BAD GIRL: Selvagem escrita por Jhuly Panter Kat


Capítulo 22
Acordada pelo quinto membro.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/573569/chapter/22

Depois de algum tempo conversando, Wendy declara que já tem que ir, já que no dia seguinte ela teria aula. Ange sofre ao se despedir da loira baixinha. Mesmo com a música alta, Marina resolve ir dormir, por mais que ela não fosse para a escola. Ela estava cansada, mas antes tomou um banho antes de ir dormir.
Ao sair do banheiro encontra André sentado em sua cama com o rosto inchado na região onde ela meteu um soco nele. Ela estava enrolada na toalha, com o cabelo ensopado de água, formando uma pequena poça no lugar onde ficou paralisada de olhos arregalados ao encontrar o primo lá.
– O que você está fazendo no meu quarto, André?
Ele tinha um olhar riste e melancólico, ao mesmo tempo irritado, mas ficou surpreso ao encontrá-la de toalha, no mínimo pensou que ela teria colocado um pijama dentro do banheiro já que a casa estava cheia e alguém poderia entrar em seu quarto.
– Eu não queria ficar lá em baixo. Tá todo mundo falando da surra que eu levei da minha priminha. E acho que você me deve desculpas. E um obrigado. - Marina olhou para ele como se ele estivesse louco. Ela nunca iria pedir desculpas, muito menos obrigado.
– Será que pode sair do meu quarto?
– Não vou sair do seu quarto e originalmente ele era do meu pai.
– Verdade, ele era do seu pai, mas não é mais. Então, será que pode sair par que eu possa colocar uma roupa.
– Já disse que não vou sair daqui. Se quiser se rocar vai até o banheiro.
Marina cansada de lutar contra ele. Cansada do dia mais louco e talvez um dos mais estressantes de sua vida, Mar foi então até o armário cheio de espelhos na porta de correr, abre ele e tira da primeira gaveta uma calcinha preta, um top preto e um short de dormir azul marinho. Volta no banheiro se seca um pouco e põe a roupa.
– Agora será que você pode sair pra que eu possa dormir em paz?
– Como se pode dormir em paz com anto barulho? - Ele percebeu que a deixou mais irritada que antes. - Não vou sair daqui, também to cansado e quero dormir, só que não posso porque o Héctor está transando no meu quaro com uma garota da qual eu não conheço, então definitivamente eu não pra lá.
– Será que está querendo levar outra surra? Essa já não foi o bastante pra você?
– Isso me lembra que você me deve uma mesa de poker. Um pedido de desculpas e um obrigado. - Marinha franziu o cenho e levantou as sobrancelhas. Ele percebeu que ela não o deixaria ficar ali, então resolveu dar uma de bom moço. - Me deixa ficar aqui, por favor. Só por hoje. - Implorou usando sua cara de cachorro abandonado.
Marina estava cansada de mais pra chutar o traseiro desse idiota, ainda mais depois de ter tomado um banho delicioso. Seu corpo estava dolorido, ela estava praticamente dormindo em pé. Sem contar que ela se sentia um pouco responsável pelo rosto roxo e inchado dele.
– Escuta bem. Você nunca dormiu aqui, okay?
– Sim senhora. - Um sorriso transparece no rosto dele.
Marina desligou a luz e foi pra sua cama, jogou os travesseiros extras no chão e deitou-se debaixo do edredom azul. Sentiu André se deitando também. Ela deixou ele ficar no quarto dela, mas não na cama.
– André?
– Hã?
– O que está fazendo?
– Me deitando.
– Não na mina cama. - Avisou ela, o tom de sua voz era ríspido e firme.
– Ah, qual é? Quando a gente era crianças dormíamos juntos.
– Nós éramos crianças, idiota.
– Não mudou muita coisa, você continua a mesma pirralha louca e briguenta.
– E você o mesmo idiota, que tem como objetivo de vida fazer da minha vida um inferno.
