Temporits Actis escrita por Krika Haruno


Capítulo 17
Capítulo 17:Anceps fortuna belli




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Touro

Os quatro titãs subiam de maneira tranqüila as escadarias, quando chegaram à entrada de Touro, encontraram seus defensores a porta com os braços cruzados. Um trajava a armadura de Touro e outro roupas comuns.

- Temos um comitê de boas vindas.

Hasgard os fitou. Se eram cinco titãs porque só estavam quatro.

- Onde está o outro? – indagou.

- Está brincando com teus amigos. – respondeu Iapeto. – se bem que acho que já morreram principalmente o cavaleiro do futuro. Cometer a imprudência de lutar sem armadura.

- Como? – Aldebaran desfez a posição.

Hasgard o fitou. Se aquele titã estiver dizendo a verdade, eles não teriam a menor chance.

- Aldebaran.

- Sim.

- Entre.

- O que?

- Está em desvantagem. Siga para o templo.

- Não vai lutar contra os cinco.

- Não se intrometa. Vá. – disse ríspido.

- Hasgard...

- Isso é tão comovente. – Créos disse com escárnio. – vocês humanos são tão sentimentais. Chega a me provocar lagrimas.

- Seguem. – disse Céos. – lutarei com eles.

- Como quiser. – Pontos pouco se importou. – vamos. – disse aos outros.

- Vocês não vão passar. – Aldebaran adiantou-se.

- E vai nos impedir? – Iapeto ergueu sua espada.

- Seguem. – disse Céos de maneira imperativa. – já disse que vou lutar com eles.

O titã apontou o dedo para Aldebaran que ficou paralisado.

- O que?

- Aldebaran? – Hasgard tentou ajudá-lo, mas também estava preso.

- Sigam eles não podem se mexer.

Pontos e os outros seguiram. Quando não podiam ser mais alcançados Céos os libertou.

- Podem se mexer. Aconselho que tu, - apontou para o brasileiro. – entre. Não quero lutar com alguém sem proteção.

- Preocupe-se em se proteger. – Aldebaran deu um sorriso confiante, retornando a sua tradicional defesa. – não vai me convencer. – fitou Hasgard.

- Está bem. Faça como quiser.

O titã continuava parado observando-os.

- Apesar da determinação em defender tua casa, será totalmente inútil. Como reles humanos não podem fazer nada contra um deus.

- Novamente essa conversa fiada. Não se cansam? – Deba balançou a cabeça negativamente.

Hasgard fitou o taurino, ele nunca agia assim.

- Já que não entendem temos que repetir. – devolveu Céos. – não pretendo demorar.

O cosmo do titã começou a elevar. Hasgard continuou firme na sua posição, assim como Aldebaran.

Áries

- É a minha vez.

Temis elevou seu cosmo, deixando os dois em alerta.

- Brabeus Blade!

- Parede de Cristal!

Mu pulou na frente de seu mestre para protegê-lo, entretanto sua barreira não foi forte o bastante para deter o ataque. Os dois acabaram sendo atingidos, sendo Mu com maiores ferimentos.

- Não deveria ter feito isso. – Shion o amparou.

Ele não respondeu, sentindo apenas o gosto de sangue na boca.

- Quero que fique aqui.

- Não pode lutar sozinho.

- É uma ordem. – disse imperativo.

O lemuriano se assustou, Shion nunca falara assim com ele, parecia que a sua frente estava seu mestre.

- Vamos terminar com isso Temis. – o cavaleiro ergueu-se parando em frente a ela. – prepare-se.

- É um insolente em erguer teu punho contra um deus. Merece uma punição.

Shion não teve tempo nem de atacar, a deusa partiu para cima dele, numa seqüência de socos, devido à velocidade recebeu a maioria. Ele tentava uma reação, mas Temis não dava brechas.

- Mestre! "Mestre Shion é muito mais forte, por que está em desvantagem? – pensava, ate que fitou o rosto dele. – chegamos antes da guerra santa, então... Shion recebeu a armadura recentemente... só pode ser isso, ele ainda não desenvolveu a pontecialidade de seu cosmo."

Teve dificuldade para levantar, pois estava ferido, principalmente no braço direito que parecia quebrado.

- "Meu cosmo oscila...– naquele momento não sentia nada de sua energia. - mas se eu não fizer nada, Shion...

Por segundos sentiu sua energia voltar, não poderia perder essa oportunidade, lançando um ataque.

- Revolução Estelar.

Naquele poucos instantes, o cosmo de Mu atingiu sua força máxima, o qual estava acostumado, o poderoso ataque foi em direção a Temis, que apesar de ter defendido, levou um corte na mão.

- Como ousas me ferir mortal? – estava irritada.

Temis largou Shion, que foi ao chão, partindo para cima de Mu, ele ainda tentou proteger o rosto cruzando os braços, mas a titã o pegou pelo pescoço pressionando seu corpo contra uma pilastra.

- Vai se arrepender por ter me ferido.

- Mu... – Shion, no chão, apenas acompanhava a cena. Estava machucado. – Mu.

- Sou contra o derramamento de sangue, mas o teu sangue vai banhar essa casa.

A deusa iniciou uma série de socos, sem cosmo e já ferido, Mu nada pode fazer para evitar.

- Mu... – com dificuldade Shion levantou. – Temis...

- Não me atrapalhe. – com apenas um erguer de cosmo, a titã mandou Shion contra uma parede.

Gêmeos

Saga e Deuteros estavam na porta de Gêmeos. O geminiano do futuro trazia uma expressão preocupada. Apenas sentia a aproximação de três titãs.

Suas indagações confirmaram ao ver Créos, Pontos e Iapeto pararem ao final da escadaria.

- Pontos. – Saga cerrou o punho.

- É uma honra o mestre do santuário me receber em pessoa. – sorria.

- Cale-se!

Deuteros que ouviu fitou o geminiano.

- "Então realmente ele já foi mestre?"

- Quanto ódio de mim. Por que essa ingratidão já que fui eu a te dar a adaga?

