Orgulho e Preconceito - Continuação escrita por Miss Luh


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Eeee, como prometido gente, outro cap aqui. N vou desistir da fic, ou pelo menos, é algo que não ta nos meus planos haha. Na verdade, to tentando agradar bastante pelos meses que estive sem escrever. Espero que gostem!!



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Cap. 14

A chegada em Pemberley foi magnifica. Praticamente, aquela bela propriedade continuava a mesma, mas Elizabeth tinha a sensação de que estava ainda mais radiante do que antes. O belo lago era reconhecível de longe, e brilhava pela luz do sol. O dia estava claro, o céu completamente sem nuvens e o sol forte. A cidade continuava próspera, muitas pessoas passeando pelas ruas e a maioria, muito bem vestida. Hospedarias, boutiques, padarias e tantas outras tinham um certo toque de refino diferentemente da simplicidade do campo. Tudo era familiar, mas ainda sim era novo. E pensar que metade de Derbyshire era seu noivo quem controlava. Era incrível ver pessoalmente como ele administrava e organizava aquela cidade tão distinta e como tinha prosperado ainda mais.

Georgiana os recebeu com animação, ao lado da governanta , mrs.Reynolds, que exibia um leve sorriso, simpático e de respeito, o mesmo de toda a criadagem, que se limitava apenas em sorrir. Um pouco nervosa no inicio, ao avistar Pemberley de longe, imaginar sendo a senhora daquela casa era um pouco assustador, mas após observar o rosto de cada criado, ela ficou um pouco mais calma. Todos demonstravam certo apreço. Olhou para mr.Darcy, que dava um abraço apertado na irmã.

– Miss Elizabeth, como a senhorita esta cativante. Fazia tempo que não nos víamos. – disse Georgiana, com alegria contagiante, agarrando imediatamente as mãos de Lizzy.

– Realmente, parece que se passou muito tempo. Esta ainda mais adorável. Espero que possamos novamente tocar um dueto como na ultima vez.

– Certamente, seria encantador. Mas agora, venha, eu e mrs.Reynolds estávamos ansiosas para lhe mostrar melhor a casa. Afinal, em breve, ela será sua. – disse Georgiana, com um sorriso esplendoroso, a guiando para dentro da casa.

– Mr.Darcy, não vem conosco? – perguntou Elizabeth, parando imediatamente ao ver que ele não seguia todos.

–Receio que não. Georgiana acaba de me informar que é um evento somente para moças. Quando ela disse que estava ansiosa, falava seriamente. – disse ele, olhando com um pouco de graça para a irmã.

– Ora, não se desanime. Terá todo o restante da sua vida para passar com ele. Vamos apenas lhe mostrar mais da cidade, já que da ultima vez foi tão curta. Eu convidaria meu querido irmão se não tivesse um detalhe importante.

Lizzy apenas a observou por cerca de 2 segundos, até que entendeu o que ela queria dizer e apenas assentiu.

– Mr.Darcy, então devo deixa-lo. Nos veremos mais tarde – disse Lizzy com um sorriso, segurando-se para não lhe dar mais um beijo como aquele de ontem a noite. Observou-o bem, e a julgar como seus olhos moviam tão rápido, ele sentia a mesma vontade. Mas ele então, apenas deu um leve beijo em suas mãos que a fez dar um longo suspiro. Deveria aprender a reprimir logo suas vontades.

Mas enquanto subia as escadas, só conseguia pensar o quão aquele passeio seria ainda mais maravilhoso se mr.Darcy estivesse com elas. Apenas tentou esquecer isso, ao ver o entusiasmo de Georgiana e a amabilidade de mrs.Reynolds.

Observou seu quarto com cuidado, fascinada com o luxo. Os moveis demonstravam a riqueza do proprietário, e as paredes eram delicadamente adornadas. A cama era enorme, e de longe, se via bastante confortável.

