Ainda existem flores escrita por Detoni


Capítulo 17
A que se faz, a que se paga


Notas iniciais do capítulo

Geeeeeente, eu demorei mais que o normal para postar por que eu acabei viajando e minha mãe não queria nem me deixar trazer o computador. Nossa conversa no aeroporto foi tipo:
Mãe: por que você esta levando o computador?
Eu: por que você esta levando o seu?
Mãe: por que eu tenho que trabalhar.
Eu: eu também.
Mãe: você não trabalha.
Eu: tem razão, eu tenho compromisso com meus leitores.
Desde então ela me olha como se eu tivesse problemas mentais hahahaha
Nesse meio tempo duas pessoas favoritaram a historia. Muito obrigada, Amanda Coelho e Louise, são incentivos como esses que fazem eu trazer meu computador para a praia! Em fim, eu escrevi o capitulo aos poucos e peço desculpas novamente por isso. Por favor, não me fuzilem metalmente hahahah Espero que gostem!
XOXO
— Detoni



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" O que tem de tão complicado sobre o amor? Você simplesmente deve segurar a mão da outra pessoa e se recusar a deixa-la ir." - Boys Over Flowers.

— Apoie o pé na base da cadeira. - a fotógrafa pede enquanto a música ressoa ao fundo e Nathaniel apoia as costas na cadeira, mantendo a expressão séria e elegante. Depois de pensar o dia inteiro e ligar 7 vezes para indústria de modelos, decidi que era confiável vir até aqui com Nathaniel. O gênero das fotos que estávamos tirando? Anjos e demônios. Eu apenas implorei para ser o demônio. - perfeito, acho que já consegui todo o material que eu preciso.

Era aproximadamente 22h e eu estou aqui desde as 18. Se ela não tivesse conseguido, ela teria um problema muito sério sobre ser uma boa profissional. Cansada, pego meu celular depois de todo esse tempo e tenho vontade de joga-lo longe quando as notificações começam. 5 chamadas perdidas do Castiel e 7 de Lysandre. Fora as mensagens. Droga, Lysandre deve estar esperando eu chegar em casa para que ele possa dormir. Ligo primeiro para ele.

— Onde diabos você está? - o telefone nem termina o primeiro toque para ele atender.

— Você sabe que eu preciso de dinheiro, por isso arranjei um trabalho de modelo. - digo arrumando minha mochila enquanto as pessoas se despedem atrás de mim.

— Você podia pelo menos ter avisado. Vai demorar para chegar? Vou pedir comida, você quer o que? - ele pergunta.

— Nada. Hoje você vai provar a incrível culinária de Teresa Chase. Eu só vou despedir das pessoas aqui e estou indo. Te vejo em 20 minutos. - digo

— Não demore.- ele diz e desliga. Nada do tipo "eu me preocupei com você."Basicamente foi "você podia ter avisado que ia sair, dessa forma eu poderia já ter comido alguma coisa." Tudo bem, estou um pouco magoada com isso, mas deixa para la. Agora vamos ao escandaloso. Ligo o numero de Castiel.

— Estou cogitando se ter te passado meu numero foi uma ideia inteligente.- digo ao telefone assim que ele atende.

— Oh, Teresa... aconteceu alguma coisa? Mal nos vimos hoje. - ele diz em um tom forçado de indiferença. Posso imaginar a cena do Armin do lado dele dizendo coisas do tipo "se faça de difícil."

— Não eu só queria saber por que você me ligou, mas já que não tem nada para falar acho que vou desligar. - digo.

— Espera! - ele diz. Giro os olhos, ele perdeu a postura muito fácil. - o que você fez hoje?

—Nada especial. Por que? - pergunto.

— É que eu não te achei no fim da aula. Acho que é isso... então, desligue você primeiro.- ele diz.

— Tudo bem. - digo e desligo meu telefone.

— Então é verdade que você está namorando com o Castiel. - Nathaniel diz atrás de mim.

— Eu não diria namorando, namorando mesmo. Estamos saindo. E eu preciso ir agora, Nathaniel. Sobre o pagamento...- começo.

— O dinheiro será transferido para sua conta. Nos vemos amanhã, Tessa. - Nathaniel diz. Sorrio e jogo minha mochila em meus ombros.

