Ainda existem flores escrita por Detoni


Capítulo 33
Romeu, onde está que não te vejo?


Notas iniciais do capítulo

OIEEEEEEEEE, gente, como vocês estão? Bom, vou dividir as notas iniciais em itens que tenho algumas coisas para falar :3
1- quero começar pedindo desculpa pela demora, eu acabei passando mal e não estava conseguindo conectar meu laptop na internet.
2- ao que parece o Nyah! mudou o estilo de formatar o texto, por isso até eu aprender a usar tudo certinho quero pedir desculpas pelos erros e pela falta de formatação. Espero que me compreendam.
3- quero agradecer muitssimo a duas recomendações maravilhosas que eu ganhei. Uma da Lay Silva e outra da Aiya. Muito obrigada pelas palavras incriveis, meninas e pela motivação que vocês estão dando!
4 - acrescento em meus agradecimentos a Naty Andrad, Phaella, Dysney, loliskiper, LucySky, TaiGern,l JuLeaozinho e gia por favoritarem a fic! GEnte, sério... o apoio que vocês estão me dando não tenho palavras para agradecer.
5- Apenas pedindo desculpa pela falta de formato do texto :( vou ficar praticando, espero em breve estar postando com negrito e essas coisas novamente.
6- pela minha décima recomendação pretendo fazer algo para o próximo capitulo!
7- A todos os leitores novos, sejam bem vindos, sejam sempre ativos!
Obrigada a quem leu até aqui :)
XOXO
— Detoni



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"A única coisa que não posso fazer é trazer você para mim. Agora eu desejo não ter mais este miserável poder." - EXO. 

Quando eu acordei, havia algo pressionado contra meu peito causando uma pequena dor. O colar de Castiel havia me marcado durante meu sono, e meu corpo estava dolorido da limpeza que fizemos ontem no campo de paintball e dos hematomas que eu ainda tinha dos livros que foram atirados contra mim. 

— Tes? Você está mesmo acordada?- Rosa perguntou fechando a porta do banheiro, enrolada em uma toalha. Chequei as horas e quase levei um susto. Ainda eram 7 da manhã e a aula só começava as 8.

Acho que hoje eu estou sem sono. - resmunguei e me levantei da cama, saindo do quarto. Uma vez eu já tinha descoberto que existia um mundo mágico onde as pessoas que acordavam cedo socializavam. Obviamente elas assustaram quando eu passei por elas, afinal, eu não era desse mundo mágico.

O caminho para o dormitório masculino era proibido para as meninas, mas eu não ligava muito para as regras. Desde ontem a noite uma duvida estava me destruindo. O Castiel disse que tinha um plano, mas como ontem todos estávamos desorientados e eu tive um jantar com a Rosalya, Leight e Lysandre, não tive muito tempo para pensar nisso. Por isso, eu estava aqui, ás 7 da manhã esmurrando a porta do quarto de Castiel.

— Quem diabos... - a porta se abre rapidamente e a cena de Nathaniel apenas de short de pijama me encanta momentaneamente antes de eu voltar para realidade.

— Estão todos vestidos? - perguntei.

— Tessa, você não deveria... - Nathaniel começa, mas entro para dentro do quarto fazendo Castiel e Lysandre se sentarem rapidamente em sua cama.

— É do seu costume invadir o quarto de rapazes desse jeito? - Castiel pergunta bocejando. Ele joga a coberta para o lado e se levanta indo em direção ao banheiro.

— Aconteceu alguma coisa, Tes? - Lysandre pergunta. Frustrada me sento em sua cama e ele apóia um de seus braços em meu ombro.

— A gente precisa dar um jeito no senhor Gonzales. Ou então me deixem caçar a patricinha. - digo. Nathaniel se senta em sua cama e me encara.

— Caçar a patricinha? Você consegue algo assim? - ele pergunta.

— Ela é louca. - Castiel disse saindo do banheiro enquanto amarrava o cordão de sua calça.- apenas loucos conseguem encontrar loucos, então acho que ela consegue. - Castiel disse.

