Por João Lucas

Hoje a Eduarda tirará as fotos para a campanha publicitária da Império, ela está muito nervosa, não só pelas fotografias, mas também porque o dia do desfile se aproxima. Já faz uma semana que começou a comer menos: "Preciso estar magra" Foi o que ela falou. Minha esposa está mais vaidosa do que nunca, se preocupando com sua aparência como antigamente... Apesar de todo medo e ansiedade, felicidade é nítido em seus olhos! Pela primeira vez Du tem um emprego, está se sentindo útil e já até ganhou seu primeiro salário...Ela já me falou que trocará de carro.

Estou sentado na cama esperando Eduarda ficar pronta para podermos ir para a Império, e então recebo uma mensagem do Fábio, nós realmente viramos amigos. Ele é tão acessível, gente boa, gosta das mesmas coisas que eu, mesmos jogos, bandas... As vezes até acho estranho.

"Cara, bora tomar um chopp hoje?"– Ele pergunta.

É engraçado: Em alguns momentos ele parece ser a pessoa mais triste do mundo e em outros o mais animado. Já perdi as contas de quantas vezes ele quis me embebedar.

"Pô, não vai dar..."– Respondo.

"Por que não? Você nunca aceita meus convites! Pensei que a gente era amigo!"– Fábio costuma fazer drama.
Du: Quem mandou mensagem? - Du me pergunta enquanto termina de se arrumar.
JL: O Fábio ta me chamando pra tomar um chopp hoje, mas eu disse que não! - Falo, lhe mostrando as mensagens.
Du: Ele é um pouco grudento demais... Mas o Fa tem razão, tu nunca aceita!
JL: Eu posso? - Sorriu.
Du: Claro, pode ir... Confio em você! - Ela ri.
JL: Então eu vou aceitar... Jura que não tem problema?
Du: Juro! Desde que você não chegue muito tarde, nem bêbado...
JL: Tá, prometo!
Du: Sabe o que eu acho estranho? - Ela diz, enquanto eu digito uma mensagem pro Fábio.
JL: O que? - Falo, sem olha-la.

Eduarda se senta na cama ao meu lado, e começa a dizer:
Du: O Fa parece querer ser mais seu amigo do que meu... E isso não faz sentido já que ele me stalkeava, me acha parecida com a sua falecida esposa e só voltou a trabalhar porque quis me conhecer...

Paro de digitar a mensagem e a encaro.
JL: Tu tá querendo que ele te dê mais atenção? Que papo é esse em Du...
Du: Não, claro que não Lucas. O que estou tentando dizer é que as vezes eu sinto que ele me usou para se aproximar de você! Todo aquele papo de "Ai, eu também faço terapia e blá blá blá", era só para me comover...
JL: Eduarda, o cara vive chorando... É só a gente falar o papo família que ele fica triste! Tu não tá duvidando dessa história né?
Du: Se você prestar atenção nele vai ver que o Fa sempre se recupera muito rápido das crises de choro... E eu não me lembro de ter visto cair uma única lágrima dos olhos dele...
JL: Sabe o que eu acho? - Sorriu para Eduarda. - Você tá é com ciumes da minha amizade com ele... - Du vira os olhos e eu riu daquilo. - Tu vai ser sempre a minha melhor amiga, tá?!
Du: É eu sei... Não to com ciumes. Só é estranho um cara todo depressivo querer sair com você o tempo todo e nunca me convidar...
JL: É que você é mulher né, Du. Eu até gosto que ele não te chame, no começo achava que o Fábio era a fim de você... Mas parece que não!
Du: Ele tá é mais a fim de tu! - Ela começa a rir. - Mas agora vamos para Império que eu to super ansiosa para tirar essas fotos!

Passamos no quartinho de nossos bebes para dar um beijo em nossos filhos e depois vamos para o carro. No caminho até a empresa, cantamos e escutando algumas músicas que gostamos. Olho pro lado e vejo Eduarda soltando os pulmões no refrão da música: Quem diria que eu a veria bem assim tão rápido... Valeu a pena esperar todas as sessões de terapia, estar sempre a consolando, enxugando suas lágrimas... Tudo pela Eduarda vale a pena.

