Você é minha droga escrita por Krueger


Capítulo 35
Nosso quarto


Notas iniciais do capítulo

Para Gabis Veras, mais uma leitora que recomendou a história. Muito obrigado, isso me motivou a postar esse capítulos antes do tempo.



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Pov Clary:

Quando vi Joe e Santiago subirem uma escadaria juntos tive que segui-los. Eu precisava saber o nome do restaurante onde iriam atacar meu pai. Eles não me viram no final da escada ao lado direito deles. Depois de acertarem os detalhes um garoto apareceu e provocou Joe. Pensei que ele fosse bater ou quebrar a cara do mesmo, pelo contrário sacou sua arma e acertou dez tiros nos coitado. Ver a frieza em seus olhos e a cena do corpo caindo ao chão e o sangue saindo de seu crânio me trouxe uma náusea e eu queria vomitar. Contudo, apenas chorei com medo da cena do assassinato a minha frente e principalmente de Joe. Ele me viu, e aquele olhar frio abandonou seu rosto para uma expressão de desculpa. Não era o suficiente. Quando todo mundo começou a subir a escadas para ver o que havia acontecido desci os degraus.
–Clary! - senti a mão de Anne em meus ombros. - Tudo bem?
–Não. - falei e ela me seguiu para fora do sobrado. Quando a encontrei mais cedo pedimos desculpas uma a outra por nosso comportamento infantil na escola durante aquela briga. Ficar sem Anne ao meu lado, era como ficar sem calcinha.
–O que houve lá em cima. Todos ouviram tiros. - disse ela prosseguindo-me. Sentamos na escadaria de frente ao sobrado. - Clary?
–E-Ele... - eu não conseguia falar. Apenas pensar na cena horrível de minutos atrás. - Ele matou um cara.
–Ele quem? - Anne franziu a testa. - Como assim? Irmãos de gangue não se matam.
–Eu não sei... Ele matou um cara.
–Quem? - gritou ela impaciente. - Para de ficar chorando, a gente vê pessoas morrendo em filmes toda hora.
–Não pessoalmente. Ao vivo e a cores. - falei. - Joe matou o cara.
–Ele... Ah Clary. - ela me abraçou. Sabia muito bem o que isso significava, Santiago e Joe terem uma arma era uma coisa agora vê-los matar alguém com elas era outra. - Também to apavorada.
–Ele vai matar Owen. - falei olhando para um poste de luz da rua. - Daquela maneira e com aquela frieza.
–Clary, nós duas amamos eles. Apesar de tudo, a gente já sabia que eles faziam essas coisas quando os conhecemos. - disse ela, em seguida molhou os lábios.
–Sabíamos.. Mas não precisávamos ver... - falei. - Foi horrível, o sangue saindo da cabeça do cara, pela boca,nariz... - afundei o rosto em minhas mãos. - Confesso que fiquei com medo de Joe.
–Vocês se amam... Eles jamais apontaria uma arma para você.
–Eu não sei... - sussurrei.
–Clary é só um cara. Se Joe o matou era porque ele era mau.
–Joe é mau. Ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém Anne. Aprendemos isso na catequese lembra?
Ela me apertou sem deixar de me abraçar.
–Lembro. - sussurrou.
–Clary. - a porta atrás de nós foi escancarada. Respirei profundamente. - Me escuta.
An me soltou e se levantou. Eu aposto que antes de nos deixar a sós, ela olhou para Joe com reprovação. Ele se sentou ao meu lado e acendeu um cigarro.
–O que ele te fez...
–Ele me provocava. Desde o dia que o conheci. - respondeu soltando a fumaça sem nenhuma gracinha ou aqueles círculos perfeitos. - Você não devia estar lá.
–Eu nunca imaginei... Ver você fazer uma coisa dessas. - falei ainda assustada. Joe colocou a mão em meu ombro e afastei-me fazendo ele recuar. - Não toca em mim.
–Você sabia que eu fazia essas coisas. Desde o começo.
–Eu sei. - confessei me sentindo frustrada. - Ver é diferente. A forma que aquele coitado morreu é muito pior que todos os efeitos especiais de filmes.
–Desculpa, ele realmente estava merecendo uma morte. - sussurrou ele, peguei o cigarro de sua mão e enfiei na boca. Ele entendeu que esse era o sinal para quando estávamos bem. - Só acelerei o processo.