— Nossa, que engraçado. Eu sei que você tem um plano. Então... - começo, mas Castiel ergue a mão me fazendo calar.

— Tessa, se você quiser ajudar, por favor, seja uma estudante comum nos próximos dias. - ele pede. Isso me deixa inquieta. Eu já sou uma estudante comum.

— O que você quer dizer? - pergunto.

— Você está dizendo para ela manter distancia da gente, Castiel? - Lysandre pergunta.

—Sim. E de preferência, não chamar a atenção. Tessa, eu tenho um plano, mas você não está incluída nele. - Castiel disse. Nesse momento, senti meu mundo desabar. Ele estava me mandando... ficar longe?

— Castiel, você tem noção do que está falando? - perguntei.

— Teresa, por favor. Eu não posso te explicar isso agora, mas tente ver a Sweet Amoris como ela é. Os estudantes... tente se enturmar. Hoje é o ensaio geral da peça de teatro e você está nela. Fique empolgada, aja normalmente. Você não é mais parte da F4. - ele disse. Lysandre apertou meu ombro de surpresa.

— Castiel, da para explicar? - ele pediu.

— No momento não. Agora por favor, Tessa, eu quero me trocar. Imagino que o Lysandre e o Nathaniel se sintam de forma semelhante. Espero que não fique chateada comigo, isso é para o seu próprio bem. - ele disse. Certo, me mande me afastar e depois diga que é para o meu bem.

— Você é um covarde, Castiel Sworis. Eu não sou uma garotinha indefesa. - digo e saio do quarto batendo a porta.

Enquanto eu voltava para o meu quarto, os meninos me encaravam enquanto eu passava. Certo, eu não ligo para o que falam de mim. A F4 vai manter distancia de mim? Ótimo, que eles sejam felizes com essa decisão repentina. Eu vou fazer Castiel Sworis pedir desculpas de joelhos pelas suas manias egoístas e egocêntricas. Eu... não quero ficar longe deles.
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Visão de Castiel Sworis ( Portador das manias egoístas e egocêntricas)

— Da para explicar o que você acabou de fazer? - Lysandre perguntou se levantando da cama com raiva. Até o representante idiota parecia surpreso sentado em sua cama com aquele olhar que representantes idiotas tem.

— Eu estou protegendo sua namorada. - eu disse impaciente. Ontem a noite a patricinha havia me contatado e me dito que sabia que Teresa Chase estava tentando descobrir sua identidade.

— Protegendo ela do que? - Lysandre perguntou se aproximando de mim com seus olhos sonolentos e ao mesmo tempo perigosos.

— Dos problemas que ela causou. A patricinha está furiosa. O senhor Gonzales está a ponto de expulsar ela da escola por minha causa. Ela precisa ser normal. - eu disse com raiva. Eu tinha dito essa decisão ontem de noite, eu iria almoçar com ela em um almoço diplomático e esclarecer as coisas. Mas ao que parece agora ela invade o quarto das pessoas e as fazem ficar com raiva. E ainda meche com meu emocional usando o colar que eu havia lhe dado.

— E é você quem vai colocar isso nela? Você basicamente jogou ela na rua e disse " cresça, quando eu estiver satisfeito eu te busco de volta" - Lysandre disse frustrado.

— Isso foi por que ela brotou no nosso quarto quando eu nem tinha acordado. - justifiquei. - sabe, já briguei com alguém hoje. Não estou a fim de brigar com você também. - eu disse. Mas Lysandre era o namorado dela, e isso me fez ficar intrigado. - a não ser que sua lealdade a seus amigos tenha mudado. - eu disse. Lysandre me encarou como se eu tivesse ficado louco. Com esse olhar, fiquei com medo de sua resposta e entrei no banheiro para tomar meu banho.
—_________*****__________

Visão de Ana Clara Merces ( A noiva cadáver)

Era o ensaio geral, mas as pessoas pareciam mortas. Castiel estava estressado, mas forçava uma expressão tranquila em seu rosto. Teresa estava mais estranha do que o normal conversando com pessoas que eu nunca a vi conversando antes e dando risadas exageradas. Acho que ela está tentando chamar atenção.