Quando chegamos na Império, há uma movimentação estranha. Hoje tem mais seguranças do que o normal. É compreensível, afinal milhões de reais em jóias estão aqui...

Apenas os funcionários mais antigos circulam pela empresa. O Comendador dispensou a maioria hoje... Uma sala da empresa foi feito de estúdio, meu pai não quer correr o risco das fotos vazarem, isso seria péssimo para nós e ótimo para a concorrência, e até mesmo para as lojinhas de camelô que certamente fariam cópias...
Du: Cara, eu to tão nervosa... - Minha esposa me diz.
JL: Não precisa. A única coisa que você tem que fazer é ser linda e isso tu já é!
F: O Lucas tem razão... - Fábio adora aparecer do nada. - É só colocar as jóias, sorrir para câmera e o resto é comigo.
Du: To confiando no seu trabalho em?
F: Já te disse que é impossível você sair feia. - Ele olha para mim: - Com todo o respeito meu amigo.
JL: Você só disse a verdade...
F: E então, vai assistir a sessão de fotos?
JL: Só um pouco, depois tenho que ir trabalhar...

Estamos conversando, quando vejo meu pai se aproximando de nós. Ele chama Fábio para falar a sós, e depois de alguns minutos Fa volta para perto da gente.
JL: O que o Coroa queria?
F: Me lembrar que a multa caso as minhas fotos vazarem é gigantesca...
Du: Eu não entendo o porquê disso!
JL: É que a coleção só pode ser vista no desfile... Sabe como é, se veem as fotos antes da marca colocar as jóias a venda, logo vários camelos vão estar vendendo uma joia de 100 mil por 4 reais na 25 de março.
Du: Que no caso vai ser uma bijuteria bem vagabunda!
JL: Sim, mas se você fosse uma granfina, daquelas bem nojentas, compraria uma joia que sua empregada doméstica tem igual? Mesmo a dela sendo falsa?
Du: É, acho que não...
JL: Além disso, a concorrência também ia amar ver antes. Tentaria sabotar as vendas sabe?! To aprendendo que nesse mundo dos negócios é difícil confiar em alguém!
F: Você tem razão... Mas não se preocupe, não vai vazar nada! Até porque eu não mostrarei essas fotos a ninguém, não sou louco.

A maquiadora chama minha esposa e de repente umas 6 mãos estão em cima de Eduarda: A maquiando, arrumando seu cabelo, pintando suas unhas... Tudo para deixa-la ainda mais bonita, como se isso fosse possível... Ela já é perfeita!

Minha esposa fica pronta e constato que estava errado. Nem sei descrever o quando Du está maravilhosa... Mais do que de costume!

Meu pai ta aqui também, ele acompanha tudo com muito atenção. Essa vai ser a nossa linha de jóias mais pretensiosa. As pedras usadas em cada peça foram as mais valiosas que a Império já usou, essa coleção foi a que mais investimos dinheiro, e se der tudo certo, será a que mais nos trará lucros.

Eduarda coloca um colar de diamantes que possui uma pedrinha de Serendibite, uma pedra muito rara que custa 1,8 milhões de dólares o quilate.
Du: Quem é doido de comprar um treco desses... - Eu a escuto falando. - Preferiria um apartamento no Leblon.

Todos acabam rindo.

As horas passam, até que chega o momento de fotografar as últimas jóias. As favoritas de meu pai, e minhas também.

O anel cravejado de brilhantes com uma pedra de Tumalina Paraíba, ou Schorl como é chamada as pedras pretas, fica lindo nela. Após colocar o anel, Du põe um brinco de pérolas negras.

Combinou tanto com ela...
JA: Capriche nessas fotos Fábio, essas peças são as minhas favoritas! A maioria das jóias vai para o estrangeiro, mas essas duas vão ficar no Brasil... Temos que crescer no mercado nacional.

