Temporits Actis escrita por Krika Haruno


Capítulo 19
Capítulo 19:Volle est posse




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Capricórnio

- Pronto. – sorriu Iapeto. – somos só nós tres.

Shura cerrou o punho, contudo parou ao sentir tres cosmos. Um passou direto.

- Estas com problema Iapeto? – a figura de Créos fez presente juntamente com Temis.

- Não. – respondeu seco. – Onde está Céos?

- Seguiu, assim como nós. – disse a deusa. – não demore.

- É uma pena, - o deus das galaxias fitou Shura. – eu que queria te matar.

- Vão. – disse o deus das dimensoes.

- Não vão passar. – Shura adiantou-se mas teve seu braço retido por El Cid, que o olhou fixamente.

- Parece que teu amigo é muito mais sensato. – Créos sorriu. – ate mais cavaleiro.

Ele e Temis seguiram.

- Definitivamente o combate entre nós e vós, cavaleiros do futuro, esta menos emocionante. E esses cavaleiros de hoje, não passam de insetos.

El Cid não disse nada, dando um passo a frente.

Templo

Shaka fitava o céu pela janela, por causa da falta de cosmo não sentira as explosões de energia nas doze casas.

- Shaka.

O cavaleiro virou o rosto imediatamente dando um sorriso. Era Selinsa que fora até lá para saber como ele estava.

- Oi.

- Posso entrar? – indagou timidamente.

- Claro.

A aspirante aproximou parando a frente da cama, por debaixo da mascara estava rubra.

- Como você está?

- Melhor. Lara disse que vou me recuperar logo. – disse para não preocupá-la mas a verdade é que não tinha mais esperanças de voltar a andar.

- Que bom. E por falar nela você a viu?

- Não. Nem ela e nem a Marin.

- Vou procurá-las. – estava sem graça pois Shaka a fitava fixamente. – vou indo.

- Obrigado por vir me ver. – sorriu.

- Eu sinto muito pelo que aconteceu, eu sou tão fraca e nem... – abaixou o rosto.

- Você é forte, nem imagina o quanto. Posso te pedir uma coisa?

- Sim.

- Cuide-se. Eu não me perdoaria se algo lhe acontecesse.

Ela apenas sorriu, saindo em seguida.

Shaka voltou a fitar o céu. Pensava nas palavras de MM e ele estava certo. Tinha que voltar a andar, ao menos por ela.

Entrada do templo

Kanon e Lara tinham ganhado a entrada do templo.

- Precisamos proteger o senhor Hakurei. – Lara fitava a entrada.

- Sim.

Os dois deram um passo contudo pararam ao sentirem um cosmo.

- Não é possível... – a amazona deixou escapar olhando para trás.

- É possível. – Kanon ficou com o rosto grave.

Libra

Os cavaleiros avançaram entrando em Libra, Shion, sempre a frente, pensava em Dohko.

- Está muito silencioso. – disse Hasgard. – será que Dohko foi atrás deles?

- É provável. – respondeu Mani já conseguindo andar sozinho. – estourado do jeito que é, deve ter ido atrás. Poxa, eles detonaram a casa.

Mal o canceriano terminou de falar ouviram um barulho.

- Fiquem em alerta. – Shion tomou posição.

O barulho continuou e para a surpresa deles Dohko surgiu em meio as pedras. Estava bastante ferido.

- Dohko. – o ariano correu ate ele. – Dohko. – o ajudou a sentar.

- Shion...

- Você esta bem?

- Estou... – ergueu o rosto vendo os demais, notou que Aldebaran e Mu trajavam a armadura. – conseguiram recuperar.

- Sim.

- Desculpe pela falha Shion mas eles são fortes.

- Não se preocupe vamos pará-los.

- Cadê o Asmita?

- Não sabemos. – respondeu MM. – quando passamos por Virgem a casa estava vazia.

- Céos me disse que o mandou para outro planeta.

- Como? – exclamaram.

- Eu não sei ao certo. – levantou com dificuldade. – ele só disse isso.

- Cada titã possuiu um planeta. – iniciou Saga. – só não entendo porque ele mandaria Asmita para lá.

- Porque ele não tinha tempo para eliminar Asmita. – a voz de Deuteros saiu grave. – e nem poderia deixá-lo livre, só tinha a opção de mandá-lo.

- Como pode afirmar isso? – indagou Mani.

- Não estou afirmando caranguejo. – o olhou debochado. – mas conheço o poder do indiano. – o rosto voltou a ficar grave. – e acredite é bem superior ao nosso.

- Você está exagerando. – Hasgard torceu o nariz.

Deuteros não respondeu.

- Não temos tempo para discussões. – Shion virou-se para Dohko.- consegue andar?

- Sim.

- Então vamos.

O grupo partiu rumo a próxima casa.

Aquário

Kamus e Dégel em profundo silencio olhavam as casas abaixo. A situação não era boa, sentiram o cosmo de Pontos passar por eles, o cosmo de Asmita tinha desaparecido por completo, um dos titãs estavam em Capricórnio e três deles avançavam.

- O que sugere? – indagou Dégel olhando para Kamus.

- Pelo menos um deles temos que deter.

- Sabia que eles eram fortes, mas não pensava que iriam tão longe.

- Dégel... – silenciou-se.

- Qual o problema Kamus?

- Temos que parar ao menos um e torcer para Hakurei deter Pontos. – o fitou. – se ele conseguir chegar ate a estatua estaremos perdidos.

- Por que está dizendo isso? – o rosto sempre tão sereno ficara preocupado.

- O objetivo de Pontos é pegar algo que está escondido debaixo da estatua. A arma lendária de Chronos.

- Então ela está aqui. – uma voz fria cortou o dialogo.

Os dois aquarianos olharam imediatamente para o final da escadarias.

- Como se não soubesse. – disse Kamus.

- Tens razão. – disse Créos. - Querida Temis prossiga, eu cuido deles.

- Por mim.

Acharam que os dois interferiam, mas deixaram a deusa passar sem maiores empecilhos.

- Ao contrario dos escorpiões abaixo, vós sois mais calmos.

- Lutou com eles? – indagou Dégel.

- Sim. O cavaleiro do futuro foi derrubado logo de cara, apenas brinquei com o dessa época e devo confessar que ele foi uma figura interessante.

- Como assim? – Kamus tentava permanecer impassível.

- Creio que os dois partiram desse mundo. Mas enfim, em breve estarás na companhia deles. – sorriu maliciosamente.

Entrada do Templo

Kanon olhava fixamente para a figura vestida de negro que parara a pouco deles.

- Pontos.

- É uma honra vê-lo, dragão marinho. – sorriu. – como tens passado?

- Poderia ser melhor sem a sua presença. – devolveu o sorriso cínico.

- Fico lisonjeado com tuas palavras. – desviou o olhar fitando a mulher que estava atrás dele. – uma mulher guerreira?

- Lara, amazona de Taça. – passou a frente de Kanon.

- É um prazer conhecê-la. – fez uma reverencia.