- Mandei você se calar.

- Está bem arrogante, mas sinto dizer que prefiro quando está na forma de Ares, és mais divertido.

Deuteros ouvia atentamente.

Pontos voltou a atenção para o outro geminiano.

- Se não fosse pela armadura poderia julgar que estou vendo o outro.

O cavaleiro o fitou surpreso.

- Iapeto e Créos sigam. Quero me divertir um pouco com eles. De um lado o matador de deuses, do outro o matador de humanos.

Tanto Saga e Deuteros fingiram não ouvir as palavras de Pontos, contudo elas martelavam em suas mentes.

- Tudo bem. – disse o titã de cabelos negros.

Os dois avançaram sem problemas. Os geminianos trocaram olhares. Elevando um pouco o cosmo Deuteros sumiu das vistas deles.

- É uma pena que ele não quis ficar para a festa.

- Vou derrotar você.

- Sem armadura? Deuteros terá alguns minutos a mais, se bem que lutará contra dois deuses.

- Preocupe-se com você. – Saga tomou posição.

No interior da casa...

Iapeto e Créos corriam pelos corredores. Ate que o titã das dimensões parou.

- O que foi Iapeto?

- Estranho... tenho a impressão de ter passado por aqui.

- As paredes são todas iguais. Vamos.

- Não sei... acho que... caímos no labirinto de Gêmeos.

- Labirinto?

- Dizem que na terceira casa a um labirinto.

- Pensou rápido. – ecoou uma voz.

Os dois titãs olharam para uma figura que vinha em suas direções. Os cabelos azuis tremulavam com o vento e olhar trazia cinismo.

- Bem vindos ao labirinto de Gêmeos.

- Iapeto siga em frente. – Créos deu um passo a frente. – sempre tive a vontade de bater naquele humano, como não posso, me divirto com a copia dele. – sorriu.

- Como quiseres.

Deuteros continuou parado deixando o passar.

- "Vamos ver se o Mani presta para alguma coisa."

Áries

Mu continuava a receber as investidas de Temis, o ariano estava bastante ferido e prestes a perder a consciência. Shion, novamente de pé, pensava.

A deusa estava prestes a acertá-lo novamente, quando este, sumira, aparecendo ao lado do outro ariano.

- Mu. Mu. – chamava-o.

Abriu os olhos.

- Mestre...

- Não sou o mestre. – achou que ele delirava. – você esta bem?

- Zonzo.

- Fique aqui, não está em condições de lutar.

- Eu posso.

- Está sem cosmo. Por favor, fique aqui. – estava preocupado com ele.

- Mas...

Shion ignorou indo para perto de Temis.

- Vai pagar pelo que fez.

- Hum... já que quer morrer atenderei a teu pedido. Morra por teus pecados.– a deusa elevou seu cosmo, que foi tomando conta de toda a casa, mesmo com a grandiosidade do poder, Shion não recuou. – Brabeus Talanton!

O cavaleiro ainda tentou defender, mas acabou atingido pelo golpe.

- Shion!

Caiu de joelhos, segurando com as mãos a bola de energia.

- Pronto. – o fitou com desdém. Não há mais nada a fazer aqui. Adeus cavaleiro. – Temis deu as costas saindo.

- Espere. – o ariano afundava cada vez mais.

Touro

O cosmo de Céos queimava ao redor dele.

- Serei rápido.

O local começou a sofrer com rachaduras, uma poderosa rajada de vento cortava as rochas ao redor, uma luz negra surgia atrás do titã.

- Aldebaran tenha cuidado!

- Sparkle Rapier!

Ao redor de Céos surgiu um redemoinho de feixes de luz negra que partiram para cima dos taurinos. A dada altura o redemoinho uniu-se formando um único feixe. Aldebaran e Hasgard continuavam parados.

- Idiotas... – murmurou o deus.

Hasgard já estava prestes a defender quando percebeu que o feixe mudara de posição.

- Não é possível. – olhou imediatamente para Deba. – Aldebaran!

Não houve tempo, o taurino do futuro recebeu o ataque diretamente, indo ao chão.

- Aldebaran! – Hasgard correu ate ele. – Aldebaran!

Seu estado era critico.

- Aldebaran!

- Estou bem... –mal acabou de falar vomitou sangue.

- Fique aqui.

Hasgard levantou encarando o titã. Ele seria um terrível adversário.

- Já disse que não pretendo demorar.

- Nem eu.

O taurino do futuro partiu para cima do deus, dando lhe golpes rápidos, mas Céos defendia sem problema. Num ultimo ataque Hasgard aplicou-lhe um soco na direção do rosto, contudo teve sua mão retida.

- É inútil. Ebony Gale!

Devido a velocidade Hasgard não conseguiu ver o ataque sendo atingido em cheio. O cavaleiro foi arremessado longe batendo de forma brusca numa das pilastras de sua casa.

- Hasgard...

O cavaleiro foi escorregando ate cair sentado. Seus ferimentos só não foram graves por causa da proteção da armadura.

- "Droga." – limpava o sangue que escorria pela boca. – preciso atacar.

Ergueu-se tomando a posição de defesa e ataque começando a liberar seu cosmo. Céos mantinha-se parado.

- É agora! Grande Chifre!

Projetou sua mãos para a frente, o cosmo concentrou-se nelas. Céos erguia sua espada. Hasgard despejou mais energia, só teria uma chance e não poderia desperdiçar.

- Já disse que é inútil. – Céos liberava seu cosmo.

Os dois golpes se chocaram, ocorrendo uma grande explosão, ouvida de longe.

- Hasgard!

A cortina de fumaça impedia a visão do brasileiro.

- Hasgard!

Gêmeos

Do lado de fora da casa...

- É uma pena que seu cosmo está enfraquecido.

Saga continuou calado.

- Tenho uma proposta a lhe fazer, Alie-se a mim. Posso esquecer o passado.

O dourado deu um sorriso.

- Se ainda não percebeu, não tenho Ares dentro de mim.