— Obrigada mais uma vez, Nathaniel. - digo antes de ir embora.
—_________*****___________

— Acho melhor a gente pedir comida. - Lysandre repete pela milésima vez enquanto tento virar a panqueca na frigideira

— Se pedirmos comida agora, comeremos muito. Se comermos muito de noite, engordaremos. E o Castiel já acha que eu estou com barriga, então não posso engordar mais. - digo. Lysandre passa um polco da calda de chocolate que eu fiz na minha bochecha e ri.

— Tem razão. Você tem que ser esteticamente perfeita para o seu namorado. - Lysandre diz. Faço uma careta e o encaro.

—Eu não sou feia. Quer dizer, em geral as pessoas falam que eu sou bonita. Aish, o que você acha? - pergunto choramingando.

— Eu acho que você é linda. Mesmo com esse pijama de lego super gigante. E também acho que você está queimando minha panqueca.- ele diz pegando a frigideira da minha mão. - sinceramente, você nunca poderá casar.

— Idiota. - digo passando a calda por toda sua bochecha. Lysandre tira a frigideira do fogão e me encara.

— Você não deveria ter feito isso. - diz e pega a panqueca que já estava pronta e joga no meu rosto. - meu Deus, você fica ainda mais bonita com a cara coberta. Deveria usar isso com mais frequência.

— Eu vou te matar. -digo tentando acertar ele com a panqueca, mas ele desvia e me faz uma cara de decepção.

— Você não sabia que existem diversas crianças passando fome por ai? - ele pergunta. Pego a mangueira da pia e arremesso em direção a ele e ele arregala os olhos quando a água bate no chão graças a minha mira perfeita. - sede também. Não sabia que provavelmente a terceira guerra mundial será por causa da água?

— Você está me irritando. - choramingo.

— Oh, coitada. - ele diz e vem na minha direção tirando a mangueira da minha mão. - agora senta que eu vou cozinhar. Você gosta de brigadeiro?
—_________*****__________

— Me dê a mão. - Castiel me oferece a mão no horário do almoço do dia seguinte. Giro os olhos e agarro a mão estendida em minha direção enquanto ele me leva em direção ao estacionamento.

— Onde nós vamos almoçar? - pergunto entrando no carro.

— Na minha casa. Teremos um almoço muito romântico. - ele diz.

— Eu não quero um almoço romântico. - digo.

— Já pensou em agradar seu namorado para variar? - Castiel pergunta bufando.

— Eu aceitei sua mão. - digo e balanço nossas mãos como uma criança no espaço vago do carro.

— Teresa! - uma voz que estava começando a ficar conhecida me chama. Me viro para Ana Clara, a novata incrivelmente bonita do segundo ano. Ela tinha cabelos loiros que eram perfeitamente ondulados e olhos verdes como a esmeralda.- a Rosa pediu para eu te chamar para almoçar, mas vejo que está ocupada... caramba, você é Castiel Sworis. - ela diz.

— Está vendo? Em uma frase ela demonstrou mais respeito por mim que você na sua vida toca. - Castiel diz. Aponto para ele acusadoramente.

— Eu te respeitei bastante antes de te conhecer. Por que você não vem com a gente, Nana? - pergunto.

— Eu desisto. - Castiel diz descendo do carro.

— Ei, amor, fica calmo. - digo sabendo que ele iria parar imediatamente. Ele vira sorrindo como um maniaco enquanto saio do carro. - por que não vem almoçar com a gente? - chamo.

— Claro. - Castiel diz e segura minha mão enquanto vamos em direção ao refeitório. Nana nos segue com uma cara ainda pasma.

— Então... vocês estão namorando? Eu sempre quis conversar sobre administração com o Castiel, já que eu também vou assumir a empresa dos meus pais. - ela diz.

— Podemos conversar. O que quer saber? - ele pergunta.

— Nem sei por onde começar. - ela diz.

— Nem comece. - digo. - o Castiel é bastante burro. Sinceramente não sei como ele pretende assumir a empresa Sworis. - digo.

— Nossa, como você é engraçada. - Castiel diz revirando os olhos.

— Não faça isso. É estranho. - digo. Ele sorri e encara Nana.

— Onde está a platinada? - Castiel pergunta se referindo a Rosa. Ele gosta muito de apelidos e se acha um gênio por chamar Rosa de platinada.

— Ali. - Nana aponta para a mesa onde Rosa está sentada brincando com um sanduíche e com Alexy, que continua me ignorando, na sua frente.

