Por Eduarda

Não sei como consegui resistir a isso por tanto tempo. Enquanto sinto a mão de Lucas percorrendo por cada centímetro de meu corpo, posso dizer que estou feliz. Definitivamente estou!

Ainda estamos vestidos. Lucas está sentado no chão com os pés esticados e eu estou em cima de suas coxas. Consigo sentir que já está excitado.

Meu marido segura meus cabelos e mordisca minha orelha. Meu corpo que já estava todo arrepiado, fica ainda mais.
Du: O que a gente ta esperando em? - Digo, me levantando de cima dele e colocando minhas mãos sobre o zíper de sua calça.
JL: Tem certeza que isso não é um sonho? - Ele pergunta sorrindo.
Du: Por que? Você costuma ter muitos sonhos eróticos?
JL: Nos últimos dias sim... - Lucas ri. - Mas são todos com você!
Du: Aé... - Falo, me aproximando de sua boca. - Então vamos tornar tudo realidade!

Eu que estava ajoelhada a seu lado, logo sou deitada no chão por ele.

Esse não parece um bom lugar para nos amarmos. Mas quem liga? Eu só quero o tê-lo, não interessa onde, nem como.

Lucas está por cima de mim, no meio de minhas pernas. Apesar de eu já ter aberto o zíper de sua calça jeans, ele ainda está vestido nela.

Vou com minhas mãos até sua cintura e puxo sua blusa. Não consigo a tirar por completo, pois seus lábios estavam grudados nos meus. Ele para de me beijar por um instante e tira sua própria camisa.
Du: Acho que a gente perdeu a prática. - Sorriu encarando seus lábios, agora bem vermelhos.
JL: A gente recupera... - Fala, voltando a me beijar.

Lucas me puxa e faz com que eu me sente novamente. É difícil tirar a roupa de alguém quando essa pessoa está deitada.

Em poucos segundos a minha blusa voa longe. Ele beija meu colo e eu passo a mão seu peitoral nu.

Estamos prontos para nos livrarmos de todas nossas peças de roupa, quando escutamos alguém batendo na porta. É a nossa empregada Ana.
A: Seu Lucas? - Paramos de abusar do corpo um do outro e ficamos em silêncio. - Tá tudo bem aí?

Meu marido me da mais um beijo e se levanta do chão dizendo:
JL: Droga! - Ele sorri. - A gente já continua isso.

Assim que ele sai do closet o vejo tropeçando em um tapete. Também pudera, Lucas não olhava para frente, estava com seus olhos fixados em mim.
Du: Tá tudo bem? - Pergunto, rindo.
JL: Tá sim, já volto... - Ele acelera seus passos até a porta.

Me levanto também e fico espiando. Vejo Lucas abrindo apenas uma fresta da porta e conversando com Ana. Pelo estado em que ele está, ela com certeza percebeu o que estava acontecendo, ou melhor, o que vai acontecer aqui...

Depois de alguns segundos ele fecha a porta e me olha sorrindo.
JL: Ela queria saber se você estava bem...
Du: E o que você disse?
JL: Disse que estava ótima e ficaria ficar melhor ainda... - Fala, mordendo seus lábios.
Du: Sério? E como o Senhor Lucas vai fazer isso? - Digo, tentando ser sexy.
JL: Assim! - Ele responde vindo até mim e agarrando minha cintura. - Vou te mostrar um dos melhores motivos para se continuar viva!
Du: Sexo?
JL: Não, amor... - Diz ele, me beijando novamente.

Meu marido me joga na cama e tira suas roupas. Eu apenas observo. Quando ele fica só de cuecas é a minha vez. Arranco minha calça e também meu sutiã.

Ele começa a beijar meu colo e meus seios. Vai descendo seus beijos lentamente por meu corpo nu, até chegar perto de minha calcinha. A mesma ele tira com os dentes.
Du: Eu não aguento mais. - Digo. - Preciso de você!
JL: Eu também preciso... - Lucas fica completamente nu e quando ia começar o ato, se lembra de algo. - Proteção! - Diz.

Meu marido se levanta da cama, e começa a procurar nas gavetas.
JL: Não tem nenhuma camisinha aqui?
Du: Deve ter, você comprou um monte uma vez. Não usamos todas. - Estou morrendo de desejo. - Acha isso logo! - Digo, ainda deitada na cama.
JL: Não tá nas gavetas! - Ele parece aflito.
Du: Tem que estar! - Falo, me levantando da cama. - E no closet? Junto com suas cuecas? - Digo, me dirigindo até lá.

Meu marido me acompanha e quando abro a gaveta logo dou de cara com com um monte de preservativos. Nós dois começamos a rir.
JL: Tá difícil pra gente consumar isso em? - Ele sorri, pegando a camisinha de minhas mãos.

