorriso, se levanta de sua cadeira e vem até mim. Eduarda coloca as mãos sobre meu ombro e começa a me fazer uma massagem... Há coisas que nunca mudam.
Du: Fiquei com saudades, ultimamente você só vai em casa pra dormir... Queria conversar um pouco contigo.
JL: Como se a gente não conversasse o tempo todo... Meu WhatsApp só da você! - Sorriu.
Du: É, mas eu queria falar ao vivo... Além do mais, sempre falamos de trabalho!
JL: Aé, falando nisso... - Abro uma gaveta. - Acabou de chegar esse contrato pra você assinar. Mais um ano sendo a garota propaganda da tintura que tu usa! Parabéns meu amor! - Pego na mão de Du e a puxo para se abaixar até mim, dou um selinho nela e digo: - A cabelo de fogo mais requisitada do mercado.

Minha esposa pega os papeis e eu dou a caneta para que ela assine. Du se senta novamente, e me olha aparentando não estar animada.
Du: Eu já enjoei de vermelho a muito tempo! Talvez esteja na hora de colocar um preto aqui, ou quem sabe um loiro... Radicalizar sabe?!
JL: Ta louca? - Sorriu. - Nem pensar, esse cabelo é seu diferencial!
Du: Nem tanto, todo mundo ta pintando igual! Quando eu passei essa tintura no meu cabelo a intenção era ser diferente mesmo, mas agora todos pintam ou querem pintar dessa cor!
JL: E você é a inspiração deles! Desde que tu surgiu na mídia virou sucesso, e isso se deve a esse vermelhão... Ele chama atenção, atrai olhares!
Du: Já tenho olhares demais! Talvez eu queira ficar um pouco fora dos holofotes! - Ela diz, um pouco ríspida. - Você podia ter pedido a minha opinião antes...
JL: Ok, se você não quiser manter a cor tudo bem, mas primeiro tira as fotos pra campanha e... - Meu telefone toca - Só um minuto Du.

Atendo e é o assessor da Gisele Bundchen quem fala. Ela é a mais nova contratada da minha agencia.
JL: Yes, photos are tomorrow at 10 am ... I've talked to business owners of the brand, they accepted the conditions of Gisele! Great, hug! Bye, bye... - Acabei aprendendo a falar inglês, isso foi inevitável morando aqui e essencial para meu trabalho.

Coloco o telefone no gancho e me levanto para buscar mais alguns papeis quando escuto Eduarda dizendo:
Du: Não...
JL: Hã? Não o que?
Du: Não quero fazer campanha pra marca de tintura, mesmo que eu não mude a cor vermelha dos meus cabelos, não vou tirar essas fotos...
JL: Por que não? - A encaro. - A grana é ótima!
Du: Dane-se Lucas, eu não quero! Não to a fim...
JL: Então só porque você "não ta a fim" - Eu a imito - Vai fazer a agencia perder milhões?
Du: Quando você virou tão ambicioso assim em? A gente já é rico, milhonário... Nem que vivessemos 100 vidas iamos conseguir gastar tudo! Já chega, ta na hora de tirar umas férias...
JL: A gente foi pra Paris esses dias mesmo... Visitamos a Torre Eiffel!
Du: Foi a trabalho, mal tivemos tempo de respirar! Tiramos apenas uma foto e depois corremos de volta pro estúdio! Isso não é férias...
JL: Mas você não pode tirar férias agora, nem eu! Nós já vamos fazer isso daqui alguns meses, visitar a minha família no Brasil... Tu já assinou outros contratos, amanha mesmo temos que ir num evento de gala!
Du: Cara, você não acha que merecemos um descanso? Eu gosto de ter uma carreira, de ser famosa... Mas tem hora que cansa, que eu só quero ficar em casa com meu marido e meus filhos, sem ter nenhum compromisso! - A sua voz está um pouco alterada, faz dias que percebo sua falta de paciência com o trabalho. - Queria conversar com você sobre outras coisas, não só de mim, sobre a minha carreira...
JL: Olha, prometo que se você cumprir todos os contratos certinhos vou te dar um descanso. Juro! - Eu me levanto de minha cadeira e vou até minha esposa.

Eduarda se levanta também e ficamos de pé, um pertinho do outro.
Du: Eu te amo... Sinto falta de ficar de bobeira ao seu lado, tu só pensa em trabalho. Você está muito parecido com seu pai, quer crescer cada dia mais, transformar isso aqui num Império gigantesco!
JL: Eu também te amo... - Passo a mão por seu rosto. - E você sabe, quero provar pra todos que sou capaz de ser um grande empresário!
Du: Mas você já provou! Olha pra isso aqui... Você construiu em menos de 4 anos uma das maiores agencia de modelos do país!
JL: E publicidade... - Sorriu. - E não foi só eu, fomos nós... Mas eu quero que isso se expanda, que vire a maior da América do Norte, do Sul, do mundo!
Du: E eu desejo que tudo isso se realize, afinal seus sonhos também são os meus, mas tu não precisa viver em função da Botticelli!