A Império vende melhor fora do país, principalmente para as joalherias do Emirados Árabes. Afinal, é lá que se concentra a maior quantidade de bilionários do mundo.
JL: Você ficou deslumbrante com essas joias, combinou demais com você! - Falo me aproximando dela, assim que as fotos acabam.
F: Verdade Lucas, ta linda demais.
Du: Obrigada, mas eu nunca usaria coisas tão caras assim...
F: Então ainda bem que eu registrei você usando hoje, assim o Lucas vai poder olhar a foto sempre! Pena que vai demorar para ter a fotografia em mãos, só depois do desfile...
JL: É, mas não tem problema, gravei na memória. - Falo, dando um selinho em Du.
Du: Também, o tanto que você me olhou. - Ela ri.
JL: Não tem como não olhar!
F: Sabe o que acho? Os seus filhos que iam gostar de ver essas fotos, a mamãe deles toda linda!
JL: Ah, é verdade...
Du: Como se eles fossem me reconhecer na foto!
F: Claro que reconhece! - Fábio diz. - Por que você não tira uma foto? Pra mostrar para eles...
JL: Acho melhor não... - Olho para meu pai, e ele está distraido. - O Coroa não ia deixar!
F: Mas você só vai mostrar a foto para duas crianças, depois tu apaga! Não tem problema nenhum nisso cara! - Ele sorri. - Os bebes não vão contar para ninguém!
JL: É, acho que você tem razão...
Du: Melhor não Lucas, vai que acontece alguma coisa, tu envia essa foto sem querer para alguém... Teu pai te mata!
JL: Não vai acontecer nada, só vou mostrar pros bebes e depois apago. - Pego meu celular. - Agora dá um sorriso!

Eduarda acaba sedendo e, eu não resisto e tiro milhares de fotos dela. Até que não sou tão ruim, todas ficam boas... Se bem que, é impossível alguma fotografia sair ruim com ela de modelo.

Du faz uma cara de sexy para mim, e coloca o cabelo atrás da orelha para mostrar os brincos. Eu registro isso e dificilmente vou conseguir apagar essa foto. Eduarda ficou perfeita nela.

Estamos olhando as imagens e Fa diz:
F: Tu leva jeito pra isso cara...
JA: Jeito pra que? - Meu pai pergunta, e olha meu celular. - Que shit é essa Lucas? Não era nem para entrar com celular aqui, muito menos tirar foto!
JL: Desculpa, eu juro que apago depois!
JA: Se é para apagar, apaga agora!
JL: É que antes eu queria mostrar pros meus filhos... Por favor, eles vão gostar de ver! - Chantagem emocional colocando os netos dele na conversa sempre funciona.
JA: Sei não... - Ele resiste. - Mas só mostre a eles, para mais ninguém. E apague tudo depois!
JL: Tá, eu apago! - Sorriu.
JA: Agora que a seção já acabou, o senhor pode voltar ao trabalho. E você mocinha, pode ir para casa se quiser...

Meu pai sai e todos começam a arrumar as coisas para irem embora.
JL: Você vai embora?
Du: Daqui a pouco, acho que vou tirar essa maquiagem antes...
JL: Tudo bem, mas passa lá na minha sala para dizer tchau, tá?
Du: Nem precisa pedir. - Ela me dá um selinho.

Saiu do estúdio improvisado e vou até meu escritório. Tenho muitas coisas para fazer, nem sei se consigo acabar antes de dar a hora de ir embora. Eu tinha que ter começado antes, mas não consegui parar de assistir a sessão de fotos da Du.

Há vários papéis sobre minha mesa, tenho que passar a referência de todas as jóias pro computador, depois colocar o preço que foi estipulado por meu pai, só então enviar para nossos clientes. Tudo tem que ser feito com muita atenção, um zero a menos, ou a mais, será um problemão para empresa. Não podemos colocar um preço altíssimo demais pois assim as joalherias não comprariam, nem baixo pois aí teríamos que arcar com o prejuízo.

É uma responsabilidade e tanto, fico feliz em saber que confiaram a mim esse trabalho.