Georgiana, apenas lhe disse que esse era um quarto temporário. Depois que se casassem, teria outro junto ao de mr.Darcy, através de uma porta de comunicação, mas também se limitou a informar que era o único cômodo da casa que não poderia mostrar, para decepção de Lizzy que ao menciona-lo, se mostrou bastante ansiosa. Depois ela e mrs.Reynolds a guiaram para outras partes da casa, e o encanto de miss Elizabeth era claramente visível.

A cozinha era um lugar enorme, se viam alguns criados passando por ela, mas era grande a fartura. A sala de jantar tinha tantos quadros, alguns que ela nunca tinha visto, mas que eram simplesmente lindos. Havia uma mesa ao centro, de vidro, e um grande número de cadeiras ao redor. Já se via então que mr.Darcy costumava receber muitos de seus amigos ali. Aquilo a deixou levemente preocupada. Seria uma boa anfitriã? Superaria as expectativas que todos pensavam ser natural de uma verdadeira mrs.Darcy.

– Mrs.Reynolds, vendo toda a casa, estou curiosa. Como a mrs.Darcy cuidava de tudo isto? – perguntou Lizzy, ainda impressionada.

– A mrs.Darcy era uma mulher admirável. Ela era muito parecida com Georgiana. Igualmente talentosa, era muito elegante. Soube administrar bem a casa, era difícil ver um defeito nela. Mas não se preocupe, miss Bennet. Vejo em você, muitas das qualidades que mrs.Darcy possuía e acredito que não irá decepcionar a ninguém. Ao contrário, todos, inclusive eu, se sentem felizes com sua presença. – disse a velha senhora, sorrindo, mas distante. Talvez estivesse se lembrando de antigas memorias.

– Obrigada. – disse Lizzy, sorrindo timidamente. – A senhora adivinhou que minha única preocupação nesse momento é deixar alguém insatisfeito.

– Procure apenas sorrir e ser você mesma. Não há segredo algum. – disse ela, sendo ambas interrompidas por Georgiana que agora manifestava vontade irem finalmente até a cidade.

Lizzy concordou animada, e mrs.Reynolds também assentiu. Como esperava que ao descer novamente pelas escadas, encontrasse mr.Darcy passando, mas apenas pode suspirar de frustação. Onde ele estaria naquela casa enorme? Teria saído para resolver alguma pendencia? Ou estaria preso em seu quarto, tentando dormir depois daquela noite de beijos incessantes. Riu por dentro ao se lembrar.

Apenas seguiu com as duas mulheres e entrou na carruagem. Apesar da viagem ter sido longa, não sentia cansaço, estava na verdade bastante empolgada. Tudo corria como ela tinha imaginado na sua mente e estava feliz. Cada coisa tinha seu tempo e temia estar sendo egoísta demais. Queria que mr.Darcy estivesse com ela todo tempo. A presença dele o deixava feliz, mas ela teve então que se contentar com a promessa de que se veriam a noite e com lembranças que vinham a sua mente cada vez que se parava e observava alguma coisa. Tudo lembrava mr.Darcy.

Foram a tantos lugares e compraram tantas coisas que Lizzy começava a se sentir culpada. Nem mesmo tinha subido ao altar e já gastava o dinheiro de seu futuro marido com coisas desnecessárias.

– Georgiana, não acha que estamos exagerando? Já passamos por quase todas as lojas e penso até que compramos coisas demais, coisas que nem eram tão necessárias. – disse Elizabeth, acompanhando a menina.

– Não se preocupe. Lembre-se que sua aparência é importante para todos que futuramente irão conhece-la. Na verdade, são tudo ordens do meu irmão.

– Mr.Darcy mandou-lhe comprar tanta coisa? – perguntou Lizzy, surpresa.

– Tecnicamente sim. Ele apenas disse que para mim e mrs.Reynolds comprarmos tudo que você queira. É o que estamos fazendo. – disse ela, rindo suavemente. – Mas vejo que já é o suficiente. Agora vamos ao mais importante.