- Não sei o que planeja, mas não vai passar daqui. – Kanon entrou na frente de Lara. – proteja Hakurei. – disse baixinho.

- Pretende lutar com ele? Ficou louco?

- Precisa proteger Hakurei. – disse sério.

- O que os dois tanto cochicham? – deu um passo.

- Vá logo Lara. – o grego tomou posição.

- Está bem.

Kanon não perdeu tempo partindo para cima do deus. Lara aproveitou para correr.

- Triangulo dourado!

- Continua um inútil.

Apenas com um elevar de cosmo Pontos atirou o cavaleiro longe.

- Kanon! – a amazona correu ate ele. – Kanon.

- Estou bem. – estava com vários machucados. – vá logo.

- Está sem cosmo. – levantou olhando para Pontos. – eu serei sua adversária.

- Por mim tanto faz. – levantou a mão. – vai morrer mesmo.

O cosmo aumentou bruscamente.

Capricórnio

El Cid parou a uma distancia considerável, já tinha uma estratégia em mente e torcia para que ela funcionasse.

- Estamos tão perto da vitoria que não quero perder meu tempo com ti. – o deus das dimensões elevou o cosmo. - Khora Temnein.

O espaço ao redor de Cid foi seccionado, uma pressão muito grande começou a puxar o cavaleiro.

- Mergulhe nas trevas e acabe com isso. – o deus voltou o olhar para Shura. – o próximo será tu.

- Nossa luta apenas começou. – disse Cid.

Iapeto voltou o olhar para o cavaleiro, a tempo de vê-lo cortar a fenda dimensional com o braço.

- Hum... – sorriu. – não és tão fraco assim. Pena que usei nem um décimo do meu cosmo.

- Acho que é minha hora de atacar. – deu um passo.

- Não tens esse direito. – Iapeto ergueu sua espada. – desapareça.

O titã usou o mesmo golpe, que partiu em direção ao cavaleiro, Cid conseguiu desviar e sendo mais rápido usou o seu "pedra saltitantes" arremessando Iapeto contra o chão. Era a primeira vez que o titã caia.

- Ele conseguiu. – Shura comemorou.

Entretanto Cid assumiu a postura defensiva, tinha a plena convicção que aquele golpe não era suficiente para derrotá-lo e tinha razão, rapidamente Iapeto levantou e pior, irritado.

- Humano desprezível! – berrou, com o rosto inflamado. – vai pagar com a tua vida!

O cosmo do deus explodiu de maneira violenta.

- El Cid cuidado! – gritou o espanhol do futuro.

- Hex Aster Xiphos!

O ataque partiu em direção ao cavaleiro que sem conseguir se defender recebeu todo o impacto. Seu corpo foi retalhado batendo bruscamente na parede.

- El Cid!

- Não fiques tão preocupado cavaleiro, teu amigo ainda está vivo. Situação essa que vai mudar agora.

- Não se esqueça de mim. – mesmo sem cosmo Shura pôs-se em posição de ataque.

- Vais me enfrentar de mãos nuas? – gargalhou. – é patético.

Shura sabia que sem cosmo não conseguiria fazer muita coisa, mas não podia deixar o companheiro de signo lutar sozinho.

- Preocupe-se com você. – ergueu o punho. – "vamos cosmo, acenda ao menos uma vez."

Como se atendido sentiu seu cosmo, aproveitando desse breve momento disparou a "Excalibur."

O ataque foi para cima de Iapeto porem não foi o suficiente para fazer dano.

- Inútil. – segurou a energia dourada com apenas uma mão. – decepcionante. Morra.

Iapeto disparou o mesmo golpe que lançara em El Cid, Shura não tinha como se defender... cruzou os braços sobre a face, para protegê-la... o ataque não o atingiu.

Surpreso ergueu o rosto, Cid estava na sua frente.

- Deveria ser mais prudente. – disse.

- Você esta bem? – ficou surpreso por ele o ter protegido e por ainda está de pé depois de dois ataques.

- Estou.

- Depois de dois ataques ainda estás de pé. Meus parabéns cavaleiro.

- Shura, fique atrás de mim. – Cid disse num tom baixo, sem tirar os olhos do titã.

- Agradeço sua preocupação mas vou lutar ao seu lado.

- Que seja. – respondeu Iapeto escutando a resposta. – vou fazer como fiz em Câncer.

O cosmo dele tomou conta do lugar, de uma fenda surgida do alto, o lendário monstro Hecatônquiro apareceu.

Vila

Os moradores do lado de fora das tendas olhavam com receio as doze casas, não se tinha noticia de lá. Lithos olhava rumo a leão pedindo a Atena que Aioria e Regulus estivessem bem. Athina por sua vez olhava temerosa para alguns templos acima. Temia que os titãs chegassem ate lá.

Entrada do templo

O cosmo de Pontos queimava de maneira agressiva, Lara o olhava fixamente.

- Não quero me prolongar com ti. – o titã ergueu a mão direita. – desapareça.

Sua energia explodiu de uma vez, a amazona tentou avançar para contra atacar contudo seu corpo estava paralisado.

- Como?

O ataque partiu em direção a ela destruindo tudo a frente.

- Lara! – gritou Kanon.

- "Não consigo me mexer."

O impacto não tardou, houve uma grande explosão com uma torre de luz subindo aos céus. De todo o santuário ela pode ser vista.

Vila...

Lithos e Athina voltaram a atenção para o alto.

- O que foi aquilo Lithos?

- Talvez nada. – disse para não preocupá-la, contudo... – " a luta já está no templo... é sinal que eles passaram pelas casas?" – pensou.

Escadarias entre Libra e Escorpião...

Shion e os demais pararam ao verem a luz.

- O que foi aquilo... – saiu da boca de Dohko.

- É o cosmo de Pontos. – disse Saga que o conhecia bem. – ele já chegou ao templo de Atena.

- Não é possível que El Cid e os demais... – murmurou Manigold.

- Apenas Pontos passou. – disse Deuteros. – sinto o cosmo dos outros nas demais casas.

- Precisamos chegar rápido. – Hasgard estava preocupado. – o senhor Hakurei, Marin Lara e Shaka estão lá. – ele não sabia que Selinsa estava lá e que a amazona de Taça e Águia não.

Fato que preocupou Deuteros não tinha certeza se a amazona tinha voltado para o templo e se Kanon estava com ela.

Leão...

Áurea cuidava dos dois, Aioria despertou com a explosão.

- Pontos! – gritou dando um pulo da cama.

- Aioria. – Áurea aproximou. – fique calmo.

O leonino olhou ao redor.

- O que estou...

- Shion e os outros o trouxeram.

- Regulus? – virou-se vendo o jovem que ainda estava inconsciente.

- Ele machucou muito.

- Droga! – deu um soco na cama. – não posso ficar aqui. – levantou, mas sentiu-se fraco, os ferimentos não eram simples.

- Precisa descansar.

- Não agora, preciso deter Pontos. Vou pedir a Marin para te ajudar. Tome cuidado.

Ela apenas concordou.

Templo...