A verdade era que Mar não havia desgostado de ter ele ali, apesar de tudo o que aconteceu naquele dia.
– Só dorme Marina. - Cansada de discutir apenas deu um chute nele, forte o suficiente para ele cair da cama, mas jeito como ele havia dito o nome dela havia a deixado um pouco feliz. E então ela logo adormeceu.
Ao acordar sente algo cutucar suas costas. Lembra-se do motivo pelo qual não queria que André dormisse na sua cama. Mas o safado havia esgueirado pela sua cama na madrugada sem que ela percebesse. Os dois estavam de conchinha, ele agarrava ela e tinha a perna esquerda em entrelaçada com as dela. Ela a puxou mais pra perto pressionado mais o quinto membro em suas costas.
– André, seu pervertido! Acorda. - Gritou Mar.
– Hã? -Perguntou André confuso e sonolento. - Me deixa dormir Liam.
– É a Mar seu idiota - Disse ela com os dentes pressionados dando um beliscão na costela dele. O rapaz ainda estava sem camisa.
– Aí! - Gemeu ele no ouvido dela. Naquele momento suas entranhas se reviraram, ele tinha que sair dali agora ou ela não sabia o que poderia acontecer. Ela deu uma cotovelada bem forte nas costelas dele, mas se arrependeu um segundo depois que lembrou sobre a noite anterior.
– Mar! Que saco! - Ele se desgrudou dela no mesmo momento do impacto certeiro em seu ponto dolorido. - Se você continuar assim vou morrer em menos de uma semana.
– A culpa não é minha se você faz por merecer. E por que diabos você estava dormindo na minha cama.
– O chão era frio e duro.
– Por que não foi dormir no sofá, então?
– Já está ocupado.
Mar expulsou André de seu quarto, vestiu um short jeans e uma blusa camisa do Metallica. Escovou os dentes e fez suas necessidades fisiológicas. Calçou o chinelo Ipanema com a bandeira dos Estados Unidos cheio de estrelinhas na lateral da sola do chinelo e desceu pra encarar a bagunça que estaria a casa.
Mar estava chocada. Não havia bagunça. Só algumas pessoas caídas pelos cantos dormindo. Ela queria saber como diabos a casa havia ficado tão limpa, sem sinal algum de festa. Foi até a cozinha, Sara preparava o almoço.
– Bom dia Sara. - Disse Marina com um sorriso leve matinal.
– Bom dia Mar. Vai querer tomar o café da manhã ou vai esperar pelo almoço?
– Vou comer agora. - Mar franziu a cenho e perguntou para a empregada. - Sara, como diabos essa casa ficou tão...
– Limpa? - Interrompeu Sara com uma expressão divertida no rosto. - Quando os garotos dão alguma festa, eu chamo reforços e eles pagam.
– Deve ser ótimo nascer rico.
– Pois é. - Disse Sara.
Marina comeu seu misto-quente, bebeu seu suco de laranja. Ligou a TV, mas começou a passar Titanic, desligou e voltou para o seu quarto. Pegou o celular na mochila e notou que tinha vinte chamadas não atendidas do Davi. Retornou as ligações na hora.
– Marina até que enfim. - Disse ele aliviado.
– Aconteceu alguma coisa?
– Marina, o Théu tá em coma.
– O que? - Marina gritou desesperada. Com os olhos marejando.
– A Rafaela está namorando com o líder dos Falcões. - Marina nunca iria esquecer daquele homem. O homem, havia matado um dos caras de Marina e jogara a culpa em um de seus subordinados que acabou sendo preso. Marina fez sua vingança contra ele. E agora aparentemente era a vez dele de dar o troco. Mar sentiu um frio em sua espinha. - A cachorra queria vingança e o Matheus andava muito estressado e acabou que deu no que deu. Eles deram um boa surra nele.
– Aquele maldito. Meu Deus! O Matheus! Esse desgraçado me paga. Eu mato ele. Ele e puta da namorada dele. - Praguejou Mar soluçando no celular, com as lágrimas descendo seus olhos. Ela chorava de ódio. Seus olhos estavam escuros de fúria.