—Romeu, minha família não concorda com nosso amor. Eles me proibiram de ver-te... - continuo minha fala, mas sou interrompida por mais uma das risadas de Teresa e isso parece irritar o Castiel profundamente.

— Tes, por favor. Não me faça ter que te retirar da sala de ensaio. - Lysandre pediu. Teresa fez um aceno de positivo e se sentou em perna de índio nos encarando. Sinceramente, eu não sei o que a F4 tinha visto nessa garota de cabelos bagunçados estranha. - por favor continuem.

— Julieta, nada a tema. Eu tenho um plano e se não funcionar, prefiro abrir mão de minha vida a ter que passar meus anos sem você. Nos casaremos hoje ao por do sol e depois fugiremos. Nossas famílias e inimizades não serão nada contra o nosso amor. - Castiel disse me encarando e por um momento imaginei essas palavras sendo verdadeiras e sendo destinadas a mim. Mas isso é o tipo de coisa que ele diria para a insignificante da Teresa Chase.

— Julieta! - a voz de Teresa me chamou.

— Rápido! Esconda-te. Minha criada não pode ver-te, ou falará com meus pais. Vejo-te ao entardecer, meu amado. Você eu seguiria a todos os lugares da terra. - eu disse e o puxei rapidamente para um selinho que deixou Castiel um pouco desorientado.

— Eu acho que isso não foi um beijo técnico. - Teresa comentou.

— E desde quando eu preciso dar um beijo técnico na minha noiva? - Castiel revidou.

—Eu estou apenas comentando, já que pode ser uma oportunidade de você se aproveitar da Ana Clara. - ela disse. Castiel riu.

—Eu? Teresa, você bateu a cabeça? - ele perguntou. Ela riu e Lysandre suspirou.

— Vamos dar uma pausa. Alasca, você poderia me acompanhar? Tenho que discutir algumas coisas a peça com você. - Lysandre disse. Castiel se virou para mim.

— Quer comer alguma coisa? - ele perguntou, mas seus olhos acompanharam Teresa em todo o percurso dela sair da sala sozinha. - vamos para a lanchonete.

— Está falando sério? - perguntei. Em geral ele ignorava minha existência e agora simplesmente estava me chamando para lanchar com ele?

—Claro. Vamos. - ele disse e saiu para fora da sala, mas seu celular vibrou e ele parou. Era uma mensagem de skype? Quem ainda usava isso?- mudanças de planos. Tenho algo muito importante para fazer, vá lanchar com os meninos. - ele disse e foi na direção oposta da lanchonete.

Eu juro que tentei me segurar, mas minha curiosidade foi maior e acabei seguindo Castiel. Assim que virou no corredor, ele entrou em uma chamada de skype com alguém que eu não conseguia reconhecer, mas possuía uma voz incrivelmente irritante.

— Então você mantendo distancia de Teresa Chase? Você faz coisas curiosas, meu príncipe. - a voz disse.

— Se nós vamos trabalhar juntos, não toque um dedo nela, patricinha. - ele disse. Calma, patricinha? Mantendo distancia da Teresa? Eles brigaram?

— Tudo bem, eu não vou fazer nada. Você pediu os movimentos seguintes do senhor Gonzales e... tem alguém no corredor com você. - ela disse e começou a rir. - Ana Clara Merces, você não sabia que é feio espionar as pessoas? - ela perguntou. Senti meu corpo inteiro gelar. Ela sabia que eu estava aqui.

— Ana Clara? - Castiel perguntou.

— Príncipe, é melhor você começar a vigiar o caminho por onde anda. Se eu correr qualquer perigo durante essa parceria, eu estou fora. Tenha uma boa tarde, Castiel Sworis. - ela disse.

—Você já pode sair do seu esconderijo. - ele disse.

— Você mantém contato com a patricinha? - perguntei. Ele me encarou sério.