- Infelizmente. Bom, não percamos mais tempo.

- Ia dizer o mesmo.

O geminiano partiu para cima do deus dando socos e chutes.

- Decaíste Saga de Gêmeos. – defendia sem qualquer problema. – já fostes grande.

Não se importou com as palavras continuando a atacar.

- Cansei.

Pontos elevou seu cosmo, atingindo Saga. Sem chance o dourado voou longe batendo contra uma pilastra.

- Quero ver teu sangue.

O titã avançou sobre ele, efetuando o mesmo ataque usado por Saga. Ele recebia a todos.

- Onde está o grande Saga? – Pontos sorria a cada expressão de dor do cavaleiro. – era uma farsa? Ou só era valente quando dominado por Ares?

- Explosão Galáctica!

Pontos segurou o punho dele, desfazendo o golpe.

- Cometeste um erro ao erguer o punho contra teu senhor.

Das mãos do titã formou-se uma bola de energia atingindo Saga diretamente. O cavaleiro foi ao chão.

Interior...

Deuteros e Créos analisavam-se.

- Athena não tem sorte com seus cavaleiros. Saga e Kanon, Deuteros e ...

- Onde ele está?

- Pontos achou melhor ele ficar. Também um inútil como ele.

- Inútil... – deu um sorriso. – não queria acertar as contas...

- Será um prazer matar-te.

- Digo o mesmo. – deu um sorriso cínico.

- Insolente. Vou picar teu corpo.

- Se conseguir sair...

- Como?

Créos olhou ao redor, vendo inúmeras estrelas e planetas.

- Outra dimensão!

O titã foi atingido sumindo da casa de Gêmeos.

Deuteros não perdeu sua posição defensiva, tinha a plena certeza que aquele ataque não seria suficiente para detê-lo. E realmente não foi.

O geminiano pode sentir um imenso cosmo perto de si, e o ar onde o titã tinha sido sugado abriu-se como uma fenda.

- Ate que demorou. – disse com ironia.

- Vou cortá-lo em mil pedaços. Aster Blade!

De dentro da fenda partiu o ataque de Créos, o cavaleiro ainda tentou desviar contudo foi atingido tendo varias partes do corpo cortados. Ficou de joelhos.

- Pensou que um simples ataque iria me parar? – Créos surgiu de dentro da fenda.

- Pensei.

- A próxima coisa que vou cortar vai ser sua língua.

Novamente disparou seu "Aster Blade", Deuteros nada pode fazer para desviar.

Áries

- "Preciso ajudar o mestre." – Mu apoiou-se numa das pernas. – "se algo acontecer a ele o futuro estará ameaçado."

- "Droga". – Shion perdia as forças. Mesmo trajando a armadura não agüentaria por muito tempo.

- Shion.

Espantado virou o rosto ao ouvir a voz.

- Mu? O que faz aqui?

- Vim ajudá-lo. – os braços desnudos seguravam o ataque.

- Não tem a obrigação de me ajudar. Vá atrás dela!

- Não sairei daqui. Sei que falho na minha missão como cavaleiro, mas não posso deixá-lo morrer. Não imagina a sua importância.

Shion o fitou surpreso. Achava que apenas havia companheirismo por serem do mesmo signo, contudo as palavras de Mu ganhavam uma outra conotação. Confessava que no inicio desconfiava dele, por causa da maneira que ele o encarava, mas diante das palavras dele, não o tratava apenas como cavaleiro da casa de Áries, mas sim como amigo.

Mu sabia que não poderia deixar Temis sair livremente, mas não deixaria seu mestre morrer, tudo que ele sabia devia a ele. Nas condições que estava, poderia significar a morte. Sem cosmo, sem armadura e ferido. Não agüentaria por muito tempo.

- Saia daqui Mu, não vai suportar.

Eles afundaram mais um pouco, Shion com a armadura resistiria por mais algum tempo, já o outro estava com os braços sangrando.

- Vou. – disse convicto. – não vou morrer aqui, não enquanto não derrotamos Pontos e os outros. – ele não via, mas seu cosmo circulava-o de maneira constante. – não enquanto não devolver a paz a essa época.

- Mu.

- Não enquanto não os fazer pagar pelo que fizeram a Atena e os outros. – o lemuriano afastava a bola de energia. – "não enquanto não vingar a morte do meu mestre no futuro." – já estava levantando-se.

Shion acompanhava a cena impressionado. Parecia que Mu não tinha percebido, mas seu cosmo aumentava, contudo, ao contrario das outras vezes, não era um aumento brusco.

- Ainda tenho que lutar.

Seu cosmo expandiu-se a preencher toda a casa de Áries, a Brabeus Talanton de Temis começava a sucumbir diante do poder dele.

- Não vou morrer aqui. – já de pé Mu segurava a bola com as mãos. – Não vou. – aumentando seu poder ao maximo consumiu com Brabeus.

- Mu...

- Você esta bem? – estendeu a mão ao mestre.

- Estou... – o fitava surpreso. – você...

- Devemos ir atrás dela Shion. – deu um passo... – o que...?

Fitou as mãos, para em seguida fitar os braços e depois o corpo todo.

- Mas eu estou...

- ... trajando a armadura de Áries. E seu cosmo...

- O sinto completamente. – a energia dourada queimava serena ao redor dele.

Shion já o achava forte, mas não imaginava que fosse tanto. Se aquele era o nível normal dele quando estivesse usando o maximo, seria surpreendente.

- Parabéns Mu, recuperou seu cosmo e sua armadura. – tocou no ombro dele.

- E o que parece. – sorriu animado e aliviado.

- Agora podemos ir. Hasgard e Aldebaran não podem enfrentar os cinco.

- Sim.

- Vamos.

Saíram correndo. Mu estava feliz, agora sim a luta seria justa e poderia evitar que mais mortes continuassem. Shion o fitava de vez em quando, se o cosmo dele havia voltado talvez, os dos demais também voltassem.

- "Espero que sim."

Touro

Aos poucos a poeira foi dissipando e Aldebaran pode ver.