Estou digitando as referências, quando escuto algumas batidas na porta, logo em seguida minha esposa entra na sala com um sorriso no rosto.
Du: Vim dar tchau pro meu amor... - Fala, vindo até mim e dando um beijo em minha boca. - Vai demorar pra ir para casa?
JL: Acho que sim... Olha o tanto de trabalho que eu ainda tenho, vou chegar quase anoitecendo.
Du: Mas você não tinha marcado de sair com o Fa?
JL: Cacete, nem lembrava mais! Não posso ir, to todo enrolado aqui! Se conseguir acabar mais cedo, vou estar cansado, só querendo dormir!
Du: Ele vai ficar magoado...
F: Ele quem? - Fábio entra na minha sala de supetão, sem ao menos bater.
JL: É que eu to achando que não vou conseguir sair hoje, tenho muito trabalho...

Fábio que estava com um sorriso no rosto, logo o desfaz.
F: Caramba, se você não que sair tudo bem, pode dizer. Ninguém quer ficar perto de mim mesmo...

Isso está começando a me irritar... Ele se faz de coitado demais!
JL: Não é isso, só estou com trabalho acumulado!
F: Aé? E o que está fazendo? Posso te ajudar...
JL: Não precisa, é a tabela de preços, tem que ser só eu!

Eduarda está com as mãos em meus ombros, e escuta tudo calada.
F: Você não pode fazer isso em casa? Leva os documentos pra lá...
JL: Mas é que...
F: Meu psicologo disse que preciso sair, fazer amigos, tentar me divertir, esquecer os problemas... - Meu amigo coloca as mãos sobre o rosto e parece começar a chorar. - Tá difícil assim!

Olho para Eduarda e ela não está comovida, parece mais é duvidar daquelas lágrimas. Estou começando a perceber que ele usa sua trágica história para que as pessoas façam a sua vontade...
JL: Tá bom, eu faço isso amanha. Afinal hoje é sexta né? Levo os documentos para casa e termino no sábado!
F: Nossa, você é um amigão mesmo!
JL: Tamo junto! - Digo, tentando sorrir.
Du: Posso fazer uma pergunta Fábio? - Acho que é a primeira vez que escuto Eduarda o chamando assim. - Quando foi que sua família morreu?
F: Há 1 ano.. - Ele responde.
Du: E você tinha quantos filhos?
F: 2, por quê?
Du: Não nada, só pra saber. Qual era a idade?
F: 6 anos... - Está parecendo aquele: Ping Pong de entrevista. Eduarda pergunta e ele responde rápido, como se quisesse mostrar que tem tudo na ponta ta língua.
Du: Eles eram gêmeos?
F: Não, por que está perguntando isso?
Du: É que você só disse a idade de 1 dos filhos. E o outro? Eles eram um casal? Dois meninos? Duas meninas?
F: Credo, você parece estar interrogando...
Du: Desculpa, é que eu fico curiosa sobre a sua vida. A gente não sabe nada sobre você, mas tu sabe tudo sobre nós!
F: Não gosto muito de falar sobre o passado, me deprime. - Ele olha para mim. - Te vejo a noite. Mando mensagem falando onde. Até...

Ele sai da sala.
JL: Tu ta desconfiadona dele né?
Du: Você não?
JL: É, as vezes sim... Quer saber? É hoje que descubro qual é a dele!
Du: To achando melhor tu não ir tomar esse chopp...
JL: Fica tranquila, sei me defender! - Dou um beijo em sua bochecha. - Eu vou levar esses documentos para casa e amanhã faço tudo. Hoje nós dois vamos descobrir quem é Fábio Marchiori!
Du: Como? - Ela me pergunta.
JL: Do jeito mais fácil de todos, da mesma forma que ele nos descobrir... Pela internet! - Sorriu.

Pego todos os papeis que estavam em cima da minha mesa e levo até meu carro. Eduarda e eu vamos para casa.

Assim que chegamos, coloco os documentos no meu escritório e pego meu notebook. Me sento com Du no sofá, e começamos a fuçar a vida de Fábio.