Lucas me puxa pela cintura e nossos corpos nus ficam colados enquanto nos beijamos intensamente. Nossas línguas entram na boca um do outro e nosso beijo é cheio de tesão. Estou sedenta de desejo e ele também! Sinto Lucas me puxando para voltar pra cama, e digo:
Du: Não, aqui mesmo... - Estou com um sorriso malicioso no rosto.

Meu esposo me deita lentamente no chão, sobre um tapete e fica por cima de meu corpo. O vejo rasgando a embalagem da camisinha e colocando o preservativo e só então ele entra dentro de mim.

Assim que o sinto, solto um gemido. Não consigo pensar em mais nada a não ser em te-lo cada vez mais dentro de mim. Peço a Lucas para que aumente a velocidade dos movimentos e, pegando em minha cintura, ele faz o que lhe peço.

As minhas duas mãos estão livres. Sinto que estou indo as nuvens e não tenho nada para me agarrar. Pego as cerdas do tapete, e as aperto com toda minha força. Tento controlar os barulhos que saem de minha boca, mas não consigo. "Desse jeito todos da casa vão ouvir." Penso.

Mas na realidade, não estou ligando pra isso. Não faço nada de errado, muito pelo contrário. Ele é meu marido e eu a sua esposa. Merecemos isso! Sofremos tando e esses momentos são os únicos em que não pensamos em mais nada.

Vejo que Lucas está perdendo o ritmo, pois estamos nessa posição a um bom tempo e, consequentemente está ficando cansado, então o jogo pro lado e me coloco por cima dele.

Nos amamos por horas dentro daquele closet e quando chegamos ao ápice juntos, estamos os dois extremamente cansados.

Lucas está ofegante e eu também. Até um pouco mais que ele, afinal ando comendo pouco e nem sei a última vez que fiz algum esforço físico.

Estamos de mãos dadas olhando para cima, quando ele me fala:
JL: Eu nem acredito que rolou...
Du: Foi melhor do que nos teus sonhos? - Pergunto, sorrindo.
JL: Muito melhor. Dessa vez foi real... - Ele se vira pra mim e fica encarando meus lábios. - Você já deve estar cansada de saber, mas eu te amo muito... - Fala, dando um beijo em minha boca.
Du: Eu nunca canso de ouvir... - Digo, assim que saiu do beijo. - E eu também te amo.
JL: Eu to acabado.... - Ele sorri. - Preciso começar a malhar, estou ficando fora de forma.
Du: Tá nada, você continua o mesmo gostosão de sempre. - Sorriu.
JL: Du, eu queria que você ficasse sempre assim...
Du: Assim como? Suada, ofegante e com cara de apaixonada? É só me dar uns pegas todo dia!
JL: Não, não é isso... Quer dizer, isso também. - Ele se enrola. - É que você ta feliz.
Du: Pois é, meu psicólogo devia começar a recomendar esse tipo de tratamento pra suas pacientes... - Nós dois rimos, mas ele para ao se lembrar de uma coisa.
JL: Meu Deus! - Ele se levanta do chão. - A sua consulta! Que horas são? - Ele sai para procurar um relógio.

Me levanto também e me sinto um pouco dolorida. Não escolhi um lugar confortável para fazer isso.

Lucas pega seu celular e olha as horas dizendo:
JL: Se a gente tomar um banho correndo chegamos a tempo!
Du: Não vai da! - Falo, o encarando.
JL: Vai sim, é só a gente se apressar. Chegaremos a tempo...
Du: Você não entendeu! Eu não quero que dê tempo... Já fiz a minha terapia por hoje e pretendo repeti-la...
JL: Como assim? - Ele me olha sorrindo. Está começando a compreender meu planos.

Me aproximo de Lucas e o jogo na cama. Seguro seus braços e beijo seu corpo.
Du: Você aguenta mais uma vez?
JL: Quantas você quiser! - Ele fala sorrindo.
Du: Olha que eu posso querer muitas...- Digo enquanto mordo sua orelha.
JL: Quer saber de uma coisa? - Ele me joga pro outro lado da cama e fica por cima de mim. - Se for pra você ter algum problema, que tu vire uma ninfomaníaca.

Começo a rir e falo:
Du: Sou tarada por você! - Deslizo minha mão por seu peito ainda suado. - Meu homem...
JL: Eu também sou... Minha mulher! - Diz enfiando a língua em minha boca.

Depois de pegarmos outro preservativo nos amamos mais uma vez. Dessa na nossa confortável e macia cama.