Céos segurava o punho de Hasgard. Ele havia soltado o Grande Chifre apenas para distraí-lo o que não funcionou.

- Acabou. Sparkle Rapier!

- O que?

Hasgard foi atingido em cheio, batendo ainda mais forte contra uns rochedos. Os mesmos desmoronaram sobre ele. O cavaleiro esta inconsciente.

- Hasgard!

- A batalha acabou.

Aldebaran voltou o olhar para o deus. Ele estava mais forte.

- Se não tivesse resistido não teria esse fim.

- Céos... – Deba cerrou o punho. Teve o impulso em levantar, mas parou ao sentir um cosmo passar por ele e entrar na casa de Touro.

- Mas foi valente apesar da pouca força. Os cavaleiros no futuro deram mais trabalho.

- Céos... – resolveu ignorar o cosmo, sabia que Saga e os outros o deteriam.

- Mestre!

Desesperado Aldebaran voltou o olhar para onde escutara o grito.

- Não... – soltou ao ver Salo e Teone.

- Mestre. – o mais novo já trazia os olhos marejados.

- Foi você! – Teone cerrou o punho. – vai pagar pelo que fez ao senhor Hasgard.

- Criança humanas... – elevou a mão. – vou livrá-las desse sofrimento.

- Não se atreva Céos!

- Hum? – o deus virou o rosto.

- Senhor Aldebaran... – Teone estava assustado pelo estado dele.

Respirando de maneira ofegante o taurino estava de pé apesar dos ferimentos.

- Não chegue perto deles. – deu um passo cambaleante.

- Não podes fazer nada neste estado cavaleiro. Por que não aceita a morte?

- Já se esqueceu de como somos persistentes? – deu um sorriso. – Teone, leve Salo daqui.

- Mas...

- Agora!

- Sim...

- Está na hora do touro ser abatido. E dessa vez para sempre.

O cosmo de Céos explodiu de maneira violenta, Deba tomou posição, mas tinha a consciência que não poderia fazer muita coisa.

- Ebony Gale!

Aldebaran não tivera chance, o poderoso ataque do deus atingiu-o em cheio provocando um profundo corte em seu peito.

- Senhor Aldebaran! – gritaram os meninos.

- Vão fazer companhia para ele. Ebony Gale!

Salo abraçou Teone, que continuava com o olhar firme. Se era para morrer seria como um autentico discípulo de Touro, firme. O garoto fechou os olhos, para em seguida reabri-los.

- Alde-baran... – murmurou perplexo.

- Como? – Céos também estava surpreso.

O taurino estava de pé diante deles segurando com as mãos o ataque.

- Não vai encostar neles.

- Ficastes louco? Segurar meu ataque com as mãos nus.

- Não perderemos mais vidas, - as mãos sangravam e do jeito que estava certamente os três seriam atingidos. – no futuro não pude fazer nada. – levantou. – não vou deixar que façam o que quiserem.

O cosmo dele aumentava. Hasgard que havia acordado olhava o amigo surpreso.

- Não vou permitir que destrua o futuro desses meninos. – deu um passo a frente. – não vou!

Seu cosmo expandiu de tal maneira que fez com o ataque de Céos voltasse contra ele.

- Impossível.

Aldebaran estava trajando a armadura de Touro, mas ele mesmo não havia percebido. Hasgard o fitava admirado.

- Vou mandá-los de volta para o tártaro! - o cosmo dele explodiu. – Grande Chifre!

O poderoso ataque de Deba partiu para cima de Céos.

Com a explosão eles não puderam ver, mas continuava intacto.

- "Meu objetivo nunca foi matá-lo," - pensava enquanto subia as escadarias, havia aproveitado a explosão. – "mas agora que lutaremos de igual para igual não terá a mesma chance cavaleiro de Touro."

Quando a fumaça dissipou...

- Fugiu?

- Senhor Hasgard! – Salo e Teone correram ate ele.

- O senhor está bem?

- Bem quebrado quer dizer. – riu.

- Hasgard. – Deba parou a frente dele.

- Bela armadura. – sorriu.

Deba a principio não entendeu ate olhar para si.

- Minha armadura... meu cosmo...

- Parabéns. Pode me dar uma mãozinha?

- Claro. –Deba o ajudou a levantar.

- Precisamos ir. – disse Hasgard limpando um filete de sangue.

- Sim.

- Obrigado. – o cavaleiro tocou no ombro do amigo. – obrigado por protegê-los.

- Foi um prazer.

Os quatro sorriram.

- Vocês dois fiquem aqui. Vamos Aldebaran.

- Sim.

Os dois correram em direção à próxima casa. Aldebaran sorria, agora sim se sentia um cavaleiro. Hasgard também sorria.

- Aldebaran, Hasgard!

Os dois pararam ao ouvirem uma voz conhecida.

- Shion.

Os dois arianos aproximaram.

- Sua armadura. – Deba sorriu ao ver Mu.

- Você também. – sorriu de volta.

- É bom que os dois estejam com seus cosmos de volta. – disse Hasgard. – mas precisamos ir. Pontos, Créos e Iapeto seguiram na frente. Na certa Céos já deve tê-los alcançado.

- Temis também já passou por nós. – Aldebaran olhou para a casa. – senti um cosmo passando por mim.

- Precisamos nos apressar. Vamos. – Shion tomou a dianteira.

Os três cavaleiros partiram.

Shion e Hasgard seguiam na frente. Aldebaran que corria mais atrás parou.

- O que foi Deba? – Mu foi ao seu encontro.

- Nada.

O ariano o fitou atentamente, vendo pingos de sangue no chão.

- Você não recuperou seu cosmo?

- Ele só curou os ferimentos da outra batalha. Mas eu posso lutar. – disse tentando convencer o amigo.

Mu não se convenceu, a julgar pelo estado do amigo a batalha havia sido feroz.

- Só lute em ultimo caso.

- Está bem. – tocou no braço esquerdo dele.

- Ai. – Mu soltou um gemido de dor.