— Depois você ainda pergunta por que eu não confio em você. Da próxima vez que você me seguir, haverão conseqüências, Ana Clara. Não é a Tessa quem estraga nossa relação. É você mesma.
—_________*****__________

Visão de Lysandre Parker (Portador da lealdade dividida)

Me sentei em uma mesa da lanchonete com Alasca e ela me encarou mexendo o açúcar em seu café. Seus olhos azuis estavam me analisando desde o momento em que começamos o ensaio e desde então eu queria conversar com ela.

— Desembucha, Lysandre. O que está te deixando tão inquieto hoje? Brigou com a Teresa? - ela perguntou encarando a Tessa que por trás de todo seu teatro feliz durante o ensaio agora estava sentada sozinha.

— Não, mas o Castiel sim. Ele está tentando proteger ela, mas acabou que eles discutiram durante a conversa deles. E a Tessa vai manter distancia da F4 por um tempo. - eu disse. Eu havia entendido o lado de Castiel, mas encarar Teresa nesse momento estava me destruindo.

— Você é o namorado dela. - Alasca disse naturalmente.

— E eles são meus amigos de infância. - eu disse. Nesse momento Kentin e Armin que haviam faltado no ensaio entraram no refeitório e após acenar para mim, se sentaram com a Tessa.

— Eles não parecem ter problemas em ficar perto dela. - Alasca disse.

—Castiel ainda não conversou com eles. - eu expliquei. Mas vê-la sorrindo com os dois me deixou com uma paz interna.

— Eu entendi, Lysandre. Você está dividido. Sinceramente, eu estava estranhando essa paz em todos vocês. Vocês que estão no meio disso parecem não perceber, mas todos vocês oito, a F4, Tessa, Ana Clara, Rosalya e Lexi parecem que estão a ponto de explodir. A Tessa está passando por alguma coisa que eu estou tentando descobrir o que é, mas ainda não sei. O Castiel... apenas a existência de um herdeiro como ele já é pressão demais e ele ainda tem os problemas na vida dele, não é de se admirar que ele esteja sendo tão frio. - ela disse. Alasca sempre observava tudo e eu nunca me senti tão reconfortado escutando alguém dizer que os problemas que nós temos não são coisas de adolescentes.

— E eu? A Ana Clara? O Kentin? - perguntei. Alasca sorriu.

— Você está dividido entre seus amigos e sua namorada. Mas a Teresa não está te forçando a nenhuma decisão, então o seu problema é só você ficar calmo. A Ana Clara está tentando correr atrás de um amor que não vai acontecer tão cedo. E o Kentin parece que está passando por alguma coisa também, talvez esteja ligado ao problema da Tessa. Ele está bem preocupado com ela ultimamente. - ela disse. Eu poderia continuar perguntando, mas decidi beber um pouco do meu café antes.

— Obrigada por conversar comigo, Alasca. É a primeira vez que sinto que alguém me entende. - eu disse. Ela ri.

— Eu sou uma observadora, Lysandre. Eu estou aqui para ajudar todos vocês. - ela disse.

— Certeza que tem nossa idade? - brinquei. Ela riu.

— Vocês sofrem demais para jovens adultos. Se quer uma dica, curta a vida, Lysandre. Somos jovens. - ela disse e piscou. - vamos terminar o ensaio.

— Claro. - eu disse e me levantei, parando na mesa de Kentin, Armin e Tessa na saída.

— Vamos para o ensaio. - eu disse e estendi minha mão para Teresa. Ela sorriu e aceitou de bom grado. Acredito que agora ela esteja mais calma.
—_________*****__________

Visão de Teresa Chase (Portadora da lerdeza infinita)

A primeira coisa que percebi quando fui socializar com os estudantes é que haviam grupinhos divididos pela personalidade. A segunda é que eu não me encaixava em nenhum deles. Durante todo o ensaio fiquei conversando com as mais diversas pessoas e bom... acho que não me dei muito bem com eles.

— Tes, você pode se concentrar agora? A apresentação é hoje a noite e amanhã começam os jogos e você poderá ficar mais livre.-Lysandre me pediu se abaixando perto de onde eu estou sentada.

— Tudo bem. Apesar de nesse tempo todo eu ter decorado as falas da Julieta a toa... - eu disse. Lysandre sorriu.