Enquanto sou de Lucas nenhum mal parece existir. Não sinto medo nem inseguranças. Apenas o prazer, não só o do sexo, mas também o de saber que sou amada incondicionalmente por um homem que além de marido, é meu melhor amigo, meu companheiro, parceiro de todas as horas e também amante.

Estou deitada sobre seu peito, depois de transarmos mais uma vez, e fico ouvindo seu coração bater aceleradamente. De repente, escutamos o celular tocar.

Lucas pega o telefone que estava na cabeceira da cama e diz:
JL: É a minha mãe...
Du: Atende. Mas coloca no viva-voz, também quero ouvir!
JL: Ué, por que? - Pergunta, desconfiado.
Du: Nada, só quero saber se vão falar de mim! - Sorriu.

Ele faz o que peço e atende sua mãe.
MM: Meu filho, tudo bem?
JL: Tudo ótimo, maravilhosamente bem... - Diz, olhando para mim.
MM: Então, estou ligando para avisar que a reunião do conselho atrasou. Seu pai pra variar vai nos dar um chá de cadeira, deve estar com aquela ninfeta desgraçada...
JL: E então?
MM: Então acho que da tempo de você vir para reunião. A terapia da Eduarda já acabou?
JL: Na verdade a gente não foi hoje...
MM: Por que não? Ela se recusou?
JL: Não... - Olho meu marido com um sorriso no rosto, ele também me olha do mesmo jeito. - A gente ficou meio embolado, quer dizer, enrolado... A gente se enrolou com o tempo sabe? Não vimos ele passar!
MM: Ela não deveria faltar! É importante ir em todas. Fora que as consultas custam o olho da cara...
Du: Prometo que não falto mais. - Não me aguentei, tive que falar algo.
MM: Eduarda? - Pergunta surpresa ao ouvir minha voz. - Tudo bem?
Du: Como o Lucas mesmo disse, "maravilhosamente bem..."
MM: Acho que já entendi o que aconteceu. - Escuto ela rindo. - Mas então, você vem sim ou não meu filho?
JL: Talvez... - Ele me olha, e tapando o celular pergunta. - Você quer ir comigo?
Du: Eu? Pra que?
JL: Vamos, vai ser legal... Iremos escolher a nova coleção da Império, você vai gostar! - Lucas me olha com cara de cachorro pidão e é impossível eu negar qualquer coisa a ele.
Du: Ok, eu vou... - Falo, não muito animada. Não gosto mais de sair de casa...
JL: Mãe - Ele volta a falar no telefone. - Vou sim... Eu e a Du! Aguenta ae que já estamos chegando.

Lucas se levanta da cama correndo e vai em direção ao banheiro. Ao ver que não o sigo, me pergunta:
JL: Tá esperando o que? Vamos Du! - Ele está tão animado.

Praticamente me arrasto até lá. Estou cansada, não quero ir... Porém Lucas quer e eu sei que ele não vai sem mim!

Tento esconder meu desanimo e felizmente consigo.

Tomamos banhos juntos e tentamos não trocar muitos beijos. Não queremos chegar atrasados, mas não resistimos, ficamos alguns minutos nos agarrando. A saudade um do outro ainda não foi completamente sanada.

Quando saímos, vestimos rapidamente uma roupa. Lucas coloca apenas uma calça social e uma camisa.
JL: Vai ter pouca gente na Império, não tem problema... - Ele sorri.

Pego um vestido cinza e uma meia preta e visto. Já faz alguns dias que comecei a me arrumar um pouco melhor.
Du: Será que dá tempo de passar um blush? To tão pálida...
JL: Sério? - Ele parece ficar feliz ao ouvir isso.
Du: É, eu to um pouco branda demais e...

Sou interrompida por um forte abraço. Quase o empurro, ele me aperta demais. Porém não faço isso, apenas digo:
Du: Não sou de vidro, mas mesmo assim quebro...
JL: Ah, desculpa... - Ele me solta sorrindo. - Fiquei muito feliz, você tá querendo se arrumar, sair... Isso é sinal de melhora! É um grande progresso.

Dou um sorriso amarelo.

Na verdade não quero sair, preferiria mil vezes ficar aqui no meu quarto! Só estou indo porque sei que Lucas ficará feliz com isso. Talvez me importe mais com ele do que comigo mesma.
JL: Leva as coisas pro carro, você se arruma no caminho! - Ele me dá um beijo na bochecha e vai pegar minhas maquiagens. - Esse negócio de passar no olho também? - Ele pergunta.
Du: Sim... - Respondo sorrindo.

Descemos as escadas e damos de cara com Ana.
A: Oi - Ela diz um pouco sem graça. - Eu já estou indo embora, ok?
Du: Tudo bem, até amanha... - Digo, sorrindo.