Selinsa que tinha acabado de sair do quarto de Shaka sentiu o cosmo. Na sala do trono Hakurei trazia a expressão séria.

Entrada do templo...

Pontos sorria. Ameaçou dar um passo mas parou.

- Vieste rápido. – disse com escárnio.

- Temis e Créos estão lutando. Iapeto já terminou a luta.

- Eles não tardarão a vir, caro titã Céos. – o fitou.

- Podemos prosseguir?

- Claro.

Os dois deram um passo entretanto pararam. A luz tinha dissipado e então viram: Kanon de pé havia protegido a amazona do ataque. Seu estado era critico.

- Seu louco. – Lara o fitava surpresa.

- Você esta bem?

- Sim...

- O golpe me afetou. – deu um sorriso. – estou vendo dois titãs.

- Me surpreendeste mais uma vez general de Poseidon, resististe ao meu golpe. – Pontos trazia a expressão debochada.

- Para você ver, que não sou tão fraco assim.

- Não é atoa que é gêmeo de Saga. Reconheço que é quase tão poderoso quanto ele.

O cavaleiro o fitou ferino.

- Infelizmente não tenho tempo. – virou-se para Céos. – termine para mim.

Céos engoliu a seco, não queria uma luta agora e sim acompanhar de perto a recuperação da Megas Depranon. Sua missão era vigiar o deus de perto, mas não poderia contrariar as "ordens", pelo menos por enquanto, ate conseguir a arma de seu senhor.

- Como quiser. – disse frio passando a fitar Kanon.

- Nos veremos mais tarde Kanon. – Pontos caminhou lentamente em direção ao templo.

- Não vai passar.

Lara adiantou-se partindo em direção ao titã, quando estava prestes a dar-lhe um soco teve o corpo repelido, Kanon a segurou. Nesse meio tempo Pontos entrou no templo.

- Facilite as coisas. – disse Céos ao marina visivelmente contrariado.

Aquário

- Essas lutas estão me cansando. – disse o deus. – sejam mais bonzinhos.

- Kamus. – o aquariano do passado o chamou e acenou com a cabeça.

O francês concordou, tinham um plano e o colocaria em ação.

Kamus com o pouco de cosmo que tinha partiu para cima do titã.

- Pó de diamante!

O golpe foi de encontro a Créos que apenas sorriu.

- Patético.

Disse mas quando foi para defender sentiu um outro cosmo atrás dele. Era Dégel. O ataque do cavaleiro tirou a atenção do titã que quase foi atingido pelo o de Kamus.

- Vermes. – elevou seu cosmo.

Kamus recuou para não ser atingindo, rapidamente Dégel pôs se a frente dele para protegê-lo. Mal o ataque de Créos cessou os dois partiram para cima dele.

- Pó de diamante! – disseram ao mesmo tempo.

Créos se viu cercado com cada golpe vindo de uma direção.

- Não brinquem comigo! Aster Blade!

Novamente Dégel entrou na frente de Kamus, o francês rapidamente revidou o ataque. Lançando o "Trovão Aurora". O titã foi para se defender, quando percebeu Dégel estava na frente dele.

- Trovão Aurora!

O ataque foi a queima a roupa, Créos sendo atingido bateu bruscamente contra uma parede. Algumas pedras caíram sobre ele.

- Muito bom Dégel.

- Ainda não foi suficiente.

- Mas se continuarmos assim talvez teremos alguma chance.

- Não era melhor irmos ao templo? O senhor Hakurei vai precisar de nossa ajuda.

- Tem razão. Vamos.

Mal deram as costas sentiram um cosmo explodir, com o impacto foram lançados longe.

- Seus cretinos! – Créos mandou as pedras longe. – vão me pagar por isso. Vou fazer com vós como fiz aos leoninos e aos escorpiões. - o cosmo do titã aumentava a cada minuto.

Kamus e Dégel já de pé tomaram posição.

- Vamos atacar juntos. – sugeriu o dourado.

Dégel apenas afirmou com a cabeça.

- Pó de diamante!

Combinados, os dois ataques partiram em direção ao deus.

- Idiotas! – usando sua cimitarra, cortou o ataque ao meio. – idiotas! Aster Blade!

O golpe tomou uma proporção maior atingindo os dois aquarianos.

Capricórnio

O monstro surgiu diante deles.

- Tenha cuidado Shura. – advertiu Cid.

- Sim.

- Não terão a menor chance contra ele.

O monstro começou a se locomover em direção a eles, devido a altura parte do teto cedeu e Shura e Cid desviavam das pedras.

- Esse monstro vai destruir essa casa. – Shura fitou o teto.

- Precisamos ser rápidos. – Cid não tirava os olhos do ser mitológico. - Tem cosmo?

- Pouco.

- Vamos atacar.

Assim o fizeram, Cid ferido e Shura sem força apenas conseguiam desviar dos ataques do ser. Iapeto deliciava com a cena.

- Serão esmagados! Hahaha!

Realmente o combate estava desigual, mesmo conseguindo agüentar dois poderosos ataques de Iapeto, Cid já não tinha a mesma destreza e para piorar ainda não estava cem por cento recuperado do outro ferimento.

- Shura.

- Sim?

- Distraia o monstro, - disse baixo. – vou tentar atingi-lo.

- Está bem.

Shura partiu em direção ao monstro que desviou sua atenção para ele. Os cem braços desviaram para o dourado. Enquanto isso Cid aproximava por trás, se tivesse sorte, conseguiria cortar pelo menos os braços.

- Excalibur!

Shura afastou-se rapidamente para evitar ser atingido. O ataque do cavaleiro partiu em direção ao monstro e parecia que surtiria efeito contudo...

- Vós sois dignos de pena. – Iapeto deu um sorriso cínico. – morram logo de uma vez! Kekaton Molybdaina!

Pegando os dois cavaleiros de surpresa os cem braços partiram em direção a El Cid, Shura na tentativa de ajudar entrou na frente do cavaleiro, recebendo grande parte do impacto. Os dois foram arremessados contra a parede e sem resistir caíram desmaiados.

- Dois a menos. – Iapeto seguiu.

Escorpião

Chegaram a Escorpião surpresos, a frente da casa estava totalmente destruída.

- Mais uma casa que não suportou. – murmurou Mu olhando ao redor.

- Kárdia! – gritou Hasgard. – Kárdia!

- Estão ali. – MM apontou.

Correram ate o local vendo que os dois estavam bastante feridos.

- Miro. – Saga o amparou. – Miro.

O escorpião do futuro abriu os olhos.

- Saga...?

- Você esta bem?

- Só um pouco quebrado. – com a ajuda do geminiano sentou.

- Kárdia! – Hasgard o chamava pela quarta vez. – Shion... – fitou o ariano.

O ariano tomou o pulso dele, estava acelerado o que julgou ser um indicativo que estava "bem."

- Vamos levá-lo para dentro.

Miro o fitava com receio. Se ele sofria de uma doença tão grave, não era para os demais cavaleiros saberem? No entanto parecia que esse fato lhes era desconhecido. Com cuidado deitaram-no na cama.