— Alexy!- berro e o refeitório inteiro me encara, menos ele. Idiota orgulhoso. Aprendeu comigo. - oh meu Deus, Kentin!- digo e ele vira me encarando. Assim que percebe que Kentin não está aqui, ele me fuzila com o olhar e continua a olhar para frente.

Castiel não larga minha mão o que não agrada os seres que habitam o refeitório. Assim que nos aproximamos da mesa, Alexy faz mensão de se levantar, mas Castiel coloca a mão no ombro do azulado impedindo que ele se mecha. Ana Clara senta satisfeita na mesa e começa a tagarelar de alguma coisa que parece fazer muito sentido para Castiel então os dois começam a conversar.

Me sento ao lado de Rosa e Alexy e sorrio um pouco para ele, mas ele continua sério. De verdade, até quando ele vai continuar com esse drama?
—_________*****__________

Os dias continuaram se passando, até que chegou o mês que eu mais queria evitar: agosto. De verdade, quando a revista chegou na casa de Lysandre eu queria morrer, ou talvez me enterrar em algum lugar. Lysandre ainda me encara com a revista estendida em minha direção e um olhar questionador. Na foto eu estou com um vestido preto curto e uma meia calça preta também, enquanto Nathaniel está ajoelhado de branco no chão segurando uma de minhas pernas.

— Eu juro, você sabe que eu estava precisando de dinheiro..- começo, mas Lysandre aperta meus lábios.

— Você está quase nua nessa foto. - ele diz. Tento falar, mas ele aperta mais meus lábios.- de verdade, por que não aproveita e se prostitui? - ele pergunta. Ai, essa doeu. Cade o Lysandre compreensivo? Tudo bem que ele estava certo, mas não preciso que ele fale dessa maneira. E antes que eu perceba sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto. - droga, não chore. Me desculpe.

— Se eu quisesse mais pessoas me julgando eu poderia pedir a opinião de qualquer um! O Alexy não fala a 10 dias comigo, eu minto para meu namorado todos os dias, estou na falência e a última vez que tive noticias do meu melhor amigo foi por uma carta 9 dias atrás. E estou morando na casa de um insensivel que eu achei que me compreendia. - digo. Droga, pensamentos voltem que essa boca não quer te manifestar. Lysandre me encara e suspira enquanto me puxa para um abraço, passando a mão no meu cabelo.

— Eu estou meio irritado também, me desculpe ter descontado em você. - ele diz.

— Eu não queria falar essas coisas para você. - digo com a boca colada em suas camisas, o que provavelmente a sujará de baba. Como eu sou delicada. - você sabe o que é ter que esconder o que você está sentindo para não ser um peso para as outras pessoas? - pergunto. Se for para desabafar, então coloquemos tudo para fora. Lysandre me afasta um pouco e me encara nos olhos, sorrindo sem emoção.

— Eu sei perfeitamente como é isso. - ele diz e me abraça mais uma vez.
—_________*****__________

Quando chego na escola, Lysandre me segue com uma cara de culpado. Eu não queria que ele se sentisse culpado, queria apenas que ele se tocasse que o que ele falou não foi legal. Pensando bem, acho que é a mesma coisa.

As pessoas me encaram no corredor cochichando coisas, parecia até que eu tinha levado mais um F4. Quando Castiel apareceu sorrindo, eu pude imaginar que ele não tinha visto essa revista ainda. Ele vem na nossa direção e segura minha mão, me puxando contra seu peito.

— Caramba, tábua, eu senti sua falta de ontem para hoje. - ele diz. - mas você sabe por que todos parecem estar cochichando a meu respeito?

— Você é Castiel Sworis, seria estranho se eles não estivessem. - digo sorrindo. Ele parece contente com minha resposta e encara Lysandre.

— Esses dias vocês sempre estão juntos no inicio da aula. Devo ficar com ciúmes? - ele pergunta.

— Isso depende do grau de confiança na sua namorada, no seu melhor amigo e no seu grau de maturidade. - Lysandre diz.

— Que bom que somos todos menininhos crescidos, não é?- ele pergunta fazendo uma chave de braço em Lysandre sem soltar minha mão enquanto vamos para o refeitório.- e é por isso que nós vamos faltar hoje.

— Eu não quero faltar. Eu tenho aula de física. - digo.

