Orgulho e Preconceito - Continuação escrita por Miss Luh


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oioi genteeee... quando tempo eu n posto? Não, não, eu n me esqueci de vcs. Na verdade, estive acompanhando os comentarios e aproveito para me desculpar por não ter respondido nenhum deles recentemente! Acontece que eu não sabia se iria ou não continuar a fic, estava tão ocupada hahaha. E agora que chegou as ferias, me perguntei por que não? Assisti de novo orgulho e preconceito, li o que eu tinha postado, li outras fics inclusive e assim pude finalmente tirar inspiração para arrebentar nesse cap. Vou voltar a responder os comentarios e pretendo ficar mais ativa, já que tenho maior tempo livre. Estava com saudades de postar!! obrigada a todos que continuaram incentivando, lendo e comentando!! Adorei o apoio que continuo recebendo e foram vcs que me incentivaram a continuar com esta fic. Comentem porque prometo que irei responder a todos!! Espero que gostem!!!



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Cap. 13

Abriu e fechou os olhos novamente. Revirou a cama de todas as posições que poderia fazer, de frente, de lado, do outro lado, de bruços ou mesmo jogado na cama. Não conseguia dormir. Esperava que o sono chegasse logo para que o dia amanhecesse, mas ainda iria demorar horas. Depois da conversa que teve com mr.Bingley e o dia fantástico que teve com Lizzy, era impossível não parar de pensar. Suspirou fundo e se levantou da cama. Parou em frente a janela e observou a noite caindo e as estrelas pelo céu. Lá embaixo tudo estava escuro e provavelmente todos dormiam a essa hora.

Tentou se sentar, mas a única coisa que lhe ocupava a mente era o beijo. Havia sido o primeiro beijo deles. Sorriu consigo mesmo. Queria dar milhões de outros nela, sentir sua pele encostando com a dele, ouvir seu coração batendo rápido como o dele batia e olhar nos seus olhos. Nunca iria se cansar disso. Elizabeth era dele e ninguém poderia tira-la de si.

Nunca tinha se apaixonado antes. Na verdade, sempre viu nas mulheres um extra, algo que além dos negócios, era essencial na vida de um homem rico. E por isso tinha escolhido se casar quando encontrasse a mulher certa. Antes pensava que ela tinha de ser perfeita, uma verdadeira dama para ocupar o privilegiado titulo de mrs.Darcy. Mas nenhuma outra era tão perfeita como Lizzy. Se ela não o tivesse aceitado, temia que se sentisse infeliz para sempre e tivesse que se casar com uma mulher como Caroline Bingley. Só de pensar nisso, estremecia um pouco. Uma mulher que vivesse bajulando e concordando com tudo, era quase insuportável de se conviver. Lizzy era o oposto. E sabia muito bem que depois que se casasse, teria que aprender a ceder porque sua mulher era tão teimosa e orgulhosa como ele na maioria das vezes. E era exatamente isso o que o encantava tanto com aquela mulher incrível.

Mordeu o lábio e permaneceu olhando as estrelas. Lembrou-se então que na infância, adorava observa-las por muito tempo. E então uma ideia lhe ocorreu. Parou por um momento e questionou a si mesmo. Estou ficando louco? É algo absurdo. Não posso fazê-lo.

Mas sem se importar, fechou as cortinas, colocou uma camisa, sua calça e suas botas e foi assim mesmo. Desceu as escadas de Netherfield, e foi em direção a seu cavalo negro. Seu único pensamento estava a apenas 3 milhas dali, em Longbourn.

Como era boa aquela sensação! Do vento frio tocar no seu rosto e sentir a liberdade correr pelas suas veias. Cavalgou mais forte, queria chegar lá o quanto antes. Ninguém poderia tirar Lizzy de mim, pensava ele. Nem o cavalheiro com o mais bondoso ou justiceiro coração, ou até mesmo rico. Nos amamos e isso é o que importa. Estamos noivos, portanto não há chances de um medíocre tentar rouba-la para si. Ela é minha.

Desceu do cavalo e foi em direção a porta com passos apressados. Mas de repente a realidade tocou-lhe a cabeça e percebeu o ato impensado que fizera. Se tocasse, todos iriam pensar que o que tem para dizer é algo urgente ou até mesmo uma tragédia a essa hora da madrugada. A verdade é que era sim, muito urgente, mas apenas parou e observou seu cavalo. Talvez o melhor seria ir embora?