Pego na cintura de minha mulher e a puxo para que ela fique colada a meu corpo, lhe dou uma abraço e falo em seu ouvido:
JL: Mas eu amo a Botticelli! É a coisa mais importante da minha vida! - Solto seu corpo do abraço e a olho sorrindo - E não é da empresa que estou falando...

Du também sorri, e diz:
Du: Até hoje não entendi porque tu colocou esse nome na agência...
JL: Por dois motivos! Primeiro: Eu te amo, foi uma homenagem a você! E segundo, esse também é o sobrenome de um pintor Italiano muito famoso, remete a arte, a renascença ... Sei lá, acho chique!
Du: Mais chique que Medeiros de Mendonça e Albuquerque? - Ela imita o jeito que minha mãe fala meu sobrenome.
JL: Muito mais! - Eu ainda estou com Du em meus braços, seu corpo está perto do meu. Acaricio sua pele e fico sentindo seu perfume... Nenhum outro se compara ao dela.

O tempo foi generoso com Eduarda, ela ficou ainda mais linda. Seu cabelo cor de fogo, que fica cada vez maior, destaca a pele branca de seu rosto. Sua boca pintada com um batom vermelho escuro, me chama para um beijo...

Olho para meus filhos, eles estão distraídos, então me aproximo de Du e nossos lábios se encontram. Ela coloca sua mão em minha nuca, e eu faço o mesmo.

O gosto de sua boca é inigualável, nunca me enjoo, mas ultimamente tenho a beijado tão pouco... Não que o amor tenha acabado, o meu só aumenta, mas talvez ele tenha se transformado com o tempo. Não é tao desesperado como no começo, mas ainda assim é amor. Ela ainda faz meu corpo queimar, mas não arde, só me faz bem...

Sempre foi assim e continua sendo, quando beijo minha esposa, esqueço do mundo. A única coisa que importa é ela, é continuar fazendo isso... A respiração nos falta e então nos afastamos, sorrimos um para o outro e recomeçamos tudo de novo. Sei que estou sujo de batom, mas isso não faz a miníma diferença. Quero sujar ainda mais, cada canto do meu rosto.

De repente um choro começa, nos afastamos rapidamente e vemos Alfredinho chorando.
A: Mamãe, a Maltinha me belisco!
Du: Filha! - Eduarda grita.

Du vai até eles, enquanto eu limpo meus lábios completamente manchados de vermelho, e ao acabar de fazer isso, a sigo.
JL: Marta, tá ficando difícil assim! Qual é? Por que ta fazendo isso com seu irmão? Vocês se davam tão bem...
M: Because ele é chatu! - Ela diz.

Eduarda consola Dinho e quando ele para de chorar, peço para que minha secretária cuide dele. Precisamos conversar com nossa filha, na verdade isso já foi adiado por muito tempo.

Meu filho sai, então eu e Eduarda levamos Martinha até um sofá, onde sentamos os três.
Du: Você acha isso bonito? - Minha esposa começa.
M: No... - Ela está olhando para baixo.
JL: A gente gosta de ver seu olhos, vamos lá, ergue essa cabeça.

Minha filha nos encara, com os seus olhos cor de mel cheios de lágrimas, e coloca seu cabelo castanho escuro atrás da orelha.
M: Ele mi deixa brava...
Du: Por quê? Ele gosta de você filha!
M: É qui vocês gostam mais deli que de mim! I know...

Ciumes, tudo por ciumes... Isso é tão coisa de irmãos!
Du: De onde você tirou uma ideia absurda dessas?
M: Absur o que?

Eduarda sorri.
Du: O que a mamãe quis dizer é que isso que você está pensando é uma bobagem! Nós dois... - Ela olha pra mim. - amamos vocês dois igual!
M: Mentira! É só o Dinho fala que a mamãe ri, brinca com ele... Com eu não!
JL: Comigo não... - Corrijo.
M: Com você sim, o papai faz o mesmo! Issu quando ta em casa... Os dois quandu tem tempo só pensa no Dinho, esqueci de mim!

Ouvir essas palavras dói muito, pois no fundo é verdade. Não que amemos mais Alfredinho, mas é que ele parece ser tão mais acessível... Sempre diz o que tem, fala o que sente. Martinha é o contrário, ela se cala. Ontem mesmo, uma menina que mora no mesmo prédio que o nosso, bateu em minha filha e, nós só ficamos sabendo porque os pais da outra criança foi na nossa cobertura pedir perdão, Marta nem tocou no assunto.

Porém, a parte que mais me doeu foi ela praticamente afirmando que eu nunca estou em casa. A verdade dói, principalmente quando negamos ela. Sou um pai amoroso, mas estou um pouco ausente...
Du: Você puxou a sua avó, sempre parece bem, forte... Mas no fundo é sensível!
M: Qual das duas? - Ela pergunta.