— Por mais que você tente você não vai ficar melhor que eu em física. De qualquer maneira, nós vamos a praia. Você nunca viu meu corpo escultural. - Castiel diz finalmente libertando Lysandre que já estava começando a ficar roxo. - e vai ser uma ótima oportunidade para você fazer as pazes com o irmão estranho do Armin.

— Ele vai? - pergunto com uma pontada de interesse.

— Eu precisava te atrair de alguma forma. Agora vá pegar seu biquine no dormitório enquanto vou chamar as outras pessoas. - Castiel diz e beija o topo de minha cabeça antes de me deixar com Lysandre.

— Dormitório. - digo. Droga, como diabos eu vou pegar algum biquine no dormitório?

— Eu consigo fazer 7 minutos da escola até minha casa de moto. Se quiser vamos agora.  -ele diz. Corro para o estacionamento puxando Lysandre pela mão.
Sento na moto de Lysandre e ele me estende o capacete se sentando na minha frente. Ele coloca seu próprio capacete. Quando começa a acelerar e  grita, de forma que eu possa ouvi-lo.

— Segure firme. - ele berra. Aperto minhas mãos mais forte ainda em sua mochila, então ele bufa pegando minhas mãos e levando em seu abdome e antes que eu possa falar qualquer coisa abaixo minha cabeça contra suas costas com a velocidade com a qual ele está indo.

— Eu vou ser rápida. - digo me levantando da moto, mas por causa da velocidade com a qual estávamos, cambaleio e ele me segura.

— Claro, vamos. - ele diz meio irônico e me puxa para dentro de casa sentando na minha cama enquanto aguarda pacientemente eu pegar tudo o que eu poderia necessitar e colocar dentro de uma mochila.

— Caramba, não sei se estou pronta para andar nisso de novo. Acho que vou vomitar. - digo. Lysandre começa a mostrar feições preocupadas. - estou brincando. Tenho estomago forte.

— Bom, o Castiel está esperando. E isso me lembra, quando você vai contar da revista? - ele pergunta voltado a se sentar na moto.

— Estou com medo, se você ficou furioso, não quero nem imaginar ele. Vou contar hoje na praia depois que ele estiver bem relaxado. -digo dando de ombros.

— Se ele descobrir por conta própria ele vai tirar conclusões precipitadas e vai se recusar a te escutar. Você sabe como ele é.- Lysandre diz.

— Eu sei, Lysandre. - digo girando os olhos e segurando firme, aguardando a largada da moto demoníaca.

— Lys. - ele diz.

— Ãn? - pergunto confusa. Consigo sentir seu peito tremendo com sua risada.

— Pode me chamar de Lys. - ele diz e acelera.
—_________*****__________

— Você quer que eu passe protetor nas suas costas? - Castiel pergunta enquanto arrumamos um lugar para sentar na praia.

— Eu não vou tirar a camisa. - digo mostrando minha camisa de protetor solar com orgulho. Era bem útil, quando o sol estava forte eu não precisava passar protetor solar. Armin ri do lado oposto enquanto ele ajeita a própria camisa e coloca os óculos de sol.

—Tessa, você não sabe nada sobre namoro? - Nana pergunta balançando a cabeça em negativa vindo em minha direção. Rosa está ocupada demais para falar alguma coisa já que está tentando desesperadamente falar com Leight no celular.

— O que você vai fazer? - pergunto enquanto ela já está bem perto de mim. Ela apenas da de ombros e arranca minha camisa enquanto tento mante-la em meu corpo.- por favor, eu não quero virar um torrão. - choramingo quando Ana Clara finalmente consegue arrancar minha camisa, me deixando com um biquine preto tomara que caia de parte de baixo branca.

— De verdade, por que você esconde esse corpinho atrás dessa camisa? - Nana pergunta. Mostro a língua para ela e entro para debaixo da sombrinha enquanto todos riem. Coro e me viro para o lado oposto ao dos seres que gostam de rir de mim e encaro Armin. Faço uma careta para ele e ele apenas mostra o polegar enquanto o próprio ri. Idiotas.

— Alexy. - chamo. Alexy que estava enchendo a paciência de Kentin nem vira para mim. - droga, Alexy, até quando você vai ficar assim? - pergunto em voz extremamente alta o que faz com que todos parem de conversar e o próprio Alexy fique vermelho.