- Seu braço... – só então realmente reparou no estado do ariano, ele estava bastante machucado. De certo a armadura só cobriu o corpo dele ao final da batalha.

- Não é nada. É melhor irmos.

Câncer...

- Por que não se esconde e deixa o profissional aqui agir. – MM estralava os dedos.

- Acha que vai conseguir? Não seja idiota, nem veste a armadura.

- Eu não preciso dela!

- Você que deveria se esconder.

- Ora seu...

Os dois já iam trocar socos, pararam ao sentir um cosmo se aproximando. Iapeto parou a frente deles.

- Bem vindo a Câncer. – Mani deu um sorriso. – terá o grande prazer de morrer nas minhas mãos.

Iapeto deu um sorriso.

- Humanos são seres cômicos.

- Chega de conversas. – MM adiantou-se – vá logo para o inferno. Ondas do inferno!

- Idiota.

Apenas usando uma das mãos Iapeto parou o golpe de MM.

- Como?

- Espera o que vindo de alguém como você? – Mani deu um passo a frente. – deixa o mestre te ensinar. – elevou seu cosmo. – Pinça do...

- Ondas do inferno!

MM avançou na frente.

- Você me cansa. – Iapeto elevou seu cosmo.

Com um movimento das mãos o titã pegou MM e o lançou contra as rochas.

- Falei para ficar quieto. – disse Mani com um leve sorriso. – podemos continuar?

- Serás o próximo.

Gêmeos...

Saga continuava caído.

- Me decepcionou cavaleiro. – Pontos deu um chute nele. – mas por horas não vou matá-lo.

- Pontos.

O titã virou para trás, deparando com Céos.

- Fostes rápido.

- Nossa intenção não é matá-los. E os outros?

- Créos esta se divertindo com o outro geminiano e Iapeto seguiu em frente.

- Devemos nos apressar. – a voz de Temis fez se presente.

- Demoraste.

- Vamos. – ignorou o comentário.

Mesmo com o corpo todo cortado, Deuteros não abandonava o sorriso sádico, o que deixava Créos ainda mais irritado.

- Vou te mandar para o inferno!

- Já chega Créos.

O titã parou o ataque.

- Deixe-o. – disse Pontos.

Temis e Céos fitaram o cavaleiro.

- Mas ele... – murmurou a deusa.

- Não passa de uma copia. – Pontos o olhou com desdém. – Vamos.

Deuteros apenas os observou passar, não conseguiria segura-los.

- "Vê se faz alguma coisa Mani."

Pensou antes de perder os sentidos.

Câncer...

Mani partiu para cima do titã, bem mais cuidadoso que MM evitava ao maximo ficar próximo ao titã. Estava prestes a aplicar lhe um golpe quando sentiu cosmos poderosos perto de si. Afastou-se rapidamente.

- Ainda está aqui?

O canceriano viu surgir quatro sombras ao lado de Iapeto.

- Que coisa mais agradável, os cinco titãs em minha humilde casa. – disse sarcástico, mas um pouco preocupado, se eles tinham chegado ate ali era sinal que Shion, Hasgard e Deuteros haviam perdido. – tem preferência de chá?

- Continue tua luta. – disse Pontos tomando a dianteira.

Mani deixou os passar.

- Não vai impedir? – indagou Iapeto.

- Sei que sou forte, mas não quero desperdiçar o meu poder com cinco. Prefiro matar um de uma forma perfeita.

Manigold trazia um sorriso sádico, mas por dentro estava tenso. Iapeto não era um inimigo qualquer e precisaria ter cuidado com ele. Olhou para o lado vendo MM em meio às rochas.

- "É um inútil. Nem para servir de isca. – pensou para sorrir em seguida. – "é isso." Tenho que tirar o chapéu para você, derrotou MM num minuto, se bem que chutar cachorro morto...

- Cachorro morto é a mãe! – gritou o italiano limpado a boca de sangue. – vou te mostrar quem é o cachorro morto.

- "Tão previsível... mas não posso deixar de reconhecer que é bem resistente, outro já teria morrido." Pensei que já estivesse no Yomotsu.

- Não sou como você. – levantou.

- Por que não tenta acertá-lo? Se bem que acho que não consegue.

- Vai ver quem não consegue. – seu cosmo estava fraco, mesmo assim não deixaria barato. - ondas do inferno!

Iapeto balançou a cabeça negativamente.

- "Os dois caíram direitinho, só preciso chegar perto..."

Manigold avançou sobre o titã. Este, preocupou-se mais em desviar do ataque do cavaleiro do que o do de MM.

- Não se intrometa! – gritou o italiano possesso pela intromissão.

- Inúteis.

Iapeto desviou do soco de Mani contra atacando, ele porem foi um pouco mais rápido afastando. O titã olhou para o ataque de MM que vinha em sua direção.

- "Só mais um pouco." – o cosmo de Mani elevava-se.

O deus segurou o ataque do Giovanni com as mãos.

- Hecatombe dos Espíritos.

O golpe do outro canceriano partiu em direção a Iapeto, que não desviou. Houve uma grande explosão, Mask foi jogado longe enquanto Mani, afastado, sorria.

- Pronto.

- O que você fez?

Assustando-o MM apareceu na frente dele preste a dar-lhe um soco.

- Está vivo? – disse com ironia segurando o punho.

- Você quase me matou!

- A intenção era essa mesma, infelizmente foi só o titã.

- Me fez lançar o "ondas do inferno" só para mandar seu golpezinho.

- Ate que pensa! Pensei que eram só bolhas de sabão aí dentro. – apontou para a cabeça dele.

- Idiota.

A discussão foi interrompida por um aumento brusco de cosmo. Em meio a cortina de poeira Iapeto erguia a sua lamina.

- Não penses que me venceu. – seu rosto era frio. – humano. Terá a punição que merece. - o cosmo de Iapeto elevou-se ainda mais. – Kekaton Kheir Kalein!

O monstro mitológico surgiu diante e Mask tomaram distancia um do outro.