– Mar, o líder dos Falcões quer dar cabo em você. Entende isso? Você tem que ficar quieta por aí. Eu sei que é difícil pra você, mas por favor, faz isso por mim e pelo Matheus.
– Davi eu vou matar esse desgraçado. Como ele...? Maldito!
– Me escuta. Seu pai vai mandar alguns policiais pra ficar de olho em você. E eu vou ficar com o Matheus. Mas eu relamente queria estar ao seu lado nesse momento Mar. Mas não posso deixar o Matheus aqui assim. Não até que ele acorde.
– E como ele está? Você se envolveu na briga?
– Ele está todo machucado, com vários cortes e todo roxo. E eu não me envolvi, porque não estava com ele na hora. Encontrei ele caído na praça que tem perto da casa dele.
– Meu Deus! - Disse Marina cheia de preocupação com o estado do amigo. - Eu tenho que ver o Matheus. Eu não posso ficar aqui escondida. Não quando ele está aí todo ferrado. Por minha causa.
– Marina, você vai ficar aí. Se vier pra cá eu mesmo e dou uma surra. Ta me ouvindo.
– Davi, isso é tudo culpa minha. - As lágrimas desciam como cachoeira. Se sentia imensamente culpada. Ela com toda certeza do mundo iria se vingar dele. Davi se sentiu mais triste ainda, quando ouviu a garota chorando e soluçando no telefone. - É tudo... culpa minha.
– Mar. Não é culpa sua. O Matheus sempre foi cabeça quente.
– E eu também. Se eu não tivesse me vingado pelo Carlos naquela época, e se eu não tivesse dado aqueles socos na Rafaela, nada disso teria acontecido. Nada disso.
– Mar, fica calma, okay. Eu e seu pai estamos procurando testemunhas pra botar esse cretino atrás das grades. - Marina não queria contar com a justiça. Ela queria estripar o homem e de banhar em suas tripas espalhadas pela sua banheira do novo quarto. De repente os choros e soluços pararam. Ela irradiava qualquer coisa não humana.
– Estou calma. E nunca estive mais calma. Davi, amo vocês. Adeus. - Desligou o celular na cara de Davi, não dando a oportunidade de ouvir ele a falar ou tentar algo. Ela estava determinada a fazer a única coisa da qual prometeu a si mesma que nunca faria.
Voltou sua atenção para a porta e notou a expressão chocada de André que estava parado na porta do seu quarto.
– Eu não queria ouvir a sua conversa. Desculpa.
– O que você está fazendo aí?
– Eu vim procurar o meu celular, acho que deixei ele cair por aqui.
Ela olhou pelo chão do quarto e depois debaixo da cama, achou o celular caído la e lhe entregou. Ele pegou o braço dela e disse:
– Você não está bem Marina. Eu sei que não está.
– E o que isso importa. O meu irmão, meu melhor amigo, está em como por minha causa. Porque eu vivo fazendo coisas imbecis sem pensar.
– Concordo com a última parte. Você quer vingança? - Perguntou ele com um olhar intenso.
– Óbvio que quero. E realmente não me importo de ir pra cadeia depois de matar aquele maldito.
– Pra cadeia você não vai. Disso eu te garanto.
– Como você pode me garantir isso.
– Por que eu não deixaria. - Marina soltou uma risada seca para André, enquanto ele estava sério, como nunca esteve em toda sua vida. - E eu vou te ajudar na sua vingança.
– Sério isso?
– Sim.
– Vai me cobrar o que por isso?
– Você será minha pelo resto da vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

OMG! OMG! OMG! Não percam o próximo capítulo. Talvez ele demore mais que o esperado, pelo fato de que vou ficar sem o mau computador por um tempo. Vou tentar pegar usar o pc das minhas amigas para continuar a postar. Bjos e até o próximo.