Perguntou a si mesmo quando tinha ficado tão incoerente. Parecia um adolescente perturbado que fazia o que bem entendia. Acontece que ele nunca tinha passado por essa fase de rebeldia a qual todos um dia já passaram. Na verdade, sempre fora maduro. Fato que o deixava orgulhoso até hoje. Nunca tinha feito nada de tão grave como Bingley já havia feito. Lembrou-se então do dia em que ele sumiu por cerca de um dia quando tinha 17 anos e só apareceu pelo fim madrugada. Sua família ficou completamente aborrecida quando o viu bêbado, mas por sorte ninguém havia-o reconhecido pelo estado deplorável que se encontrava. Riu consigo mesmo quando se lembrou da história. Ele já era um adulto e não tinha idade para fazer tais coisas.

Cruzou os braços, pensativo. Ele tampouco sabia em qual daquelas janelas era a de Lizzy. Se jogasse uma pedra forte demais poderia quebrar o vidro e se gritasse alto demais, ao invés de Lizzy poderia surgir uma de suas irmãs insuportáveis. Estava começando a considerar que voltar para Netherfield seria o melhor a se fazer.

Mas por algum motivo, ele não queria voltar. Ele tinha chegado ali por um motivo e não iria embora tão cedo. Se estivesse se comportando como um jovem inconsequente, não era importante. Pelo menos um dia teria algo o que contar para seus filhos e se ninguém o visse ali, não tinha com o que se preocupar.

Céus, aquele não era mr.Darcy. Estava pior do que antes. Quando Elizabeth tinha o recusado, seu passatempo preferido tornou-se vê-la sorrir e deixa-la alegre com atos realmente generosos. Agora, queria satisfazer seus próprios desejos e acalmar seu coração. Tinha tido horas com ela, mas ainda não era o suficiente. Temia que nunca tivesse um “suficiente”.

Permaneceu assim por cerca de 10 minutos e se assustou quando percebeu que braços finos e delicados o abraçavam. Olhou para trás e apenas se deparou com olhos castanhos e um rosto quase perfeito que pareciam pintura

– Mr.Darcy. – disse Elizabeth, com sua voz suave e sorriso de lado. – Pensei que somente nos veríamos pela manhã.

– Perdoe-me se fiz algo imprudente. Apenas não me contive e quando menos vi, estava parado diante de sua casa. – disse mr.Darcy, correspondendo seu sorriso e dando um beijo caloroso em sua mãos que a fez corar fortemente.

– Não se desculpe. Eu não conseguia dormir. Ouvi um barulho de trote e quando olhei pela janela, vi o seu cavalo e desci para confirmar minhas suspeitas. – sorriu ela, tirando sua mão e se aproximando para mais perto de mr.Darcy.

– Não pensei que tivesse um sono tão leve. – afirmou mr.Darcy, tocando suas maçãs do rosto ainda coradas. O fato dela simplesmente corar o deixava fascinado.

– Somente quando estou com uma terrível insônia. Porém nos dias normais, é difícil me tirar da cama. – disse ela, tocando a mão de mr.Darcy que estava em seu rosto e exibindo um sorriso pensativo.

Só então ele percebeu o frio que fazia. Se aproximou mais perto de modo que o nariz de Lizzy agora tocava o seu e a abraçou, colocando suas mãos em sua cintura. Lembrou-se então que ela vestia apenas um pijama e o tecido era muito fino. E como só tinham praticamente mulheres na casa, ela não devia se importar se o pijama era transparente ou pouco adequado. Ele era o primeiro homem a vê-la vestida assim. Abraçou-a mais forte, de modo que sentiu seus seios tocando seu peito e concluiu que ela estava nua por detrás daquele tecido. Apesar da sensação ser boa, ele se afastou freneticamente e logo ela o puxava para um canto, onde ele se sentou perto de uma arvore e logo depois ela se aninhou em seus braços.

– Você sempre atende meus desejos. – disse Elizabeth, ao entrelaçar os dedos com os dele. – Como consegue?

– Nem me pergunte. Eu pensei que você estivesse dormindo. – disse ele, lembrando-se da sensação que teve a uns segundos atrás. Queria mais do que isso.

– Eu tentei, mas estava ansiosa. Diga-me, por favor, que não esta me preparando nenhuma surpresa. – disse ela, se aconchegando nos braços dele.