Assim que colocamos o nome dele no Google, temos uma surpresa: Nada aparece. Não sobre ele... De todas as pessoas que apareceram, nenhuma tinha a mesma profissão que ele.
Du: E se ele não for fotografo? - Ela pergunta. - Talvez seja só uma desculpa para chegar perto da gente!
JL: Não... Ele me mandou as fotos do aniversário dos nossos filhos, todas ficaram ótimas. Pelo menos algum curso de fotografia ele fez!
Du: Então esse não é o verdadeiro nome dele!
JL: Talvez... Não aparece nenhum trabalho de um fotografo chamado Fabio Marchiori! - Paro de olhar a tela do notebook, e falo para Du: - Mas sabe o que é mais estranho? Também não fala nada sobre um acidente... Devia ter alguma coisa né?
Du: Sei lá, acontece tanto acidente no mundo! - Eduarda pensa um pouco, e se lembra de algo. - Ele não morava no Brasil, talvez tenha saído alguma notícia sobre o Fábio em um jornal do estrangeiro.
JL: É, pode ser... Mas em que país ele morava?
Du: Não faço ideia! - Ela sorri. - Não estamos chegando a lugar nenhum...
JL: É, não mesmo...
Du: Você não disse que já tinha conversado com o Fábio num fórum de um jogo? Ele nunca te falou nada?
JL: Nada sobre a vida pessoal...
Du: E o que a gente faz agora?
JL: Eu tenho uma ideia: Vou ir tomar esse chopp e faço ele ficar bêbado, dai arranco dele o máximo de informações possíveis!
Du: Sozinho? Ah não, fico com medo! Vai que ele é um doido!
JL: Fica tranquila, a gente vai num barzinho, vão ter várias pessoas lá! - Passo a mão por seu rosto e lhe dou um abraço. Estou começando a ficar com medo, não por mim, mas por ela...

Sei lá quem é esse homem, ou o que ele quer...

E se Fábio fizer algo contra nós? Me aterroriza a ideia de sofrer de novo, da Eduarda sofrer... Não suporto pensar em uma recaída em sua depressão, justo agora que ela já está recuperada.
Du: Não precisa ficar assim...
JL: Assim como? - Digo, saindo de meus pensamentos.
Du: Preocupado comigo. Ta tudo bem! Já aguentei um aborto, meus filhos sequestrados, um tiro, te ver a beira da morte, um parto complicadíssimo... Não vai ser esse cara que me fará desabar de vez, seja lá quem ele for!
JL: Eu sou muito óbvio ou você leu meu pensamento?
Du: A primeira opção. - Ela ri. - Você se preocupa comigo, eu me preocupo com você. É sempre assim...

Por Eduarda:

As horas passam e começa a anoitecer. Fábio já marcou o lugar onde ele e Lucas vão se encontrar. Tento não demostrar, mas estou muito preocupada. Quando conheci o Fa, até fui com a cara dele, senti compaixão. Mas o tempo foi passando e comecei a acha-lo bonzinho demais...

Acompanho meu marido até a garagem e dou um beijo nele.
Du: Boa sorte, toma cuidado em...
JL: Fica tranquila! - Ele me dá um selinho e entra no carro.

O vejo saindo e depois entro novamente em casa.

Subo as escadas e brinco um pouco com meus bebes. O tempo passa e chega a hora deles dormirem, eu lhes coloco em seus berços e desço para sala.

Quero que Lucas volte logo, estou louca para saber quem é Fábio! Passarei a só chama-lo assim... Esse nome parece combinar com ele agora!

Ligo a TV e fico assistindo um filme, os minutos e horas vão passando e, de repente pego no sono.

( horas depois)

Acordo com o barulho do carro entrando na garagem, olho no relógio e são 4:00 horas da manha, não acredito que Lucas demorou tudo isso para voltar.

Me levando do sofá e fico esperando ele entrar em casa. Alguns minutos passam e vejo alguém abrindo a porta. Corri a seu encontro e já ia perguntar como tinha sido, porém dou de cara com nada mais nada menos que: Fábio Malchiori.