- A luta foi feia. – disse Dohko. – precisamos chamar a Lara.

- Ela esta no templo. – disse Shion fazendo Deuteros se preocupar.

- Podem ir eu cuido dele. – disse o grego. – pelo menos estou acordado e vocês precisam parar Pontos.

- Está certo. – o cavaleiro de Áries o fitou. – vamos.

O grupo saiu rumo a Capricórnio. Assim que se viu sozinho foi ate a cozinha e pegando um pano molhou com água. Queria gelo mas naquela época...

- ... as únicas geladeiras estão casas acima. – disse entrando no quarto.

Sentando ao lado do jovem escorpião retirou o peitoral da armadura e prensou o pano contra o coração.

Agora as coisas faziam sentido, os súbitos mal estares que Kárdia sentia, seguidas de idas a Aquário.

- "Só pode ser arritmia e nesse caso o coração dele bate mais rápido...Dégel deve usar o ar frio para diminuir as batidas..."

Notou que o escorpião respirava mais lento. Fixou o olhar nele, agora ele apenas dormia.

- "Se tudo isso for verdade... temos um problema"

Peixes

Albafica estava encostado a porta de seu templo, trazia os olhos fechados e a expressão serena, o contrario de Afrodite que estava sentado mas com o rosto tenso. Sentira o cosmo de Pontos e Céos passarem por eles e os demais titãs estavam a poucas casas abaixo.

- Afrodite. – a voz de Albafica saiu mais gélida do que de costume.

- Sim.

- Você sabe o objetivo de Pontos?

- Não tenho certeza mas acho que ele quer a arma de Chronos.

O pisciano do passado ficou em silencio.

- Se fosse outra pessoa diria para se manter afastado de mim, mas como é imune ao meu veneno...

- Eu sei.

- Só não me atrapalhe. – colocou o elmo.

- Tenha a certeza disso. – disse ficando de pé, pois Temis surgia na frente deles.

- Finalmente a ultima casa. – a deusa trazia um olhar seco.

Albafica ignorou o comentário voltando a atenção para Afrodite.

- "Encomenda das rosas" para os nossos visitantes.

- Tudo bem. – apesar de tudo era um bom plano, poderia dete-los por alguns minutos. Dando as costas Afrodite rumou em direção a saída.

- Vais lutar sozinho?

Ele não respondeu, trazia nas mãos uma rosa vermelha.

- Rosas diabólicas reais.

Sua voz saiu fria enquanto seu ataque seguia feroz contra Temis.

- Esses ataques fracos estão me cansando. – apenas com o erguer de cosmo parou o golpe de Albafica.

Enquanto isso nas escadarias que levavam ate a sala do mestre, Afrodite plantava seu jardim.

- Espero que de certo. – disse sentindo dois cosmos poderosos vindo do templo.

Templo

Hakurei olhava fixamente para a porta dourada, não demoraria para o titã chegar, o que ocorreu de fato. A porta abriu bruscamente e um cosmo grandioso e ameaçador preencheu o recinto.

- Foi mais fácil que pensei. –Pontos caminhava lentamente.

- Você tem um grande poder. – sustentava o olhar.

- Pelas roupas suponho que sejas o auxiliar do grande mestre. Sou Pontos.

- Hakurei, cavaleiro de Altar..

- Seria uma honra confrontar-te, mas não tenho tempo, preciso alcançar meu objetivo.

- Megas Depranon. – a poucos dias soube da existência dessa arma, através de registros antigos, com a invasão do santuário ficou mais evidente que ela realmente existia. – " Sage vai ficar irritado, por não ter lhe contado." – pensou.

- Correto.

- Vai me fazer essa desfeita? – Hakurei elevava seu cosmo, enquanto mostrava sua armadura. – que falta de educação.

Sem perder tempo o cavaleiro partiu para cima de Pontos desferindo ataques rápidos contudo não o atingiam.

- É inútil.

O titã elevou seu cosmo, a força foi tanta que atirou o cavaleiro contra o trono. Shaka, no quarto, pressentiu a energia. Selinsa parou imediatamente assustada.

- "Eles já estão aqui." – pensou.

Correu em disparada em direção a sala encontrando o cavaleiro de Altar caído.

- Senhor Hakurei!

O titã desviou o olhar para onde escutara a voz.

- Uma criança. – sorriu maldosamente.

- Não se atreva Pontos. – levantou com dificuldade. – Selinsa saia daqui.

- Mas...

- Vá proteger a estátua de Atena ate Sage voltar.

- A estatua? – estranhou.

- Sim. Vá logo é uma ordem!

Sem opção a aspirante obedeceu, saindo as pressas, mas antes de tomar rumo ao pátio passou em outro local.

Shaka estava impaciente, sem duvida aquele cosmo era de Pontos. Mas como ele chegara ate ali? E os cavaleiros?

- Shaka!

O virginiano virou imediatamente.

- O que esta acontecendo Selinsa? – indagou sério.

- "Ele não pode se mover... e Pontos pode achá-lo..."

- Pontos esta lutando contra o senhor Hakurei? – perguntou mais sério.

A aspirante não respondeu. Estava com medo, o virginiano seria um alvo fácil.

- Selinsa! – gritou diante do silencio dela, estava nervoso.

- Fique aqui.

Saiu fechando a porta. Claro que aquilo não impediria um titã de entrar mas com o cosmo instável dele talvez o inimigo não o detectasse.

- Selinsa!

No impulso, achando que andava, jogou o corpo para frente indo ao chão.

- Droga. – o corpo doeu. – Selinsa!

A grega subia correndo as escadas, estava com muito medo, algo que era incompatível com o que ela era, mas nunca tinha visto uma guerra tão de perto e rezava para que seu mestre aparecesse. Rapidamente alcançou o pátio parando em frente a estatua. Não fazia idéia o que fazer mas acataria as ordens de Hakurei, protegeria aquele local a todo custo.

Entrada do templo

- Diga. – não desviou o olhar do titã.

- Precisa ajudar o senhor Hakurei, eu seguro as pontas por aqui.

- De jeito nenhum. – disse taxativo. – você não vai lutar com nenhum deles.

- Eu sou uma amazona esqueceu? – ficou contrariada.

- Poderia ser ate Atena que mesmo assim não a deixaria Kanon respirava ofegante. Sem cosmo e armadura não conseguiria proteger Lara.

- Kanon. – a amazona o chamou.

lutar. Não quero que os enfrente.

- Está me julgando uma incapaz. – ralhou. – está sendo machista.

- Então serei machista. – levantou. – fique quieta aí. – a voz saiu grossa.

- O que? – arregalou os olhos. – Kanon!

Ele ignorou, tomando posição.

- Céos vamos terminar logo com isso.

- É o que mais desejo. – segurou firme a rapieira. – serei rápido. Sparkle Rapier.

Kanon ainda tentou usar seu cosmo mas foi atingindo em cheio. Seu corpo foi arremessado contra a parede do templo.