— Ei, Tessa, fique calma. - Lysandre diz colocando uma mão sobre meu ombro.

— Por que eu deveria? - pergunto com riava. Lysandre apenas suspira. Ele vai falar alguma coisa, mas eu apenas fico em pé. - eu não quero gritar com você, por que ai eu te daria um motivo para ficar com raiva de mim. Eu vou dar uma caminhada.

Começo a me afastar com raiva das pessoas. Não que eu tenha motivo para estar, é só que eu sinto que serei devorada pelas minhas mentiras. Eu tenho que conversar com o Castiel, eu tenho que dar um jeito do Alexy me perdoar e eu tenho que parar de descontar no Lysandre. Também tem a Ana Clara que é o motivo de eu ainda não ter conversado com Castiel, já que eles estão sempre conversando e Rosa mal tem conversado comigo ultimamente. Certo, posso explodir agora?

— Se você não passar protetor você nem vai conseguir dormir de noite. - a voz de Castiel interrompe meus pensamentos deprimentes. Droga, lá se vai minha chance de fazer uma cena dramática.

— Eu disse para vocês não me seguirem. -digo.

— Na verdade você só disse que queria dar uma caminhada. E mesmo se tivesse dito que não queria que te seguirmos, eu não sou uma pessoa muito obediente. - ele diz e vem na minha direção. Tento ver meus amigos atrás dele, mas estamos distantes demais. - você está bem?

— Estou. - minto. Ele balança a cabeça em negativa e da um sorriso sarcástico.

— Odeio quando as meninas ficam mentindo dessa maneira. Se você não está bem então não está bem! - ele diz. - apenas me diga. Seja lá o que estiver te incomodando eu acabo com isso.

— Não é nada que você possa fazer. - digo. Ele ri.

— Eu posso fazer tudo. -ele diz.

— Nem os gênios das lampadas podem fazer tudo. - digo.

— Eu não sou um gênio da lampada. - Castiel diz. - eu sou Castiel Sworis, eu sou o...

— Birm. - digo. Castiel ri concordando.

— Agora anda, vamos sair desse sol antes que você fique vermelha. - ele diz e me puxa em direção a uma barraquinha na praia. Ele me encara e coloca minha franja atrás da orelha. - de verdade, você está bem? Eu conversei com o Alexy e mostrei que não tinha motivos para ele ficar com raiva. Na verdade ele está se remoendo em culpa nesse exato momento.

— Você pode me prometer uma coisa? - pergunto. Castiel faz sinal para que eu continue falando e de repente fico aflita. Mas qual o problema? Ele sempre fala tudo que vem na cabeça dele mesmo. - mesmo que você veja algo que te deixe furioso comigo, você não fará nada precipitado. - digo.

— E se eu estiver realmente furioso? - ele pergunta.

— Mesmo assim. - digo. Castiel parece pensar.

— Eu odeio mentiras, por isso prometer algo assim seria uma mentira. Você sabe que eu sou precipitado. - ele diz. É claro que ele diria isso. Como eu sou ingênua por achar que ele poderia prometer algo assim.

— Você está certo. Anda, vamos nadar. - digo segurando sua mão e o puxando para o mar. - já brincou de rpg? - pergunto.

— O Armin já me mostrou alguns jogos assim. - ele deu de ombros.

— Tudo bem. Vamos lá. - digo. Ele faz uma expressão confusa. - estendo a mão na sua direção. - digo.

— Aceito a mão e corro com você por causa da areia quente. - Castiel diz e começa correr de mãos dadas comigo em direção ao mar.

— Paro um pouco para recuperar o folego. - digo rindo e Castiel ri também.

— Me aproximo um pouco. - ele diz e parece esperar minha resposta.

— Permito a aproximação. -digo. Castiel ri e vem até mim me pegando no colo.

— Ordeno que me coloque no chão. - digo rindo e me debatendo sem querer me libertar de verdade.

— Nego. Você permitiu a aproximação. - ele diz e me encara. Passo a mão por trás de seu pescoço enquanto ele entra dentro do mar até mergulhar.

— Lhe dou um soco por me molhar . -digo quando ele me coloca no chão com a água escorrendo pelo meu corpo.

— Seguro seu punho. - ele diz pegando minha mão. - posso te beijar? - ele pergunta.

— Desde quando você pede permissão para alguma coisa? - pergunto.