– O vestido, é claro. Como mencionou na ultima carta, encomendamos um com tudo que a senhorita descreveu. – disse mrs.Reynolds, segurando algumas sacolas.

– Madame Petit é uma senhora muito respeitável. É francesa e trouxe consigo as ultimas modas de França. Todos os vestidos da alta classe de Derbyshire são feitos pelas suas mãos e de suas costureiras. É também muito inovadora. – disse miss Darcy.

– Ela ficou radiante de saber que sua nova encomenda era para a noiva de mr.Darcy. Ela o admira muito.

A boutique de Madame Petit era um lugar grande, cheio de vestidos, uns mais lindos dos que os outros. Era um lugar que tinha um luxo especial, até exagerado, mas que estava lotado de moças. Madame Petit as recebeu com um grande sorriso e simpatia igual. Era uma velha senhora que aparentava ter a mesma idade de mrs.Reynolds, mas que tinha uma aparência exagerada demais e muita maquiagem no rosto. O vestido já estava pronto, e ao vê-lo, tinha sérias duvidas se tinha visto algo mais lindo que aquele que estava a sua frente. Era simples, não muito pomposo, com cauda, feito de um tecido de seda branca. Na parte de cima, seus braços ficavam um pouco descobertos e por cima da seda, uma renda delicadamente desenhada em formato de flores cobria seus ombros. Sorriu ao se ver no espelho. Nunca tinha se visto tão bonita assim. Mrs.Reynolds e Georgiana apenas caíram em suspiros, maravilhadas com a nova invenção de Madame Petit e admirando a beleza de Elizabeth. Madame Petit então, se desmanchava em elogios e parecia emocionada demais. A mulher era dotada de uma incrível sensibilidade, além de ainda ser muito criativa.

Saíram da loja todas muito entusiasmadas, conversando sobre os preparativos do casamento. Até que Lizzy se distraiu com algo que viu em uma vitrine. Era na verdade algo sem importância, esculturas que chamavam a atenção pela beleza e que prendiam por muito tempo o fascínio. Era quase final da tarde e muita gente passava pela rua, tantas que Elizabeth, ao se virar e procurar pelas duas companheiras, não as encontrou.

Deu alguns passos, a procura de uma moça loira e de uma velha senhora. Caminhou ainda mais, confundindo-se com desconhecidas, mas nenhum sinal delas. Procurou não ficar nervosa, mas não conhecia muito bem aquela cidade. Só tinha vindo poucas vezes, na maioria quando era criança, mas havia se distraído tanto durante o trajeto que não havia guardado o caminho. Procurou então pela carruagem, onde com certeza se encontrariam, mas ou ela tinha errado o local, ou já tinham partido. Seria uma loucura se partissem sem ela, mas se deu conta de quanto tempo havia passado desde que havia parado naquela maldita vitrine apenas por esculturas. Já havia se passado cerca de 2 horas e ela estava apenas sentada em um banco, tentando pensar em alguma coisa. Se pegasse o caminho de volta talvez, não deveria ser tão longe. 20 minutos andando seria o tempo do trajeto, mas tinha um problema. Por onde ela seguiria?

E agora, que já estava escurecendo, pouca gente se via pela rua. Como tinha sido tão tola? Se distrair assim, em meio a uma multidão, não observar bem o caminho, ela fora totalmente irresponsável. Considerou perguntar a alguém o caminho de volta a Pemberley, mas antes que o fizesse, esbarrou em um homem, forte e alto.

– Perdão. – disse ela, sem olhar para o rosto do homem, mas sendo impedida de partir ou dizer qualquer coisa pela mão que a agarrou seu braço firmemente.

– Perdida Lizzy? – perguntou a voz, com certo desdém, que imediatamente Elizabeth reconheceu, e que ao observar melhor, apenas demonstrou surpresa.

– Você? – perguntou ela, chocada.

– Em pessoa, sentiu minha falta?


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal comentem por favor! Se tiver algo que não tenham gostado, me digam ok? Bjoos