- Alem de não matá-lo ainda o deixou irritado.

- Cale-se! – fitou a figura a frente. "Vai ser complicado."

Leão

Na porta de Leão Aioria olhava fixamente para a escada com a expressão preocupada.. Regulus estava ao seu lado. Vez ou outra o garoto o fitava.

- Regulus.

- Sim?

- Quero que me faça um favor.

- Qual? – indagou apreensivo.

- Não sei quantos inimigos vamos enfrentar, mas quero que fique dentro de casa.

- Eu também vou lutar!

- Não vai.

- Só por que não tenho armadura que sou um imprestável. Que eu não sou capaz.

- Eu sei que é capaz sim. – tocou no ombro dele. – Áurea está aqui quero que tome conta dela.

Ia retrucar quando se lembrou desse detalhe.

- Está bem.

- Tenha paciência, ainda terá sua luta.

Regulus resolveu não ir contra, da ultima vez que agiu por conta própria Aioria acabou se machucando. E não queria isso.

Aioria agradeceu a compreensão do leonino, não queria que ele corresse risco, como Lithos correu um dia.

- "Eles não param por nada." – cerrou o punho.

Seu temperamento sempre fora estourado, ainda mais na adolescência mas com o tempo pensava calmamente antes de agir, entretanto com aqueles seres por perto, parecia que a rebeldia de anos atrás voltava.

Sua atenção voltou-se para a frente ao sentir quatro cosmos bastantes conhecidos.

- Como vai jovem Leão? – apesar do tom "cordial" Pontos o fitava de maneira fria.

- Melhor se não estivessem aqui.

- A língua continua afiada. – Créos o fitou seriamente. – não mudaste muito desde a ultima vez.

- Digo o mesmo. Continuam achando que humanos são insignificantes. Acho que bati pouco em vocês.

- Tenha mais respeito por nós cavaleiro. – disse Temis.

Aioria ignorou as palavras da deusa, sua mente trabalhava.

- "Os quatro estão aqui, na quinta casa, passaram pelas outras sem lutar?" Como chegaram ate aqui?

- Pelo modo tradicional. – respondeu Céos, olhando-o fixamente, gostaria de lutar com ele novamente e ver se ele tinha evoluído. – o nível dos cavaleiros dessa época deixa muito a desejar.

Não disse nada. Mu, Aldebaran, Saga e MM estavam sem seus cosmos e os cavaleiros daquela época lutavam com adversários fortes.

Dentro da casa...

Áurea estava no quarto, já tinha se levantado e agora arruma a cama.

- Áurea.

- Entre. – respondeu ao escutar batida na porta.

- Bom dia. – disse tentando transparecer tranqüilidade.

- Bom dia.

- Vem, nos precisamos ir.

- Ir? Onde? – estranhou.

- Os titãs estão aqui no santuário. Vem, vou te esconder.

A grega empalideceu.

- Não se preocupe eu vou te proteger. – deu um sorriso. – sou um cavaleiro de ouro.

- Eles fizeram algo a vila?

- Não.

Suspirou aliviada.

- E Aioria?

- Está lutando com eles e me pediu para te proteger. Vem precisamos ir.

Concordou. Intimamente rezava para que todos ficassem bem principalmente Shion

Câncer...

- Vocês aprenderam a ter respeito por um deus! Kekaton Menis!

Surgiram cem braços no monstro. Os cancerianos desviavam dos socos com certa dificuldade. Vez ou outra cruzavam o caminho.

- Não é o inteligente? Resolva isso. – MM recuou três passos.

- Estou pensando!

- Não tem o que pensar, aceitem a morte. Khora Temnein!

Os dois começaram a serem sugados para espaço negro. Eles ainda tentaram evitar, mas distraídos com o segundo golpe esqueceram os cem braços de Hecatonquiro. O ataque partiu em dois, acertando-os em cheio. Os cavaleiros foram ao chão.

- Patéticos.

Iapeto passou por eles.

Leão

- Pois muito bem. – Aioria cerrou o punho e fechou os olhos ascendendo seu cosmo. – então terei que eliminá-los novamente. – abriu os olhos.

- Está tão cheio de si. – Pontos deu um passo a frente. – como Aiolos estava antes de ser morto.

- O que?

- Teu irmão foi a primeira barreira que encontramos, isso já na porta do templo da tua deusa. Foi corajoso em querer nos enfrentar sozinho.

- Realmente. – Créos deu um sorriso. – suportar todos aqueles cortes, inclusive pude ver o sentimento de culpa que ele carregava por ter deixado o pobre irmãozinho sozinho.

- Aiolos... – o leonino recuou. Eles já tinham conversado sobre isso, mas achava que o irmão já tinha superado.

- Mas não se preocupe vou matar-te da mesma forma. Pontos siga em frente, eu ficarei aqui.

- Vocês são lentos. – Iapeto surgiu atrás deles. – pensei que já estivessem mais a frente.

- Tivemos um contratempo. – disse Pontos voltando a atenção para o leonino. - Como quiser Créos, já não precisamos mais dele. Vamos.

- Não vou deixar vocês passarem! – tomou posição.

- Se eu foste tu pensavas direito. – o titã ergueu sua arma, apontando para a casa de Leão. – sei que tem pessoas lá dentro. Vai deixá-las morrer?

Aioria o fitou frio.

- Cretinos... – abaixou o punho.

- Bom menino.

Pontos e os outros seguiram em frente.

- Pronto, não há mais nada que possa interromper nossa luta.

- A surra que te dei não foi suficiente?

- Não te dei o devido valor, eu confesso, mas hoje a historia será diferente. Serás eliminado da Terra.

- É o que veremos. – Aioria tomou posição.

Gêmeos

Shion e Hasgard logo alcançaram a terceira casa.

- Já passaram por aqui. – disse Hasgard vendo o cenário de destruição.

- Deuteros lutou sozinho? – Shion tentava sentir o cosmo do cavaleiro.

Aldebaran e Mu chegaram.

- Não sinto cosmo... – murmurou o ariano.