— Você está certa. - ele diz e se inclina um pouco na minha direção. Fecho os olhos na expectativa, mas sinto seus lábios contra minha bochecha. Abro os olhos e ergo uma sobrancelha e e ele ri. - eu não disse onde.

— Sworis, eu ainda te... - começo minha frase, mas ele finalmente segura minha cintura e cola seus lábios contra os meus. Arregalo os olhos com a surpresa, mas apenas permito, enquanto meus olhos fecham lentamente a medida que minha boca vai se familiarizando com a sua. Ele pega uma de minhas mãos sem se separar de mim e a coloca contra suas costas, segurando minha cintura com mais força. Diferentemente do Armin, Castiel hesita um pouco na hora do beijo, mas isso nem de longe torna as coisas piores. Porém, ele começa a se afastar antes da hora e eu vou junto com ele, ficando na ponta do pé. Sinto sua risada contra minha boca enquanto ele abre a boca e muda o lado da cabeça, me segurando mais perto de si. Por fim nos separamos quando o oxigênio começa a faltar.

— Achei que você tinha um limite maior de oxigênio. - ele diz ofegante.

— Olha só quem fala. -digo no mesmo estado que ele. Então ele ri e me puxa contra si dando um beijo na minha testa.

— Por favor, não me faça sofrer. -ele implora no meu ouvido. Então o peso da realidade toma conta de mim.

— Farei o melhor de mim. - digo e sinto uma lágrima minha se misturar com a água do mar que estava no meu rosto enquanto o abraço de volta.
—_________*****__________

— Fica quieta ou eu não vou conseguir passar isso! - Lysandre diz tentando passar o pós sol nas minhas costas. Choramingo com o contado de suas mãos na minhas costas mais uma vez. Já era de noite e eu devia ter passado protetor solar. Minhas costas estão ardendo muito.

— Lysandre. - chamo enquanto ele começa a massagear minhas queimaduras.

—Hm?- ele pergunta.

— Você prometeria algo que você não pudesse cumprir? - pergunto.

— Não. Mas se fosse algo que eu achasse ser possivel eu prometeria. Por que ai eu daria o melhor de mim. - ele diz. Viro um pouco para ele e seus olhos me encaram e ele força um sorriso. - por que?

— Você promete que mesmo que tudo esteja ferrado na minha vida você vai continuar do meu lado? - peço.

— Sim. - ele diz imediatamente.

— Sua resposta veio rápido demais. - digo de forma acusadora.

— Por que isso era algo que eu faria mesmo sem te prometer. Ainda não percebeu? Eu vou coninuar do seu lado da maneira que você me permitir. Agora vá dormir, Teresa. - ele diz descendo minha camisa do pijama.

— Boa noite, Lys. - digo me ajeitando na cama. Sinto sua mão paralisada em surpresa por cima das minhas costas.

— Boa noite, Tes. - ele diz antes de finalmente apagar a luz e sair do quarto. Acho que a partir de agora vou precisar de Lysandre mais do que nunca.
—_________*****__________

No dia seguinte, minhas costas estão bem melhores, mas Lysandre carrega minha mochila por causa das minhas queimaduras. Nós vamos em direção ao meu escaninho e quando o abro quase caio para trás. Novamente, no exato lugar da última vez, está a plaquinha vermelha com a caveira. Logo atrás do meu mais novo F4 está a revista minha com o Castiel e um bilhete pregado nela.

" Até quando preciso aturar suas mentiras? Para nós, com um F4 começa, com um F4 termina."

Seguro o bilhete de Castiel na minha mão e escuto gritos atrás de mim. Quando olho para o lado, percebo que Nathaniel está com um F4 na mão também. Arregalo meus olhos para Lysandre que está ele mesmo com olhos arregalados. Ele pega o F4 e o amassa em sua mão com força, mas isso não é o suficiente para parar os gritos de comemoração das pessoas.

Imitando o gesto de Lysandre, amasso o bilhete de Castiel na minha mão. Não, isso não é o fim.


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Notas finais do capítulo

Meeeeeeeeeeeeu Deuuuuuus, Castiel, conhece um negocio chamado conhecimento e paciencia? Tu ta precisando, meu caro. Mais uma vez quero agradecer a todas as divas que favoritaram a história até agora, e as lindas que recomendaram. Amo vocês