Sempre te amei. escrita por AnaClaudiia


Capítulo 17
Capitulo 17: Parto!




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Por Eduarda

Esse foi um mês difícil pra mim. Durante 30 dias passei a maior parte do tempo deitada em uma cama.
É claro que a constante presença de Lucas me ajudou. Não sei se aguentaria ficar acamada por tanto tempo, sem te-lo ao meu lado. Durante todos esses dias, ele não saiu um minuto sequer do meu lado. Estava sempre me mimando, me trazendo novos jogos de vídeo game, me contando histórias. Em todo tempo que fiquei repousando, ouso dizer, que ele repousou também, mas por vontade própria! Ele realmente queria estar ali ao meu lado.
Meus filhos podem nascer a qualquer momento. Tudo está preparado para a chegada dos dois. As malas estão prontas, o quartinho arrumado, e a mamãe mais ansiosa do que nunca.
Nesse momento, apesar de já ter sido liberada do meu descanso forçado, ainda estou na cama. E dessa vez, é por vontade própria.
Olho pro relógio em cima de minha cabeceira e, vejo que ainda não passa das 8 da manha. Lucas, como sempre, dorme agarrado ao meu corpo. Não quero acorda lo, então fecho meus olhos e curto a sensação de te-lo assim tão perto de mim.
Adormeço novamente e quando acordo já de passam das 10...
Depois de esfregar os olhos e me espreguiçar, noto que os braços de Lucas não estão mais em volta de mim...
Me levanto da cama com certa dificuldade, e ao constatar que ele não está mais no quarto, desço até a sala a sua procura.
Encontro Ana, nossa empregada, e a questiono sobre meu marido.
Du: Se não viu o Lucas por ai não?
Ana: Vi sim, ele está na cozinha preparando seu café da manha... Eu tentei ajuda-lo, mas ele fez questão de fazer tudo sozinho!
Agradeço a informação e vou até a cozinha. Ao ver Lucas digo:
Du: Me mimando desse jeito vou ficar muito folgada!
JL: Ah, não acredito que você já acordou... Você sempre faz isso, eu tento te levar café na cama e você acorda antes!
Du: É que quando percebo que seus braços não estão mais envolvendo meu corpo, não tem a minima graça ficar naquela cama...
Lucas me beija e faz sinal para que me sente a mesa.
JL: Já que não deu pra te levar café na cama, deixa eu pelo menos te servir? Me diz, o que você quer? Fiz salada de frutas, tem um musse de maracujá na geladeira e se você quiser, posso fazer um ovo mexido!
Du: Nossa, mas eu to casada com um chef de cozinha e não tinha reparado? - Digo fazendo graça.
JL: Não sou chef de cozinha, mas se você quiser, eu viro um só pra te agradar!
Du: As vezes eu sinto que você é perfeito demais pra mim...
JL: As vezes eu sinto a mesma coisa... - Diz enquanto acaricia meus cabelos - Sabe Du, eu me esforço todo dia pra ser o melhor marido, mas isso é porque eu tenho a melhor esposa.
Penso em responder alguma coisa, em dizer que o amo ou, que ele me faz a mulher mais feliz do mundo, mas infelizmente, não a tempo.
Sinto um líquido escorrendo por minhas pernas e ao olhar pra baixo percebo o óbvio. A bolsa estourou.
Du: Lucas, acho que o café da manha vai ter que esperar... - Digo tentando me levantar.
JL: Por que Du? Ta sem fome? - Diz sem reparar que a hora do parto finalmente tinha chegado.
Olho pra Lucas sorrindo, e quando ele olha pra baixo percebe.