— Eu conto com você. - ele disse e me deu um beijo na testa, se levantando de uma vez.- Muito bem, galera. Vamos passar tudo uma vez. Quem são os substitutos oficiais? - ele perguntou. Eu, e mais algumas pessoas levantaram a mão. - prestem bastante atenção. Essa é a última passagem e se acontecer alguma coisa, vocês terão que proceder como agora. Ação.
—_________*****_________

Antes da peça de teatro estrear todos pareciam nervosos. Eu só queria acabar com isso o mais rápido possível. Antigamente os ensaios eram legais e divertidos. Hoje todos estavam sérios e depressivos. Climas assim me entristecem. Porém, um fenômeno estranho acontece. Meu celular vibra com uma mensagem de um numero desconhecido.

Desconhecido: Hey, Teresa!

Teresa: Quem é você?

Desconhecido: Uma observadora.

Teresa: Você... me observa? E você tem nome?

Desconhecido: Eu quero seu bem, não se preocupe. Pode me chamar de estrela.

Teresa: Estrela?

Estrela: Estou na platéia torcendo por você. Boa sorte! Mostre para aquela Ana Clara que não é preciso ser a principal para brilhar.

Teresa: An... obrigada?

Estrela: Não há de que. Beijos!

Assim que eu desliguei meu celular, ainda confusa sobre o que tinha acabado de acontecer, encarei Armin e o chamei. Mostrei a conversa para ele.

— Consegue rastrear o numero para mim? - perguntei.

— Facilmente. Te passo quem é no final da peça, apenas deixe o seu celular comigo. - ele disse.

— Ficarei te devendo uma - eu disse. Ele riu.

— Você sempre está me devendo uma.

Quando ele se afastou ajustei a roupa do teatro no espelho. A peça de teatro era para ser depois de um tempo, mas o senhor Gonzales adiantou tudo já que ele queria acabar com os jogos o mais rápido possível.

— Você está adorável, senhorita Chase. - ouvi uma voz atrás de mim e me virei dando de cara com o senhor Gonzales. - especialmente com esse lindo colar. Posso perguntar onde você o comprou?

— Foi um presente. Feito especialmente para mim. -eu disse o encarando. Eu sabia que o colar chamaria a atenção do senhor Gonzales.

— Deve ter sido de alguém muito especial. É realmente bonito. - ele disse.

Foi de alguém muito especial. - eu disse trincando os dentes. - eu também gostei bastante.

— Posso perguntar se foi o senhor Sworis quem lhe deu? - ele perguntou.

— Acho que isso é uma invasão em vida minha pessoal. Com licença, senhor Gonzales, eu preciso me acalmar antes da peça.
—_________*****__________

A peça de teatro estava ocorrendo perfeitamente, e estávamos quase na cena final, o que era um milagre. Ana Clara não parecia estar bem emocionalmente. Será que ela e o Castiel brigaram novamente? Sinceramente, aquele tomate ambulante está brigando com todo mundo hoje.

— Tes. - escuto a familiar e rouca voz atrás de mim. Me viro para Castiel.

— Pensei que fosse me evitar. - eu disse.

— Eu sei que fui um pouco frio com você hoje de manhã. Mas isso é para o seu bem. E será legal para você fazer novas amizades. - ele disse.

— Não precisa me excluir da sua vida só por que você acha que eu sou dependente de vocês. -eu disse. -eu não sou.

— Eu sei muito bem que você não é. - ele riu. - eu sei que você deve estar me odiando agora e esperando um pedido de desculpas. Mas eu sou Castiel Sworis. Eu não me desculpo com ninguém, já que não me arrependo de minhas ações. E eu estou certo nesse exato momento. - ele disse.

— Não é hora para arrogância. É sua penúltima cena, vá para lá. - eu disse. Castiel riu e se aproximou de mim pegando uma mecha do meu cabelo, com os olhos fixos em meu colar.

— Eu sei que você está tentando provocar o senhor Gonzales com isso, mas pare. Por favor, confie em mim. - ele pediu antes de se afastar. Escondi o colar dentro de minha roupa rapidamente com o rosto corado. Que droga, ele já não tinha mais esse efeito sobre mim. Na verdade, nunca teve.