– Bom, eu não estou, mas não sei se Georgiana esta. Ela te adora e provavelmente vai fazer algo. Mas por que? Esta preocupada? – perguntou mr.Darcy.

– Não é isso. Geralmente eu amava surpresas, mas vejo agora que elas tendem a me deixar nervosa demais. – disse Lizzy, olhando as mãos de mr.Darcy e as suas. Como eram diferentes, as de mr.Darcy eram maiores que as dela e mais grossas, enquanto a dela era menor e seus dedos mais finos e longos.

– Espero que não tenha herdado o mesmo problema com os nervos de mrs.Bennet. – disse mr.Darcy, dando um riso leve, sendo seguido por ela.

– Asseguro-lhe que não, mas se um dia eu chegar a ter, terá que me aturar. – disse ela, voltando a rir com ele.

– Eu não irei lhe deixar dormir. Irei lhe abraçar tão forte que esquecerá rapidamente de seus nervos. Lhe darei beijos que fará com que você nem pare para pensar. – sussurrou ele no ouvido de Lizzy, encostando seus lábios em sua pele macia, mas sendo repelido pelo afastamento repentino de Lizzy, que agora o encarava de frente, perfeitamente iluminada pela lua. Naquela posição,era possível enxerga-la por inteiro e isso iria fazer mr.Darcy perder a cabeça. Ela era ainda mais bonita e irresistível de noite.

– Fitzwilliam, o que sente olhando assim para mim? Sei que esta me observando de forma diferente. – disse ela, colocando seu cabelo para trás de modo que era possível ver seu busto agora e mr.Darcy teve de lutar para reprimir o que estava sentindo.

– Pare com isso Lizzy. – disse mr.Darcy, desviando os olhos para a grama e deixando de entrelaçar os dedos, apertando a grama.

– Apenas me responda, não sabia que tinha esse poder sobre você. – disse ela, virando o rosto de mr.Darcy em direção a ela.

– Acredite, é maior do que você imagina. – disse ele, sorrindo para ela dando um beijo em seus lábios rapidamente. – Só guarde tudo isso para depois de nos casarmos, por favor.

– Você estava fazendo o mesmo. – disse ela, chegando mais perto e encostando sua boca na bochecha dele. – O normal seria eu me cobrir, nenhum homem me viu assim, vestida tão intimamente, mas surpreendentemente eu quero que você me veja, me veja de verdade. – disse ela, e novamente sentiu seu cheiro, aquele cheiro doce e fresco que o deixava maluco.

– Creio eu que não vou conseguir dormir hoje. – disse mr.Darcy, virando o rosto, de forma que sua boca encontrou a dela. Sentiu apenas Lizzy ficando cada vez mais próxima, envolvendo, colocando seu braços em volta de seu pescoço, subindo lentamente e colocando-as em seus cabelos castanhos. Ele fez o mesmo, colocou suas mãos em suas costas e desceu seus dedos, como se trilhasse um caminho pelo corpo dela, acariciando-as e tocando os botões que fechavam a camisola. Como tinha vontade de abri-las, mas se conteve. Ela parecia não se importar com nada e normalmente não tinha consciência desse tal desejo.

Abriu a boca e suas línguas novamente travaram uma luta, um beijo selvagem, com fome de amor e caricias. Um beijo com vontade, com paixão. Mr.Darcy então agora acariciava seus cabelos escuros e ela apenas gostava de sentir que ele a desejava, que amava ardentemente como afirmara antes. Apenas paravam para respirar, para recuperar o folêgo, mas parecia impossível parar. Mr.Darcy travava beijos em sua pele, em sua clavícula ou a encarava completamente absorto naquele momento.

– Eu te amo tanto. – disse ele, em meio a dezenas de beijos e abraços.

– Eu também. Mais do que imagina. – disse ela, voltando a beijá-lo com todo o amor que conseguia mostrar.

– Eu não imaginei que fosse tão curva. – disse mr.Darcy, com a mão em sua cintura, percebendo o quanto Lizzy era magra. Nunca tinha imaginado seu corpo por inteiro, mas de modo como o sentia, seu abdômen deveria ser liso e sua pele extremamente macia.

– E o seu, é tão forte e tão... viril. – disse ela, rindo um pouco com o uso das palavras, fechando os olhos de prazer ao sentir sua cabeça sobre seus ombros, novamente a beijando.