- Kanon! – Lara correu ate ele. – Kanon!

Seu estado não era bom.

- Mandei ficar quieta.

- Deixa de ser ridículo! Você que vai ficar aí. – levantou virando-se para Céos. – prepare-se. – elevou seu cosmo.

Lara fez menção de dar um passo contudo sentiu a perna retida: era Kanon.

- Já falei que não vai lutar. – a voz saiu seca, com dificuldade colocou-se de pé.

- Deverias escutá-lo. – disse o titã. – nada poderás fazer contra mim.

- Idiota... – a amazona cerrou o punho. – não tire conclusões precipitadas.

O cosmo da grega acendeu rapidamente.

- Ingênua... – Céos não ligou para o cosmo dela disparando uma bola de energia.

- Lara! – gritou Kanon temeroso.

- Espelho de cristal.

Diante dela surgiu uma barreira feita de gotículas de água girando em espiral, que recebeu todo o ataque de Céos. Lara conseguiu resistir por alguns minutos, mas recuou alguns passos.

- Hum... vejo que não és tão fraca assim. – disse sem emoção alguma. – o dragão marinho faz bem em ficar atrás de ti, estará protegido.

Kanon se quer o ouviu olhando impressionado para a amazona, com uma defesa semelhante a dos arianos tinha parado o ataque de Céos.

- Isso é só o começo Céos. – seu cosmo elevou. A barreira feita de partículas de água aos poucos foi condensando a ponto de virar afiadas lanças. – Lanças de gelo!

Dezenas de lanças foram criadas indo em direção a Céos.

Aquário

Dégel menos ferido por causa da armadura levantou primeiro.

- Kamus.

- Estou bem. – na verdade não estava, o corpo estava com muitos machucados e não agüentaria por muito tempo. – precisamos acabar logo com isso.

- Sim.

Os dois ergueram os braços.

- Tudo que fizerem será inútil. – ergueu a cimitarra.

- " Dégel." – por cosmo.

O aquariano o fitou.

- "Vou atacar primeiro para distraí-lo."

- Está bem. – respondeu voltando o olhar para o deus.

Kamus apostou todas as fichas nesse golpe, depois de sentir a explosão do cosmo de Pontos não poderia perder um minuto sequer.

- Execução Aurora!

Não foi como queria que fosse, mas o ar frio partiu rumo ao titã.

- Já disse que é inútil! Eu vou cortá-lo ao meio!

A cimitarra estava bem no alto pronta para desferir o ataque, distraído em Kamus Créos só notou Dégel quando ele estava bem próximo a ele.

- Execução Aurora!

Com uma das mãos o deus parou a ofensiva de Kamus e usando a cimitarra o de Dégel ele só não contava que sua arma ficaria levemente congelada.

- Insolentes... – se já estava irritado ficou ainda mais. – insolentes... insolentes!

Seu cosmo explodiu. Kamus foi jogado longe, Dégel mais próximo.

- Faço questão de mutilá-lo. – aproximou do aquariano do passado.

Sem qualquer problema, Créos desferiu a espada contra o cavaleiro.

- Ah! – gritou de dor ao sentir a lamina cortar sua carne no braço.

- Agora vou cortar o outro. – trazia um sorriso sádico nos lábios. – para não disparar qualquer ataque.

Dégel soltou um urro de dor ao ter o outro braço cortado.

- Devo cortar as pernas também?

- Pare Créos. – Kamus estava de pé.

- É comovente essa amizade entre vós. – olhou o francês. - Digno de humanos. – voltou a atenção para Dégel. – olhe o que eu faço com o teu amigo. Aster Cyclo!

Com apenas um leve erguer, uma onda de destruição partiu para cima de Kamus, o cavaleiro ainda tentou se defender mas foi atingido tendo seu corpo cortado em varias partes.

- Kamus!

- Não fiques triste, vais morrer como ele, porem... deu um sorriso vil. – de forma mais lenta e dolorosa.

Não hesitou em cravar a espada pouco acima do coração de Dégel. A dor foi tamanha que acabou perdendo os sentidos.

- Inúteis.

Começou a andar rumo a saída.

- Créos.

O deus virou-se para trás.

- Nobre Iapeto. – sorriu zombeteiro. – demoraste.

- Sem comentários inúteis. Vamos. – disse passando direto.

- Sempre tão gentil. – comentou seguindo ao lado dele.

Peixes

Mesmo Temis tendo parado seu golpe, Albafica não demonstrava sentimento algum. Não era com ela que queria lutar e sim com o causador da destruição da vila.

- Já que só vais ficar observando... Brabeus Blade!

A deusa nao poupou esforços lançando uma poderosa investida contra o cavaleiro, ele ainda tentou se defender mais foi atingido.

- Albafica! – Afrodite tinha chegado a aquela hora.

- Resolveste voltar?

O cosmo de Afrodite oscilava ainda mais por ter gastado boa parte na elaboração da "encomenda".

- Fez o que mandei? – a voz do pisciano do passado fez presente.

- Sim. – respondeu o sueco, notando os vários ferimentos. – "será que ele..." – percebeu a estratégia do pisciano.

- Pontos estás prestes a pegar a arma do meu senhor, não posso demorar. – a titã elevou seu cosmo. - Brabeus Blade!

Lançou novamente agora contra os dois. Afrodite tomou a posicao de defesa pois se fosse acertado diretamente sairia muito ferido.

- Vinha de Rosas! – gritou o dourado.

Dezenas de rosas circundaram seu corpo. Albafica o fitou intrigado mas não poderia se prolongar, sendo rápido tentou desviar, mas foi parcialmente atingido, o mesmo aconteceu com o companheiro de signo, devido ao cosmo a barreira não o protegeu suficientemente. Os dois foram ao chão.

Templo

Hakurei observou ate Selinsa sumir do seu campo de visão, voltando a atenção para Pontos.

- Agora podemos lutar. – sorriu o cavaleiro.

- Não esperava menos. E tu terá o privilegio de ver minha Ars Magna . – o titã retirou o pano que cobria seu corpo revelando-a. (obs: eu não sei como é a armadura dele, então eu vou inventar). Era negra mas resplandecia ao toque da luz, cobria o corpo por inteiro.

- Me sinto honrado. – sorriu com desdém e sem perder tempo partiu para cima do deus.

Hakurei dava golpes rápidos, Pontos desviava com destreza.

- É esse o potencial do auxiliar do mestre? Decepcionante. Saga é mais forte. – deu lhe um soco.

- Saga? – recuou antes de ser acertado.

- Sim. Ele já foi o auxiliar do mestre, bem... de certa forma. – sorriu.(na lógica do anime, Saga matou primeiro o Ares, para depois matar o Shion.)

Hakurei ficou em silencio, quais mistérios envolvia aquele cavaleiro?

- "Não importa. – pensou. – preciso detê-lo já." Ondas do Inferno!

O ataque do cavaleiro partiu em direção ao deus que não se moveu.

- Patético.