Maria, nossa ex vizinha, virou realmente a avó dos meus filhos. Não só isso, como também sua madrinha. No fim, foi ela que batizou os gêmeos, não a Ísis... Meu pai insistiu, mas não vi sentido para aquilo. Toda vez que íamos para o Brasil passávamos lá, até o dia que ela resolveu se mudar para cá, disse que tinha alguns negócios aqui, mas sabemos que o motivo da mudança é meu filhos. Se antes ela era uma senhora debilitada, hoje parece outra pessoa. Sinto que Alfredinho e Marta lhe trouxeram a vontade de viver... A única coisa ruim dela estar morando nos Estados Unidos, foi o fato de ter trazido a empregada junto. Depois que Du me contou que Alzira testemunhou contra mim, também passei a ter implicância com ela.
JL: A vovó Maria Marta!
M: Hm...
Du: Meu amor, as vezes pode parecer que nós nos importamos mais com seu irmão, mas isso não é verdade. Nós amamos vocês com a mesma intensidade, os dois são a coisa mais importante das nossas vidas!
JL: É minha princesinha, vocês são tudo pra gente!
M: Num parece... - Ela se levanta do sofá. - Eu vou pedir sorry pra ele!
Du: É desculpas que diz...

Ela nos ignora e sai do meu escritório. Ficamos os dois ali sentamos do sofá, de cabeça baixa, talvez pensando o mesmo: Como é difícil criar um filho...

Pensamos que sabemos de tudo, mas no final é justo o contrário. Ainda temos muito o que aprender!

Será que estamos errando na criação deles? Ser pai é tão difícil, mais do que administrar uma empresa...
JL: Eu me senti péssimo quando ela falou que eu quase não estou em casa! - Desabafo.
Du: Ela não mentiu Lucas... E quando você está, estamos sempre conversando de trabalho!
JL: Eu vou mudar! Tentar trocar de assunto em casa...
Du: Por que as pessoas mudam? Será que você sempre teve essa parte ambiciosa dentro de si e eu nunca percebi? Ou será que o tempo molda na gente outras personalidades e jeitos de ver o mundo? Aquelas duas pessoas que se conheceram no colégio não parece existir mais, os rebeldes que passavam a noite na balada morreram! Quem é a gente agora?! - Du para pra pensar e continua: - Acho que estou numa crise existencial, isso é tão coisa de adolescentes... - Ela ri.
JL: Eu acho que sou o mesmo Du, e você também... Só que agora temos responsabilidades, deveres e um trabalho que nos exige dedicação total!

Eduarda olha fixamente para sua mão, queria ler pensamentos para saber o que pensa.
Du: Você me ama como a anos atrás? - Ela pergunta.
JL: Não...

Eduarda volta seus olhos para mim e vejo espanto em seu olhar.
JL: Hoje eu te amo mais do que ontem e, menos que amanha... Todos os dias esse amor só aumenta Du! - Eduarda sorri. - Não acontece o mesmo com você?
Du: Sim, mas fico com medo de desgastar sabe? - Ela se aproxima mais de mim e coloca a cabeça sobre meu peito. - O casamento dos seus pais acabou por causa da Império...
JL: Acabou porque minha mãe queria tirar o Comendador do poder!
Du: Talvez ela só tenha feito isso para tê-lo mais próximo!
JL: Você me tiraria da empresa só para eu ficar mais perto de você? - A encaro.
Du: Não, mas já faz um tempo que eu penso em uma coisa...
JL: No que?
Du: Nada, esquece. Quando for a hora eu te digo! Só confia em mim, vai ser melhor pra gente, pro nosso casamento... Só promete que não vai brigar comigo, tá?
JL: Se vai ser melhor, não tem como brigar! - Sorriu. - Aliais, nem sei quando foi a última vez que fizemos isso! - Dou um selinho em Du.

Olho no relógio e é a hora do meu almoço, falo "bye" pros funcionários e saiu de mãos dadas com Eduarda e meus filhos.

Com uma mão seguro a de Du, com a outra a de Marta. Eduarda segura a de Dinho e assim caminhamos juntos pelas ruas de New York...

Algumas pessoas param minha esposa na rua para pedir fotos, outros para comentar que a acham linda, eu fico feliz com tudo isso, sua carreira está nas alturas, mas sinto que Eduarda não... Ela não aparente estar se deprimindo novamente, isso nunca mais aconteceu, Du está simplesmente cansada, enjoada da fama, da correria, da falta de tempo...

Ela diz que está pensando em uma coisa que será melhor pra nós dois.

O que será?


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Notas finais do capítulo

( Sinceramente, assim que acabei de escrever esse capítulo senti uma vontade imensa de apaga-lo, não sei, foi um dos que mais detestei, porém estava sem tempo ( na vdd, nunca tenho tempo) para escrever outro. Vou caprichar mais nos próximos.)
Amanha tem mais, espero vocês! :)
Quis fazer essa passagem de tempo pois o clima estava muito pesado, com muitas tristezas... Claro que nessa nova fase terá conflitos, me recuso a escrever uma história em que nada aconteça, mas nada grave ocorrerá agora.



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