JL: A bolsa estourou? Ai meu Deus, vai nascer... - Diz derrubando no chão a bandeja que trazia até a mesa. - ANA, ANA, PEGA AS COISAS DO BEBE, QUER DIZER, DOS BEBES... - Ele se vira pra mim e percebo que está completamente desesperado. - Você ta bem né? Já começou as contrações? Respira cachorrinho tá?
Du: Calma Lucas, to bem, as contrações estão leves por enquanto... - Digo me sentando novamente na cadeira. - Vai pegar o carro, as coisas dos bebes e vamos!
JL: Ta, onde tá a chave? Meu Deus... - Diz revirando toda cozinha.
Du: Está na sala, no lugar que você deixa todos os dias...
Lucas corre até o outro comodo e eu riu do seu desespero. O sorriso só sai de meus lábios, quando uma contração mais forte começa.
Rapidamente Lucas volta. Ele me leva até o carro e me faz deitar no bando de trás.
Ele já ia arrancar com o carro, quando o lembro de outro detalhe importante.
Du: Você não pegou as coisas do bebe!
Nesse mesmo instante, nossa empregada vem correndo até nosso carro com três malinhas na mão.
Ana: Desculpa a demora, mas não tava achando as coisas da Eduarda...
Du: A culpa é minha, tirei do lugar que estava antes...
Lucas desse do carro, pega nossas coisas e, literalmente as joga no porta malas.
No caminho até o hospital, Lucas me repetia mil vezes a palavra "Calma". Acho que ele estava dizendo isso mais para si próprio, do que para mim.
Apesar das dores estarem aumentando cada vez mais, eu estou calma. Espero por esse momento desde o dia em que aceitei meus bebes. Se no começo eu não desejava esses filhos, hoje não consigo imaginar minha vida sem eles. Mal posso esperar para ver os seus rostinhos.
No caminho até o hospital, Lucas conseguiu se acalmar por uns minutos e ligar avisando sobre minha chegada.
Já na porta sou recebida por dois enfermeiros com uma cadeira de rodas. Me sento nela e em seguida, sou conduzida por eles até uma sala.
Me deitam em uma maca e ao sentir as dores aumentando, fecho meus olhos por alguns segundos. Quando os abro, sou surpreendida com a presença de duas pessoas.
Lucas e uma enfermeira com uma enorme agulha em mãos.
Enfermeira: Ola Eduarda, você pode se levantar para que eu lhe aplique a anestesia?
Du: Como assim? Eu vou ter de parto normal...
Enfermeira: Por favor senhora Eduarda, assim será melhor pra você e pros bebes...
Du: Nem pensar, eu já combinei com meu médico. Eu vou ter os bebes de parto normal e você que não se atreva a colocar essa agulha em mim! - Digo já brava.
JL: Isso mesmo! Se minha mulher decidiu que quer assim, assim será!
Pego na mão de Lucas a agradeço pelo apoio.
A porta se abre de supetão e é minha sogra quem entra.
MM: Finalmente esses bebes estão a caminho! Já estão indo pra cirurgia?
JL: Não vai ter cirurgia, a Du quer parto normal, que eles nasçam na hora que tiverem vontade!
MM: Mas que frescura é essa? - Diz me encarando.
O médico chega e me examina. Segundo ele, ainda estou com pouca dilatação. Pelo jeito, terei que esperar um bom tempo até que eles possam finalmente nascer naturalmente.
Algumas horas se passam e finalmente estou pronta para ter os bebes.
Sou levada até uma sala, onde me deito em uma maca que me faz ficar com as pernas totalmente abertas. Essa não é uma posição muito confortável, mas sei que é preciso.
As dores aumentaram de uma forma absurda. Tento me acalmar, então faço o que Lucas me disse mas cedo "Respiração cachorrinho"
O médico me pede para fazer força e assim começa o trabalho de parto.
Tento ser o mais forte possível, colocar todas minhas energias naquele momento, mas o tempo passa e nada acontece.
Sinto que alguma coisa está errada.
Começo a me sentir mal e por alguns instantes, tenho a impressão de que vou desmaiar.
O médico faz sinal para os enfermeiros, e logo sou entubada.
Sim. Alguma coisa está errada. Não é impressão!
Dr: Eduarda, tente se manter acordada ok?
Meus olhos pesam, minha cabeça está rodando. Vou desmaiar a qualquer momento, mas antes tenho que dizer uma coisa.
Du: Doutor, se tiverem que escolher entre mim ou meus filhos, por favor, opte por eles!
Termino de dizer essa frase e tudo escurece... Será esse meu fim?


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