Pontos apenas acendeu sua energia fazendo com que o ataque do canceriano voltasse, contudo a intensidade foi maior, Hakurei bateu violentamente contra a parede.

- Estás velho Hakurei.

Ele o fitou ferino.

- Seja um bom perdedor e fique quieto.

O cavaleiro mal viu e quando deu por si Pontos estava a centímetros dele, sem hesitar o deus deu lhe um soco no estomago. Havia sido tão forte que parecia que o punho do deus atravessaria sua pele. Hakurei vomitou uma grande quantidade de sangue antes de tombar para frente.

Capricórnio

Mu, Shion, Aldebaran, Hasgard, MM, Manigold, Deuteros, Saga e Dohko entravam em Capricórnio.

- Não posso acreditar que eles tenham passado por El Cid. – disse Hasgard.

- Estamos tomando um banho. – Mani deu um sorriso desdenhoso. – desse jeito eles chegaram facilmente ao templo.

Shion ignorou o comentário, começando a procurar pelo cavaleiro. Encontrou, não só ele, como Shura caídos em meio a pedras.

- Cid! – correu ate ele.

O capricorniano do passado abriu os olhos, estava ferido, mas não a ponto de ameaçar sua vdia.

- Shion...?

- Shura! – MM o socorreu. – Shura!

- Shura! – o grupo do futuro aproximou.

- Shura. – Saga o chamou.

Aos poucos foi abrindo os olhos, sob a expressão preocupada de El Cid.

- Saga...? O que... – sentiu a cabeça latejar.

- Você está bem? – indagou Mu.

- Quebrado. El Cid? – olhou para o lado imediatamente vendo que o companheiro de signo estava acordado e aparentemente bem. – você está bem?

- Sim. – respondeu aliviado.

- Você consegue andar? – Aldebaran aproximou.

- Consigo. – olhou para eles percebendo que faltava pessoas. – cadê o Aioria e o Miro?

- Estão feridos. – respondeu Shion. – ainda tem forças para lutar?

- Sim.

- Então vamos, os titãs já devem ter chegado ao templo.

O grupo partiu em direção a Aquário.

Templo

Selinsa estava atenta, qualquer barulho a deixava em alerta. Estava preocupada principalmente por Shaka, se Pontos o encontrasse seria um alvo fácil. Seu temor aumentou quando começou a sentir um cosmo maligno aproximando. Engoliu a seco posicionando-se em frente a estatua. Não tardou para a figura do deus surgir.

Selinsa recuou um passo, se a imagem dele envolta num simples pano já a fazia intimidar o que diria ao vê-lo usando sua armadura.

- És obediente. – sorriu de maneira vil.

- Onde está o senhor Hakurei?

- Ferido, muito ferido. Se não quer ter o mesmo fim saia da frente.

- Não sei o que quer mas não sairei daqui!

- Tens coragem mas é totalmente inútil.

Pontos ergueu a mão e com leve movimento jogou a garota longe.

No interior do templo...

Shaka ainda estava no chão, não conseguia sequer se arrastar e isso o deixava nervoso principalmente por não mais sentir o cosmo de Hakurei. Por "sorte" Pontos não havia sentido o cosmo dele passando direto.

- Droga! – cerrou o punho. – não posso lutar. Não posso andar. Maldição! – disse as palavras de Saga. – Selinsa...

Forçou os braços no chão e com muito esforço conseguiu mover-se centímetros, mas não era suficiente. Ate chegar a porta e talvez ao local da batalha era metros!

- Droga! Droga! - batia no chão. – droga! – tentou concentrar seu cosmo, entretanto estava sem ele, nem pedir ajudar poderia. – seu invalido!

Começou a chorar de nervoso, Pontos certamente não teria piedade e mataria brutalmente a aspirante.

- Selinsa...

Forçou os braços novamente, conseguiu arrastar-se mais um pouco, mas longe de chegar a porta.

- Eu não consigo...

No salão...

Hakurei despertava, sentia uma dor terrível no estomago fora os outros ferimentos. Tinha a consciência que não teria condições de lutar, contudo não poderia deixar Pontos obter a arma e ainda tinha a aspirante. Reunindo forças levantou e escorando rumou para o pátio.

Pátio...

O deus depois de livrar-se dela caminhou ate o objeto consagrado a deusa, finalmente teria sua arma. Agora sim seus planos estavam completos. Usara Chronos direitinho.

- "A minha Era chegou."

Selinsa aos poucos foi levantando, o corpo todo doía. Olhou ao redor Pontos estava próximo a estatua.

- "Preciso proteger o que o senhor Hakurei me pediu"

Apesar de não ter um cosmo suficiente, Selinsa avançou sobre o deus. A aspirante ergueu o punho mas a poucos centímetros teve seu corpo retido.

- Criança idiota.

Sem se importar despejou seu poder nela. Com um sorriso nos lábios andou ate a entrada do local onde a arma estava guardada.

- Finalmente. – seu cosmo acendeu fazendo a porta abrir bruscamente. No interior da sala podia-se ver a arma ao centro e ao redor dela dezenas de lacres feito por Atena. – como se isso fosse me deter.

Seu cosmo espalhou pelo local, como se uma sombra negra tampasse o sol, de todo o santuário puderam sentir o aumento do cosmo do titã. Aioria que já estava em Libra apressou o passo, assim como os demais cavaleiros.

Entrada do templo...

Céos ergueu o olhar, sua expressão ficou fria.

- "Ele conseguiu."

Templo...

Escorando na parede Hakurei alcançou a área do pátio. Respirava ofegante.

- "Estou ficando velho." – pensou olhando ao redor. – ele rompeu o lacre... temos problemas.

Peixes

- Pronto. – a titã abaixou sua arma. – posso seguir, ainda mais agora depois de sentir que Pontos conseguiu.

- Ainda não.

Surpreendendo-a Albafica levantou.

- És resistente.

- Não imagina o quanto.

Os dois olharam para onde vinha a voz. Apesar dos machucados Afrodite estava de pé.

Albafica ignorou pouco se importava.

- Ataque-a. – disse.

O pisciano estreitou o olhar, ele agia como se fosse seu comandante, em outras épocas revidaria, esquecendo ate mesmo do inimigo, mas agora, o que estava em jogo não era seu orgulho e sim a paz no santuário, a paz em Rodoria, onde Athina pudesse viver tranquilamente. Por isso tinha que seguir o plano dele.

- "Vamos cosmo, mais uma vez." – não o sentiu de imediato, contudo sua energia foi surgindo lentamente. Esperaria quando ela atingisse pelo menos o ponto de enviar um ataque.

- " É degradante." – pensou Alba.

- Estou sem paciência. – Temis elevou seu cosmo. – assim como teus companheiros devem pagar pela afronta feita a nós titãs. Brab...

- Rosas Piranhas!

Reunindo um pouco de cosmo Afrodite lançou seu ataque.

- Isso nao funciona. – Temis preparava-se para defender...

- Espinhos vermelhos demoniacos.

- O que...?