–Promete que quando fugirmos vai largar isso. - perguntei enquanto tragava.
–Prometo. - disse ele se aproximando. Deixei que viesse, ele depositou um beijo em minha nuca e me abraçou por trás. - Você também tem que prometer que nunca mais vai ouvir a conversa dos outros.
–Eu prometo. - falei encolhendo os ombros. Estava com frio.
–Vamos voltar lá para dentro. Os caras já deram um jeito em tudo. Minha mãe quer conversar com a gente.
–Ta. - assenti levantando junto com ele. Entramos e dentro do sobrado estava quente e aconchegante. Joe me arrastou para a cozinha americana. As pessoas começavam a ir embora. A mãe dele lavava a louça com outra garota um pouco mais velha que eu.
–Então foi você? - perguntou a mulher enquanto guardava alguns pratos no armário de parede. - Pensei que a regra fosse, antes de matar seu irmão consulte o chefe. Você não falou nada com Capeline, Kurt.
–Ele merecia, eu jamais mataria qualquer outro. A não ser que fizessem o que ele me fez. - se defendeu Joe ajudando com os pratos. A mãe dele era menor que si então no armário mais alto ela entregava os pratos para ele.
–Ah... Eu nem ligo mais. Só não me aparece morto. Se não eu te ressuscito e te bato moleque. - disse ela brincando e os dois começaram a rir. Era tão estranho em como a morte era natural para eles.
–Se Luke aparecer morto eu vou junto. - disse a outra garota que até então estava calada. Ela tinha longos cabelos loiros. Achei simpática. Lembrei que havíamos conversado mais cedo enquanto comíamos, acho até que peguei seu número de celular.
–Você ainda é jovem querida Pâmela. Luke é um, dos vários amores que terá. Veja eu, quando Joe morreu, tive que cuidar de Axl e Kurt. Deu tudo certo, eles apanhavam bastante de cinta de couro. - todos rimos menos Joe.
–Isso não teve graça mãe. - disse sério. Ri de sua expressão, ele ficava tão bonito bravo.
Peguei meu celular no bolso interno do vestido. Eram quase dez horas da noite. Assustei-me.
–Joe pode me levar em casa? - perguntei.
–Claro. Não prefere dormir aqui? - disse ainda descontraído rindo de alguma piada que eu não tinha ouvido de sua mãe. - A maioria das pessoas vai embora, só vão ficar poucos.
–Eu vou ver se minha mãe deixa. - falei começando a discar seu número.
–Kurt, se esta garota for mesmo sua eterna confiável, acho que vocês têm que arranjar um netinho para mim. - disse a mulher rindo. Fingi que não ouvi. Marylin atendeu no segundo toque.
–Clarice. Você disse antes das dez. - disse ela com rigidez.
–Eu sei, Joe esta me chamando para dormir na sua nova casa. Posso? - perguntei e depois dela me xingar e me alertar sobre o uso dos anticoncepcionais, deixou. Desliguei o celular sorrindo. - Ela deixou.
–Que bom. Vou poder dormir agarradinho com você querida. - Joe depositou um beijo em minha bochecha.
–Odeio quando me chama assim, querido. - falei e ele riu.
–Eu vou terminar de lavar as louças e guardá-las... Então volto aqui amanhã. - disse a mãe dele. Eu ainda não sabia seu nome.
–Desculpe a pergunta, qual seu nome?
–Ah... Isabelle. Todos me chamam de mãezona ou de Isa. Prefiro mãezona, porque se não fosse eu, os garotos desta gangue passavam fome e viviam molambentos. - rimos mais uma vez. Era uma mulher extrovertida e convencida. Como Joe, tinham os mesmos olhos azuis. A diferença é que ela era loira.
–Então mãezona... - falei sorrindo. - Eu vou dormir com Joe.
–Tudo bem. Não estrupe meu filho. - ela despenteou-o e riu com a expressão de fúria dele. - Vai filho você também. Odeio que fique aqui enchendo o saco.
Ele foi na frente e eu o segui para fora da cozinha. Rumo ao nosso quarto.


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Notas finais do capítulo

O próximo será postado terça-feira que vem.



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