Ana fica surpresa com minha alegria, olha para meu marido e da risada dizendo:
A: Devia ter feito isso antes...

Lucas ri, mas eu fico envergonhada. Pelo jeito ela realmente ouviu o que fizemos no quarto.

Vamos para o nosso carro, e Lucas me pergunta:
JL: Quer dirigir?
Du: Não to afim não... - Respondo.
JL: Mas você sempre adorou fazer isso! - Ele parece chateado com a minha recusa, afinal a antiga Du nunca diria não.
Du: Vou me maquiar, esqueceu? - Disfarço, nem estava mais me lembrando disso. Aliais, nem quero mais.
JL: É verdade! - Fala, entrando no automóvel e colocando o cinto.

No caminho, faço um esforço enorme para parecer animada. Enquanto passo o lápis no meu olho, vejo Lucas me olhando.
Du: Dá pra prestar atenção na rua?
JL: Difícil... Queria te olhar o dia todo, o tempo todo... Quem mandou ser linda?! - Ele sorri e eu também. Seus elogios sempre me deixam feliz.

Assim que chegamos na Império vamos direto para a sala de reuniões. Todos os irmão de Lucas estão lá, mas o Comendador não.
JL: O pai ainda não chegou?
MM: Não. Pra variar esqueceu da nossa existência... Aquele bode velho me paga! - Ela diz.
MC: Você trouxe a Du... - Fala Clara quando me vê - A quanto tempo!
Du: É, eu fiquei um pouco malocada em casa... Não estava muito boa!
MC: É... Mas agora você já está bem né? - Ela olha para Lucas e acho que ele balança a cabeça dizendo que sim, pois Clara abre um sorriso gigantesco.
Du: To melhorando... - Respondo.

Me sento em uma cadeira, a última da mesa, e pego meu celular. Alguns minutos se passam e meu sogro chega, ele vem até mim e me dá um abraço.

A reunião começa e todos param de prestar atenção em mim. Fico feliz com isso, não me sinto bem sendo o centro das atenções.

Nem sei o que eles falam, minha cabeça está em outro lugar. Estou concentrada em bater o record do Lucas no jogo fruit ninja. Sempre fui a melhor, agora não pode ser diferente. Perdi um pouco a prática, afinal não jogo a meses, mas isso é como andar de bicicleta...

Estou a 3 pontos de fazer a minha melhor pontuação quando escuto José Alfredo falando meu nome.
JA: E então Du? - Ele me encara. - O que você acha?

Todos da sala me encaram. Alguns com um sorriso, outros com um olhar receoso...

Não sei do que ele está falando, não estava prestando atenção. Penso em perguntar do que se trata, mas aí ficará claro que eu não estava ouvindo a conversa. Lucas me olha feliz e parece estar pedindo para que eu concorde.
Du: Acho ótimo... - Respondo.
JL: Sério? - Meu marido abre um sorriso gigantesco no rosto e parece ficar surpreendido com minha resposta. - Tem certeza?

Não, nenhuma. Nem sei do que falam! Mas mesmo assim confirmo, deve ser algo bom, Lucas nunca me meteria numa furada, não de propósito.
Du: Claro, certeza absoluta... - Dito isso, bloqueio meu celular e coloco no bolso. - O que você acha? - Pergunto, numa tentativa de que ele me esclareça a situação.
JL: Acho ótimo! - Ele se levanta e vem até mim. Me dá um selinho e em seguida um abraço.
JA: Então assim será!

Estou quase desesperada. "Meu Deus, alguém me explica o que acabei de aceitar!"
MM: Eu não sei se isso vai dar certo... Ela não tem o perfil!
JA: Claro que tem Marta! A moça é linda e é uma Medeiros.
MM: Mas a Eduarda nunca fez isso. Que tal a Amanda? As lentes das câmeras a amam...
JA: A Amanda ainda não é uma Medeiros. Ela não se casou com o José Pedro... Por enquanto só é uma Mendonça de Albuquerque.
MM: E você acha pouco?

Os dois continuam discutindo e, assim como eu, todos prestam atenção na conversa!
JA: Marta, pare de ser implicante. Você gosta da moça, eu também... A Eduarda é bonita, vai combinar com as jóias e ainda será uma propaganda grátis. Todos falam da nossa família, nada melhor do que torna-la o novo rosto da Império!

Novo rosto? Como assim?
MM: Não sei não...
JA: Mas eu sei, já está decidido. Ela aceitou e agora ninguém vai me fazer mudar de ideia. A Eduarda será a principal modelo da nova coleção!

Eu?

Modelo?

Meu Deus, como eles chegaram nessa ideia maluca?

Isso só pode ser uma brincadeira...