BAD GIRL: Selvagem escrita por Jhuly Panter Kat


Capítulo 23
Matar ou torturar até a morte? Eis a questão!


Notas iniciais do capítulo

Bjos e boa leitura ;)



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– Eu vou ser o quê? - Mar sentiu suas entranhas se revirarem mais uma vez. Seu pulso acelerou e seus olhos dilataram. - Você é quem não está bem, André! Acho que a surra que eu te dei mexeu com a sua cabeça. Você está louquinho da Silva.
– Estou sério sobre isso. - Ele usou um tom firme e franzia o cenho, parecia quase bravo. - E você sabe que eu nunca fico sério sobre nada além do futebol... E você. - Ele deu uma pausa lenta e firme ao terminar a frase. Mar não conseguia compreender ele. Sobre o que ele queria dizer quando disse que ela seria dele pelo resto da vida.
– Como assim, sério sobre mim?
– Marina, você vai ser minha e de mais ninguém. Pra sempre.
– Você está realmente louco. Você tem alguma ideia da merda que está falando?
– Tenho. É provavelmente a merda mais sincera que já disse quem toda a minha vida. - Ele a encarou, e seus olhos dilataram, o pulso dela aumentou, ela começou a sentir o efeito do que ele disse em seu estômago, borboletas vidravam lá. Ela estava perdida, pois sabia que ele realmente estava sério sobre isso. E por mais estranho seja a baboseira que ele disse, ela se sentia feliz e amparada, mais do que já se sentiu em três anos. Mas o pior era que havia outra coisa que ela havia descoberto sobre tudo aquilo. O que ela sentia por André era mais do antipatia, ódio ou atração. Ela sabia que era algo maior que sempre reprimiu, mas decidiu ignorar. E foi o que fez.
Ela pega o celular e começa o procurar o número de algum sanatório, e ele percebe. Arranca o celular da mão dela e joga na cama.
– E se caísse no chão?
– Não iria cair. Sou tão bom com as mãos quanto sou com os pés. - Ele jogou a ela um leve sorriso malicioso.
– Imbecil.
– E por fim, vou te ajudar com essa merda do Matheus.
– Não me lembro de ter pedido a sua ajuda, André.
– Porque você não pediu. E eu não preciso pedia a sua ajuda para te ajudar.
Mar tenta dar um chute em sua canela mas ele desvia e sai pelo corredor a fora.
– Quando decidir me avisa. - Disse ele descendo as escadas. - Estarei aqui em baixo.
***
Marina passa as últimas quatro horas fritando o cérebro tentando pensar em algo que não envolva matar o desgraçado ou torturá-lo até a morte, ambos envolve a morte, mas isso a levaria direto para a prisão, e quem iria dirigir o carro que ela seria presa com toda certeza seria o seu pai, ele seria o primeiro a entregá-la.
Seu apetite desapareceu, mesmo assim de hora em hora Sara deixa uma bandeja com comida no quarto dela. Decide por comer os carboidratos pra treinar pelo menos um pouco. Matheus precisa que ela esteja na melhor condição possível, e por mais que não sinta fome ela come. Ao terminar sai pra correr dez quilômetros e fica martelando as mesmas coisas na cabeça tempo todo. Ela não consegue pensar em nada melhor do que acabar com a vida do desgraçado assim como ele fez com um dos antigos membros e quase fez com o Matheus, seu irmão de coração. Pensou em mais de milhares de torturas diferentes, até inventou algumas, Dar um banho de refrigerante do cara, deixar ele amarrado no meio da floresta amazônica, deixar uma câmera escondida e observar a morte lenta dele. Ele iria atrair todo tipo de inseto e bichos.
Chega em casa e vê que está acontecendo uma reunião na sala de jantar. Escuta várias vozes uma em cima da outra. Reconhece a de Héctor. Depois a de Liam, André, a loira de cabelos rebeldes. Decide por não ir ver o que está acontecendo e sobe para o seu quarto. Toma o banho mais demorado da história, pensando, pensando, pensando. Não era fácil pra ela ficar pensando tano. Normalmente ela só teria ido lá e dado um surra no cara até ele não se lembrar quanto é um mais um.
E ela tinha que admitir, o imbecil do seu primo tinha uma mente brilhante pra vinganças. Uma vez ela comeu todo o cereal dele, na manhã seguinte em seu quarto tinha tanta formiga que precisaram chamar um dedetizador na casa. E quando ela deixou o celular dele cair no mar, propositalmente, no dia seguinte ela perdeu a mala, mas encontrou ela boiando na piscina, com isso o secador estragou e a câmera que estava lá dentro. Foram tantos jeitos diferentes. Mas na maioria das vezes os dois caíam no tapa mesmo.

Ao sair do banho encontra André sentado na sua cama mexendo no celular. A água do banho recém tomado alojado em seu cabelo desce para o resto do corpo. André olha pra ela e pensa em lubrificantes, pois ela aparente que tomou um banho disso, incontrolável, o seu amigo de baixo ganha vida e Marina nota.

– Sério, isso? - Ela aponta para o amigo super vivo dele.
– A culpa não e minha.
– Deve ser uma merda ser homem. - ela bufa sem muita energia para discutir e excessivamente cansada de tanto pensar em algo.
– Na verdade é ótimo ser homem. - Ele lança um olhar sedutor pra ela que devolve uma careta de nojo pra ele. Ele ri.
– Então... Se não percebeu, eu estou nua e preciso que você saia para que eu possa me trocar.
– Claro! Mas somente depois de ouvir a sua resposta. E não aceitarei um não como resposta.
– Como assim? - Marina se irrita, ela quer apenas se trocar e dormir, mas ele a irrita e não facilita nada. Nunca facilitou na verdade. - André saí daqui agora!
– Somente depois de ouvir um sim de você.
– Você vai é ouvir as máquinas do hospital do qual você vai ficar internado se não sair daqui agora!
– Se você ainda não percebeu está em desvantagem. - Ele percorre os olhos em todo o corpo dela. Ela ruboriza, vai até a gaveta de roupas íntimas e pega uma calcinha, abre a outra de baixo e pega uma blusa do Chicago Bulls e entra no banheiro. Quando sai de lá André ainda está no mesmo lugar de antes. E nota que a Blusa virou um vestido e é a coisa mais sexy que ele já viu na vida. Fez uma nota mental de comprar um monte de blusas gigantes pra ela, mas desistiu pois ela não iria aceitar, era mais cabível ela fazer uma fogueira com elas e jogar as cinzas no café da manhã dele.


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Notas finais do capítulo

Demorei, mas enfim aqui está mais um capítulo. Ficou curto, mas o próximo será maior. Bjos e até o próximo.