— Teresa, fique longe dele. - escutei Ana Clara falar atrás de mim.

— O que? - perguntei. Ela se aproximou de mim com os olhos vermelhos.

— Você já tem o Lysandre. Se contente com ele. - ela disse e veio até mim.

— Ana Clara, eu não... - começo, mas ela segura meu braço enquanto as lágrimas escorrem.

—Eu sei que ele não gosta de mim... eu já entendi... - ela continua. Eu sabia o que é isso. É algo que eu estou bastante próxima de fazer: explodir.

— Fique calma, Ana Clara. - eu pedi. O verdadeiro drama não estava no palco e sim nos bastidores.

— Algo errado? - Lysandre perguntou. - Ana Clara, só falta uma cena. Fique calma.

— Cale a boca você também, Lysandre. - ela disse. Rosa veio na nossa direção.

— Lysandre, eu vou levar ela lá para fora. Tessa, fique na última cena. - Rosa diz. Lysandre consente.

— Não! Ela quer roubar meu lugar... - Ana Clara disse enquanto Rosa tentava levá-la para fora. Lysandre me encarou desesperado.

— Venha comigo. - ele me puxou para o camarim principal e colocou uma peruca loira em mim. - você consegue fazer isso?

— Lys, eu... - começo. Ele sorriu para mim.

— Tes, é tudo uma encenação. Se divirta no palco. Depois eu te pagarei um lanche e amanhã serão os jogos. - ele disse ajeitando a peruca. Ele estava me pedindo para entrar no palco e atuar fingindo estar desesperada por outro homem?

— Lys... - eu disse. Ele me beijou. Foi rápido, mas foi o suficiente para eu notar que apesar do abismo que estava abrindo entre nós, nós éramos capazes disso. De superar as coisas.

— Eu estarei sempre torcendo por você. - ele piscou para mim e eu fui em direção ao palco.

Quando eu entrei, houve murmúrios das pessoas já que a Julieta havia mudado. Mesmo com peruca loira, eu jamais seria tão bonita quanto Ana Clara. Me deitei no chão, usando toda minha força de vontade para fingir estar morta, e ouvi os passos desesperados de Castiel no palco.

— Julieta? Meu amor? - ele tocou meus braços. - não... cheguei muito tarde. Como dito em minhas promessas, não consigo viver uma vida sem você. Julieta, seja no paraíso ou no inferno, sempre buscarei você. - Castiel disse e entreabri meus olhos um pouco ele me encarou. - deixo-lhe um ultimo beijo, antes de nosso reencontro.

Quando ele se inclinou sobre mim, todo meu corpo ficou na expectativa do toque dos seus lábios novamente, porém após uma hesitação, ele beijou meu queixo, em um beijo técnico perfeito. Ao se afastar, senti a decepção e o calor promovidos pelo seu toque e a falta dele e gritei mentalmente comigo por isso. Ao beber o falso veneno, ele desabou ao meu lado. Essa era minha brecha.

— Romeu? Oh, céus. Como dito nas mais antigas profecias, minha vida sem você, não é uma vida digna de se viver. Casar-me com outro homem, é uma recusa infinita. Por isso, do veneno que te matastes, eu ei de usar-me para morrer junto a ti. - eu disse. Dessa vez, a hesitação foi minha. Mas lembrando de sua decisão final, beijei seu queixo.

Ao cair ao seu lado, imaginei quantas vezes eu já não teria morrido e como minha vida chegou a ser do jeito que é.


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Notas finais do capítulo

BOOOOOOM, deve estar super estranho com esse formato :( vou chorar aqui no quartinho do pânico... bom, no próximo capitulo eu espero poder compensar vocês por isso. Eu quero agradecer do fundo do meu coração a todos vocês que acompanham a fic. O que acharam do capitulo? Acham que eu mereço uma recomendação ou favoritar? Eu agradeço desde já! Qualquer defeito me avisem, vamos tornar a história melhor para vocês e para mim! :) Até o próximo! PS: Ted mandou um beijo!
XOXO
— Detoni