A deusa assustou-se com o ataque. Voltou a atencao para o ataque de Afrodite parando-o com uma das maos. Com a outra tentou parar o de Albafica o que conseguiu em parte, pois teve partes do corpo atingido inclusive no rosto. Quando o ataque cessou é que reparou que tinha sido atingida.

- HUMANOS MISERAVEIS! – gritou em colera. - Brabeus Talanton!

Os dois foram atingidos tendo que segurar o cosmo dela nas costas.

- VAO MORRER POR TEREM ME FERIDO!

- Parabens Albafica. – disse Dite segurando o peso e que a cada minuto aumentava, sabia que nao aguentaria por muito tempo. – deixou-a irritada, mas pelo menos a atingiu.

- Não foi o quanto queria, mas vai para-la. – estava tao ferido quanto ele, apesar do combate ter sido rapido fora o suficiente para deixa-lo naquele estado.

- Sabe que não vou aguentar por muito tempo.

- Eles são fortes, mas não posso morrer agora.

Reunindo seu cosmo, Albafica tentava erguer a bola. Ao ver a tentativa, Temis...

- JÁ DISSE QUE VAO MORRER! Brabeus Blade!

Sem chance de defesa os dois foram atingidos indo ao chão.

- Vermes... – limpava o rosto de sangue.

Andou tranquilamente ate a saída.

- O que...? Rosas...?

Dali ate a entrada do templo havia um jardim feito de rosas.

- Como se eu fosse me importar.

Começou a subir olhando para frente, contudo começou a diminuir os passos.

- "Me esforcei muito... – sentia a visão embaralhar. – espero que Céos tenha pegado a arma."

Andava ainda mais lento e a visão foi ofuscando.

- Eu...

Não concluiu a fala indo ao chão. Desde o principio a idéia de Albafica não era derrotá-la, pois sabia que os níveis de poderes eram gritantes, mas se conseguisse ao menos pará-la ate a chegada dos demais cavaleiros talvez houvesse chance. Como ela recebera a fragrância venenosa dos dois piscianos mais o sangue venenoso de Alba, os efeitos das rosas poderiam mais facilmente fazer efeito nela.

Virgem

A noite estava iluminada pela lua cheia, o que facilitava o caminho de Marin que não tinha um rumo certo, os olhos estavam marejados e não demoraria a chorar. Asmita não passava de um cretino e pela terceira vez cedia a ele.

- "Como sou uma idiota."

Parou encostando numa arvore, aos poucos deixou o corpo deslizar ate sentar, as lagrimas logo vieram.

- Como sou burra...

Ergueu o olhar vendo que estava no meio do nada.

- Não posso ficar aqui. – levantou.

Marin seguia pelo "mesmo" caminho, com os pensamentos confusos, estava mais claro que nunca que sentia alguma coisa pelo virginiano, mas aquilo era errado, e duas vezes. Primeiro por ele ser um cavaleiro e segundo pelo jeito que ele a tratava.

- Isso não vai acontecer. Eu sou uma amazona e tenho que agir como tal. Ele não passa de um arrogante.

Dizia a si mesmo, e com isso não percebia que tomava outro rumo. A floresta foi ficando mais densa e já não estava tão iluminada. Deu um passo...

- Ah!

Sem visão, não percebeu que havia uma descida íngreme, acabou rolando, chegando ao final desacordada.

Entrada do templo...

Mesmo se distraindo com o aumento do cosmo de Pontos, Céos parou o ataque de Lara facilmente.

- Não é possível... – murmurou a amazona incrédula.

- Não posso demorar. – o deus voltou a atenção para a grega. – vamos terminar com isso. Ebony Galé!

- Lara! – gritou Kanon.

A amazona ergueu sua barreira novamente, contudo devido a intensidade do ataque de Céos não faria muito efeito... houve uma forte explosão sentida por todos.

A luz aos poucos foi dissipando, Céos mantinha o olhar fixo onde Lara estava.

A grega abriu os olhos lentamente ficando atordoada...

- Kanon?

O marina estava na frente dela com os braços esticados, sangrava muito e segundos depois caiu de joelhos.

- Kanon! – o amparou. – Kanon.

- Você está... bem...? – respirava ofegante.

- Não deveria ter feito isso. – disse chorosa.

- Eu disse que não era para você lutar. – vomitou um pouco de sangue.

- Kanon!

- Estou bem... – tentou levantar, mas não conseguiu. – quero que fique atrás de mim. Vou te proteger.

- Não diga bobagens, é você que precisa se afastar.

- Não vou deixar que nada te aconteça. – disse sério.

Lara o fitava sem entender.

- Por que se arrisca desse jeito?

Ele não disse nada apenas a fitou. Lara recuou diante do olhar dele, sentia o coração bater acelerado e não era por causa do calor da batalha...

Escorpião

Aioria tinha alcançando a nona casa. Sentia de leve o cosmo de Miro.

- Miro! Miro!

- No quarto! – gritou.

Desviando das pedras que estavam no chão o leonino dirigiu-se para lá.

- Miro. – parou na porta.

- Está num estado deplorável. – disse sorrindo assim que o viu.

- Não está melhor do que eu. O que houve com Kárdia?

- Só está dormindo.

- E os outros?

- Seguiram. – olhou para a armadura dele. – está conseguindo usá-la?

- Sim.

- Aldebaran e Mu também conseguem.

- Ainda consegue lutar?

- Consigo.

- Precisamos ir. Os titãs estão mais fortes creio que eles não conseguiram pará-lo.

- Estou começando a temê-los. – disse sério. – naquela vez mesmo com a plenitude de nossos cosmos tivemos uma batalha feroz, agora que eles estão mais fortes e nós "mais fracos" temo pelo o que possa acontecer.

- Não vamos deixar que eles destruam esse mundo. Conseguimos uma vez vamos conseguir de novo.

- Assim espero. Vamos.

Templo

O cosmo de Pontos havia aumentando consideravelmente, o deus fitava a arma em suas mãos com um sorriso triunfante no rosto.

- Magnífica como sempre.

Selinsa aos poucos foi acordando, sentia seu corpo todo doer e o gosto de sangue na boca. Ergueu o rosto deparando com Pontos de posse de um objeto.

Hakurei caminhava lentamente, seus temores aumentaram quando viu o deus.

- Pontos...

- Ainda estás vivo.- sorriu ironicamente. – pois bem, testarei a arma em ti.

O cosmo de Pontos aumentou bruscamente, o que pode ser sentido por todos, Hakurei tomou posição de defesa, estava ferido, mas precisava impedir que o deus levasse a arma, olhou rapidamente para o lado vendo que Selinsa estava no chão.

- Serás o primeiro a ver meu real poder! – a energia do deus elevou-se ainda mais.

O cavaleiro de Altar continuava com a expressão séria.

Selinsa que ainda permanecia deitada olhava com assombro o poder do inimigo.

- O primeiro a desaparecer será tu.

Pontos ergueu a grande foice e com um simples movimento foiçou o ar, mas o efeito... o ar ao redor dele expandiu de forma violenta, os mármores foram arrancados e uma onda de destruição foi em direção a Hakurei.