- Saga? – assim que o viu o taurino correu ate ele sendo seguido pelos outros. – Saga!

- Saga! – Mu o amparou. – Saga!

Aos poucos o geminiano foi abrindo os olhos, felizmente seus ferimentos não arriscavam a sua vida.

- A luta foi feroz... – disse Hasgard.

Shion que o fitava voltou a atenção para o Touro e ariano do futuro. Por que eles estavam com a armadura e Saga não?

- Me ajude a levantar. – pediu o grego, auxiliado pelo brasileiro.

- Você esta bem?

- Estou.

- Cadê o Deuteros?

- Esta protegendo a casa, mas acho que eles passaram. – Saga ergueu o olhar fitando surpreso os companheiros. – estão com a... e seus cosmos...

- Parece que normalizou.

- Mas... e quanto a mim?

- Não se preocupe Saga. – Deba tocou no ombro dele. – logo estará com a sua armadura.

- Senhores, precisamos ir. – disse o outro taurino. – A essas horas devem está em Câncer.

- Vamos.

Entraram em Gêmeos achando estranho o silencio.

- Sinto fracamente o cosmo de Deuteros. – Hasgard olhava ao redor.

- Fiquem atentos.

Saga percebeu algo a frente.

- Deuteros?

Os cinco correram ate o geminiano, ele estava caído com muito sangue a volta.

- Deuteros! – Hasgard o chamou. – Deuteros!

O geminiano abriu os olhos.

- Acho que morri, estou tendo uma visão do inferno.

- Idiota. – Hasgard deu um tapa nele. – ainda brinca.

- Ai... doeu... estou ferido não esta vendo? – fez cara de coitado.

Deba sorriu, a personalidade dele parecia com a de Kanon.

- Eles passaram? – indagou Shion ignorando o comentário.

- Sim. – o rosto antes brincalhão tornou-se sério, da água para o vinho. – o cinco. Estamos em desvantagem Shion. O nível deles... – ponderou. - não sei quais suas reais intenções, mas não vamos conseguir pará-los.

Trocaram olhares.

- Talvez os únicos que consigam alem do mestre e do senhor Hakurei...

- Quem? – Shion estava preocupado.

- Shaka, mas ele não pode andar, tornando um alvo fácil.

- E o outro? – indagou Mu.

- Asmita.

- Como se ele fosse fazer isso. – Hasgard cruzou os braços. – é bem provável de guiá-los ate o salão do mestre, isso sim.

- Você não o conhece. – Deuteros o fitou repreendendo. – talvez seja o mais leal de todos.

- Só você acha isso.

Saga, Deba e Mu acompanhavam o dialogo.

- Não temos tempo para indagações. – disse Shion tomando a dianteira. – precisamos detê-los a qualquer preço. Temo que se não pararmos-los agora, a situação vai piorar. – o cavaleiro voltou a atenção para a casa acima de Câncer, Áurea estava lá.

Virgem

Marin assim que sentiu o cosmo dos titãs, apressou-se em chegar a entrada do santuário, faltando pouco para entrar em Virgem.

A amazona passaria direto, mas ver Asmita em sua pose de lótus a fez parar. Tudo bem que muitas vezes era assim que Shaka preparava-se para batalha, mas diante de uma ameaça tão próxima, como aquele homem poderia ficar daquele jeito?

- Com os titãs a nossa porta você fica assim?

Ele não respondeu.

- Estou vendo que vou ter que defender a sexta casa. – deu um passo.

- Nem um passo sua insolente. – a voz saiu fria. – quem lhe deu o direito para falar assim? – a fitou. – sei muito bem das minhas obrigações. É você que deveria está em outro lugar, de preferência bem longe desta casa.

- É para onde estava indo. Os meus companheiros estão sem cosmos vou ajudá-los.

- Refere-se a Aioria? Ou a seu salvador? A casa dele é mais para cima. – sorriu de forma sádica.

- Não tenho tempo para perder com você.

Asmita a segurou pelo braço.

- Quer me soltar? – puxava. – ou vai fazer como fez ontem? Me beijando a força.

O virginiano que a fitava com um sorriso nos lábios, foi perdendo-o. Ela tinha razão, por que agira daquela forma? Ser cego o proporcionava entender situações e sentimentos, mas quando ela estava por perto, nada fazia sentido. Ela conseguia fazer com que sua mente não pensasse e que agisse por impulso. Perguntou-se inúmeras vezes o porque disso, mas nunca descobriu a resposta.

Marin o fitava ressabiada, Asmita sempre trazia uma expressão debochada o que não ocorria naquela hora, ao contrario, era uma expressão pensativa, ate calma.

O cavaleiro voltou a "si" ao sentir cosmos se aproximando de virgem. Sem que ela esperasse ele a puxou pelo braço arrastando-a para o interior da casa.

- O que pensa que está fazendo?

- Te mantendo viva.

Ela não entendeu a reposta. Asmita abriu uma porta e sem qualquer constrangimento a empurrou para dentro. Marin nem teve tempo de dizer algo, escutou o barulho da mesma sendo trancada.

- Abre a porta! – batia na madeira. – Asmita abra essa porta!

Ele não respondeu, meio sem entender a sua atitude.

- Se não abrir vou colocá-la a baixo!

Continuou em silencio, retirando-se do local.

- Quem você pensa que é... – o cosmo da amazona inflava. – para me manter presa aqui?

Marin deu um soco na porta, transformando a madeira em pedaços.

Asmita parou virando-se.

- Não quero que saia daqui. – disse irritado.

- Não me dá ordens!

Sendo mais veloz que a amazona, o cavaleiro a empurrou novamente para o cômodo. Só que desta vez usou seu cosmo como porta. Marin ate tentou encostar na "barreira", mas seu corpo foi repelido.

- O que você fez? – indagou indignada. – me tira daqui!

- Só tem duas maneiras de sair. Ou eu retiro meu cosmo, ou ele enfraquece o suficiente para você conseguir passar, então... fique quieta aí.