– Lizzy, é melhor pararmos. Já respondi a sua pergunta. Não quero desonra-la. – disse mr.Darcy, encostando sua cabeça na arvore e fechando os olhos, de modo que o desejo e a cobiça saíssem de sua mente. Nunca sentiu luxuria antes, mas Lizzy também não fazia ideia.

– Por que? Esta tão bom e não tem ninguém por perto. – disse Lizzy, olhando ao redor e sorrindo consigo mesma. – Foi a melhor sensação em anos.

– Para mim também. Acontece que sou um cavalheiro e não um homem bárbaro. – disse mr.Darcy.

– O que estamos fazendo não é nem um pouco bárbaro, é algo natural. É disso que veio a procura. – disse Elizabeth, se deitando na grama, olhando para o céu.

– Nem eu sei por que vim, quando vi, já estava cavalgando e em frente á Longbourn. – disse mr.Darcy, estendendo-se sobre Elizabeth e a encarando nos olhos. Do modo como ela olhava, como seus olhos brilhavam e esboçava seu sorriso, concluiu finalmente que ela o amava, tanto como ele, e que estava feliz. Só de saber disso, ele também compartilhava de seu sentimento. Poucos já deveriam ter experimentado a felicidade tão verdadeira e pura que sentia.

– Fitzwilliam, o senhor vê o mesmo que eu? Sente o que estou sentindo? – disse ela, com fascínio, pegando uma de sua mão, colocando-a sobre seu peito. – Sinta, ele bate tão disparado. Ele bate por você.

– Sinta o meu também. – disse mr.Darcy, e assim Elizabeth o fez. A expressão no rosto dela era indescritivel. Um misto de sentimentos que poderiam ser vistos em seus olhos. Felicidade, certo constrangimento, amor, paixão, doçura, era arrebatador. – Oh, Lizzy, nunca duvide de nada, de absolutamente nada a respeito de mim. Meu amor por você é eterno, é a única certeza que eu tenho.

– O meu também, acredite. Normalmente eu seria tão impertinente que estragaria esse momento, se fosse com um homem que eu não sentisse igual sentimento. Mas com o senhor, me esqueço até de provoca-lo como antigamente. – disse Elizabeth, novamente encostando os lábios em sua boca.

– Não, não, Lizzy. Eu tenho que voltar. – disse ele, a afastando delicadamente. – Terá muito tempo para me seduzir.

– Acontece que eu não estava tentando desta vez. – disse ela, dando um riso.

– Quase funcionou. – disse mr.Darcy se levantando rapidamente ao ouvir um barulho. – Tem mais alguém acordado? – perguntou ele, observando a casa e tentando dudzir de onde vinha.

– Não quando eu desci. Concordo com você, mr.Darcy, já esta tarde e não é nem um pouco sensato um homem fazer visitas a essa hora da noite a sua prometida. Estou decepcionada.– disse ela, com um certo sorriso malicioso.

– Você parecia bem confortável em meus braços, minha querida. – disse mr.Darcy, colocando as mãos em sua cintura, a puxando para si.

– É melhor partir, já vejo uma luz acessa. – disse ela, parecendo preocupada, mas voltando a sorrir ao vê-lo, e dando novamente outro beijo em sua boca, um beijo de despedida. – Agora ande logo, antes que o vejam.

– Eu te amo, Lizzy. – disse ele, correndo em direção a seu cavalo, observando a casa e se despedindo com um sorriso e um aceno, e pode apenas ver ela sussurrando algo que não pode ouvir, mas julgou ser: Eu também. Apenas escutou um grito chamando por Lizzy. Não sabia se conseguiria ou não dormir, mas decidiu que seria audacioso mais vezes. Afinal era isso que a paixão fazia com ele e essa era a maior graça de tudo. Ele já não era mais o mr.Darcy que conhecia e antes se orgulhava, era um homem apaixonado por sua noiva e que a amava profundamente.


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Notas finais do capítulo

Não sabem como adorei escrever esse cap, e a cada palavra, vinha surgindo uma ideia. Ficou bem longo, mas é pra matar a saudade ne? Espero que tenham, gostado, amado este cap, comentem por favor. Se tiver algo que não tenham gostado, me digam para eu tentar melhorar!! bjs :D