- Senhor Hakurei! – gritou Selinsa.

O cavaleiro ficou na defensiva, mas foi inevitável, acabando sendo atingido. O impacto foi tão forte que ele foi arremessado batendo violentamente contra uma parede de uma construção que ficava próxima.

- Senhor Hakurei. – com dificuldades a aspirante levantou e com esforço correu ate ele. – senhor Hakurei.

Seu estado era critico.

- Senhor Hakurei.

- Saia daqui Selinsa. – disse abrindo os olhos. – Pontos é perigoso.

- Mas...

- Realmente essa arma tem um poder formidável. – Pontos brincava com ela. – deixe-me testá-la mais uma vez.

Com o mesmo movimento provocou uma nova onda de destruição. Para proteger a garota, Hakurei a abraçou jogando-se para o lado.

- Selinsa você está bem?

- Sim.

- Hahahaha! Que poder!

- Você é louco. – o cavaleiro o fitou.

- Se diz... bom... pretendo usá-la mais tarde, pois agora... – seu olhar tornou-se ainda mais maléfico. – eu vou matá-los.

A garota encolheu.

- Selinsa saia daqui. – Hakurei levantou. – agora. – a fitou.

- Mas...

- Não vão parte alguma.

Hakurei e ela levaram um susto ao verem Pontos próximo a eles. Sem dar chance de defesa o deus deu um soco no auxiliar e em seqüência começou a golpea-lo.

- Não és digno que morras pelas mãos da Mega Depranon.

O cavaleiro caiu a metros de distancia.

- Pare! – Selinsa correu ate o canceriano. – senhor Hakurei.

Ele não respondeu de imediato.

- Vós humanos não passam de brinquedos para nós. – Pontos aproximava.

A garota passou a frente do cavaleiro no intuito de protegê-lo.

Surpreendendo-a, ele apareceu diante dela e com força a ergueu pelo pescoço.

- São apenas brinquedo.

- Solte-a Pontos... – o cavaleiro respirava com dificuldade.

- Ela será a primeira vítima da Mega. – pegou a arma encostando no corpo da aspirante. – a primeira humana a receber tal honra. – sorriu de forma maléfica.

Selinsa respirava ofegante e assustada pois sentia a frieza do objeto e algo quente escorrendo pela sua cintura: sangue.

Aquário

A entrada de Aquário jazia bem a frente deles, sem demorar entraram rapidamente na casa encontrando Kamus e Dégel. O francês estava ao lado do aquariano.

- Kamus! – Shura aproximou.

- Shura... – abriu os olhos ainda meio enevoados.

- Você está bem?

- Sim...

- Dégel! – Dohko se assustou com o estado dele. – Dégel.

Aos poucos ele foi abrindo os olhos.

- Doh-ko? – tentou levantar mas o ferimento no peito doeu.

- Quem lutou contra vocês? – indagou Shion.

- Créos. – respondeu Kamus. – cadê o Miro?

- Ficou. – disse Deba. – está com Kárdia.

- E como ele está? – Dégel preocupou-se, se ele tinha ficado algo poderia ter acontecido.

- Desmaiado, mas bem. – disse Mani. – Os batimentos cardíacos dele estão acelerado, melhor do lentos. – brincou.

Kamus olhou imediatamente para Dégel.

- Dégel fique aqui, nós vamos atrás dos outros titãs. – era evidente que algo havia acontecido com o escorpião.

- Você está ferido.

- Ainda posso lutar. – levantou. – é melhor irmos Shion.

- Tudo bem.

Foram saindo um a um. Kamus ficou por ultimo de propósito.

- Venha. – o francês o ajudou a levantar. – consegue andar?

- Sim.

- Vá a Escorpião, Kárdia precisa da sua ajuda.

- Está bem. Obrigado.

- Dá uma olhada no Miro.

- Sim.

- Nos encontramos no templo.

Concordou. Kamus não perdeu tempo indo atrás de Shion e dos outros enquanto Dégel descia lentamente em direção a nona casa.

Templo

Sentindo muitas dores na perna Shaka havia conseguido chegar ate a porta, mas ainda não era o suficiente para salvar Selinsa.

Usando um pequeno móvel como apoio, o indiano segurou nele, escorando o corpo na parede firmando na perna direita. Engolia a vontade de gritar de dor principalmente quando sentiu que algo escorria por sua perna sujando a calça de vermelho.

- Ah... – sentiu uma fincada. Virou o rosto banhado de suor vendo a maçaneta da porta a poucos centímetros. Se conseguisse abrir a porta...

Firmando um braço na parede, esticou o outro para tocar no objeto. Faltava pouco e os dedos já tocavam de leve.

- Atena dai-me forças... por favor... – suplicou.

Shaka esticou o corpo um pouco mais, contudo perdeu o equilíbrio. Vendo que ia ao chão projetou o corpo para o lado e num movimento rápido segurou a maçaneta conseguindo abri-la. Caiu do lado de fora do quarto.

- Ai... – tentava se mexer, mas o corpo parecia não obedecer, para o seu desespero sentia cada vez mais forte o cosmo de Pontos. – ele vai destruir o santuário... – com dificuldade virou o corpo ficando de bruços.

Olhou ao redor, pelo que conhecia do templo estava longe da escada que dava acesso ao pátio da entrada. Chegar até lá levaria horas.

- Alguém... – encostou o rosto no chão sentindo sua frieza. – Giovanni salve a Selinsa, por favor...

Estava desesperado, o santuário no futuro não existia mais, os titãs haviam conseguido passar pelas doze casas, seus companheiros estavam sem cosmos, Hakurei ferido e Selinsa... ela não agüentaria por muito tempo.

- Selinsa... "volte a andar ao menos por ela." – as palavras de MM ecoavam em sua mente. – eu não consigo... Atena por favor... me ajude...

Fechou os olhos pensando na aspirante, a essa hora deveria está frente a frente com Pontos. Ele não sentia, mas ao seu redor seu cosmo queimava brandamente...

Abriu os olhos assustado. Onde estava não havia janelas, no entanto sentia o vento bater em seu rosto. Erguendo o rosto deparou com uma cena que primeiramente o deixou aliviado para depois transformar-se em seu maior pesadelo: Via nitidamente, Hakurei caído, pouco a frente Pontos e Selinsa sendo erguida pelo titã e com a Megas Depranon junto ao seu corpo.

- Não...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Pessoas, como vão? Desculpe pela demora.

Capitulo: Volle est posse - Querer é poder

obs: os Episódios G não chegaram ao fim, então não faço idéia de como seja o final da historia, quem teve a oportunidade de ler os capítulos lançados no Brasil viu que o propósito de Pontos não era dá a Terra a Cronos e sim a outra pessoa. No ponto de vista da minha fic, Iapeto, Céos e Créos, Temis foram mortos antes de Pontos revelar sua verdadeira intenção, outra coisa no original Temis é esposa de Iapeto, mas aqui eu coloquei que ela tem um affair com o Céos (coisas de autora doida) espero que não se importem.



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