O cavaleiro foi embora, deixando uma japonesa invocada.

- "Não quero que lute com esses titãs." – pensou.

No quarto Marin tinha desistido de abrir passagem, seus golpes eram simplesmente evaporados pela "barreira".

- Não adianta... foi feito por um cavaleiro de ouro, ainda mais quem... – deu nos ombros, passando a observar onde estava. – mas... é... o quarto dele?

A jovem ficou surpresa com o que viu, era um quarto simples, com apenas uma cama e um velho baú, contudo era aconchegante e emanava tranqüilidade.

- Alguma coisa tem que ser boa.

Vila

Os trabalhos continuavam, os moradores já de pé, dedicavam a reconstrução da vila, sem ao menos saber o que se passava no santuário.

- Acho que vamos precisar de mais baldes Athina. – disse Lithos contando os que estavam a beira do poço.

- Vou buscar mais.

- Não saiam da vila! Não saiam da vila! – gritava um morador correndo.

- O que foi? – indagou outro assustado.

- O santuário... – recuperava o fôlego. – o santuário...

- O que tem? – Lithos aproximou.

- Aqueles demônios, aqueles demônios entraram nas doze casas.

Logo o pânico espalhou-se pelos moradores. Athina e Lithos trocaram olhares.

Virgem

Asmita voltou para a sala ficando novamente na sua posição de lótus, não demorou muito para os quatro cosmos que sentiu pararem diante dele.

- Deve ser mais um desses fracotes, - disse Iapeto. – eu luto com ele.

- Eu me encarregarei desta luta. – disse Céos de olhos fixos no virginiano.

- Fico lisonjeado que se ofereçam para lutar comigo, me chamo Asmita. – disse o próprio. – pena que apenas um terá esse prazer.

- Pelas tuas palavras, vai nos deixar passar. – Temis o fitou com desdém.

- Não sou louco o bastante para enfrentar quatro titãs.

- Finalmente um humano que pensa. – disse Iapeto. – ele teme a morte.

- Não quis dizer isso. Eu disse que não vou enfrentar os quatro ao mesmo tempo. Posso acabar com um aqui em Virgem e nas demais casas a cima com os outros.

- Seu prepotente! – Iapeto avançou mas foi parado por Céos.

- Eu lutarei com ele. Siga a diante Pontos.

- Como quiser. – o deus não tirava o olhar do cavaleiro. – vença, quero lutar contra ti no futuro.

- Será um prazer.

Nos aposentos de Asmita, Marin sentada na cama, sentia os quatro cosmos, levantou-se imediatamente ao perceber que três deles haviam sumido.

- Não acredito que ele os deixou passar! Asmita... – deu um soco na "barreira" prontamente repelido. – droga!

Na sala...

Mesmo com a saída dos outros o silencio imperava no local, era como se eles se analisassem.

- Antes de começarmos posso fazer duas perguntas?

- Diga.

- O motivo da vinda de vocês é para pegar a Megas Drepanon não é?

- Sabe sobre ela?

- Sim.

- Tens razão, viemos atrás dela. Qual a segunda pergunta?

- Por que? Pontos já a tem.

- Ele possui a do futuro. Simplesmente vamos substituí-la pela dessa Era e destruir a do futuro. Duas Megas podem criar um paradoxo.

- Entendo. – silenciou, era a resposta que queria ouvir, com isso parte do problema tinha resolvido. – podemos começar?

Leão

Créos trazia um sorriso nos lábios, há muito tempo queria uma revanche contra aquele cavaleiro e desta vez o mataria.

- Eu começo ou tu?

- Sinta-se a vontade. – Aioria tomou posição.

- Muito bem. – o cosmo do deus começou a elevar.

Aioria mantinha-se sereno, apesar de está preocupado com o poder do deus,ele estava mais forte do que da ultima vez. Fitou a cimitarra nas mãos dele, teria que tomar cuidado.

- Vou te esquartejar. - o cosmo do titã elevou-se ainda mais. – Aster Blade!

Aioria elevou seu cosmo para contra atacar.

- Eu não caio nessa. Relâmpago de Plasma!

O dourado despejou seu ataque

- Inútil.

Créos conseguiu desviar facilmente, já o cavaleiro não teve a mesma sorte, acabou sendo acertado na perna. O deus aproveitou despejando novamente seu ataque. Aioria cruzou os braços para se proteger, entretanto os braços e peitos foram cortados.

- Foi dessa maneira que acabei com seu irmão.

- Cretino. – respirava ofegante.

- Vou manchar este templo de sangue. – deu um sorriso malicioso. – Aster Blade!

Mesmo ferido Aioria desviou e em alta velocidade aproximou do titã.

- Relâmpago de Plasma.

- Continua o mesmo infantil. – o deus tocou no peitoral da armadura de Aioria. – não podes me vencer.

O cavaleiro sentiu algo perfurar seu corpo e com uma rajada de ar foi atirado longe batendo bruscamente numa pilastra indo ao chão.

- Eu já lhe disse, - Créos começou a andar em direção a ele. – nunca poderá me vencer.

- "Droga." – no chão tentava levantar.

- E a prova disso é que vais morrer agora. – ergueu a cimitarra. – alem de cortar teu corpo vou cortar teu cosmo. Aster Correia.

Aioria ainda tentou levantar mais foi atingido em cheio pelo ataque. Mesmo com a armadura seu cosmo ainda oscilava o que contribuía para os ferimentos.

No interior da casa...

Regulus mantinha-se em alerta, queria está ao lado de Aioria, mas tinha que proteger Áurea, que assustada, estava num canto.

- "Droga". – cerrou o punho. – "O que deve..." – arregalou os olhos ao sentir o cosmo do dourado diminuir. – Aioria...

- O que foi Regulus?

- Fique aqui. – disse sério.

Saiu correndo, não poderia permanecer parado enquanto Aioria enfrentava sozinho o inimigo, era um cavaleiro e como tal tinha que está presente na batalha.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Anceps fortuna belli A sorte da guerra é incerta



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